31 de mai. de 2010

O Santo Rosário


31º dia - O Santo Rosário

Em Lourdes e em Fátima, Nossa Senhora apareceu para nos recomendar particularmente o Santo Rosário. Em Lourdes, Ela mesma desfiava a esplêndida coroa enquanto Santa Bernadette recitava as Aves-Maria. Em Fátima, a cada aparição, Maria recomendava a recitação do Santo Rosário. Ainda mais na última aparição, em que Ela se apresentou como Nossa Senhora do Rosário. É verdadeiramente grande a importância que Nossa Senhora deu ao Rosário. Quando em Fátima falou da salvação dos pecadores, da ruína de muitas almas ao Inferno, das guerras e do destino da nossa época, Maria indicou, recomendou como oração salvífica o Rosário. Lúcia dirá uma síntese que "desde que a Virgem Santíssima deu grande eficácia ao Santo Rosário, não existe problema material, espiritual, nacional ou internacional que nãoo se possa resolver com o Santo Rosário e com os nossos sacrifícios."


Salva e santifica


Um episódio de graça. S. José Cafasso, numa manhã, passando pelas ruas de Torino, encontrou uma pobre velha que caminhava toda curva, recitando devagarinho o Rosário. Indagou-a porque rezava tão cedo. Ela disse que estava limpando as ruas. Confuso, pediu que lhe explicasse o que queria dizer. Ela respondeu que naquela noite, nas ruas daquela vila, havia sido noite de carnaval, havendo muitos pecados. Rezando o Rosário, ela perfumava o local manchado pelo pecado. Veja: o Rosário purifica nossa alma das culpas e as perfuma com a GraçaO Rosário salva as almas. S. Maximiliano escrevia na sua agendinha: "Quantas coroas, quantas almas salvas!" Pensamos nisso? Todos poderíamos salvar almas recitando coroas do Rosário. Que caridade de inestimável valor seria esta. O que dizer das conversões dos pecadores obtidos com o Santo Rosário? Deveriam falar S. Domingos, S. Luis Maria Grignon de Montfort, S. Cura d'Ars, S. Pe. Pio de Pieltrecina... O Santo Rosário faz bem a todos: aos pecadores, aos bons, aos santos...

Quando a S. Felipe Néri perguntava qual oração escolher, sem hesitar, respondia: "O Rosário! Recitai-o amiúde!" Também a Pe Pio lhe perguntou um filho espiritual qual oração preferir para toda a vida. Pe Pio respondeu logo: "O Rosário!" Sobretudo os santos demonstraram a eficácia da graça do Rosário. Estes foram verdadeiros apóstolos do Rosário: S. Pedro Canísio, S. Carlos Borromeu, S. Camilo Lélis, S. Antônio Maria Gianelli, S. João Bosco... Entre os maiores, talvez, sobressaia-se S. Pe Pio. No seu exemplo existe um prestigioso grau de sobre humano, pois ele chegou a recitar mais de cem rosários, todos os dias, por muitos anos. Um modelo gigante que garantiu a fecundidade do Rosário para a sua santificação e para a salvação das almas. Quantos milhões de almas não foram misteriosamente atraídas por aquele frade que por horas e horas, dia e noite, desfiava a coroa aos pés de Nossa Senhora entre as mãos sanguinolentas de chagas? Ele demonstrou verdadeiramente que "o Rosário é corrente de salvação pendurada nas mãos do Salvador e da sua Ditosa Mãe e que indica de onde descem a nós as graças e por onde deverá subir de nós cada esperança"(Papa Paulo VI).


Todos os dias a coroa


Toda a oração, toda a ciência e todo o amor de S. Bernadette parecia consistir no Rosário. Sua irmã Tonieta dizia: "Bernadette não faz nada além de rezar. Só sabe desfiar o Rosário". O Rosário é uma oração Evangélica, Cristológica, Contemplativa em Companhia de Maria (Marialis Cultus, n.44-47) . Louvor e impetração cobrem as Aves-Marias fazendo escorregar a mente para o mistério presente na meditação. Que isto seja aos pés do altar ou pela rua, não é um obstáculo para o Rosário. Quando a mente se recolhe dirigindo-se a Maria, pouco importa se estamos na Igreja ou no trem, caminhando ou voando de avião. Esta facilidade que o Rosário oferece a quem quiser recitá-lo aumenta a nossa responsabilidade. É impossível não achar um quarto de hora para oferecer uma coroa a Maria. Em qualquer lugar, a qualquer hora, com qualquer pessoa, sem livros nem cerimônias, em bom tom ou murmurando... Pensemos nos Rosários recitados nos quartos de hospital por S. Camilo de Lelis e por Santa Bertila Boscardin, pelas ruas de Roma por S. Vicente Pallotti; nos trens e nos navios por S. Franisca Xavier Cabrini, no deserto do Sahara por Frei Carlos Foucolad, nos palácios reais pela Venerável Maria Cristina de Savóia, nos campos de concentração e no bunker da morte por S. Maximiliano Maria Kolbe, sobretudo na família da Beata Ana Maria Taigi; pelos pais de S. Teresa, pela mãe de S. Maria Goretti... Não percamos tempo em coisas vãs e nocivas, quando temos um tesouro para valorizar como o Santo Rosário. Digamos e prometamos a Maria a conclusão do mês mariano: cada dia uma coroa do Rosaário para Ti, ó Maria.


No Coração Imaculado


Em Fátima, o Rosário foi o dom do Coração Imaculado de Maria. E nós queremos concluir o mês mariano depondo nosso Rosário no Coração da Imaculada com empenho de recitá-lo cada dia. O Rosário e o Coração Imaculado de Maria assinalarão o triunfo final do Reino de Deus para esta época. A devoção ao Rosário e a devoção ao Coração de maria dizem que as almas devotas do Rosário e do seu Coração Imaculado "Serão prediletas por Deus e como flores serão colocadas por mim junto ao seu Trono". Queira Ela mesma acender e conservar aceso em nós o amor ao Rosário e ao Seu Coraçao Imaculado.


Votos


* Recitar um Rosário em agradecimento;

* Oferecer uma Santa Missa e uma comunhão em agradecimento;

* Consagrar-se ao Coração Imaculado de Maria.

HISTÓRIA DO PEQUENO OFÍCIO DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA


Por Sem. Diego Ferracini



O Pequeno Ofício não pode ser considerado uma das primeiras versões breves do Breviário, mas pode ser considerado o mais utilizado e o mais popular. Até o Concílio Vaticano II foi a oração litúrgica de inúmeras comunidades religiosas, principalmente as de vida apostólica e algumas ordens terceiras (Carmelitas, Franciscanos, Dominicanos, Agostinianos e etc.), também os oblatos beneditinos, algumas abadias e conventos e com certeza inúmeros cristãos leigos.
Seu surgimento oficial deu-se na Alta Idade Média quando foi incluído no Livro das Horas, posteriormente ocorreu sua expansão como forma de combate a Reforma, antes do CVII todas as edições do Breviário Romano, Monástico, Carmelita e Dominicano possuíam uma versão do Pequeno Ofício; alguns lugares mantiveram formas próprias como a Diocese de Braga em Portugal.

Para alguns existiria um Ofício da Bem-Aventurada Virgem Maria na Abadia Beneditina de Monte Cassino, elaborada pelo Papa Zacarias (741-752). Sua origem pode ser anterior, mas sua origem será sempre monástica.
Em muitos mosteiros foram sendo acrescentados pequenos ofícios ao Breviário, em parte pelo fato dos irmãos de coro disponibilizarem de maior tempo (os irmãos "conversos" ou "leigos" ficavam responsáveis pelos trabalhos manuais e outras atividades) e pelo costume de se rezar por inúmeras intenções (mortos, benfeitores, guerras e etc.). Assim surgem os ofícios da Bem-Aventurada Virgem Maria e o da Santa Cruz.
Em 1095 o Papa Urbano II no Concílio de Clermont convidou os cristãos a organizarem uma cruzada e aos clérigos que adicionassem o Pequeno Ofício da Virgem Maria ao Breviário, é a primeira vez que o Pequeno Ofício é citado por um papa e colocado em destaque, tal obrigação permaneceu até 1568 depois do Concílio de Trento.

Não existiu somente uma única versão do Pequeno Ofício, cada localidade ou comunidade possuía seu uso próprio, surgiram assim os usos de "Sarum", “Paris, “Cartuxa”, “Carmelo”, “Citeuax”, “Braga” e obviamente “Roma”“. É comprovada a existência de um outro Pequeno Ofício da Bem-Aventurada Virgem Maria entre as Irmãs do Santíssimo Salvador - Brigitinas (Santa Brígida), com a diferença de que era um Ofício completo e com obrigação de ser cantado sempre no coro pelas monjas.

Importante dizer que alguns institutos nunca utilizaram o nome "Pequeno Ofício", mas somente Ofício da Bem-Aventurada Virgem Maria. Em 1568 São Pio V aboliu inúmeras outras formas e permaneceu somente o modelo romano até o CVII, ele também liberou os clérigos da obrigação de rezá-lo, mesmo que algumas ordens tenham mantido a tradição. Entre os leigos ocorreu o oposto, inúmeros "Pequenos" foram impressos em "Primários" (pequenos livros devocionais) e passaram a fazer parte das orações diárias de muitos cristãos.

As novas comunidades religiosas que surgiam passavam a adotar o Pequeno Ofício, na maioria das ordens contemplativas as monjas com votos solenes possuíam obrigação de rezá-lo. As Monjas da Visitação fundadas por São Francisco de Sales rezavam o Pequeno Ofício, Beneditinas e Dominicanas alemãs que chegaram à América no século XIX tentaram manter o espírito contemplativo diante das inúmeras tarefas (hospitais e escolas) rezando o Ofício durante certo tempo. As Irmãs do Santíssimo Salvador ainda possuem sua própria versão do Ofício e algumas comunidades que faziam uso do Breviário no início (Irmãs Escolares de Nossa Senhora, Irmãs Carmelitas Corpus Christi) diante do intensivo trabalho exigido adotaram o Pequeno Ofício também.
Embora, muito utilizado e popular, o Ofício possuía como inconveniente o fato de ser incompleto não abrangendo todo o Ano Litúrgico, tentou-se ajustá-lo com três tempos, mas o Ofício permanecia o mesmo todos os dias. Durante o século XX ,para alguns religiosos, uma renovação litúrgica e motivadora era necessária, em 1953 Pe. Augusto Bea SJ (futuro cardeal) preparou uma versão que chamou “ampliada”, ampliou os tempos de três para seis e adicionou vinte e oito festas com antífonas e orações próprias. O sumo pontífice Pio XII incentivou o uso desta versão, mesmo assim outras versões possuíam permissão de uso.
Para as comunidades que desejavam expressar mais claramente seu amor a Santíssima Virgem e desejavam uma variedade maior no Ofício do que o proposto na edição “ampliada” do Pe. Bea, em 1955 a Congregação para os Religiosos incentivou a utilização de um novo Pequeno Ofício da Bem-Aventurada Virgem Maria elaborado pelos Monges da Abadia de En Calcat (França). Tal versão possuía o Saltério dividido em suas semanas, todo o Ano Litúrgico, um ciclo santoral e uma grande inovação: leituras diárias.
A Constituição sobre Liturgia do Concílio Vaticano II acrescentou uma nova dimensão ao Pequeno Ofício, sendo ele rezado com obrigatoriedade ou por devoção, o fiel tomava parte na oração litúrgica da Igreja da mesma forma com os que rezavam o Breviário.
No entanto, em 1966 os religiosos e leigos foram encorajados a usarem o Breviário ao menos na parte da manhã e a tarde, começou assim o desaparecimento do Pequeno Ofício. Na versão conciliar do Breviário publicada em 1973 não constava o Pequeno Ofício da Bem-Aventurada Virgem Maria. Alguns institutos adotaram o novo Breviário com o Pequeno Ofício em forma de devoção particular (Carmelitas Descalços).
Na Ordem de São Bruno (cartuxos) por tradição os monges rezam o Pequeno Ofício em suas celas, os Cistercienses o rezavam no coro em complemento ao Breviário.
Desse modo percebemos a importância do Ofício da Bem-Aventurada Virgem Maria na vida da Igreja. Agora é o momento de resgatar essa belíssima e filial devoção, tomar como nossa para que assim, por meio da intercessão da Santíssima Virgem, possamos alcançar a glória da vida eterna!

30 de mai. de 2010

Como Maria, a Santíssima Trindade deve conduzir todo cristão, diz o Papa Bento XVI


- Ao presidir o Ângelus dominical perante milhares de fiéis na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVIressaltou que assim como aconteceu com a Virgem Maria, a Santíssima Trindade composta Por Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, deve conduzir a vida de todo cristão vivendo este mistério com profunda fé e com a necessária abertura à graça "para avançar no amor para Deus e para o próximo".

Em sua reflexão antes da oração mariana, o Santo Padre assinalou que "este domingo da Santíssima Trindade, em certa maneira, recapitula a revelação de Deus ocorrida nos mistérios pascais: morte e ressurreição de Cristo, sua ascensão à direita do Pai e a efusão do Espírito Santo. A mente e a linguagem humanas são inadequadas para explicar a relação existente entre o Pai, o Filho e o espírito Santo, e entretanto os Padres da Igreja procuraram ilustrar o mistério de Deus, Uno e Trino, vivendo-o na própria existência com profunda fé".

"A Trindade divina, de fato, faz morada em nós no dia do Batismo. ‘Eu te batizo –diz o ministro– em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo". O nome de Deus, no qual fomos batizados, recordamos cada vez que fazemos o sinal da cruz. O teólogo Romano Guardini, a propósito do sinal da cruz observa: ‘fazemo-lo antes da oração, para que nos disponha espiritualmente em ordem; para concentrar em Deus os pensamentos, o coração e a vontade; depois da oração, para que permaneça em nós aquilo que Deus nos deu. Isso abrange todo o ser, corpo e alma, e tudo fica consagrado em nome do Deus, Uno e Trino".

Seguidamente o Papa afirmou que "no sinal da cruz e no nome do Deus vivente está, por isso, contido o anúncio que gera a fé e inspira à oração. E, como no Evangelho Jesus promete aos Apóstolos que ‘quando vier o Espírito da Verdade, ele os introduzirá em toda a verdade’, assim acontece na liturgia dominical, quando os sacerdotes dispensam, semana após semana, o pão da Palavra e da Eucaristia".

Recordando logo a São João Maria Vianney, o Santo Cura D’Ars, Bento XVIdestacou como este santo presbítero dizia aos seus fiéis: "Quem recebeu sua alma logo que nascidas? O sacerdote. Quem a nutre para que possa terminar sua peregrinação? O sacerdote. Quem a preparará para comparecer perante Deus, lavando-a por última vez no sangue de Jesus Cristo? O sacerdote, sempre o sacerdote".

Depois de insistir a compartilhar a oração de São Hilário de Poitiers "conserva pura esta fé reta que está em mim, até meu último alento, dai-me igualmente esta voz de minha consciência, para que permaneça sempre fiel a aquilo que professei em minha regeneração, quando fui batizado no Pai, no Filho e no Espírito Santo", o Papa concluiu invocando a Bem-aventurada Virgem Maria, "a primeira criatura completamente habitada pela Santíssima Trindade, e peçamos seu amparo para prosseguir bem nosso terreno peregrinar".

Sabonetes e produtos de beleza feitos com fetos comprados em clínicas inglesas de aborto


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"UMA HISTÓRIA REPUGNANTE"
De Carlos Heitor Cony
Articulista e cronista ateu.
Artigo sobre produtos de beleza feitos à base de fetos comprados em clínicas inglesas de aborto
Publicado na Folha de São Paulo - Sexta-Feira, 11 de abril de 2008 - Página E19.
“Dois jornalistas ingleses, Michel Litchfield e Susan Kentish, fizeram há tempos uma ampla pesquisa sobre a indústria do aborto em Londres. O resultado foi um livro que causou espanto e merece, ao menos, uma reflexão de todos os que se preocupam com o assunto. "Babies for Burning” (Serpentine Press, London) não é um ensaio sobre o aborto mas um trabalho jornalístico sobre o último elo de uma cadeia: o destino final dos fetos que anualmente são retirados de ventres que não desejam ou não podem ter filhos ou “aquele filho”
No caso da Inglaterra, já existe uma lei, o “Abortion Act”, de 1967, que permite a interrupção do processo de gravidez pela eliminação mecânica.

Os autores souberam, por meio de informações esparsas, que a indústria do aborto, como qualquer indústria moderna, tinha uma linha de subprodutos: a venda de fetos humanos para as fábricas de cosméticos. Durante a Segunda Guerra, os nazistas também exploraram este ramo de negócio: matavam judeus aos milhões e aproveitavam a pele e a escassa gordura das vítimas para uma linha de subprodutos que iam de bolsas feitas de pele humana a sabões que lavavam os uniformes do exército do 3º Reich.
Os ingleses não chegam a ser famosos pelas bolsas que fabricam, mas pelo chá e pelos sabonetes – os melhores do mundo.

Um “english soap” sempre me causou pasmo pela maciez, a consistência da espuma, a sensação de limpeza que dá à pele. Não podia suspeitar que tanto requinte pudesse ter - em alguns deles -= as proteínas que só se encontra na carne – e carne humana por sinal. Desde que li o livro, cortei drasticamente dos meus hábitos de higiene o uso dos “bons” e estimulantes sabonetes ingleses. Aderi ao sabão de coco, honestamente subdesenvolvido, com cheiro de praia do Nordeste eficácia múltipla, na cozinha ou no toucador.

Conta os jornalistas:

“Quando nos encontramos em seu consultório, o ginecologista pediu à sua secretária que saísse da sala. Sentou-se ao lado de Litchfield, o que melhorou a gravação, pois o microfone esta dentro da sua valise. O médico mostrou uma carta:

--“Este é um aviso do Ministério da Saúde”, disse, com cara de enfado. “As autoridades obrigam a incineração dos fetos... não devemos vendê-los para nada... nem mesmo para a pesquisa científica... Este é o problema...”

--“Mas eu sei que o senhor vende fetos para uma fábrica de cosméticos e... e estou interessado em fazer uma oferta...também quero comprá-los para minha indústria...”

--“Eu quero colaborar com o senhor, mas há problemas... Temos que observar a lei... As pessoas que moram nas vizinhanças estão se queixando do cheiro de carne humana quei8mada que sai do nosso incinerador. Dizem que cheira como um campo de extermínio nazista durante a guerra”
E continuou: “Oficialmente, não sei o que se passa como os fetos. Eles são separados para serem incinerados e depois desaparecem. Não sei o que acontece com eles. Desaparecem. É tudo”

--“Por quanto o senhor está vendendo?”,

--“Bem, tenho bebês muito grandes. É uma pena jogá-los no incinerador. Há uso melhora para eles. Fazemos muitos abortos tardios, somos especialistas nisso. Faço abortos que outros médios não fazem. Fetos de sete meses. A lei estipula que o aborto pode ser feito quando o feto tem até 28 semanas. É o limite legal. Se a mão está pronta para correr o risco, eu estou pronto para fazer a curetagem. Muitos dos bebês que tiro já estão totalmente formados, vivem um pouco antes de serem mortos.

--Houve uma manhã em que havia quatro deles, um ao lado do outro, chorando como desesperados. Era uma pena jogá-los no incinerador porque tinham muita gordura que poderia ser comercializada. Se tivessem sido colocados numa incubadora, poderiam sobreviver, mas isto aqui não é um berçário. 

--Não sou uma pessoa cruel, mas realista. Sou pago para livrar uma mulher de um bebê indesejado e não estaria desempenhando meu ofício se deixasse um bebê viver.

--E eles vivem, apesar disso, meia hora depois da curetagem. Tenho tido problemas com enfermeiras, algumas desmaiam nos primeiros dias”

27 de mai. de 2010

A Humildade

27º dia - A Humildade




















"Patife! - gritou o demônio a Cura d'Ars, batendo-o contra a parede do quarto - Já me roubastes 80 mil almas este ano! Se existissem 4 sacerdotes como tu, estaria logo acabado o meu reino no mundo." Santo Cura d'Ars era, talvez, o sacerdote menos dotado e mais desprevinido da França. Entrou no seminário por um Graça especial de Nossa Senhora: sabia recitar bem o Rosário. Manteve-se sempre na sua humildade, ciente de ser um inepto. Pensou em rezar e fazer penitência com todas as suas forças.O resto o fez Deus. Foram coisas incríveis que mortificaram o Inferno inteiro, impotente de frente a este sacerdote humilde. É a verdade da Palavra de Deus: "Quem se exalta será humilhado; quem se humilha será exaltado". (Lc 14,11) E ainda: "Deus resiste aos soberbos e dá sua Graça aos humildes." (I Pd 5,5) Se pensarmos na grandeza de Nossa Senhora, podemos compreender qual imensidade de humildade devia estar nela: "Exaltada sobre os corações dos Anjos".

A humildade de Maria tem o seu bilhete de apresentação nas primeiras páginas do Evangelho: "Eis aqui a serva do Senhor". Manifesta-se na Visitação a S. Isabel que lhe grita justamente: "A que devo a honraquea venha a mim a Mãe do meu Senhor?" Brilha no nascimento de Jesus em uma pobre gruta, porque não tinha lugar para eles na hospedaria (cf. Lc 1,38; 43;2,7). Confunde-se ao profundo silêncio e escondimento nos 30 anos de Nazaré; arde no próprio opróbrio e na ignomínia sobre o Calvário onde Maria está presente como Mãe do Condenado. A humildade de Maria não é nem mais nem menos proporcional à sua excelente realeza. Suprema a exaltação porque foi suprema humilhação. A esta escola devemos ir para aprender a humildade.


A vontade de aparecer


Quem mais do que Nossa Senhora teria motivos para aparecer? Mas ela é misteriosamente silenciosa e escondida em todo o Evangelho. Nós, cheios de bobagens e ricos de misérias, que vontade de aparecer nos queima. Vermos sacrificados, humilhados e valorizados os nossos talentos, ou ser colocados a parte ou nos poder afirmar... Que tortura e quantos ressentimentos. Mas para sermos humildes, devemos reprimir sem piedade os secretos impulsos e as venenosas satisfações do orgulho. Assim faziam os santos. Quem não se lembra de S. Antônio de Pádua, mandado como cozinheiro num convento dos Apeninos? Foi pra lá humilde e manso como sempre. E tinha uma sapiência prodigiosa, tornando-se Dr. da Igreja. Quando S. Vicente de Paula se sentia louvar, punha em evidência os próprios defeitos e as suas humildes origens. Dizia ser filho de um pobre camponês, ignorante e incapaz. Se acontecia alguma desordem, atribuía-se sempre a culpa. O mesmo para S. Pio X; quando era louvado pelos seus inspirados discursos, transformava tudo em brincadeira, respondendo: "Bobagens... Coisas copiadas não valem!" Qualquer milagre operado por suas mãos, impunha silêncio, dizendo: "É por ordem das Sumas Chaves, eu não tenho nada com isso. É a bênção do Papa. É a fé de quem pede a Graça". S. Gema Galgani soube industriar-se para achar o modo de se humilhar e ser humilhada. Sabido que tinha chegado um couto prelado para interrogar sobre os fenômenos extraordinários que lhe aconteciam, pegou um gato, colocou-o sobre os joelhos e brincava com ele, ignorando as perguntas do prelado. Pouco tempo depois ele foi embora convencido que ela era uma demente. É o modo dos santos: anular-se para fazer resplandecer a grandeza de Deus que opera. "Escolheu o nada para reduzir a nada as coisas que são para que nenhum homem possa gloriar-se junto a Deus" (I Cor 1,28-29).


Uma coisa não sei fazer


A humildade esmaga o demônio. A humilíssima Virgem esmaga a cabeça do diabo, aquele que queria ser semelhante ao Altíssimo (cf. Is 14,14) está com a cabeça sob os pés d'Aquela que quer ser somente 'Serva do Senhor' (cf. Lc 1,38) E quem for humilde participa do poder da Imaculada de esmagar a cabeça do demônio. S. Macário foi um dos grandes padres do deserto. Teve que lutar muito contra o demônio. Um dia o viu chegar com uma forca de fogo na mão. S Macário ajoelhou-se e humilhou-se junto ao Senhor e a forca caiu da mão do demônio, que exclamou com ódio: "Escuta, Macário: tu tens boas qualidades, mas eu tenho mais; tu comes e dormes pouco, mas eu nunca os faço; tu fazes milagres e eu também faço prodígios; mas uma coisa tu sabes fazer e eu não: Sabes humilhar-te!" Por isto a humildade é uma força infalível contra Satanás. Por isto S. Francisco de Assis ocupa a cadeira de Lúcifer, segundo a visão de Frei Leão. De fato, a quem lhe perguntou o que pensasse de si, S. Francisco respondeu de sentir-se o ser mais repelente da Terra, um verme nojento. Disse ainda que as graças que Deus lhe doou, qualquer um teria dado mais frutos. Esta é a essência da humildade: reconhecer que exclusivamente nosso nós temos somente o pecado. Todo o resto, tudo o que é bom, é de Deus. E cada mínima coisa boa que conseguimos fazer para a vida eterna, nos é possível só pela Graça de Deus (cf. I Cor 4,7; 12,3; II Cor 3,5). Pe Pio disse: "Se Deus nos retirar o que nos deu, nós ficaremos somente com os nossos farrapos".


A humildade é sabedoria


S. Ambrósio dizia que a humildade é o trono da sabedoria. Bem, a Maria devemos pedir esta sabedoria. E queira Ela que nós tenhamos, porque as outras virtudes - diz S. Agostinho - batem à porta do coração de Deus: a humildade abre! Inspiremo-nos nos três episódios evangélicos mais expressivos sobre a humildade. Depois da pesca milagrosa, S. Pedro é transformado pelo prodígio operado por Jesus e não pode controlar-se em prostrar-se e dizer: "Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador". "Tu serás pescador de homens!" (cf. Lc 5,8-10). Um pobre publicano está no fundo do Templo e não ousa nem levantar o olhar, mas geme humildemente: "Deus, tem piedade de mim, pecador". Jesus nos assegura que ele saiu do Templo purificado, diferente do Fariseu orgulhoso (cf. Lc 18 9-14). No Clavário, o bom ladrão confia-se humildemente ao Inocente: "Jesus, lembra-te de mim quando entrares no Teu Reino". E foi impotentemente investido por uma graça que o dispõe em brevíssimo tempo para poder entrar no Reino dos Céus (cf. Lc 23,43). Somos quase tentados a dizer que até Jesus é débil em frente à humildade. Essa é de verdade uma chave que abre o Coração de Deus. A humilíssima Virgem Maria queira dar-nos esta "chave" do coração de Deus.


Votos

* Ler e meditar os 3 episódios de humildades evangélicos citados no texto

* Fazer qualquer ato de humildade para reparar tantos pecados de orgulho

* Pedir a Maria insistentemente esta virtude

25 de mai. de 2010

PT e Cristianismo: Casamento Impossível


Autor: pe. Rodrigo Maria
Fonte: Jornal "A Jesus por Maria - Carta Circular aos amigos da Arca nº 8" - Set/2009
Fraternidade Arca de Maria

Já faz algum tempo que o Partido dos Trabalhadores, o PT, tem mostrado com toda a clareza o que é, o que pensa, o que faz e o que pretende fazer. Quem possui a fé cristã, e conserva ainda que uma mínima capacidade de raciocínio, consegue perceber a total incompatibilidade entre cristianismo e petismo. Já dizia [o] Papa Pio XI que ninguém pode ser ao mesmo tempo católico e comunista, nem mesmo católico e socialista, pois os fundamentos da fé cristã e seus princípios se opõem diametralmente aos princípios das doutrinas comunista e socialista.
Basta abrir os olhos e ver o que o PT tem feito e defendido para se concluir que o pensamento e a prática desse partido são contrários à nossa fé.
O PT tem como metas e programa de governo, entre outras coisas:

  • a legalização do aborto;
  • o “casamento” de homossexuais;
  • a liberalização da maconha e outras drogas;
  • a criminalização da “homofobia”. (Uma pessoa que fale contra o homossexualismo poderá ser presa)
Tudo isso, sem contar a aprovação em 2005 da Lei de Biossegurança, que foi sancionada pelo presidente Lula, que permite a destruição de embriões humanos, a pretexto de se fazer pesquisas científicas, reduzindo o ser humano a uma cobaia ou rato de laboratório. Sem contar ainda, toda a já comprovada roubalheira deste governo petista que armou o maior e mais vasto sistema de corrupção que já existiu na história do Brasil.
Por tudo isso, não é possível ser católico e petista ao mesmo tempo, como não é possível ser católico e ateu ao mesmo tempo, como não é possível ser católico e macumbeiro ao mesmo tempo… Pois ninguém pode servir a dois senhores. Um católico que queira ser coerente com sua fé não pode se filiar, votar ou apoiar este partido e quem quer que seja que por ele se candidate ou nele permaneça, pois todas essas idéias e ações não são o pensamento de um ou outro petista, mas sim o ensinamento e o programa do partido. Se alguém diz ser contrário ao aborto, ao casamento de homossexuais e [à] liberação da maconha, por uma questão de coerência e princípio deve abandonar o PT e/ou partidos similares, que levantam estas bandeiras, pois se aí permanece, prova que compartilha as mesmas metas por conivência ou é um oportunista.
O que realmente comprova que um católico é fiel a Cristo, e à Santa Igreja nos assuntos acima referidos[,] é defender a vida de maneira incondicional, e jamais fazer parte [de] ou permanecer em uma organização ou partido que sejam contrários a quaisquer princípios da fé que professamos.
Muitos políticos, militantes e simpatizantes do petismo ou de partidos comunistas, alegam a sua presença ou apoio a este partido citando o apoio direto ou indireto de alguns padres ou bispos a esse partido. A esses devemos lembrar sempre a palavra de Nosso Senhor que diz que um cego não pode guiar outro cego. Se há padres ou mesmo bispos mal orientados que[,] em contradição com os ensinamentos de Cristo e da Igreja, assumem uma atitude de apoio a partidos abortistas e gaysistas, nós em consciência não devemos neste ponto segui-los, pois[,] como dizia o Papa João Paulo II, um cristão não pode ser favorável ao aborto de nenhum modo, nem apoiá-lo pelo seu voto, ajudando a elevar ao poder um partido contrário à vida.
O petismo e o comunismo em geral são quase uma religião que em suas premissas se opõem ao cristianismo. Não se pode apoiar o projeto deste partido a pretexto das coisas boas que faz ou diz fazer, uma vez que nega às crianças por nascer o mais fundamental dos direitos, que é o direito à vida, e atenta contra a sacralidade da família, defendendo o gaysismo e “uniões alternativas”, querendo equipará-las à família criada e santificada por Deus.
Se alguém, apesar de estar consciente de tudo isso, quiser ficar ou apoiar o PT ou candidatos pertencentes a esse partido, deveria ao menos ter a [h]ombridade de rasgar o batistério e deixar a Igreja de Cristo em paz.
Pe. Rodrigo Maria

24 de mai. de 2010

Tormentos do Inferno (S. Antônio Maria Claret) Parte 2


Nem por cem reinos!
“Ah! – dirias – “se me oferecesses cem reinos, eu nunca seria tão idiota em aceitar tais extremos tão brutais, não importa quantas coisas importantes me oferecessem, mesmo que estivesse segura de que Deus iria preservar a minha vida durante esses momentos de sofrimento.”
Em segundo lugar, eu te pergunto: Se tu já estivesses na posse de um grande reino, e estivesses nadando num mar de riqueza, de maneira que não precisarias de nada, e fosses atacada por um inimigo, feita prisioneira e acorrentada, se fosses obrigada a escolher entre perder o teu reino ou passar meia hora dentro de um forno incandescente, o que escolherias? “Ah! – dirias – prefiro passar toda a minha vida na pobreza extrema e submeter-me a qualquer injúria e infelicidade do que sofrer tão grande tormento!”
Uma prisão de fogo eterno
Neste instante, dirige os teus pensamentos daquilo que é temporal para o que é eterno. Para fugir do tormento de um forno ardente, que duraria somente meia hora, tu sacrificarias qualquer propriedade, principalmente as coisas que mais te satisfazem, e estarias disposto a sofrer qualquer outro dano temporal, não importando quão trabalhoso pudesse ser. Então, por que não pensas da mesma maneira quando discutes sobre os tormentos eternos?
Deus não te ameaça com meia hora de suplício dentro do forno ardente, mas, pelo contrário, com uma prisão de fogo eterno. Para escapar dela, não deverias renunciar a tudo o que está proibido por Ele, não importando quão prazeroso possa ser, e abraçar alegremente tudo quanto Ele ordena, mesmo que fosse extremamente desagradável?
O mais espantoso do inferno é a sua duração. A pessoa condenada perde a Deus e o perde por toda a eternidade. Aliás, o que é a eternidade? Ó alma minha, até agora nenhum anjo pode compreender o que é a eternidade! Como então poderás tu compreende-la? Ainda assim, para formarmos alguma idéia sobre ela, consideremos as seguintes verdades:
A eternidade nunca termina. Esta é a verdade que tem feito tremer até os maiores santos. O juízo final virá o mundo será destruído, a terra engolirá todos os condenados, e estes serão lançados no inferno. Então, com sua mão todo-poderosa, Deus os encerrará para sempre em tão amaldiçoada prisão.
Desde então, tantos milênios se passaram como há folhas nas árvores e nas plantas de toda a terra, tantos milhares de anos, como existem gotas de água em todos os mares e rios da terra, tantos anos com existem átomos no ar, como existem grãos de areia em todas as praias de todos os mares. Logo, depois de passarem todos estes incontáveis anos, o que será a eternidade?
No entanto ela não será sequer uma centésima parte dela, ou uma milésima – nada. Então começará novamente e durará tanto como antes, novamente, assim por diante, até que haja se repetido mil vezes, e um bilhão de vezes, novamente. E logo depois de um período de tempo tão longo, nem sequer terá passado a metade, nem sequer uma centésima parte ou uma milésima parte, nem sequer uma parte da eternidade. Em todo este tempo não haverá interrupção na queima dos condenados, começando tudo novamente.
Oh! que mistério profundo! Um terror sobre todos os terrores! Oh! eternidade! Quem pode comprender-te?
Suponhamos que, no caso de maldito Caim, chorando no inferno somente derramasse a cada mil anos uma única lágrima. Agora, alma minha, guarde os teus pensamentos e leve em consideração este fato: por seis mil anos, no mínimo, Caim tem estado no inferno e tem derramado apenas seis lágrimas, que Deus milagrosamente lhe preservara.
Quantos anos levariam para que as suas lágrimas cobrissem todos os vales da terra e inundassem todas as cidades, povos e vilas e todas as montanhas até que inundasse toda a terra? Sabemos que a distância entre a terra e o sol é de trinta e quatro milhões de léguas. Quantos anos faltariam para que as lágrimas de Caim enchessem este imenso espaço? Da terra ao céu estimamos que haja uma distância de cento e sessenta milhões de léguas.
As lágrimas de Caim
Oh! Deus! Que quantidade de anos teríamos que imaginar que seria necessário para encher de lágrimas este imenso espaço? E ainda assim – Oh! Verdade incompreensível! – estejam seguros disto, porque Deus não pode mentir – chegaria o tempo em que as lágrimas de Caim seriam suficientes para inundar o mundo, para alcançar inclusive o sol, para tocar o céu, e encher todo o espaço entre a terra e o mais alto do céu. Isso, porém, não é tudo.
Se Deus secasse todas estas lágrimas desde a última gota, e Caim começasse chorar outra vez, ele voltaria outra vez a encher o espaço inteiro e o inundaria mil vezes e um milhão de vezes em sucessão, ao longo de todos esses incontáveis anos, nem sequer haveria passado a metade de eternidade, nem sequer uma fração. Depois de todo esse tempo, ardendo no inferno, os sofrimentos de Caim estariam tão somente começando.
A eternidade, neste caso, não tem alívio. Seria de fato uma pequena consolação, de muito pouco benefício, para as pessoas condenadas, se fossem capazes de receber um breve alento a cada mil anos.

23 de mai. de 2010

Um mês com Maria - 23º dia


23º dia - A oração
















As duas últimas maiores aparições de Maria sobre a Terra foram em Lourdes e em Fátima. Ambas nos trouxeram uma mensagem idêntica e forte: Oração e Penitência. Maria vai logo ao essencial: antes de mais nada a oração. Ela pede, recomenda e insiste sempre sobre este ponto, seja em Lourdes ou em Fátima. As coisas irão bem se se reza. O contrário procede. A oração é o grande juiz dos nossos destinos. Se ela é ausente, tudo irá mal. "Quem não reza certamente se condena", diz S. Afonso. E S. Ambrósio afirma que se a vida do homem é uma batalha sobre a terra (cf. Jó 7,1), a oração é o escudo invulnerável sem o qual seríamos atingidos inexoravelmente.


A Virgem em oração


O Papa Paulo VI, na Exortação Apostólica sobre o Culto da Beata Virgem (n. 18), apresenta Maria como a Virgem em oração, escolhida de 3 páginas marianas do Evangelho. Na visitação, Maria louva a Deus com o hino de amor mais alto que tenha saído da alma de uma criatura humana: o Magnificat! (cf. Lc 1, 46-56) Em Caná, Maria faz a oração de pedido com cuidado materno e com fé sem hesitações, obtendo logo a graça temporal para os esposos e a Graça espiritual para os discípulos de Jesus que acreditaram Nele (cf. Jo 2,1-11) No cenáculo, Maria nutre com a oração materna a Igreja nascente (cf. At 1,14) assim como também depois de sua Assunção em alma e Corpo ao Céu, nunca deporá a sua missão de intercessão e de salvação. É Ela mesma, Virgem em oração, que nos veio pedir e recomendar a oração, seja em Lourdes ou em Fátima. Se A ouvirmos, se fizermos o que nos diz, não teremos senão bênçãos sobre bênçãos. Mas devemos examinar seriamente.


Rezar de manhã e a noite


Não é verdade que existem cristãos que fazem apenas qualquer oração de manhã e a noite? Alguns até tem medo de se esforçar e fazem só o sinal-da-cruz. Outros, nem isso, mas levantam e deitam como animais. Se pode ser cristão deste modo? Pode-se salvar a alma esquecendo a oração, enquanto se tem tempo de olhar televisão, ler jornais e livros, ir ao bar e ao campo de futebol? Maria nossa mãe, adverte-nos: "Rezai, rezai mto". "Vigiai e rezai" (cf. Mc 14,38; I Pd 4,7) Por isso nunca deve faltar ao menos a oração da manhã e da noite. Poucos minutos de oração todas as manhãs e noites deveria ser um dever tão doce para todos os cristãos. Assim era para o Beato Contado Ferrini, professor da Universidade de Milão, que escrevia "Eu não sabia conceber uma vida sem oração, acordar de manhã sem encontrar o sorriso de Deus, um reclinar a cabeça no peito de Cristo".


Oração à mesa


Ao meio-dia é tradição cristã o toque do Ângelus, devota chamada do inefável mistério da Encarnação. Àquele sinal, o Anjo nos convida a unir-nos a ele na oração à Celeste Virgem. E como respeitavam os santos este breve intervalo de oração mariano com o Anjo. S. Pio X interrompia até as audiências mais importantes. Beto Moscati suspendia por poucos átimos a lição ou a visita médica. Pe Pio a recitava com quem se achasse onde estava. O Papa Pio XII a recitava de joelhos. Por que não salvar e fazer nossa esta maravilhosa oração mariana? Outro momento de oração deve ser aquele das refeições, antes de começar a comer. O sinal-da-cruz e a Ave-maria são a bênção de Jesus e de Maria nas nossas mesas. Aconteceu com S. João Bosco. Convidado para almoçar com uma família, antes de sentar-se à mesa, perguntou a um dos filhos: "Agora façamos o sinal-da-cruz antes de comer. Sabe por que o fazemos? Não - respondeu o menino. Bem, digo em duas palavras - prosseguiu o santo - Fazemos para nos distinguir dos animais que não o fazem porque não possuem a razão para entender que o que comemos é um dom de Deus". Daquele em dia em diante nunca mais faltou oração antes das refeições para aquela família.


Uma faísca, tantas faíscas


O pensamento de Jesus é claro: o cristão deve se esforçar por rezar continuamente, por ter constantemente oferecido a Deus todo a si mesmo e tudo o que faz: "Rezar sempre, sem desfalecer"; "Vigiai e rezai para não cair em tentação" (cf. Lc 18,1; Mc 14,38) Qual tentação? a tentação de agir por egoísmo ou fazer obras por cálculo ou interesse e não por amor a Deus e ao próximo. A oração é indispensável para que fiquemos sempre no caminho que nos leva a Deus. Quando não é possível rezar longamente, façamos uma oração rápida, semelhante às pequenas sementes que ao longo do dia são semeadas na Terra das ações a fazer. É a oração das breves jaculatórias, dos rápidos atos de amor das piedosas ofertas. O Papa Paulo VI a chamava "oração faísca". S. Francisco de Assis, S. Tomás de Aquino, S. Afonos, S. Bernadette S. Gema Galgani... que uso ardente e constante não faziam desta oração "faísca". As almas deles talvez não estavam continuamente em faíscas? S. Maximiliano Maria Kolbe recomendava muito esta oração faísca para crescer no amor à Imaculada. Isso também vale para nós.


Votos


* Rezar sempre e bem de manhã e a noite

* Fazer o sinal da cruz e rezar uma ave-maria à mesa

* Empenha-te em recitar jaculatórias durante o dia.

21 de mai. de 2010

Deputada brasileira afirma: "Nasci depois de um estupro. Não posso ser a favor do aborto!"


Deputada cuja mãe optou por não abortar hoje se dedica à defesa da vida.

.- A Deputada Fátima Pelaes durante reunião que aprovou o Estatuto do Nascituro na Comissão de Seguridade e Família, na última quarta-feira, 19, comoveu os deputados na Comissão de Seguridade e Família que aprovou o texto substitutivo deste projeto ao compartilhar que ela mesma foi concebida depois de uma violação e ainda assim sua mãe optou por não abortá-la. Por isso hoje, Fátima luta pelo direito à vida desde a concepção seja qual for a circunstância em que esta seja ocasionada. O projeto define o direito à vida desde a concepção e protege o nascituro contra qualquer forma de discriminação que venha privá-lo do seu direito a nascer.

A deputada conta que veio à luz num presídio misto e viveu aí por três anos após um ato de violência sexual sofrido por sua mãe. Fátima Pelaes, deputada pelo Estado do Amapá, militante pelas causas das mulheres, das crianças e dos adolescentes foi quem relatou a CPI sobre o extermínio de crianças e adolescentes (1992), presidiu a CPI que investigou a mortalidade materna no Brasil (2000/2001) e criou a lei, de 2002, que estendeu a licença-maternidade para mães adotivas.

Ontem, durante a sessão da Comissão de Seguridade e Família na Câmara dos Deputados em Brasília, quando ainda estava em pauta o Estatuto do Nascituro, Fátima tomou do microfone e contou ser fruto de um estupro realizado dentro da prisão. Sua mãe quis abortá-la, a princípio, mas decidiu por sua vida e para isto ela nasceu: para que sua história pudesse salvar a história de muitos outros, muitas outras.
"Nasci depois de um estupro. Não posso ser a favor do aborto!", relatou.

Quando ela acabou de falar, todos estavam chorando, emocionados. O deputado Arnaldo Faria de Sá tomou o microfone e convocou uma resposta à altura do depoimento de Fátima: “Senhores, depois deste testemunho como não ser a favor da vida dos nascituros?”

Os deputados pró-vida defenderam a urgência da aprovação do projeto durante a acalorada votação.
Os deputados abortistas denunciavam falsamente que o Estatuto do Nascituro tinha por objetivo criminalizar as mulheres e revogar o Artigo 128 do Código Penal, que autoriza o aborto praticado por médico em casos de estupro e de risco de vida para a mãe. Mesmo assim, depois de quatro horas de discussão, e ante as provocações das abortistas enfurecidas com um projeto que (se chega a ser sancionado pelo Presidente da República) terá o poder de paralisar as ações contrárias ao bem-estar da mãe e do bebê, foi finalmente aprovado por esta comissão o texto substitutivo do Estatuto do Nascituro.
O projeto define o direito à vida desde a concepção e protege o nascituro contra qualquer forma de discriminação que venha privá-lo do seu direito a nascer, mesmo em razão de deficiência física ou mental, ou ainda por causa de delitos cometidos por seus genitores.

Agora o projeto de lei inicialmente formulado pelos deputados Luiz Bassuma e Miguel Martini segue para a Comissão de Finanças e Tributação e depois para a Comissão de Constituição. Sendo aprovado por lá o projeto será encaminhado para votação no plenário e por último é entregue para a sanção do presidente da república.

Fontes do Movimento Defesa da Vida de Porto Alegre contam o voto da relatora do projeto, a deputada Solange Almeida na sessão de ontem:
“Portanto, o projeto de lei em exame, com os aperfeiçoamentos constantes do presente substitutivo, pretende tornar realidade esses relevantes objetivos, quais sejam, os de proteção e promoção da pessoa humana em sua fase de vida anterior ao nascimento, quando é designada pelo termo “nascituro”, com todas as benéficas repercussões para o futuro de sua vida. Isso interessa não só ao indivíduo e sua família, mas também à nação. Parece evidente, pois, sua plena compatibilidade com os objetivos fundamentais da República, nos termos estabelecidos no art. 3º, itens I a IV, da Constituição Federal”.

Apesar desta primeira vitória pró-vida os membros do MDV encorajam a seguir a mobilização dos deputados e parlamentares que votarão o projeto nas seguintes sessões. Para ver a lista dos políticos a serem contatados para seguir apoiando o Estatuto do Nascituro clique em:
http://www.acidigital.com/noticia.php?id=18998 

Um mês com Maria - 21° dia


21º dia - A Confissão






















O Sacramento da Confissão está todo na parábola do Filho Pródigo (Lc 15,11-24). O pecado, o arrependimento, o perdão: o homem peca, o pecador se arrepende, Deus perdoa. São 3 realidades enlaçadas pela misericórdia de Deus. A confissão é o remédio do pecado, é o conforto do pecador, é o abraço de Deus ao filho que volta. Não tem sacramento mais humano, porque segue o homem e o ampara nas fraquezas e misérias de cada dia, apresentando-lhe o paterno vulto de Deus, que é feliz em perdoar os filhos, porque os que salvar: "Não quero a morte do pecador, mas que ele se converta de sua conduta e viva" (Ez 33,11).


A quem perdoares...


O perdão dos pecados nos vem de Deus, mas só através dos seus ministros sobre a Terra: os Sacerdotes. A eles Jesus deixou o seu mandato: "A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; e a quem não perdoardes os pecados, não os serão". (Jo 20,33). Quantas vezes? Sempre que eles sejam dispostos. Nenhum limite a misericórdia de Deus (cf. Mt 18,22). "A misericórdia divina é tão grande que nenhuma palavra a pode exprimir e nenhum pensamento a pode conceber" (S. João Crisóstomo). S. Isidoro afirmou que "não existe delito tão grande que não possa ser perdoado na confissão"Seja glorificado, Deus, em sua infinita misericórdia! O que dizer da alegria de Maria quando nos aproximamos deste sacramento? Ela mesma, toda esplêndida de candor e Graça, a Imaculada, não pode senão amar imensamente este Sacramento que anula o pecado e faz brilhar as almas dos seus filhos. Certamente toda confissão é uma Graça da Maternidade de Maria, que quer ver as almas dos seus filhos semelhantes a Ela para a alegria de Jesus.


Minha Nossa Senhora, basta!


A Beata Ângela de Foligno, quando jovem, tinha confessado-se mal, não contou alguns pecados por vergonha. Arrastou-se assim por algum tempo, vivendo entre cruéis remorsos, perturbações e infelicidades. Um dia, sacudiu-se: jogou-se aos pés de uma imagem de Maria e lhe suplicou aos soluços: "Minha Nossa Senhora, basta! Eu não quero mais viver assim! Hoje mesmo direi tudo ao meu confessor". E teve a graça de fazê-lo. Era hora! Teve, depois, uma vida de penitência tremenda que a ajudou potentemente a transformar-se ate o vértice das mais altas experiências místicas. Nunca duvidemos e não hesitemos em recorrer a Maria para obter a graça da Confissão. "A boa confissão é a base da perfeição". (S. Vicente de Paula) Da confissão se parte e se reparte para as mais altas empresas do espírito e vice-versa. A diminuição e a ausêcia de confissão faz caminhar para trás através da estrada larga e cômoda que leva à perdição. (cf. Mt 7,13).


Se te acusas, Deus te desculpas


Parece incrível, mas são muitos os cristãos que não apreciam e fogem do Sacramento da Confissão. Só teriam a ganhar, mas ao invés, nem se dão conta disso. Tão prontos para ir ao médico pelo menor mal-estar do corpo, descuidam-se, porém, da saúde da própria alma como se fosse um pano de chão. Talvez ignorem os grandes benefícios do sacramento, ou o consideram só no seu specto mais penal: a acusação das próprias misérias. É necessário considerar os grandes frutos positivos que a Confissão nos dá. Na vida de S. Antônio de Pádua se conta que um dia um grande pecador foi confessar-se com o Santo, depois de ter ouvido um sermão seu. O arrependimento do pecador era tão vivo que lhe impediu de falar pelos contínuos soluços. S. Antonio então lhe disse: "Vai, filho, escreve teus pecados e depois volta". O penitente foi, escreveu os pecados em uma página, voltou ao Santo e leu a lista das culpas. Qual não foi a surpresa, ao fim da leitura, deu-se conta que a página tinha voltado a ser branca, sem um traço de escrita. Eis o símbolo da alma que volta pura da confissão. Diz S. Agostinho: "Quando o homem descobre as suas falhas, Deus as vigia; quando as esconde, Deus as descobre; quando as reconhece, Deus as esquece." Ainda mais eficaz é S. Francisco de Assis com esta breve frase: "Se tu te desculpas, Deus te acusa; se tu te acusas, Deus te desculpa." Pelo resto, continua S. Agostinho: "é preferível suportar uma ligeira confusão a um só homem que ver-se coberto de vergonha junto a inumeráveis testemunhas, no dia do Juízo". Era isto que também Pe. Pio dizia aos seus penitentes. E é assim.


Os três quadros


Por isto S. Carlos Borromeu, antes de confessar-se, parava para meditar sobre 3 quadros que tinha mandado pôr na sua Capelinha. O 1º representava o Inferno com os seus danados maltratados horrivelmente: isto servia para inspirar salutar temor. O 2º representava o Paraíso com os Bem-aventurados extasiados de alegria: isto lhe dava uma carga de empenho para evitar o pecado e não perder o Paraíso. O 3º representava o Calvário com Jesus crucificado e Nossa Senhora das Dores: isto lhe enchia o coração de dor vivíssima pelos sofrimentos causados a Jesus e a Maria com os pecados, convidando-o ao mais firme propósito de fidelidade e de amor. Confessar-se assim significa não só purificar-se das culpas, mas enriquecer-se e crescer cada vez mais na vida da graça. E pensar que S. Carlos Borromeu confessava-se todos os dias...


Confessar-se todas as semanas


Se cada confissão é um tesouro de graça porque lava a minha alma no Sangue de Jesus, purificando-a "das obras de morte" (Hb 9,14) é claro que precisamos aproveitar com grande interesse e freqüência! De quando em quando confessar-se? A norma áurea da vida cristã é a Confissão semanal. Muitos santos, é verdade, confessavam-se mais vezes por semana, e até todo os dias: S. Tomás de Aquino, S. Vicente Ferrer, S. Francisco de Sales, S. Pio X... Mas se nós não somos capazes de tanto, não devemos porém, fazer passar a semana sem nos lavar santamente no Sangue de Jesus. Como era pontual à Confissão ao menos semanal, para S. Maximiliano Maria Kolbe. Proponhamo-nos seriamente nós também esta norma, respeitando-a fielmente: cada confissão é uma Graça de Maria, Mãe de Misericórdia. E se Ela em Lourdes e em Fátima recomendou tanto a Penitência, lembremo-nos que a maior e mais salutar penitência é aquela sacramental: a Confissão freqüente. Sobretudo, porém, devemos confessar-nos o mais depressa quando cometermos pecado mortal. Não nos contentemos do Ato de Dor e nunca fazer a Comunhão sem nos termos confessado, porque faríamos só um sacrilégio horrendo: "se recebe a própria condenação", grita S. Paulo (I Cor 11,29). E seria mesmo uma loucura fazer um sacrilégio tendo à disposição o Sacramento da Misericórdia. Maria nunca o permita.


Votos


* Propósito de se confessar toda semana;

* Pedir perdão de todas as confissões mal feitas;

* Meditar a parábola do Filho pródigo (Lc 15,11-32).