Esta carta foi escrita por Padre Pio ao Padre Agostinho:
Sexta-feira de manha, estava ainda na cama, quando me aparece Jesus.
Estava todo desfigurado e maltratado. Mostrou-me uma grande multidão de sacerdotes regulares e seculares, entre os quais diversos dignitarios eclesiasticos; destes, uns estavão a celebrar, outros a desparamentar-se. Dava-me muita pena ver Jesus tão angustiado; por isso quis perguntar-lhe por que sofria tanto. Mas não obtive resposta alguma. O seu olhar, porem, voltou-se para aqueles sacerdotes; mas , pouco depois, horrorizado e cansado de olhar, desviou o olhar, enquanto se virava para mim, para grande horror meu, observei duas lagrimas que sulcavam as faces. Afastou-se daquela turba de sacerdotes com uma grande expressão de desgosto, gritando: " Carniceiros!" . E dirigindo-se a mim, disse : " Meu filho, não acrediteis que a minha (agonia) tenha sido de três horas, não; por causa das almas, estarei em agonia ate o fim do mundo. Meu filho, durante o tempo da minha agonia não posso dormir. A minha alma anda a procura de alguma gota de piedade humana, mas -ai de mim!- deixam-me so sob o peso da indiferença. A ingratidão e o sono dos meus ministros tornam a minha agonia mais pesada. Ai de mim! Como correspondem mal ao meu amor! O que mais me aflinge e que , ao seu indiferentismo, eles juntam tambem o seu desprezo, a sua incredulidade! quantas vezes eu estava a ponto de fulmina-los, não fosse impedido pelos anjos e pelas almas apaionadas por mim".
Fonte: Padre Pio sob investigação, a "autobiografia" secreta
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