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6 de jul. de 2010
Testemunho de Anderson Luiz dos Reis ( fundador da Equipe Missionária Regina Apostolorum)
O Juizo particular (meditar)
Prezado ouvinte, a Sagrada Escritura, isto é, a Bíblia, na carta de São Paulo aos Hebreus, capítulo 9, versículo 27, diz: “… os homens devem morrer uma só vez, depois do que vem um julgamento”, isto é, logo após a morte, a nossa alma será julgada por Deus; o juízo individual da alma, imediatamente após a morte chama-se juízo particular. Por isso, ouvinte, ouça atentamente essa pregação sobre o juízo particular, e com certeza você aproveitará melhor o seu tempo e viverá fervorosamente.
Faça bastante silêncio e fique atento, e assim, você entenderá melhor essa pregação sobre o juízo particular.
Caríssimo ouvinte, sabemos que a morte existe; a morte é a separação da alma e do corpo, e todos havemos de morrer, como está no livro do Eclesiástico, capítulo 14, versículo 12: “Lembra-te de que a morte não tarda”, está claro que ninguém ficará para semente.
Muitos não sabem o que acontece depois da morte; pensam que com a morte acaba tudo. E você, ouvinte; você sabe o que acontece após a morte? Não sabe? Então ficará sabendo agora. No exato momento, em que a alma abandona o corpo, ela é julgada por Deus, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “O juízo particular se realiza no mesmo instante em que o homem morre”, escreve Santo Afonso Maria de Ligório; na carta de São Paulo aos Hebreus, capítulo 9, versículo 27, diz: “… os homens devem morrer uma só vez, depois do que vem um julgamento”, e o Monge Edouard Clerc escreve também: “O juízo particular dá-se, para cada alma, imediatamente após a morte”.
Está bem claro, ouvinte, que a alma será julgada imediatamente após ter abandonado o corpo, é isto mesmo, quando os familiares que estão junto ao leito do defunto se ocupam ainda de fechar seus olhos e cruzar-lhe as mãos, a alma já foi julgado; já sabe qual vai ser o seu destino eterno. Às vezes, os familiares estão fechando os olhos de uma pessoa, cuja alma já está mergulhada nas chamas do inferno; o Papa Bento XII escreve: “… as almas que morrem em pecado mortal, imediatamente depois da morte, caem no inferno, onde são atormentados com suplícios infernais”. Repito
Ouvinte, é um momento terrível para todos, o momento para o qual fomos vivendo todos estes anos na terra, o momento para o qual toda a vida esteve orientada. É o dia da retribuição para todos, como está no Salmo 62, versículo 13: “… pois tu devolves a cada um conforme s suas obras”.
Sabemos que seremos julgados logo após a nossa morte; mas onde é que tem lugar esse Juízo Particular? Você sabe, ouvinte? O julgamento será no mesmo local em que morremos, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “No próprio lugar onde a alma se separa do corpo é julgada por nosso Senhor Jesus Cristo”, escreve Santo Afonso Maria de Ligório.
Ouvinte, se você morrer no quarto de um hospital, você será julgado naquele quarto; se morrer na sala de sua casa, será julgado na mesma sala; se morrer atropelado em uma rodovia, no local onde você morreu, etc., por isso, ouvinte, não cochile na vida espiritual, porque, como está no Evangelho de São Lucas, capítulo 12, versículo 40:”Na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem”.
Então, ouvinte, havemos de ser julgados logo após a nossa morte; não adianta tentar fugir ou se amoitar; você pode até fugir da igreja, fugir da oração, fugir da verdade, etc., mas do juízo particular você não fugirá, você comparecerá nem que seja arrastado ou esperneando, gritando ou chorando, mais comparecerá; por isso, deixe de fazer gracinha e leve o negócio a sério, como escreve São Pedro Julião Eymard: “Salvar a minha alma é negócio pessoal. Não posso descansar em ninguém, nem com ninguém repartir o trabalho”, escreve São Pedro Julião Eymard.
Ouvinte; quem será o juízo? Você sabe? O juiz será Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “… o qual não delega seu poder, mas vem ele mesmo julgar”. Ele conhece todos os nossos pecados, pois, diante de seus olhos os cometemos. Avalia-lhes a gravidade, pois a Ele ofenderam. Conhece-lhes toda a malícia, por isso, aplicar-lhes-á o castigo merecido,como escreve Santo Agostinho: “Virá com amor para os fiéis, e com terror para os pecadores, para os incrédulos”. Repito
Ouvinte, é um Deus onipotente, e não uma criatura que nos há de julgar! A sua misericórdia é infinita, porém, naquela hora ela se oculta para só dar lugar à justiça.
Na hora do juízo não se atende nem à pessoa, nem à dignidade da mesma, inclusive esses que se acham donos do mundo.
Todos os seus títulos e cargos cairão no pó da sepultura, e cada um há de ver-se naquela hora com as boas ou más obras nas mãos, para receber por elas o prêmio ou o castigo, como está na Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios, capítulo 5, versículo 10: “Porquanto todos nós teremos de comparecer manifestamente perante o Tribunal de Cristo, a fim de que cada um receba a retribuição do que tiver feito durante a sua vida no corpo, seja para o bem, seja para o mal”. Esta sentença de prêmio ou castigo… depende dos merecimentos da alma durante a sua vida na terra, já que com a morte termina o tempo e a possibilidade de merecer.
Caríssimo ouvinte, infeliz do católico que passou a vida abusando da graça de Deus, que tinha tempo para pecar e ofender a Deus, mas não tinha tempo para rezar e para praticar o bem; esse encontrará um juiz indignado, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “Qual não será o espanto daquele que, vendo pela primeira vez o seu Redentor, vir também á indignação divina!”, Repito, e no livro do Profeta Naum, capítulo 1, versículo 6 diz: “Quem poderá substituir ante a face de sua indignação?”, e São Bernardo de Claraval afirma: “A indignação do juiz fará sofrer mais as almas que as próprias penas do inferno”. Repito
Ouvinte, tem-se visto bandidos e criminosos banhados em suor frio na presença dos juízes da terra. Um homem chamado Pison, em traje de condenado , comparecendo no Senado, sentiu tamanha confusão e vergonha, que ali mesmo morreu. Que aflição profunda sente um filho quando vê seu pai gravemente indignado!… Amargura muito maior sentirá a alma quando ver indignado a Jesus Cristo, a quem desprezou. Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Irritado e implacável, então, se lhe apresentará esse Cordeiro Divino, que foi no mundo tão paciente e amoroso, e a alma, sem esperança, clamará aos montes que caiam sobre ela e a ocultem à indignação de Deus”, escreve Santo Afonso Maria de Ligório; e no livro de Apocalipse, capítulo 6, versículos 15 e 16 diz: “Os reis da terra, os magnatas, os capitães, os ricos e poderosos, todos, escravos e homens livres, esconderam-se nas cavernas e pelos rochedos das montanhas, dizendo aos montes e às pedras: “Desmorona, sobre nós e escondei-nos da face daquele que está sentado no trono, e da ira do cordeiro”.Ap 6, 15-16
Caríssimo ouvinte, no Evangelho de São Lucas, capítulo 21, versículo 27 diz: “Então verão o Filho do Homem”; aqui São Lucas está falando do juízo; e Santo Afonso Maria de Ligório diz: “Ver o seu juiz em forma humana aumentará a dor dos pecadores; por que a presença daquele homem, que morreu para salvá-los, lhes recordará vivamente a ingratidão com que o ofenderam”, escreve Santo Afonso Maria de Ligório.
E você, ouvinte, leva uma vida medíocre, que vive no comodismo e buscando sempre o mais fácil; você está tranqüilo e seguro para comparecer perante o tribunal de Deus?
Depois da gloriosa Ascensão do Senhor, os anjos disseram aos discípulos: “Este Jesus, que foi arrebatado dentre vós para o céu, assim virá, do mesmo modo como o vistes partir para o céu”, Atos dos Apóstolos, capítulo 1, versículo 11. Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Virá, pois, o Salvador a julgar-nos, ostentando aquelas mesmas Chagas Sagradas que tinha quando deixou a terra”, e Ruperto exclama: “Grande alegria para os que contemplam, grande temor para os que esperam”. Ouvinte, essas Benditas Chagas consolarão os justos e infundirão terror aos pecadores.
No livro do Gênesis , capítulo 45, versículo 3 diz que quando José disse a seus irmãos: “Eu sou José, a quem rendestes”, eles ficaram, diz a Bíblia, sem fala e imóveis de terror. Ouvinte, o que responderá o pecador a Jesus Cristo na hora do julgamento? Acaso, terá coragem de lhe pedir misericórdia, sendo que durante a vida, desprezou por inúmeras vezes a misericórdia do Senhor? Santo Agostinho escreve: “Que fará? Para onde fugirá quando vir o juiz indignado? Por baixo o inferno aberto, de um lado os pecadores que o acusam, do outro o demônio, disposto a executar a sentença, e dentro de si mesmo a consciência que recorde e castiga!”, que fará? Que fará? Escreve Santo Agostinho.
Prezado ouvinte, como já foi falado, é Deus que nos há de julgar! Ele é superior a todos os poderosos do mundo. É ele o Rei dos reis e Senhor dos senhores. O seu tribunal é, pois, sem apelação. Se a sentença for de condenação, não há esperanças de a renovar em tribunal de segunda instância, não haverá uma segunda audiência, o perdão, que ainda aqui na terra pode ser a derradeira esperança do condenado, não tem aceitação num tribunal em que o juiz é o mesmo rei. Não é àquela hora de perdão, mas sim de justiça.
Ouvinte, não é Deus a mesma retidão? Logo, a sentença saída dos seus lábios não pode ser senão traçada pela justiça mais imparcial e tal que traduza na íntegra o valor moral de todas as nossas ações. Está claro que Deus é justo, e n’Ele não há fingimento.
No livro de Daniel, capítulo 7, versículo 10 diz: “Começou o juízo e os livros foram abertos”. Ouvinte , haverá dois livros ; isso mesmo , Santo Afonso Maria de Ligório diz que serão: “O Evangelho e a consciência”. No Evangelho, ler-se-á o que o Réu devia fazer; na consciência, o que ele fez. Na balança da divina justiça não se pesarão as riquezas, nem as dignidades nem a nobreza das pessoas, mas somente as suas obras, como está no livro do Apocalipse, capítulo 14, versículo 13: “… pois suas obras os acompanham”; e no livro de Daniel, capítulo 5 ,versículo 27 diz: “Foste pesado na balança – diz Daniel ao réu Baltazar – e achado demasiadamente leve”. Quer dizer, segundo o comentário do Padre Álvares, que “não foram colocados na balança o ouro e as riquezas, mas unicamente a pessoa do rei”. Por isso, ouvinte, se você pensa que Jesus Cristo na hora do julgamento vai levar em conta a sua riqueza, os seus diplomas, a sua beleza física, a sua fama, etc., você está completamente enganado; somente as suas obras o acompanharão, como está no livro do Apocalipse, capítulo 14, versículo13.
Caríssimos ouvintes, surgirão também alguns acusadores, é isso mesmo, alguns acusadores.
Santo Agostinho assegura-nos que o primeiro a levantar-se contra nós será o demônio. Ele escreve: “O inimigo estará ante o tribunal de Cristo, e referirá as palavras de tua profissão. Recordar-nos-á tudo quanto temos feito, o dia e a hora em que pecamos”, escreve o grande Santo Agostinho.
Ouvinte, referir as palavras de nossa profissão significa que ele, o demônio, apresentará todos as promessas que fizemos, que esquecemos e, por conseguinte, deixamos de cumprir. E, o demônio, denunciará ás nossas faltas, designando os dias e as horas em que as cometemos. Depois ele dirá ao Juiz, que é Jesus Cristo: “Senhor, eu não sofri nada por este réu; mas ele vos abandonou, a vós que destes a vida para salvá-lo, e ele se fez meu escravo; (e o demônio dirá).Ainda é a mim que ele pertence…”, escreve Santo Agostinho.
O réu ousará dizer ao juiz Jesus Cristo: “Senhor Jesus, seguir o demônio era mais fácil, porque a lei de Deus é muito exigente”.
Mas o demônio gritará contra o réu dizendo: “Não é verdade, não é verdade. E o demônio dirá: Eu te fazia trabalhar mesmo no domingo, enquanto a lei de Deus te teria concedido descanso. E tu trabalharas para mim, sem te lamentares. Eu te fazia beber mesmo quando já não tinhas sede: e tu, por mim, bebias, até te sentires mal, até te bestializares na embriaguez, e eu sorria muito de você. Eu te mandava dançar: e tu, cansado dos seis dias de trabalho, dançavas no domingo para me fazeres dar gargalhadas. Eu te sugeria um encontro com prostitutas: e tu, para me escutares, deixavas a tua família e, embora fizesse frio, embora chovesse, te agüentavas esperar debaixo da água, por horas e horas, aquelas pessoas. Eu te impunha esbanjares no vício o suor da tua semana, aquele dinheiro que ganhastes com tanta dificuldade: e tu, que tinhas medo de dar um centavo de esmola, consumias nas reuniões e nos prazeres o sustento de tua família”. Tu que passastes a vida inteira me servindo, querer agora escapar-te das minhas mãos. Não permitirei! Você me pertence.
Ouvinte! Você está tranqüilo para comparecer perante o tribunal de Deus? Você é um católico autêntico; ou é um boneco nas mãos de satanás? Examine-se com sinceridade.
Prezado ouvinte, segundo Orígenes, os anjos da guarda também serão acusadores. Orígenes escreve: “Os anjos darão testemunho dos anos em que procuraram a salvação do pecador… do desprezo deste a todas as inspirações e avisos”. É isto mesmo, ouvinte, o anjo da guarda, a quem a piedade suprema nos confiara, também ele se tornará acusador.
O anjo da guarda dirá ao Juiz Jesus Cristo: Meu Senhor,o meu dever de iluminá-lo, guardá-lo, regê-lo, governá-lo, cumpri-o: mas em vão. Em vão, ó Senhor, dirá o anjo; iluminei-lhe a mente com bons pensamentos, a alma com as boas palavras de pessoas piedosas, o caminho com o bom exemplo de companheiros. Em vão eu o guardava, pois por sua teimosa vontade, ele ia ter com as pessoas más e aos lugares perigosos. Ás tempestades de remorsos que eu lhe suscitava no coração, ele não quis render-se; foi tudo em vão, tudo em vão.
Prezado ouvinte, terminada a acusação do demônio e do anjo da guarda, surgirão os homens como acusadores.
Os inocentes, escandalizados pelas palavras e pelo mau exemplo do réu, dirão ao juiz: “Justiça de Deus, vinga as nossas almas”.
Os cúmplices dos pecados do réu gritarão ao Juiz: “Senhor, em casa aprendi a rezar; aprendi sim; a blasfemar, a ofender-te, a usar roupas imorais, a ver novelas e outras coisas que não te agradam”.
Será talvez, ó pais, a voz débil dos filhos que não quisestes, ou que abandonastes antes de nascerem. Gemerão eles: “Senhor, nós também tínhamos direito à vida, e não a tivemos!
Ouvinte, muitos na hora do Juízo tentarão se desculparem; dizendo que tudo foi por fraqueza ou ignorância, etc., mas todos os santos saltarão e gritarão: “Também nós éramos de carne e sangue como vocês, e nos salvamos”.Realmente não haverá desculpas para os relaxados.
Santo Afonso Maria de Ligório diz: “Até as paredes, que viram o réu pecar, tornar-se-ão acusadoras”, como está no livro de Halacuc, capítulo 2, versículo 11: “Sim, da parede a pedra gritará, e do madeiramento as vigas responderão”.
Ouvinte, acusadora será a própria consciência do réu, como está na Carta aos Romanos, capítulo 2, versículo 15 e 16: “Eles mostram a obra da lei gravada em seus corações, dando disto testemunho sua consciência e seus pensamentos que alternadamente se acusam ou defendem… no dia em que Deus – segundo o meu evangelho – julgará, por Cristo Jesus, as ações ocultas dos homens”.
São Bernardo de Claraval diz que os pecados do réu dirão na hora do juízo: “Tu nos fizeste; somos tuas obras, e não te abandonaremos”.
Caríssimo ouvinte, as acusadoras, por fim segundo São João Crisóstomo, serão as chagas de Jesus Cristo. Ele escreve: “Os cravos se queixarão de ti; as cicatrizes contra ti falarão, a cruz clamará contra ti”.
Ouvinte, depois que cessar as acusações, então, passar-se-á ao exame, isso mesmo, ao exame.
No livro de Safonias, capítulo 1, versículo 12 diz: “E acontecerá, naquele tempo, que eu esquadrinharei Jerusalém com lanternas”. Mendoza escreva: “A luz da lâmpada penetra todos os recantos da casa. Está claro que Deus apresentará ao réu os exemplos dos santos, todas as luzes e inspirações com que o favoreceu, todos os anos de vida que lhe concedeu para que os empregasse na prática do bem” Repito .Santo Anselmo exclama: “Até de cada olhar tens que dar conta”. Assim como se purifica e aquilata o ouro, separando-o das escórias, assim se aquilatarão e examinarão as confissões, comunhões e outras boas obras, como está em Malaquias, capítulo 3, versículo 3: “E se assentará aquele que funde e que purifica; ele purificará os filhos de Levi e os acrisolará como ouro e prata, e eles se tornarão para Deus aqueles que apresentam uma oferenda conforme a justiça”. E na primeira Carta de São Pedro, capítulo 4, versículo 18 diz: “Se o justo com dificuldade consegue salvar-se, em que situação ficará o ímpio e pecador?”, 1 Pedro 4,18.
Ouvinte, se o réu deve dar conta de toda palavra ociosa, que contas se darão de tantos maus pensamentos voluntários, de tantas palavras impuras? O Senhor, falando dos escândalos, que lhe roubam inúmeras almas, diz: “Eu lhes sairei ao encontro como uma ursa a quem roubaram os seus filhotes”, conferir no livro do Profeta Oséias, capítulo 13, versículo 8; e referindo-se ainda às ações do réu, o juiz supremo lhe dera: “Dei-lhe o fruto de suas mãos”, Provérbios 13,13, quer dizer, paguei-lhe conforme suas obras.
Caríssimo ouvinte, para que a alma consiga a salvação eterna, o juízo há de mostrarque a vida dessa alma fora conforme a vida de Cristo.
Aquele que passou a sua vida aqui na terra perdendo tempo com o lixo do mundo; que pisou na graça de Deus, que cometeu pecados e mais pecados, etc ; o que responderá ele a Jesus Cristo, seu juiz? Fará como aquele homem do Evangelho, que se apresentou ao banquete sem a veste nupcial. Não soube o que responder e calou-se, conferir no Evangelho de São Mateus, capítulo 22, versículo 12. As próprias culpas lhe fechou a boca, conferir no Salmo 106, versículo 42. São Basílio Magno escreve: “A vergonha será então para o pecador maior tormento que as próprias chamas infernais”.
E o juiz pronunciará a sentença: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno!”. “Quão terrivelmente ressoará aquele trovão”, exclama Dionísio, o Cartucho… “Quem não treme à consideração dessa horrenda sentença”, observa Santo Anselmo. Santo Eusébio acrescenta que: “será tão grande o terror dos pecadores ao ouvir a sua condenação, que se não fossem já imortais morreriam de novo”, e Santo Tomás de Vilanova escreve: “Então já não será tempo de suplicar, já não haverá intercessores a quem recorrer. A quem, efetivamente, hão de recorrer?… Porventura, a seu Deus, a quem desprezaram?”, escreve Santo Tomás de Vilanova.
Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Talvez recorrerão aos santos e à virgem Maria?… Ah!Não!Porque então as estrelas (que são os santos advogados) cairão do céu, e a lua ( que é Maria Santíssima) não dará as sua luz ( Ch Mt 24,29)”. E santo Agostinho escreve também: “Maria retirar-se-á das portas da glória”.
Ouvinte, não brinque com a graça de Deus, é para esta hora decisiva e melindrosa que todos caminhamos. Dentro em breve se há de dar conosco esta cena. Hora tremenda a do julgamento. Aqui se hão de desvendar os olhos de tantos cegos pelo falso brilho das vaidades mundanas. Aqui se hão de ver os caminhos errados do vício, os laços do demônio, a falsidade de tantas máximas com que a impiedade pretende desviar do caminho da salvação as almas remidas com o sangue de Jesus Cristo.
Mas será tarde!Será tarde, muito tarde! Os caminhos mal andados já não se podem desandar; as blasfêmias , as heresias, as calúnias já se não podem retratar; as máximas errôneas já não se podem substituir pelas verdadeiras, nem os pecados mudar em virtudes! Passou o tempo do perdão; a hora presente é de justiça!
Caríssimo ouvinte; não haverá também porque ter pena dos que se perdem, pois receberam nesta vida — na medida adequada para eles — graça suficiente para se salvarem:foram eles próprios que rejeitaram a misericórdia de Deus, que não lhes faltou. Todos os homens podem salvar-se, porque Cristo morreu por todos, e Deus não pratica nenhum tipo de segregação. Os que forem condenados, sê-lo-ão de acordo com toda a justiça: Serão eles que o terão querido até o fim, porque não pode haver qualquer assomo de injustiça em Deus. Ouvinte, não haverá nenhuma “anistia final”, porque toda “anistia” já foi incansavelmente oferecida por Deus na vida terrena. Por isso não brinque e não faça gracinha, porque as conseqüências poderão ser desastrosas.
Caríssimo ouvinte, se queres que nesse tribunal, Jesus seja teu amigo, e não condenador implacável, vai ter com Ele, e pede-lhe que perdoe os teus pecados. Abranda a cólera de Nosso Senhor chorando os teus erros, e prometa-lhe fidelidade a partir de agora.
Se queres ver n’Ele mansidão, ama-o com amor sincero e não o ultrajes com esta tua rebeldia.
Se queres que o juízo de Deus te seja favorável, julga-te a ti mesmo. Imagina qual será o castigo que te pode acarretar a vida que levas. É o inferno! Isso mesmo.
Ouvinte, na primeira carta de São Paulo aos Coríntios, capítulo 11, versículo 31 diz: “Se nos julgássemos não seríamos julgados”, repito e São Bernardo de Claraval também escreve: “Julguei as minhas obras boas e as más — para que, quando vier o Senhor, que há de julgar Jerusalém, nenhuma coisa encontre, que não tenha sido julgada”.
Então, ouvinte, julga-te a ti mesmo, se não queres ser tão severamente julgado depois da tua morte. julga as tuas ações, as tuas palavras, os teus pensamentos, e faça penitência por tudo que achares digno de castigo.
Prezado ouvinte, muitos engraçadinhos brincam dizendo que não serão julgados, mas a hora deles também chegará. No livro de Ezequiel, capítulo 7, nos versículos 6, 7 e 8 diz: “Chegou o fim, chegou o fim; ele desperta contra ti, ei-lo que chega! Chegou a tua vez, sim, para ti, habitante da terra. O tempo está chegando, o dia está próximo. Será a ruína e não mais os júbilo nos montes. Agora mesmo, dentro de um instante derramarei a minha ira obre ti e satisfarei em ti a minha cólera. Com efeito, hei de julgar-te segundo o teu comportamento, e farei vir sobre ti todas as tuas abominações”, Ezequiel, capítulo 7, do versículo 6 ao versículo 8.
Ouvinte, Santo Agostinho escreve: “Antes do juízo, podemos ainda aplacar o juiz, mas durante o juízo, não”; por isso, ouvinte, repita continuamente essas palavras de Santo Afonso Maria de Ligório: “Desejo, ó juiz de minha alma, que me julgueis e castigueis nesta vida, porque ainda é tempo de misericórdia e de perdão. Depois da morte sé será tempo de justiça”.
Pe. Divino Antônio Lopes FP
Diálogo do Papa Bento XVI com os sacerdotes
Praça de São Pedro
Quinta-feira, 10 de Junho de 2010
Quinta-feira, 10 de Junho de 2010
América:
P. – Beatíssimo Padre, sou Pe. José Eduardo Oliveira e Silva e venho da América, exactamente do Brasil. A maior parte de nós aqui presentes está comprometida na pastoral directa, na paróquia, e não só com uma comunidade, mas por vezes já somos párocos de várias paróquias, ou de comunidades particularmente vastas. Com toda a boa vontade procuramos enfrentar as necessidades de uma sociedade muito mudada, já não totalmente cristã, mas damo-nos conta de que o nosso “fazer” não é suficiente. Para onde ir, Santidade? Em que direcção?
R. – Queridos amigos, antes de tudo gostaria de expressar a minha grande alegria porque estão reunidos aqui sacerdotes de todas as partes do mundo, na alegria da nossa vocação e na disponibilidade para servir o Senhor com todas as nossas forças, neste nosso tempo. Em relação à pergunta: estou deveras consciente de que hoje é muito difícil ser pároco, também e sobretudo nos países de antiga cristandade; as paróquias tornam-se cada vez mais vastas, unidades pastorais… é impossível conhecer todos, é impossível fazer todos os trabalhos que se esperam de um pároco. E assim, realmente, perguntamo-nos para onde ir, como o senhor disse. Mas em primeiro lugar gostaria de dizer: sei que existem tantos párocos no mundo que dedicam realmente toda a sua força pela evangelização, pela presença do Senhor e dos seus Sacramentos, e a estes fiéis párocos, que trabalham com todas as forças da sua vida, do nosso ser apaixonados por Cristo, gostaria de dizer um grande “obrigado”, neste momento. Disse que não é possível fazer tudo o que se deseja, tudo o que talvez se deva fazer, porque as nossas forças são limitadas e as situações são difíceis numa sociedade cada vez mais diversificada, mais complicada. Penso que, sobretudo, é importante que os fiéis possam ver que este sacerdote não faz apenas um “job”, horas de trabalho, e depois está livre e vive só para si mesmo, mas é um homem apaixonado de Cristo, que traz em si o fogo do amor de Cristo. Se os fiéis vêem que ele está cheio da alegria do Senhor, compreendem também que não pode fazer tudo, aceitam os limites e ajudam o pároco. Este parece-me o aspecto mais importante: que se possa ver e sentir que o pároco realmente se considera chamado pelo Senhor; que está cheio de amor ao Senhor e aos seus. Se isto existe, compreende-se e pode-se ver também a impossibilidade de fazer tudo. Por conseguinte, estar cheios da alegria do Evangelho com todo o nosso ser é a primeira condição. Depois devem fazer-se opções, ter a prioridade, ver quanto é possível e quanto é impossível. Diria que conhecemos as três prioridades fundamentais: são as três colunas do nosso ser sacerdotes. Primeiro, a Eucaristia, os Sacramentos: tornar possível e presente a Eucaristia, sobretudo dominical, na medida do possível, para todos, e celebrá-la de modo que se torne realmente o visível acto de amor do Senhor por nós. Depois, o anúncio da Palavra em todas as dimensões: do diálogo pessoal à homilia. O terceiro aspecto é a “caritas”, o amor de Cristo: estar presentes para quem sofre, para os pequeninos, para as crianças, para as pessoas em dificuldade, para os marginalizados; tornar realmente presente o amor do Bom Pastor. E depois, uma prioridade muito importante é também a relação pessoal com Cristo. No breviário, a 4 de Novembro, lemos um bonito texto de São Carlos Borromeu, grande pastor, que se entregou verdadeiramente a si mesmo, e que nos diz a nós, a todos os sacerdotes: “não descuides a tua alma: se a tua própria alma for descuidada, também não podes dar aos outros quanto deverias. Por conseguinte, também deves ter tempo para ti mesmo, para a tua alma”, ou, por outras palavras, a relação com Cristo, o diálogo pessoal com Cristo é uma prioridade pastoral fundamental, é condição para o nosso trabalho para os outros! E a oração não é algo marginal: a “profissão” do sacerdote é precisamente rezar, também como representante do povo que não sabe rezar ou não encontra tempo para o fazer. A oração pessoal, sobretudo a Oração das Horas, é alimento fundamental para a nossa alma, para toda a nossa acção. E, por fim, reconhecer os nossos limites, abrir-nos também a esta humildade. Recordemos uma narração de Marcos, no capítulo6, onde os discípulos estão “stressados”, querem fazer tudo, e o Senhor diz: “Vamos embora, repousai um pouco” (cf. Mc6, 31). Também isto é trabalho – diria – pastoral: encontrar e ter a humildade, a coragem de repousar. Portanto, penso que a paixão pelo Senhor, o amor do Senhor, nos mostra as prioridades, as escolhas, nos ajuda a encontrar o caminho. O Senhor ajudar-nos-á. Obrigado a todos vós!
África
P. – Santidade, sou Mathias Agnero e venho da África, exactamente da Costa do Marfim. Vossa Santidade é um Papa-teólogo, enquanto nós, quando conseguimos, lemos apenas alguns livros de teologia para a formação. Contudo, parece-nos que se criou uma ruptura entre teologia e doutrina e, ainda mais, entre teologia e espiritualidade. Sente-se a necessidade de que o estudo não seja só académico mas alimente a nossa espiritualidade. Sentimos a necessidade disto no próprio ministério pastoral. Por vezes a teologia não parece ter Deus no centro e Jesus Cristo como primeiro “lugar teológico”, mas tem ao contrário os gostos e as tendências difundidas; e a consequência é o proliferar de opiniões subjectivas que permitem o introduzir-se, também na Igreja, de um pensamento não católico. Como podemos não nos desorientar na nossa vida e no nosso ministério, quando é o mundo que julga a fé e não o contrário? Sentimo-nos “descentrados”!
R. – Obrigado. O senhor focou um problema muito difícil e doloroso. Há realmente uma teologia que quer ser académica sobretudo, parecer científica e esquece a realidade vital, a presença de Deus, a sua presença entre nós, o seu falar hoje, não só no passado. Já São Boaventura, no seu tempo, distinguiu duas formas de teologia; disse: “há uma teologia que provém da arrogância da razão, que quer dominar tudo, que faz passar Deus de sujeito para objecto que nós estudamos, enquanto deveria ser sujeito que nos fala e nos guia”. Há realmente este abuso da teologia, que é arrogância da razão e não alimenta a fé, mas obscurece a presença de Deus no mundo. Depois, há uma teologia que quer conhecer mais por amor ao amado, é estimulada pelo amor e guiada pelo amor, quer conhecer mais o amado. Esta é a verdadeira teologia, que vem do amor de Deus, de Cristo e quer entrar mais profundamente em comunhão com Cristo. Na realidade, as tentações, hoje, são grandes; sobretudo, impõe-se a chamada “visão moderna do mundo” (Bultmann, “modernes Weltbild”), que se torna o critério de quanto seria possível ou impossível. E assim, precisamente com este critério que tudo é como sempre, que todos os acontecimentos históricos são do mesmo género, excluiu-se precisamente a novidade do Evangelho, excluiu-se a irrupção de Deus, a verdadeira novidade que é a alegria da nossa fé. O que fazer? Aos teólogos eu diria antes de mais: tende coragem. E gostaria de manifestar o meu grande obrigado também aos numerosos teólogos que fazem um bom trabalho. Existem os abusos, sabemo-lo, mas em todas as partes do mundo existem muitos teólogos que vivem verdadeiramente da Palavra de Deus, se alimentam da meditação, vivem a fé da Igreja e querem ajudar para que a fé esteja presente no nosso hoje. A estes teólogos gostaria de dizer um grande “obrigado”. E diria aos teólogos em geral: “não tenhais medo deste fantasma da cientificidade!”. Eu sigo a teologia desde 1946: comecei a estudá-la em Janeiro desse ano e portanto vi quase três gerações de teólogos, e posso dizer: as hipóteses que naquele tempo, e depois nos anos 60 e 80 eram as mais novas, absolutamente científicas, quase dogmáticas, entretanto envelheceram e já não são válidas! Muitas delas parecem quase ridículas. Portanto, ter a coragem de resistir à aparente cientificidade, de não se submeter a todas as hipóteses do momento, mas pensar realmente a partir da grande fé da Igreja, que está presente em todos os tempos e nos dá o acesso à verdade. Sobretudo, também, não pensar que a razão positivista, que exclui o transcendente – que não pode ser acessível – é a verdadeira razão! Esta razão frágil, que só apresenta as realidades experimentáveis, é realmente uma razão insuficiente. Nós teólogos devemos usar a razão grande, que está aberta à grandeza de Deus. Devemos ter a coragem de ir além do positivismo à questão das raízes do ser. Isto parece-me de grande importância. Portanto, é preciso ter a coragem da grande, ampla razão, ter a humildade de não se submeter a todas as hipóteses do momento, viver da grande fé da Igreja de todos os tempos. Não há uma maioria contra a maioria dos Santos: a verdadeira maioria são os Santos na Igreja e devemos orientar-nos por eles! Depois, digo o mesmo aos seminaristas e aos sacerdotes: Pensai que a Sagrada Escritura não é um livro isolado: é vivo na comunidade viva da Igreja, que é o mesmo sujeito em todos os séculos e garante a presença da Palavra de Deus. O Senhor deu-nos a Igreja como sujeito vivo, com a estrutura dos Bispos em comunhão com o Papa, e esta grande realidade dos Bispos do mundo em comunhão com o Papa garante-nos o testemunho da verdade permanente. Tenhamos confiança neste Magistério permanente da comunhão dos Bispos com o Papa, que nos representa a presença da Palavra. E depois, tenhamos confiança também na vida da Igreja e, sobretudo, devemos ser críticos. Certamente a formação teológica – gostaria de dizer isto aos seminaristas – é muito importante. No nosso tempo devemos conhecer bem a Sagrada Escritura, também precisamente contra os ataques das seitas; devemos ser realmente amigos da Palavra. Devemos conhecer também as correntes do nosso tempo para poder responder razoavelmente, para poder – como diz São Pedro – “explicar a razão faz nossa fé”. A formação é muito importante. Mas devemos ser também críticos: o critério da fé é o critério com o qual ver também os teólogos e as teologias. O Papa João Paulo II deixou-nos um critério absolutamente seguro no Catecismo da Igreja Católica: vemos nele a síntese da nossa fé, e este Catecismo é verdadeiramente o critério para ver para onde se orienta uma teologia aceitável ou inaceitável. Portanto, recomendo a leitura, o estudo deste texto, e assim podemos ir em frente com uma teologia crítica no sentido positivo, ou seja, contra as tendências da moda e aberta às verdadeiras novidades, à profundidade inexaurível da Palavra de Deus, que se revela nova em todos os tempos, também no nosso.
Europa
P. – Santo Padre, sou Pe. Karol Miklosko e venho da Europa, exactamente da Eslováquia, e sou missionário na Rússia. Quando celebro a Santa Missa encontro-me a mim mesmo e compreendo que ali encontro a minha identidade, a raiz e a energia do meu ministério. O sacrifício da Cruz revela-me o Bom Pastor que dá tudo pelo rebanho, por cada ovelha, e quando digo: “Isto é o meu corpo… isto é o meu sangue” oferecido e derramado em sacrifício por vós, então compreendo a beleza do celibato e da obediência, que livremente prometi no momento da ordenação. Mesmo com as dificuldades naturais, o celibato parece-me óbvio, olhando para Cristo, mas sinto-me transtornado ao ler tantas críticas mundanas a este dom. Peço-lhe humildemente, Padre Santo, que nos ilumine sobre a profundeza e o sentido autêntico do celibato eclesiástico.
R. – Obrigado pelas duas partes da sua pergunta. A primeira, onde mostra o fundamento permanente e vital do nosso celibato; a segunda, que mostra todas as dificuldades nas quais nos encontramos no nosso tempo. A primeira é importante, isto é: o centro da nossa vida deve ser realmente a celebração quotidiana da Sagrada Eucaristia; e aqui são centrais as palavras da consagração: “Isto é o meu Corpo, isto é o meu Sangue”, ou seja: falamos “in persona Christi”. Cristo permite que usemos o seu “eu”, que falemos no “eu” de Cristo, Cristo “atrai-nos para si” e permite que nos unamos, une-nos com o seu “eu”. E assim, através desta acção, este facto que Ele nos “atrai” para si mesmo, de modo que o nosso “eu” se torna um só com o seu, realiza a permanência, a unicidade do seu Sacerdócio; assim Ele é sempre realmente o único Sacerdote, e contudo muito presente no mundo, porque nos “atrai” para si mesmo e deste modo torna presente a sua missão sacerdotal. Isto significa que somos “atraídos” para o Deus de Cristo: é esta união com o seu “eu” que se realiza nas palavras da consagração. Também no “estás perdoado” – porque nenhum de nós poderia perdoar os pecados – é o “eu” de Cristo, de Deus, o único que pode perdoar. Esta unificação do seu “eu” com o nosso implica que somos “atraídos” também para a sua realidade de Ressuscitado, que prosseguimos rumo à vida plena da ressurreição, da qual Jesus fala aos Saduceus em Mateus, capítulo 22: é uma vida “nova”, na qual já estamos além do matrimónio (cf. Mt 22, 23-32). É importante que nos deixemos sempre de novo embeber por esta identificação do “eu” de Cristo connosco, por este ser “lançados” para o mundo da ressurreição. Neste sentido, o celibato é uma antecipação. Transcendamos este tempo e caminhemos em frente, e assim “atrairemos” para nós próprios e o nosso tempo rumo ao mundo da ressurreição, à novidade de Cristo, à vida nova e verdadeira. Por conseguinte, o celibato é uma antecipação tornada possível pela graça do Senhor que nos “atrai” para si rumo ao mundo da ressurreição; convida-nos sempre de novo a transcender-nos a nós mesmos, este presente, rumo ao verdadeiro presente do futuro, que hoje se torna presente. E chegamos a um ponto muito importante. Um grande problema da cristandade do mundo de hoje é que já não se pensa no futuro de Deus: só o presente deste mundo parece suficiente. Queremos ter só este mundo, viver só neste mundo. Assim fechamos as portas à verdadeira grandeza da nossa existência. O sentido do celibato como antecipação do futuro é precisamente abrir estas portas, tornar o mundo maior, mostrar a realidade do futuro que deve ser vivido por nós como presente. Por conseguinte, viver assim num testemunho da fé: cremos realmente que Deus existe, que Deus tem a ver com a minha vida, que posso fundar a minha vida em Jesus, na vida futura. E conhecemos agora as críticas mundanas das quais o senhor falou. É verdade que para o mundo agnóstico, o mundo no qual Deus não tem lugar, o celibato é um grande escândalo, porque mostra precisamente que Deus é considerado e vivido como realidade. Com a vida escatológica do celibato, o mundo futuro de Deus entra nas realidades do nosso tempo. E isto deveria desaparecer! Num certo sentido, esta crítica permanente contra o celibato pode surpreender, num tempo em que está cada vez mais na moda não casar. Mas este não-casar é uma coisa total, fundamentalmente diversa do celibato, porque o não-casar se baseia na vontade de viver só para si mesmo, de não aceitar qualquer vínculo definitivo, de ter a vida em todos os momentos em plena autonomia, decidir em qualquer momento como fazer, o que tirar da vida; e portanto um “não” ao vínculo, um “não” à definitividade, um ter a vida só para si mesmos. Enquanto o celibato é precisamente o contrário: é um “sim” definitivo, é um deixar-se guiar pela mão de Deus, entregar-se nas mãos do Senhor, no seu “eu”, e portanto é um acto de fidelidade e de confiança, um acto que supõe também a fidelidade do matrimónio; é precisamente o contrário deste “não”, desta autonomia que não se quer comprometer, que não quer entrar num vínculo; é precisamente o “sim” definitivo que supõe, confirma o “sim” definitivo do matrimónio. E este matrimónio é a forma bíblica, a forma natural do ser homem e mulher, fundamento da grande cultura cristã, das grandes culturas do mundo. E se isto desaparecer, será destruída a raiz da nossa cultura. Por isso, o celibato confirma o “sim” do matrimónio com o seu “sim” ao mundo futuro, e assim queremos ir em frente e tornar presente este escândalo de uma fé que baseia toda a existência em Deus. Sabemos que ao lado deste grande escândalo, que o mundo não quer ver, existem também os escândalos secundários das nossas insuficiências, dos nossos pecados, que obscurecem o verdadeiro e grande escândalo, e fazem pensar: “Mas, não vivem realmente no fundamento de Deus!”. Mas há tanta fidelidade! O celibato, mostram-no precisamente as críticas, é um grande sinal de fé, da presença de Deus no mundo. Rezemos ao Senhor para que nos ajude a tornar-nos livres dos escândalos secundários, para que torne presente o grande escândalo da nossa fé: a confiança, a força da nossa vida, que se funda em Deus e em Jesus Cristo!
Ásia
P. – Santo Padre, sou Pe. Atsushi Yamashita e venho da Ásia, precisamente do Japão. O modelo sacerdotal que Vossa Santidade nos propôs neste Ano, o Cura d’Ars, vê no centro da existência e do ministério a Eucaristia, a Penitência sacramental e pessoal e o amor ao culto, dignamente celebrado. Tenho diante dos olhos os sinais da pobreza austera de São João Maria Vianney e ao mesmo tempo da sua paixão pelas coisas preciosas para o culto. Como viver estas dimensões fundamentais da nossa existência sacerdotal, sem cair no clericalismo ou numa estraneidade à realidade, que o mundo hoje não nos permite?
R. – Obrigado. Portanto, a pergunta é como viver a centralidade da Eucaristia sem se perder numa vida meramente cultual, alheios à vida de todos os dias das outras pessoas. Sabemos que o clericalismo é uma tentação dos sacerdotes em todos os séculos, também hoje. Muito mais importante é encontrar o modo verdadeiro de viver a Eucaristia, que não é um fechamento ao mundo, mas precisamente abertura às necessidades do mundo. Devemos ter presente que na Eucaristia se realiza este grande drama de Deus que sai de si mesmo, deixa – como diz a Carta aos Filipenses – a sua própria glória, sai e desce até ser um de nós e desce até à morte na Cruz (cf. Fl 2). A aventura do amor de Deus, que deixa, se abandona a si mesmo para estar connosco – e isto torna-se presente na Eucaristia; o grande acto, a grande aventura do amor de Deus é a humildade de Deus que se doa a nós. Neste sentido a Eucaristia deve ser considerada como o entrar neste caminho de Deus. Santo Agostinho diz, no De Civitate Dei, livro X: “Hoc est sacrificium Christianorum: multi unum corpus in Christo”, isto é: o sacrifício dos cristãos é estar congregados pelo amor de Cristo na unidade do único corpo de Cristo. O sacrifício consiste precisamente em sair de nós, em deixar-nos atrair pela comunhão do único pão, do único Corpo, e deste modo entrar na grande aventura do amor de Deus. Assim devemos celebrar, viver, meditar sempre a Eucaristia, como uma escola da libertação do meu “eu”: entrar no único pão, que é pão de todos, que nos une no único Corpo de Cristo. E por conseguinte, a Eucaristia é, em si, um acto de amor, obriga-nos a esta realidade do amor pelos outros: que o sacrifício de Cristo é a comunhão de todos no seu Corpo. E por conseguinte, deste modo devemos aprender a Eucaristia, que de resto é precisamente o contrário do clericalismo, do fechamento em si mesmo. Pensemos também em Madre Teresa, deveras o exemplo grande neste século, neste tempo, de um amor que se deixa a si mesmo, que deixa qualquer tipo de clericalismo, de estraneidade ao mundo, que vai ao encontro dos mais marginalizados, dos mais pobres, das pessoas que estão próximas da morte e se entrega totalmente ao amor pelos pobres, pelos marginalizados. Mas Madre Teresa, que nos ofereceu este exemplo, a comunidade que segue os seus passos supunha sempre como primeira condição de uma sua fundação a presença de um tabernáculo. Sem a presença do amor de Deus que se doa não teria sido possível realizar aquele apostolado, não teria sido possível viver naquele abandono de si mesmos; só inserindo-se neste abandono de si em Deus, nesta aventura de Deus, nesta humildade de Deus, podiam e podem realizar hoje este grande acto de amor, esta abertura a todos. Neste sentido, diria: viver a Eucaristia no seu sentido originário, na sua verdadeira profundidade, é uma escola de vida, é a protecção mais segura contra qualquer tentação de clericalismo.
Oceânia
P. – Beatíssimo Padre, sou Pe. Anthony Denton e venho da Oceânia, da Austrália. Esta noite, aqui, somos numerosíssimos sacerdotes. Mas sabemos que os nossos seminários não estão cheios e que, no futuro, em várias partes do mundo, esperamos uma diminuição, até brusca. O que fazer de verdadeiramente eficaz pelas vocações? Como propor a nossa vida, no que nela existe de grande e de belo, a um jovem do nosso tempo?
R. – Obrigado. Realmente o senhor refere-se de novo a um problema grande e doloroso do nosso tempo: a falta de vocações, devido à qual as Igrejas locais correm o risco de se tornar áridas, porque falta a Palavra de vida, falta a presença do sacramento da Eucaristia e dos outros Sacramentos. Que fazer? A tentação é grande: tomar nós próprios as rédeas do problema, transformar o sacerdócio o sacramento de Cristo, o ser eleito por Ele numa profissão normal, num “job” que ocupa as suas horas, e o resto do dia pertencer só a si mesmo; e deste modo tornando-o como qualquer outra vocação: torná-lo acessível e fácil. Mas esta é uma tentação que não resolve o problema. Faz-me pensar na história de Saul, rei de Israel, que antes da batalha contra os Filisteus espera Samuel para o necessário sacrifício a Deus. E quando Samuel, no momento esperado, não vem, ele mesmo realiza o sacrifício, mesmo não sendo sacerdote (cf. 1 Sm 13); pensa que assim resolve o problema, que naturalmente não resolve, porque assume ele mesmo aquilo que não pode fazer, torna-se ele mesmo Deus, ou quase, e não pode esperar que as coisas procedam realmente à maneira de Deus. Assim, também nós, se desempenhássemos só uma profissão como outros, renunciando à sacralidade, à novidade, à diversidade do sacramento que só Deus dá, que só pode vir da sua vocação e não do nosso “fazer”, nada resolveríamos. Por isso devemos como nos convida o Senhor rezar a Deus, bater à porta do coração de Deus, para que nos conceda as vocações; rezar com grande insistência, com grande determinação, com grande convicção, porque Deus não se fecha a uma oração insistente, permanente, confiante, mesmo se deixa fazer, esperar, como Saul, além dos tempos que nós previmos. Este parece-me o primeiro ponto: encorajar os fiéis a ter esta humildade, esta confiança, esta coragem de rezar com insistência pelas vocações, de bater à porta do coração de Deus para que nos conceda sacerdotes. Além disto, acrescentaria talvez três aspectos: o primeiro: cada um de nós deveria fazer o possível para viver o próprio sacerdócio de tal modo que seja convincente, de maneira que os jovens possam dizer: esta é uma verdadeira vocação, assim pode-se viver, assim faz-se uma coisa essencial para o mundo. Penso que nenhum de nós se teria tornado sacerdote, se não tivesse conhecido sacerdotes convincentes nos quais ardia o fogo do amor de Cristo. Portanto, este é o primeiro aspecto: procuremos ser nós mesmos sacerdotes convincentes. O segundo, é que devemos convidar, como já disse, para a iniciativa da oração, para ter esta humildade, esta confiança de falar com Deus, com força, com decisão. O terceiro aspecto: ter a coragem de falar com os jovens, se podem pensar que Deus os chame, porque muitas vezes é necessária uma palavra humana para predispor para a escuta à vocação divina; falar com os jovens e sobretudo ajudá-los a encontrar um contexto vital no qual possam viver. O mundo de hoje é tal que parece quase excluída a maturação de uma vocação sacerdotal; os jovens precisam de ambientes nos quais se viva a fé, nos quais sobressaia a beleza da fé, nos quais sobressaia que este é um modelo de vida, “o” modelo de vida, e portanto ajudá-los a encontrar movimentos, ou a paróquia – a comunidade na paróquia – ou outros contextos nos quais estejam realmente circundados pela fé, pelo amor de Deus, e possam portanto abrir-se para que a vocação de Deus os alcance e ajude. De resto, demos graças ao Senhor por todos os seminaristas do nosso tempo, pelos jovens sacerdotes, e rezemos. O Senhor ajudar-nos-á! Obrigado a todos vós!
Outro “Rei do aborto” convertido em defensor da vida: A história de Stojan Adasevic
O jornal La Razón de Espanha deu a conhecer o caso de um novo “rei do aborto” convertido: Stojan Adasevic, quem chegou a realizar 48 mil abortos em total e até 35 em um só dia, é atualmente o principal líder pró-vida da Sérbia, mas durante 26 anos foi o ginecologista abortista mais prestigioso da Belgrado comunista.
O periódico espanhol assinala que “os livros de medicina do regime comunista diziam que abortar era, simplesmente, extirpar uma parte de tecido. Os ultra-sons que permitiam ver o feto chegaram nos anos 80, mas não mudaram sua opinião. Entretanto, começou a ter pesadelos”.
Ao relatar seu processo de conversão, explica o jornal, Adasevic “sonhava com um formoso campo, cheio de crianças e jovens que jogavam e riam, de 4 a 24 anos, mas que ao vê-lo correram dele temerosas, como que se lhe reconhecendo. Um homem vestido com um hábito branco e negro o olhava intensamente, em silêncio. O sonho se repetia a cada noite e acordava com suores frios. Uma noite perguntou ao homem de negro e branco por seu nome. ‘Meu nome é Tomás de Aquino’, respondeu o homem do sonho. Adasevic, formado na escola comunista, nunca tinha ouvido falar do genial santo dominicano, não reconheceu o nome”.
“‘por que não me pergunta quem são estas ciranças? São os que matou com seus abortos’, disse-lhe Tomas. Adasevic acordou, impressionado, e decidiu não praticar mais intervenções”, prossegue.
“Esse mesmo dia veio a seu hospital um primo seu com a noiva, grávida de quatro meses, para fazer-se o nono aborto, um fato bastante freqüente nos países do bloco soviético. Ele, ainda não afirmado socialmente de sua decisão, concordou. Em vez de tirar o feto membro a membro, decidiu amassá-lo e tirá-lo como uma massa. Entretanto, o coração do bebê saiu ainda pulsando. Adasevic se deu conta então de que tinha matado a um ser humano”.
Depois desse macabro episódio, Adasevic “informou ao hospital de que não faria mais abortos. Nunca na Yugoslávia comunista um médico se negou. O Governo reduziu seu salário pela metade, despediu sua filha do emprego em que trabalhava, e impediu seu filho de entrar na Universidade.
O periódico espanhol assinala que “os livros de medicina do regime comunista diziam que abortar era, simplesmente, extirpar uma parte de tecido. Os ultra-sons que permitiam ver o feto chegaram nos anos 80, mas não mudaram sua opinião. Entretanto, começou a ter pesadelos”.
Ao relatar seu processo de conversão, explica o jornal, Adasevic “sonhava com um formoso campo, cheio de crianças e jovens que jogavam e riam, de 4 a 24 anos, mas que ao vê-lo correram dele temerosas, como que se lhe reconhecendo. Um homem vestido com um hábito branco e negro o olhava intensamente, em silêncio. O sonho se repetia a cada noite e acordava com suores frios. Uma noite perguntou ao homem de negro e branco por seu nome. ‘Meu nome é Tomás de Aquino’, respondeu o homem do sonho. Adasevic, formado na escola comunista, nunca tinha ouvido falar do genial santo dominicano, não reconheceu o nome”.
“‘por que não me pergunta quem são estas ciranças? São os que matou com seus abortos’, disse-lhe Tomas. Adasevic acordou, impressionado, e decidiu não praticar mais intervenções”, prossegue.
“Esse mesmo dia veio a seu hospital um primo seu com a noiva, grávida de quatro meses, para fazer-se o nono aborto, um fato bastante freqüente nos países do bloco soviético. Ele, ainda não afirmado socialmente de sua decisão, concordou. Em vez de tirar o feto membro a membro, decidiu amassá-lo e tirá-lo como uma massa. Entretanto, o coração do bebê saiu ainda pulsando. Adasevic se deu conta então de que tinha matado a um ser humano”.
Depois desse macabro episódio, Adasevic “informou ao hospital de que não faria mais abortos. Nunca na Yugoslávia comunista um médico se negou. O Governo reduziu seu salário pela metade, despediu sua filha do emprego em que trabalhava, e impediu seu filho de entrar na Universidade.
Depois de dois anos de pressões e a ponto de render-se, voltou a sonhar com Santo Tomas: “‘é meu bom amigo, persevera’, disse o homem de branco e negro. Adasevic se comprometeu com os grupos pró-vida. Duas vezes conseguiu que a televisão yugoslava emitisse o filme de ultra-sons ‘O grito silencioso’, de outro famoso ex-abortista, o doutor Bernard Nathanson”.
Atualmente o doutor Adasevic publicou seu testemunho em revistas e jornais da Europa do Leste, como a russa Liubitie Drug Druga. Voltou para cristianismo ortodoxo de sua infância e também aprendeu coisas sobre Santo Tomás de Aquino.
O jornal “La Razon” comentou em sua matéria que Adasevic estima que São Tomás de Aquino desejava que os erros por ele cometidos fossem compensados, reparados… Atualmente, continua sua luta em defesa dos não nascidos.
Esta história mostra-nos também que todos os envolvidos com a prática do aborto tem chances de reconciliarem-se com Deus. Se assim o desejarem por sua boa e santa vontade, por sua boa fé e pelo amor à vida em plenitude considerada. Se um Médico com 48.000 abortos, depois de sua conversão e das provações que comprovaram o seu caráter, foi contemplado com um distinto diálogo místico em que São Tomás de Aquino o declarou como “meu bom amigo”, certamente todas as outras pessoas envolvidas com o aborto também podem reencontrar as graças e o reconhecimento de Deus e de todos os Seus. O que vale para todas as outras formas de agressão à pessoa pelo pecado contra a sua dignidade ou integridade… Sempre lembremo-nos disto…
Abaixo, transcrevo a oração “ALMA DE CRISTO”, de autoria justamente de São Tomás de Aquino.
ALMA DE CRISTO
Alma de Cristo, santificai-me
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Dentro de Vossas chagas, escondei-me.
Não permitais que de Vós me separe.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora de minha morte, chamai-me.
E mandai-me ir para Vós,
Para que com Vossos Santos Vos louve,
Por todos os séculos dos séculos.
Amém.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Dentro de Vossas chagas, escondei-me.
Não permitais que de Vós me separe.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora de minha morte, chamai-me.
E mandai-me ir para Vós,
Para que com Vossos Santos Vos louve,
Por todos os séculos dos séculos.
Amém.
FONTES: ACI e Gente de fé