Monsenhor João Clá Dias
“Abri, Senhor, os meus lábios: para que louve o vosso santo nome...” Essas são as primeiras palavras da bela oração que se reza antes do Ofício divino e do Ofício de Nossa Senhora. E continua: “... purificai também o meu coração de todos os vãos, perversos ou inúteis pensamentos; iluminai-me o entendimento, inflamai-me a vontade, para que digna, atenta e devotamente recite este Ofício e mereça ser atendido perante a vossa divina majestade”.
Esta oração ensina-nos resumidamente, mas de um modo perfeito, a atitude que devemos ter também ao rezar o Rosário: digna, atenta e devotamente.
O Reverendo Frei Royo Marín, dominicano e renomado teólogo, ex-professor na Universidade de Salamanca, explicou cada um destes três termos.
“a) Dignamente: Esta primeira condição exige, pelo menos, que a recitação do Rosário se faça de modo decoroso, como corresponde à majestade de Deus, a quem principalmente a nossa oração é dirigida.
O melhor procedimento é rezar de joelhos diante do Sacrário - o que nos alcança uma indulgência plenária - ou diante de uma imagem de Nossa Senhora. Mas pode-se rezá-lo também em qualquer outra postura digna (por exemplo, modestamente sentado, passeando pelo campo, etc.).
Seria indecoroso rezá-lo na cama (a não ser em caso de enfermidade), ou interrompê-lo constantemente para responder a perguntas alheias à oração.
b) Atentamente: A atenção é necessária para evitar a irreverência que ocorreria se houvesse uma distracção voluntária. Como querer que Deus nos ouça, se começamos por não nos ouvirmos a nós mesmos?
Contudo, nem toda a distracção é culposa. Não temos um controle despótico sobre a nossa imaginação, mas apenas político – como ensinam os filósofos - e não podemos evitar que ela nos escape sem a nossa permissão. As distracções involuntárias não invalidam o efeito meritório e impetratório da oração, desde que se faça o possível por contê-las e evitá-las.
c) Devotamente: A devoção consiste numa vontade pronta para as coisas referentes ao serviço de Deus..
A própria Rainha do Céu disse ao Bem-aventurado Alano de la Roche: “Sabei que, embora haja muitas indulgências concedidas ao meu Rosário, eu acrescento muitas mais pelas diversas partes dele em favor daqueles que o rezam sem pecado mortal, de joelhos, devotamente; e aos que perseverarem na devoção do santo Rosário, de acordo com essas condições e se meditarem, obterei para eles, como prémio, a plena remissão da pena e da culpa de todos os pecados no fim da vida. E não te pareça isto incrível; isto é-me fácil, pois sou a Mãe do Rei dos Céus, que me chama cheia de graça e, como cheia de graça, farei também ampla efusão dela em favor dos meus filhos queridos.".
Encerremos , pois, com este conselho de São Luís Maria Grignion de Montfort: “Considero como um dos mais assinalados favores de Deus a graça de alguém perseverar até à morte na prática quotidiana do Rosário. Perseverai nela e tereis a admirável recompensa que está preparada no Céu para a vossa fidelidade."
(Monsenhor João Clá Dias, "Fátima - O Meu Imaculado Coração Triunfará!", Páginas 116 e 117)
Esta oração ensina-nos resumidamente, mas de um modo perfeito, a atitude que devemos ter também ao rezar o Rosário: digna, atenta e devotamente.
O Reverendo Frei Royo Marín, dominicano e renomado teólogo, ex-professor na Universidade de Salamanca, explicou cada um destes três termos.
“a) Dignamente: Esta primeira condição exige, pelo menos, que a recitação do Rosário se faça de modo decoroso, como corresponde à majestade de Deus, a quem principalmente a nossa oração é dirigida.
O melhor procedimento é rezar de joelhos diante do Sacrário - o que nos alcança uma indulgência plenária - ou diante de uma imagem de Nossa Senhora. Mas pode-se rezá-lo também em qualquer outra postura digna (por exemplo, modestamente sentado, passeando pelo campo, etc.).
Seria indecoroso rezá-lo na cama (a não ser em caso de enfermidade), ou interrompê-lo constantemente para responder a perguntas alheias à oração.
b) Atentamente: A atenção é necessária para evitar a irreverência que ocorreria se houvesse uma distracção voluntária. Como querer que Deus nos ouça, se começamos por não nos ouvirmos a nós mesmos?
Contudo, nem toda a distracção é culposa. Não temos um controle despótico sobre a nossa imaginação, mas apenas político – como ensinam os filósofos - e não podemos evitar que ela nos escape sem a nossa permissão. As distracções involuntárias não invalidam o efeito meritório e impetratório da oração, desde que se faça o possível por contê-las e evitá-las.
c) Devotamente: A devoção consiste numa vontade pronta para as coisas referentes ao serviço de Deus..
A própria Rainha do Céu disse ao Bem-aventurado Alano de la Roche: “Sabei que, embora haja muitas indulgências concedidas ao meu Rosário, eu acrescento muitas mais pelas diversas partes dele em favor daqueles que o rezam sem pecado mortal, de joelhos, devotamente; e aos que perseverarem na devoção do santo Rosário, de acordo com essas condições e se meditarem, obterei para eles, como prémio, a plena remissão da pena e da culpa de todos os pecados no fim da vida. E não te pareça isto incrível; isto é-me fácil, pois sou a Mãe do Rei dos Céus, que me chama cheia de graça e, como cheia de graça, farei também ampla efusão dela em favor dos meus filhos queridos.".
Encerremos , pois, com este conselho de São Luís Maria Grignion de Montfort: “Considero como um dos mais assinalados favores de Deus a graça de alguém perseverar até à morte na prática quotidiana do Rosário. Perseverai nela e tereis a admirável recompensa que está preparada no Céu para a vossa fidelidade."
(Monsenhor João Clá Dias, "Fátima - O Meu Imaculado Coração Triunfará!", Páginas 116 e 117)
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