·
A “Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto” reuniu-se em plenária na capital federal.
Ali tratou de como enfrentar e, eventualmente, lograr a onda pela vida que assusta os políticos desde a eleição presidencial de 2010, noticiou “Carta Maior”.
O contingente feminista foi a Brasília para participar da “Marcha das Margaridas” pela reforma agrária que ganhou o apóio da presidente Dilma Rousseff.
A seguir realizou sua reunião no Congresso Nacional, claro sinal do apoio que a causa anti-vida tem nos ambientes políticos.
Na ocasião, a frente pela morte dos nascituros enxergou poucas chances de ampliar o aborto. Decidiu, então, concentrar seus esforços em frustrar projetos que poderiam salvar inúmeras vidas.
O contingente da Frente foi reforçado por grupos homossexuais e estudantis de esquerda. Mas o clima não estava para muitas iniciativas.
A questão central, segundo “Carta Maior”, foi de como enfrentar o avanço do conservadorismo.
Os presentes concordaram que a opinião pública brasileira se mostrou contrariada pelo posicionamento abortista dos principais candidatos à presidência, por ocasião da eleição presidencial de 2010.
Candidatos que – observamos nós – segundo as regras de uma boa democracia deveriam representar dita opinião, mas não o fizeram.
O povo brasileiro quis colocar a recusa do aborto no centro do debate político. Para os principais candidatos e os movimentos feministas, o fato de o verdadeiro povo se manifestar é algo deplorável, pois nessa hora ele externa lamentáveis “sentimentos.
ais sentimentos, segundo as militantes da Frente anti-vida, não apenas dificultaram a ampliação do aborto, mas agora animam projetos que limitam as possibilidades de interromper a vida, já admitidas na legislação brasileira.
As ativistas vituperaram a proposta do Estatuto do Nascituro, que transita na Câmara dos Deputados e visa proibir o aborto mesmo em casos de estupro, porque reconhece aos embriões a mesma proteção jurídica dada às crianças e aos adolescentes.
Outra iniciativa tripudiada pelas militantes da esquerda foi uma cordata proposta que oferece benefício financeiro às vítimas de estupro que decidam levar adiante sua gravidez.
Os dois projetos foram aprovados pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara.
“Tem pelo menos quatro projetos tramitando no Congresso para transformar o aborto em crime hediondo e dois deles para transformar em crime de tortura”, deplorou Sílvia Camurça, da Articulação de Mulheres Brasileiras. Esta ONG faz parte da Frente, ao lado da Marcha Mundial de Mulheres, da Liga Brasileira de Lésbicas e da União Nacional dos Estudantes (UNE).
A coalizão de feministas, lésbicas e esquerdistas também quer barrar o ensino religioso, promover o laicismo agressivo e se arrepia com qualquer acordo entre o Brasil e o Vaticano.
“Nós queremos fazer o debate do aborto (…) não a partir dos valores e concepções de alguns setores da sociedade”, afirmou Sônia Coelho, da Marcha Mundial de Mulheres.
A radical ativista silenciou o fato fundamental: esses “alguns setores” formam a imensa maioria do povo brasileiro contrária ao aborto.
E não só repele a ampliação do aborto: pesquisa do instituto Sensus, divulgada dois dias antes da plenária da Frente, mostrou que a aprovação do casamento homossexual pelo Congresso recolhe um apoio minoritário dos brasileiros (37%).
Pior índice de aprovação tem a descriminalização das drogas: 17%. Em sentido contrário, a redução da maioridade penal é defendida por 81%.
Para os participantes daquela reunião libertária, todos estes sinais de conservadorismo são alarmantes.
De fato, aborto, homossexualismo, descriminalização das drogas e crime são bandeiras intrinsecamente aliadas que visam descristianizar a sociedade.
Para a feminista Nalu Farias – provavelmente instruída apenas pela mídia do macrocapitalismo publicitário –, o Brasil vive um “retrocesso”, porque os “governos populares na América Latina” estariam obtendo encorajadores avanços na linha da “cultura da morte”.
Nalu Farias propôs que a Frente toque a ofensiva pelo aborto através dos “espaços de integração latino-americana, como a Cúpula dos Povos”.
De fato, a imensa maioria da população brasileira pouco se interessa por esses espaços, que são dominados pelos partidos de esquerda. As ativistas da “cultura da morte” poderão, portanto, se mexer à vontade nesse ambiente de costas para o País.
A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) lamentou o fato de que “o movimento de mulheres está sendo lançado ao gueto, cada vez mais colocado na ‘marginalidade’, depois que se colocou no debate político no Brasil no período eleitoral ser contra ou a favor do aborto”.
As declarações da senadora suscitam perguntas de furar os olhos:
- Em eleições presidenciais não pode então o povo brasileiro manifestar o que pensa em matéria tão importante como o aborto, e sua opinião não deve ser respeitada como sendo a do verdadeiro soberano?
- Pode o povo ser levianamente acusado de “lançar no gueto” e “marginalizar” os outros só por não concordar com o mundo político em matérias graves?
- Onde estão a democracia e o respeito pelas opiniões diferentes? Onde está a famosa “diversidade”?
O linguajar da senadora ressuma ditatorialismo esquerdista. Mas não surpreende: é o próprio da “cultura da morte”.
O Brasil é de Nossa Senhora Aparecida, Mãe de Jesus Cristo, que disse de Si próprio: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida” (João, 14-6).
Por isso, o Brasil genuinamente cristão raciocina e trabalha em paz, e não acompanha o modo de proceder dessa agitada assembléia anti-vida.
Fonte: http://www.ipco.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário