14 de jul. de 2011

Mantenha Jesus fora do seu socialismo


Dr. Michael Youssef
A manchete do anúncio comercial de página inteira faz a seguinte pergunta: “O que Jesus cortaria? Um orçamento público é um documento moral”. O documento continua: “Nossa fé nos diz que o teste moral de uma sociedade é de que jeito ela trata os pobres”.
O anúncio foi produzido por Sojourners, uma organização que se descreve como “evangélica” e cujo lema é “Fé em Ação em Prol da Justiça Social”. O anúncio foi assinado por Jim Wallis, presidente de Sojourners, e mais uns vinte pastores, teólogos e ativistas religiosos esquerdistas. Eles exortam nossos legisladores a se perguntarem “O que Jesus cortaria?” do orçamento federal.
Como você responderia a essa pergunta? Minha resposta seria: “É uma pergunta ridícula. Sua premissa é falha. Suas prioridades não são as prioridades de Deus”.
Jesus teve muitas oportunidades de confrontar o governo romano sobre suas prioridades de gastos. Era, afinal de contas, um dos governos mais brutais da história. Se a pergunta “O que Jesus cortaria?” tem qualquer relevância bíblica, deveríamos estar em condições de citar exemplos em que Jesus passou um sermão nos opressores romanos do mesmo jeito que a esquerda religiosa passa sermão no governo nos dias de hoje.
Em Mateus 22, quando os fariseus perguntaram se era certo pagar impostos para César, o Senhor poderia ter trovejado contra as prioridades mal aplicadas do orçamento público. Em vez disso, Ele disse: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
Em João 18, Jesus estava diante de Pôncio Pilatos, o governador romano, amigo de César. Por que Ele não se queixou para Pilatos sobre as injustiças do governo romano? Se já houve um momento ideal para Jesus “falar a verdade para os governantes” e se tornar o “Messias da justiça social”, esse foi o momento perfeito!
Mas Jesus não pregou um evangelho esquerdista para Pôncio Pilatos. Oh, ele falou a verdade para um governante. Ele deu para Pôncio Pilatos uma mensagem profunda, que também serve para você e para mim: “Meu reino não é deste mundo”.
Não estou dizendo que o Evangelho cristão não tem uma dimensão social e compassiva. Claro que tem! Jesus tinha grande compaixão pelos pobres.
Ele pregou em Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois me ungiu para pregar as boas notícias aos pobres”. Ele enviou um recado para João Batista: “Os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e as boas notícias estão sendo pregadas aos pobres”. Jesus apresentou a obrigação de ajudar os pobres como uma responsabilidade individual, uma responsabilidade do Reino de Deus — não como um dever do governo secular.
Em Romanos 13, Paulo nos diz que pagamos nossos impostos e sustentamos o governo de modo que tenhamos uma sociedade justa e ordeira em que cidadãos obedientes às leis sejam protegidos dos criminosos. Mas a responsabilidade de mostrar misericórdia e compaixão pertence à igreja — não ao governo.
Traduzido e editado por: www.juliosevero.com

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