2 de jun. de 2010
Jesus é único tesouro que deve ser dado à humanidade, recorda o Papa Bento XVI
Ao participar ontem de noite na tradicional procissão com a que conclui o mês Mariano com a oraçãodo Santo Terço, o Papa Bento XVIrecordou que "Jesus é o verdadeiro e único tesouro que temos que dar à humanidade. Os homens e mulheres de nosso tempo têm uma profunda nostalgia Dele, inclusive quando parecem ignorá-lo ou rechaçá-lo".
Perante a gruta da Virgem de Lourdes localizada nos jardins vaticanos, o Santo Padre se referiu à festa da Visitação da Virgem Maria à sua parenta Isabel e ressaltou que neste gesto "reconhecemos o exemplo mais claro e o significado mais real de nosso caminho de crentes e do caminho da mesma Igreja, que é missionária por natureza, está chamada a proclamar o Evangelho por toda parte e sempre, a transmitir a fé a todo homem e mulher, e em cada cultura".
"Maria permanece com Isabel uns três meses, para oferecer-lhe a proximidade afetuosa, a ajuda concreta e todos aqueles serviços cotidianos que necessitava. Isabel se converte deste modo no símbolo de tantos anciãos e doentes, é mais, de todas as pessoas que necessitam ajuda e amor. Quantas pessoas em nossas famílias, em nossas comunidades, em nossas cidades, encontram-se hoje em dia nesta situação! E Maria –que se definiu ‘a serva do Senhor’ – se faz serva dos homens. Mais precisamente, serve ao Senhor que encontra nos irmãos".
Depois de sublinhar que "a caridade de Maria, entretanto, não se limita à ajuda concreta, mas chega ao topo quando dá ao mesmo Jesus, quando faz que o encontremos", o Papa disse: "Este é o coração e a cúpula da missão evangelizadora. Este é o verdadeiro significado e o propósito mais genuíno de todo caminho missionário: doar aos seres humanos o Evangelho vivo e pessoal, que é o mesmo Senhor Jesus".
Seguidamente o Papa assinalou que "Jesus é o verdadeiro e único tesouro que temos que dar à humanidade. Os homens e mulheres de nosso tempo têm uma profunda nostalgia Dele, inclusive quando parecem ignorá-lo ou rechaçá-lo. A sociedade em que vivemos, Europa, o mundo inteiro, necessitam dele".
Bento XVI ressaltou ao finalizar que "nos foi confiada esta responsabilidade extraordinária. Vivamo-la com alegria e com empenho, para que em nossa civilização reinem a verdade, a justiça, a liberdade e o amor, pilares indispensáveis e insubstituíveis de uma verdadeira convivência ordenada e pacífica".
"Vivamos esta responsabilidade escutando sempre a Palavra de Deus, na união fraterna, na fração do pão e nas orações. Que esta seja a graça que pedimos juntos esta noite à Santíssima Virgem", concluiu.
Perante a gruta da Virgem de Lourdes localizada nos jardins vaticanos, o Santo Padre se referiu à festa da Visitação da Virgem Maria à sua parenta Isabel e ressaltou que neste gesto "reconhecemos o exemplo mais claro e o significado mais real de nosso caminho de crentes e do caminho da mesma Igreja, que é missionária por natureza, está chamada a proclamar o Evangelho por toda parte e sempre, a transmitir a fé a todo homem e mulher, e em cada cultura".
"Maria permanece com Isabel uns três meses, para oferecer-lhe a proximidade afetuosa, a ajuda concreta e todos aqueles serviços cotidianos que necessitava. Isabel se converte deste modo no símbolo de tantos anciãos e doentes, é mais, de todas as pessoas que necessitam ajuda e amor. Quantas pessoas em nossas famílias, em nossas comunidades, em nossas cidades, encontram-se hoje em dia nesta situação! E Maria –que se definiu ‘a serva do Senhor’ – se faz serva dos homens. Mais precisamente, serve ao Senhor que encontra nos irmãos".
Depois de sublinhar que "a caridade de Maria, entretanto, não se limita à ajuda concreta, mas chega ao topo quando dá ao mesmo Jesus, quando faz que o encontremos", o Papa disse: "Este é o coração e a cúpula da missão evangelizadora. Este é o verdadeiro significado e o propósito mais genuíno de todo caminho missionário: doar aos seres humanos o Evangelho vivo e pessoal, que é o mesmo Senhor Jesus".
Seguidamente o Papa assinalou que "Jesus é o verdadeiro e único tesouro que temos que dar à humanidade. Os homens e mulheres de nosso tempo têm uma profunda nostalgia Dele, inclusive quando parecem ignorá-lo ou rechaçá-lo. A sociedade em que vivemos, Europa, o mundo inteiro, necessitam dele".
Bento XVI ressaltou ao finalizar que "nos foi confiada esta responsabilidade extraordinária. Vivamo-la com alegria e com empenho, para que em nossa civilização reinem a verdade, a justiça, a liberdade e o amor, pilares indispensáveis e insubstituíveis de uma verdadeira convivência ordenada e pacífica".
"Vivamos esta responsabilidade escutando sempre a Palavra de Deus, na união fraterna, na fração do pão e nas orações. Que esta seja a graça que pedimos juntos esta noite à Santíssima Virgem", concluiu.
Santo Afonso de Ligório: Glórias de Maria - aqueduto de graças
Segundo São Bernardo, Deus encheu Maria com todas as graças para que por seu intermédio recebam os homens todos os bens que lhes são concedidos. Faz aqui o Santo uma profunda reflexão, acrescentando: Antes do nascimento da Santíssima Virgem, não existia para todos essa torrente de graças, porque não havia ainda esse desejado aqueduto: Maria foi dada ao mundo – continua ele – a fim de que por seu intermédio, como por um canal, até nós corresse sem cessar a torrente das graças divinas.
Que lhe arrebentassem os aquedutos, foi a ordem dada por Holofernes para tomar a cidade de Betúlia (Jt 7, 6). Assim o demônio também envida todos os esforços para acabar com a devoção à Mãe de Deus nas almas. Pois, cortado esse canal de graças, mui fácil se lhe torna a conquista. Consideremos, portanto, continua São Bernardo, com que afeto e devoção quer o Senhor que honremos esta nossa Rainha. Consideremos o quanto deseja que a ela sempre recorramos e em sua proteção confiemos. Pois em suas mãos depositou a plenitude de todos os bens, para nos tornar cientes de que toda esperança, toda graça, toda salvação, a nós chegam pelas mãos dela. A mesma coisa declara Santo Antônio. Todas as misericórdias dispensadas aos homens lhes têm vindo por meio de Maria.
É por isso Maria comparada à lua. Colocada entre o sol e a terra, a lua dá a esta o que recebe daquele, diz São Boaventura; do mesmo modo recebe Maria os influxos da graça para no-los transmitir aqui na terra.
Pelo mesmo motivo chama-lhe a Igreja “porta do Céu”. Como todo indulto do rei passa pela porta de seu palácio, observa São Bernardo, assim também graça nenhuma desce do céu à terra sem passar pelas mãos de Maria. Ajunta São Boaventura que Maria é chamada porta do céu porque ninguém pode entrar no céu, senão pela porta que é Maria.
Nesse sentimento confirma-nos São Jerônimo no sermão da Assunção, que vem inserido nas suas obras. Nele lemos que em Jesus Cristo reside a plenitude da graça, como na cabeça, de onde se transfunde para nós, que somos seus membros, o vivificador espírito dos auxílios divinos necessários à nossa salvação. Em Maria reside a mesma plenitude como no pescoço, pelo qual passa esse espírito para comunicar-se ao resto do corpo. Com cores mais vivas dá São Bernardo o mesmo pensamento: Por meio de Maria transmitem-se aos fiéis, que são o corpo místico de Jesus Cristo, todas as graças da vida espiritual emanadas de Jesus Cristo, que lhes é cabeça. E com as seguintes palavras procura confirmar isto: Tendo-se Deus dignado habitar no ventre desta Virgem Santíssima, adquiriu ela uma certa jurisdição sobre todas as graças: porque, saindo Jesus Cristo do seu ventre sacrossanto, dele saíram juntamente como de um oceano celeste todos os rios das divinas dádivas. Escrevendo com maior clareza ainda, diz o Santo: A partir do momento que esta Virgem Mãe concebeu em seu ventre o Divino Verbo, adquiriu, por assim dizer, um direito especial sobre os dons que nos provêm do Espírito Santo, de tal modo que criatura alguma recebe graças de Deus, senão por mãos de Maria.
(…)
Lê-se no profeta Isaías (11, 1) que da raiz de Jessé sairia uma haste, isto é, Maria, e dela, uma flor, isto é, o Verbo Encarnado. Sobre essa passagem tece Conrado de Saxônia este belo comentário: “Todo aquele que desejar obter a graça do Espírito Santo, busque a flor em sua haste, isto é, Jesus em Maria. Pois pela haste encontraremos a flor e pela flor chegaremos a Deus. – Se queres possuir a flor, procura com orações inclinar a teu favor a vara da flor e alcançá-la-ás. De outro lado, nota-te as palavras do seráfico São Boaventura, comentando o trecho “Eles encontraram a criança com Maria, sua Mãe”. Ninguém, diz ele, achará jamais a Jesus senão com Maria e por meio de Maria. E conclui que em vão procura Jesus quem não procura achá-lo com sua Mãe. Dizia por isso São Ildefonso: Quero ser servo do Filho; mas como ninguém pode servir ao Filho sem servir também a Mãe, esforço-me, por conseguinte, em servir a Maria.
[Santo Afonso de Ligório, Glórias de Maria, p. 1, cap. 5, I, Refutação e demonstração; pp. 135-139, Editora Santuário, 20ª edição, Aparecida, 1989]