19 de nov. de 2010

A lição da pipoca


Alberto Távora

Nada mais banal do que fazer pipoca. Entretanto, pode nos ajudar a entender a escalada da perseguição religiosa em gestação no Brasil.

Acende-se o fogo e a pipoca vai esquentando na manteiga derretida. A panela está quieta; dir-se-ia que nada está acontecendo. De repente, um barulho isolado: “ploc!”. Em instantes, outros dois grãos pipocam. Daí a pouco os pipocares se multiplicam em progressão geométrica. Em questão de segundos, poucos grãos restam sem estourar.

Pois bem, pipocou no dia 17/11 mais um caso. O comandante do Corpo de Bombeiros de Tatuí-SP “mandou retirar todos os crucifixos e imagens de santos católicos das unidades sob seu comando” (estadão.com.br, 17/11).

A Câmara de Vereadores da cidade, sentindo a insatisfação do público, emitiu nota de repúdio dizendo que “o ato é arbitrário, com expressões equivocadas, desrespeitosas e imprudentes sobre a religião católica”. Mas o comandante José Natalino de Camargo alega que o Estado é laico, e portanto a exibição de símbolos é ilegal e inconstitucional. (Na mesma lógica seria ilegal a simples profissão pública da fé…)

Será um fato isolado? Sou tendente a achar que é um dos primeiros grãos que começam a pipocar, estimulado pelo fogo chamado PNDH-3, decreto presidencial de 21 de dezembro de 2009, que pretende instalar a perseguição religiosa sob pretexto de direitos humanos.

Fonte: http://www.ipco.org.br

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