MADRI, 22 Jul. 11 / 06:42 pm (ACI/Europa Press)
O Arcebispo de Madri e presidente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Cardeal Antonio María Rouco Varela, afirmou que a Espanha e a Europa passam por "uma crise de jovens" porque a proporção que supõe o segmento da população de entre zero e 22 anos é "baixo", o que provoca, em sua opinião, que existam poucas vocações, não só na Igreja mas também "para muitas coisas".
Neste sentido, o cardeal indicou que o índice de natalidade na Espanha não corresponde ao índice de reposição da população e apontou que, se estes correspondessem, certamente "não teria se produzido esse grande processo de migração", afirmou o purpurado durante a clausura do curso "Os jovens e a Igreja Católica: notas para uma pastoral juvenil hoje. JMJ" celebrado no contexto dos cursos do verão da Universidade Rei Juan Carlos em Aranjuez, Espanha.
Concretamente, sobre a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Madrid 2011, o Cardeal indicou que "tudo está em marcha" e que sua preocupação é que quando chegarem a Madri os peregrinos encontrem seu lugar de acolhida para estar "logo e bem em casa".
Para esta acolhida, confiou em que os madrilenhos "mostrem o que são", quer dizer, "uma sociedade acolhedora que vive sua vocação de hospitalidade seguindo o estilo das raízes cristãs da cidade com amor ao que chega".
O Cardeal Rouco Varela afirmou que a igreja desperta a alma dos jovens e destacou que "não se pode negar" que essa relação inicial entre a Igreja e a juventude começou com o Papa João Paulo II. "É uma evidência", remarcou.
Este Papa chegou, assinalou o arcebispo, em um momento em que a juventude necessitava respostas, não tinha "uma educação de fundo" e estava "desorientada e sem referências", e convidou os jovens "com seu carisma personalíssimo" a "falar em plenitude de Cristo".
Conforme indicou Dom Rouco Varela, a história das JMJ supuseram uma "peregrinação à busca de Cristo" e teve frutos pois, segundo ele, delas nasceu "uma geração jovem que vive a fé e tem uma relação cordialísima com o Papa e a Igreja", assim como "novas realidades e movimentos".
Sobre as tarefas e novos caminhos depois da JMJ de Madri, destacou a evangelização, o reforço da pastoral vocacional, o reconhecimento das novas realidades eclesiásticas, e a família cristã que, conforme sublinhou, é "o maior fruto" das JMJ.
"Desejaria que ninguém saísse sem dizer que tem vocação de sacerdote, de consagrada ou que encontrou um namorado ou uma namorada com quem se casará", concluiu.
Fonte: http://www.acidigital.com
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