O movimento dos luteranos que atravessaram o Tibre [ndt.: que se tornaram católicos] foi uma das notícias religiosas mais subestimadas da década passada.
O que primeiramente começou com luteranos proeminentes, como Richard John Neuhaus (1990) e Robert Wilken (1994), ingressando na Igreja Católica, tornou-se uma avalanche que poderá culminar num grande grupo de luteranos regressando coletivamente.
Em 2000, o ex-bispo luterano canadense Joseph Jacobson ingressou na Igreja.
“Realmente nenhuma outra Igreja pode duplicar o que Jesus deu”, disse Jacobson ao Western Catholic Reporter em 2006.
Em 2003, Leonard Klein, um proeminente luterano e ex-editor do Lutheran Forum e da Forum Letter ingressou na Igreja. Hoje, tanto Jacobson quanto Klein são padres católicos.
Ao longo dos últimos anos, um crescente número de teólogos luteranos se uniu à Igreja, alguns dos quais agora lecionam em faculdades e universidades católicas. Entre eles estão, não excluindo outros: Paul Quist (2005), Richard Ballard (2006), Paul Abbe (2006), Thomas McMichael, Mickey Mattox, David Fagerberg, Bruce Marshall, Reinhard Hutter, Philip Max Johnson, e mais recentemente, Dr. Michael Root (2010).
“A Igreja Luterana tem sido meu lar espiritual e intelectual por quarenta anos”, escreveu o Dr. Root. “Mas nós não somos mestres de nossas convicções. Um risco do estudo ecumênico é que se pode considerar uma outra tradição tão convincente que se é levado a uma mudança de mente e de coração. Ao longo do último ano, tornou-se claro para mim, não sem resistência, que eu havia me tornado católico na mente e no coração de tal modo que não mais me era permitido apresentar-me como um teólogo luterano com honestidade e integridade. Esta mudança é menos uma matéria de decisão que de discernimento”.
Diz-se que “ninguém se converte sozinho”, sugerindo que frequentemente o efeito de uma conversão ajuda a impulsionar outra. Isto é exemplificado pela história de Paul Quist. Ele descreve sua participação na conferência luterana “A Call to Faithfulness” no St. Olaf College em junho de 1990. Lá ele ouviu e conheceu Richard John Neuhaus, que havia comunicado sua própria conversão havia poucos meses.
“O que alguns luteranos estavam percebendo era que, sem as âncoras do Magistério da Igreja, o luteranismo iria desviar-se inapelavelmente de sua fonte confessional e bíblica”, escreveu Quist.
Muitos dos convertidos vieram da Sociedade da Santíssima Trindade, um mistério panluterano organizado em 1997 a fim de trabalhar para a renovação confessional e espiritual das igrejas luteranas.
Agora, parece que um grupo luterano mais amplo se unirá à Igreja. O Padre Christopher Phillips, escrevendo no blogAnglo-Catholic, noticia que clérigos e leigos da Igreja Luterana Anglo-Católica (ALCC) ingressarão no Ordinariato americano a ser criado para aqueles anglicanos desejosos de entrar na Igreja.
Segundo o blog, a ALCC enviou uma carta ao Cardeal Walter Kasper, em 13 de maio de 2009, declarando que “deseja desfazer os erros do Padre Martinho Lutero e retornar à Una, Santa e Verdadeira Igreja Católica fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo através do Bem-Aventurado São Pedro”. A carta foi enviada à Congregação para a Doutrina da Fé.
Surpreendentemente, em outubro de 2010, a ALCC recebeu uma carta do secretário da CDF, informando-lhes que o arcebispo Dom Donald Wuerl havia sido nomeado delegado episcopal para auxiliar na implementação da Anglicanorum Coetibus. A ALCC respondeu que eles gostariam de ser incluídos na reunificação.
Veja as diferenças entre o catolicismo e Luteranismo.
A Igreja vem da reforma feita por Martinho Lutero no século XVI e tem sua doutrina firmada principalmente na Bíblia, se afastando da tradição católica original.
O luteranismo chegou em 1824 ao Brasil, trazido por imigrantes alemães para o Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, e hoje conta com 410 paróquias dispersas por vários estados, divididas em duas correntes principais do luteranismo: a Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil e a Igreja Evangélica Luterana do Brasil.
Calcula-se que no ano 2000 existam cerca de 1,2 milhão de membros, sendo quase 80% na região Sul do país.
O primeiro templo foi construído em 1829 em Campo Bom (RS), e pastores europeus chegaram depois de 1860.
A estrutura central da IECLB se constitui em: um Concílio – órgão máximo e soberano da Igreja - cuja tarefa é legislar e controlar; a Presidência e a Secretaria Geral. O Pastor Presidente é o guia espiritual da Igreja em nível nacional.
Acima de 15 mil líderes leigos participam oficialmente da vida das comunidades. Além desses, inúmeras pessoas atuam em comissões, grupos de trabalho e estudo, departamentos,
instituições e setores.
A Igreja Luterana reconhece dois sacramentos: o batismo e a eucaristia. A Igreja Luterana manteve o batismo de crianças
(e mantém um programa de acompanhamento da educação das crianças num modo de vida cristão), diferindo das Igrejas da reforma que adotaram o batismo só de adultos.
A visão luterana da eucaristia fica a meio caminho entre a visão católica e a dos outros protestantes, não aceita o fato de que o pão e vinho realmente se transformam no corpo e sangue de Jesus, mas também não aceita a visão de que são meramente simbólicos. Lutero afirmava que, embora sejam na realidade pão e vinho, o corpo e sangue de Jesus estão presentes neles, concedendo ao receptor o perdão dos pecados.
O serviço religioso luterano se aproxima muito do católico, inclusive na decoração das igrejas (exceto pela ausência de imagens de santos e de Maria), e tem como ponto principal a palavra de Deus, o sermão. Desde a reforma, Lutero se preocupou em tornar o serviço acessível a todos, na língua do povo, tanto o serviço como os cânticos. O calendário religioso também é bastante parecido com o católico, bem como a seqüência do serviço religioso.
A Igreja Luterana tem um ponto em que difere de todas as outras: empregam sacerdotes mulheres em vários países do mundo,desde 1920.
O ministro luterano não está para o leigo como seu correspondente católico. Considera-se que mediante o batismo e a fé, todo cristão se torna seu próprio sacerdote, não precisando de intermediários para seu contato com Deus. O clérigo ordenado tem por função pregar o evangelho e ministrar os sacramentos.
Fonte: National Catholic Register e http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Que vos parece? Um homem possui cem ovelhas: uma delas se desgarra. Não deixa ele as noventa e nove na montanha, para ir buscar aquela que se desgarrou?" (Mt 18,12)
"Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor". (Jo 10,16)
Extraído de: http://www.rainhamaria.com.br/Pagina/10122/Cresce-movimento-de-retorno-de-Luteranos-ao-catolicismo
O que primeiramente começou com luteranos proeminentes, como Richard John Neuhaus (1990) e Robert Wilken (1994), ingressando na Igreja Católica, tornou-se uma avalanche que poderá culminar num grande grupo de luteranos regressando coletivamente.
Em 2000, o ex-bispo luterano canadense Joseph Jacobson ingressou na Igreja.
“Realmente nenhuma outra Igreja pode duplicar o que Jesus deu”, disse Jacobson ao Western Catholic Reporter em 2006.
Em 2003, Leonard Klein, um proeminente luterano e ex-editor do Lutheran Forum e da Forum Letter ingressou na Igreja. Hoje, tanto Jacobson quanto Klein são padres católicos.
Ao longo dos últimos anos, um crescente número de teólogos luteranos se uniu à Igreja, alguns dos quais agora lecionam em faculdades e universidades católicas. Entre eles estão, não excluindo outros: Paul Quist (2005), Richard Ballard (2006), Paul Abbe (2006), Thomas McMichael, Mickey Mattox, David Fagerberg, Bruce Marshall, Reinhard Hutter, Philip Max Johnson, e mais recentemente, Dr. Michael Root (2010).
“A Igreja Luterana tem sido meu lar espiritual e intelectual por quarenta anos”, escreveu o Dr. Root. “Mas nós não somos mestres de nossas convicções. Um risco do estudo ecumênico é que se pode considerar uma outra tradição tão convincente que se é levado a uma mudança de mente e de coração. Ao longo do último ano, tornou-se claro para mim, não sem resistência, que eu havia me tornado católico na mente e no coração de tal modo que não mais me era permitido apresentar-me como um teólogo luterano com honestidade e integridade. Esta mudança é menos uma matéria de decisão que de discernimento”.
Diz-se que “ninguém se converte sozinho”, sugerindo que frequentemente o efeito de uma conversão ajuda a impulsionar outra. Isto é exemplificado pela história de Paul Quist. Ele descreve sua participação na conferência luterana “A Call to Faithfulness” no St. Olaf College em junho de 1990. Lá ele ouviu e conheceu Richard John Neuhaus, que havia comunicado sua própria conversão havia poucos meses.
“O que alguns luteranos estavam percebendo era que, sem as âncoras do Magistério da Igreja, o luteranismo iria desviar-se inapelavelmente de sua fonte confessional e bíblica”, escreveu Quist.
Muitos dos convertidos vieram da Sociedade da Santíssima Trindade, um mistério panluterano organizado em 1997 a fim de trabalhar para a renovação confessional e espiritual das igrejas luteranas.
Agora, parece que um grupo luterano mais amplo se unirá à Igreja. O Padre Christopher Phillips, escrevendo no blogAnglo-Catholic, noticia que clérigos e leigos da Igreja Luterana Anglo-Católica (ALCC) ingressarão no Ordinariato americano a ser criado para aqueles anglicanos desejosos de entrar na Igreja.
Segundo o blog, a ALCC enviou uma carta ao Cardeal Walter Kasper, em 13 de maio de 2009, declarando que “deseja desfazer os erros do Padre Martinho Lutero e retornar à Una, Santa e Verdadeira Igreja Católica fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo através do Bem-Aventurado São Pedro”. A carta foi enviada à Congregação para a Doutrina da Fé.
Surpreendentemente, em outubro de 2010, a ALCC recebeu uma carta do secretário da CDF, informando-lhes que o arcebispo Dom Donald Wuerl havia sido nomeado delegado episcopal para auxiliar na implementação da Anglicanorum Coetibus. A ALCC respondeu que eles gostariam de ser incluídos na reunificação.
Veja as diferenças entre o catolicismo e Luteranismo.
A Igreja vem da reforma feita por Martinho Lutero no século XVI e tem sua doutrina firmada principalmente na Bíblia, se afastando da tradição católica original.
O luteranismo chegou em 1824 ao Brasil, trazido por imigrantes alemães para o Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, e hoje conta com 410 paróquias dispersas por vários estados, divididas em duas correntes principais do luteranismo: a Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil e a Igreja Evangélica Luterana do Brasil.
Calcula-se que no ano 2000 existam cerca de 1,2 milhão de membros, sendo quase 80% na região Sul do país.
O primeiro templo foi construído em 1829 em Campo Bom (RS), e pastores europeus chegaram depois de 1860.
A estrutura central da IECLB se constitui em: um Concílio – órgão máximo e soberano da Igreja - cuja tarefa é legislar e controlar; a Presidência e a Secretaria Geral. O Pastor Presidente é o guia espiritual da Igreja em nível nacional.
Acima de 15 mil líderes leigos participam oficialmente da vida das comunidades. Além desses, inúmeras pessoas atuam em comissões, grupos de trabalho e estudo, departamentos,
instituições e setores.
A Igreja Luterana reconhece dois sacramentos: o batismo e a eucaristia. A Igreja Luterana manteve o batismo de crianças
(e mantém um programa de acompanhamento da educação das crianças num modo de vida cristão), diferindo das Igrejas da reforma que adotaram o batismo só de adultos.
A visão luterana da eucaristia fica a meio caminho entre a visão católica e a dos outros protestantes, não aceita o fato de que o pão e vinho realmente se transformam no corpo e sangue de Jesus, mas também não aceita a visão de que são meramente simbólicos. Lutero afirmava que, embora sejam na realidade pão e vinho, o corpo e sangue de Jesus estão presentes neles, concedendo ao receptor o perdão dos pecados.
O serviço religioso luterano se aproxima muito do católico, inclusive na decoração das igrejas (exceto pela ausência de imagens de santos e de Maria), e tem como ponto principal a palavra de Deus, o sermão. Desde a reforma, Lutero se preocupou em tornar o serviço acessível a todos, na língua do povo, tanto o serviço como os cânticos. O calendário religioso também é bastante parecido com o católico, bem como a seqüência do serviço religioso.
A Igreja Luterana tem um ponto em que difere de todas as outras: empregam sacerdotes mulheres em vários países do mundo,desde 1920.
O ministro luterano não está para o leigo como seu correspondente católico. Considera-se que mediante o batismo e a fé, todo cristão se torna seu próprio sacerdote, não precisando de intermediários para seu contato com Deus. O clérigo ordenado tem por função pregar o evangelho e ministrar os sacramentos.
Fonte: National Catholic Register e http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Que vos parece? Um homem possui cem ovelhas: uma delas se desgarra. Não deixa ele as noventa e nove na montanha, para ir buscar aquela que se desgarrou?" (Mt 18,12)
"Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor". (Jo 10,16)
Extraído de: http://www.rainhamaria.com.br/Pagina/10122/Cresce-movimento-de-retorno-de-Luteranos-ao-catolicismo
Tenho pensado justamente o mesmo esses dias ao meditar em Lucas: “Peçamos a Deus que nos faça compreender bem as palavras do Magnificat… Oxalá Cristo nos conceda esta graça por intercessão de sua Santa Mãe! Amém.” (Lutero, Comentário do Magnificat).
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