31 de mar. de 2005

A MAIS ANTIGA ORAÇÃO MARIANA


Saiba qual é a mais antiga oração Mariana


"À vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas Em nossas necessidades, Mas livrai-nos sempre de todos os perigos, Ó Virgem gloriosa e bendita!". A oração "Sub tuum praesidium" (À vossa proteção) é a mais antiga oração a Nossa Senhora que se conhece. Encontrada num fragmento de papiro, em 1927, no Egito, remonta ao século III. Tem uma excepcional importância histórica pela explícita referência ao tempo de perseguições dos cristãos (?Estamos na provação? e ?Livrai-nos de todo perigo) e uma particular importância teológica por recorrer à intercessão de Maria invocada com o título de Theotókos (Mãe de Deus). Este título é o mais importante e belo da Virgem Santíssima. Já no século II era dirigido a Maria e foi objeto de definição conciliar em Éfeso em 431. O texto primitivo do qual derivam as diversas variações litúrgicas (copta, grega, ambrosiana e romana) é o seguinte: ?Sob a asa da vossa misericórdia nós nos refugiamos, Theotókos; não recuse os nossos pedidos na necessidade e salva-nos do perigo: somente pura, somente bendita? .


Fonte: Dom Hélder

AS GRANDEZAS DE MARIA SANTÍSSIMA NA BÍBLIA


Por Desconhecido
Fonte: site do Seminário de Campos


 As Grandezas de Maria na Bíblia
- Que a Santa Mãe do Divino Salvador tenha recebido de Deus prerrogativas que Lhe são exclusivas, é verdade que se deduz de várias passagens da Bíblia. Para o provar, vamos examinar os vários textos sagrados, que a Ela se referem.
Note-se desde já que a Bíblia abre-se e se fecha (Gên. 3,15 - Apoc.12,1) sob o signo da Mulher vitoriosa e bendita, sempre em luta com o dragão.
 - Eis alguns textos áureos da Bíblia Sagrada:
a) ?Porei  inimizade  entre  ti  e  a  Mulher, e  entre  a tua descendência e a dEla. Ela te esmagará a cabeça, e tu tentarás ferir o seu calcanhar?. (Gên. 3,15)
 Comentário: o texto acima é a 1ª profecia da vinda do Salvador feita por Deus logo após a queda de nossos primeiros pais. Nele, ao grupo dos vencidos (Adão e Eva) Deus contrapõe o grupo dos vencedores (Jesus e sua Mãe). - A ?descendência da mulher? (no original: sêmen, prole), é, num 1º  plano, Jesus Cristo; e, num 2º plano, são todos os remidos que correspondem à graça da Redenção.  - O termo "Ela",  como sujeito de ?esmagará?, se refere diretamente à "prole", a Jesus. Mas, será através da natureza humana de Cristo, recebida de Maria, que o poder de Satã será quebrado por Cristo unido à sua Mãe. Logo, também Ela, a "Mulher invicta" desta profecia, com o seu Filho, quebrará a cabeça de Satã. - O termo "inimizade" indica a incompatibilidade absoluta entre Cristo e sua Mãe de um lado, e Satã e os seus aliados, do outro; indica ainda a vitória completa de ambos sobre o Maligno.
b)  Dois textos de Isaías:?Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um Filho, o Emanuel (Deus conosco)?. (Is. 7,14) ?Nasceu-nos um menino ...Ele será Deus forte ...?. (Is. 9,5)
c) Outros textos de S. Lucas:?Ave, ó cheia de graça...? (Lc. 1,28);?...darás à luz um Filho, e Lhe porás onome de Jesus;  (...) Ele será Filho do Altíssimo? (Lc. 1,32); e "Filho de Deus"  (Lc. 1,35); "Bendita és tu entre as mulheres; ( ...) donde me vem a dita de vir a mim a  Mãe de meu Senhor?". (Lc. 1,42-43)
- Esses textos sagrados destacam as várias grandezas singulares de Nossa Senhora:
3 - A Maternidade Divina:  É  evidente:  -  1º )  no  texto ?a?, a descendência da Mulher (sêmen, prole)  é, no 1º plano, Jesus Cristo. E então a ?mulher singular"  da profecia é a sua verdadeira Mãe. E como Cristo é Deus, Ela pode e deve chamar-se Mãe de Deus.
2º)  Confirma-se isso com os textos da letra ?b? (Is. 7,14), pois ?a Virgem? é predita aí como a verdadeira Mãe do Emanuel (Deus conosco), portanto, Mãe de Deus.
3º)  O mesmo afirmam os textos da letra ?c? (Lc. 1,31-32;1,42-43), pois aí se declara que Maria Santíssima é a verdadeira Mãe "do Filho do Altíssimo??do Filho de Deus? e a "Mãe de meu Senhor?.
Argumento de razão  -  Podemos e devemos chamar a Virgem Maria ?Mãe de Deus? porque o objeto-termo de toda maternidade é a pessoa. Não se diz que a mãe é mãe da natureza do filho, mas da sua pessoa. E a Pessoa, em Cristo, é a 2ª da Santíssima  Trindade, o Filho de Deus. Na Virgem Maria se realiza, pois, este mistério: ser Ela, ao mesmo tempo, "Mãe de Deus e de Deus filha"Ela participa  do mistério do seu Filho que é "Deus e Homem ao mesmo tempo".
 Maternidade espiritual - também De fato, como no 2º plano, aquela "Mulher" é Mãe da "prole" também no sentido de "descendência", Maria Santíssima é Mãe espiritual dos remidos. O que o próprio Jesus na Cruz confirmou,  na  pessoa de São João, ao dizer à sua Mãe: "Mulher, eis aí o teu filho".  São João, então, representava a todos os remidos.
- Medianeira   - também.  Realmente, como Deus deu às mães, como ofício próprio da maternidade, prover o alimento dos filhos, assim Cristo, ao dar à sua Santa Mãe o ofício da maternidade espiritual, deu-Lhe também todas as graças necessárias para a salvação de seus filhos espirituais. Senão esse título seria meramente nominal. Ela é, pois, Medianeira de todas as graças de Cristo para nós.
- A Imaculada Conceição - Essa prerrogativa é conseqüência da primeira. Destinada a ser Mãe verdadeira e virginal de Cristo-Deus, não podia Ela ter contato com o pecado. Ademais, se a alguém fosse dado poder escolher a própria mãe, não escolheria a mais virtuosa, a mais pura, a mais santa?  E Jesus não só pôde escolher a Sua Mãe, mas criá-lA, pois é Deus. Ele A fez, pois, imaculadaisenta de toda a culpa original. É a razão de conveniência.
Mas, essa verdade está contida no próprio texto da Bíblia (Gên. 3,15), pois aí se prediz para o futuro Salvador e  para a  sua Mãe, uma inimizade total  com Satã, que implica derrota total deste. Isso é incompatível com a condição de quem tivesse estado, por um momento sequer, sob o pecado e, pois, sob o poder do Maligno. É claro que isso pressupõe a concepção imaculada, não só de Cristo-Homem, mas também de sua Santa Mãe.
O ofício de Corredentora -  Também está  contida no texto de Gên. 3,15 a verdade de que aquela Mulher invicta, posta por Deus em total inimizade com o Demônio, ia participar de todos os sofrimentos e lutas do futuro Redentor. De fato, a Virgem Maria participou da Paixão de Jesus no grau máximo, sofrendo em união com Ele as dores mais atrozes, oferecendo-O a Deus Pai como Vítima por nós. Ela sacrificou-Lhe também o direito natural de Mãe sobre o próprio Filho. Todos esses sacrifícios já estavam incluídos na aceitação da maternidade divina. Ela cooperou voluntariamente para nossa Redenção.
- A Assunção corpórea ao céu  - A vitória de Cristo sobre Satã, o pecado e a morte foi realizada  na Paixão e Morte na Cruz, mas se tornou completa e patente  com a sua Ressurreição e Ascensão ao Céu. Ora, o texto do Gênesis associa inseparavelmente  o Messias  e a sua  Mãe na mesma luta na mesma Vitória final e completaOra, a vitória de Maria Santíssima não seria completa se o seu corpo imaculado e virginal tivesse ficado sujeito à  corrupção do sepulcro. Jesus Cristo não o permitiu, mas A elevou ao Céu em corpo e alma, no fim de sua vida. Assim cumpriu-se plenamente aquela magnífica profecia.                              
RESPONDENDO OBJEÇÕES 
- Os protestantes não cessam de injuriar a Jesus, rebaixando a sua Santa Mãe à condição de uma mulher comum, pela  interpretação errônea que dão a alguns textos.
Vejamos na Bíblia  como isso é falso:  - No encontro de Jesus no Templo, Ele não argüiu a Sua Mãe de  não saber que Ele?devia cuidar dos interesses de seu Pai?. (Lc. 2,49)  Não era esse o sentido das suas palavras no contexto. Era antes o seguinte: "Não sabeis que devo estar no que é de meu Pai ?" (sentido literal) Assim, era normal que sua Mãe entendesse a resposta no sentido de "ficar  morando  no Templo", a exemplo de  Samuel. Por isso, em Lc. 2,50 lemos: "Eles não entenderam o que Jesus lhes dissera"
 9 -  Em  Caná, a Mãe de Jesus Lhe informou ter acabado o vinho para os convidados. Jesus respondeu usando a expressão semítica (da língua hebraica): ?Mulher, que há  entre mim e ti??  E acrescentou: ?A minha hora ainda não chegou?.  (Jo.2,4) A expressão usada por Jesus tem um sentido próprio daquela língua.
 De fato, verificou-se que ela foi  usada, pelo menos seis (6) vezes  na Bíblia do Anigo Testamento, nas quais se supõe resposta negativa: ?não há nada?; uma ou outra vez, indica que ?não há  nada? porque háoposição; as outras indicam que as partes estão de acordo.  (Cf.  2 Reis 3,13; 2 Sam.16,10; 19,22; Jz. 11,12; 1 Reis 17,18; 2 Crôn. 35,21)
 Note-se que essas citações conferem com a tradução literal da frase latina:"Quid mihi et tibi est?" = ?Que há entre mim e ti??, sem as acomodações ao nosso modo de falar, como por ex., ?Que nos importa isso a mim e a ti??, ou ?Que queres de mim ??, como hoje se costuma fazer.
 Em Caná é claro o sentido de pleno acordo quanto ao fato da providência solicitada (o milagre), com pequena restrição quanto à sua oportunidade. Daí Jesus dizer:?a minha hora ainda não chegou?Mas antecipou essa hora, e fez o milagre, atendendo a intenção caritativa de sua Santa Mãe.
 10 - Quanto ao apelativo ?Mulher?, dizem os peritos da língua que Jesus falava, o aramaico, que tem um sentido respeitoso equivalente a ?Senhora?. E que dizer do acento de respeito desta palavra na boca de Jesus ao dirigir-se à sua Santa  Mãe!  Sobretudo  no contexto de Caná  e da Cruz. Jesus, o melhor dos Filhos, deve ter-Se dirigido à sua santa Mãe com acentuado carinho e respeito filiais. Nesse contexto, tal apelativo lembra ainda a "Mulher"  da profecia do Gênesis. (3,15) Então, Jesus Se projeta ao lado de sua Mãe comodando cumprimento àquela profecia.
 11 - Por fim, Jesus pregava numa casa cheia de gente. Avisam-Lhe que lá fora estão sua Mãe e os seus (chamados) irmãos. (primos-Ver ?F. C. nº 12)  Jesus responde:"Minha Mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática". (Lc. 8,21) É claro que Jesus não está negando à sua Santa Mãe a honra de ser a primeiríssima entre os ouvintes e praticantes da palavra de Deus, antes o supõe, e é seu principal título de glória. O mesmo se diga de Lc.11,27-28.