14 de jun. de 2011
Homenagem ao Padre Paulo Ricardo.
Foto: Entrevista realizada por Anderson Luís e Bruno Cruz com o Padre Paulo Ricardo.
Hoje dia 14 de Junho faz 19 anos que o Beato João Paulo II impôs suas ungidas mãos sobre um jovem chamado Paulo Ricardo de Azevedo Junior, o nosso amado Padre Paulo Ricardo.
Não poderíamos deixar de homenagear este grande sacerdote da Igreja, um Padre que no meio de sua caminhada sacerdotal decidiu fazer do seu Ministério um bem para a Igreja e não para si mesmo. "Bendito" voou foi aquele em que frente ao “Limite da morte” decidistes não ser mais “carreirista” e sim uma autentico Sacerdote, Profeta e Rei.
Não poderíamos deixar de homenagear este grande sacerdote da Igreja, um Padre que no meio de sua caminhada sacerdotal decidiu fazer do seu Ministério um bem para a Igreja e não para si mesmo. "Bendito" voou foi aquele em que frente ao “Limite da morte” decidistes não ser mais “carreirista” e sim uma autentico Sacerdote, Profeta e Rei.
Para quem não o conhece, o Padre Paulo Ricardo se destaca pela sua fidelidade ao Sagrado Magistério da Igreja, por eloquentes pregações e pelas suas proféticas denuncias aos movimentos revolucionários existentes fora e dentro da Igreja. Confira seu site: http://padrepauloricardo.org/
Queremos com esta homenagem agradecer ao Padre Paulo Ricardo pelo seu “SIM” na data de sua ordenação e dizer que o seu ministério é um presente de Deus para a Igreja brasileira nos tempos atuais.
Pedimos aos leitores do nosso blog para oferecerem orações e sacríficios pelo Ministério do Padre Paulo neste dia especial. Que ele continue a ser este grande Sacerdote e grande Varão.
Equipe de Escritores Regina Apostolorum.
Equipe de Escritores Regina Apostolorum.
Igreja e igrejas: a doutrina católica
Caro Internauta, A Congregação para a Doutrina da Fé, por ordem de Bento XVI, tornou público um pequeno e precioso documento contendo respostas a algumas questões sobre a Igreja. Não há aí nada de novo. Pelo contrário: deseja-se somente reafirmar a doutrina do Concílio Vaticano II que muitos, em nome do Concílio, insistem em deturpar e até mesmo negar. Vou comentar cada parágrafo porque é muito importante que todo católico compreenda bem! Um consolo que tenho é que, lendo os textos deste blog e do site, você encontrará a mesmíssima doutrina! É meu propósito: servir fielmente à Igreja, ajudando os irmãos a bem compreender e viver a riqueza de nossa fé...
É de todos conhecida a importância que teve o Concílio Vaticano II para um conhecimento mais profundo da eclesiologia católica, quer com a Constituição dogmática Lumen Gentium quer com os Decretos sobre o Ecumenismo (Unitatis redintegratio) e sobre as Igrejas Orientais (Orientalium Ecclesiarum). Muito oportunamente, também os Sumos Pontífices acharam por bem aprofundar a questão, atendendo sobretudo à sua aplicação concreta: assim, Paulo VI com a Carta encíclica Ecclesiam suam (1964) e João Paulo II com a Carta encíclica Ut unum sint (1995).
O sucessivo trabalho dos teólogos, tendente a ilustrar com maior profundidade os múltiplos aspectos da eclesiosologia, levou à produção de uma vasta literatura na matéria. Mas, se o tema se revelou deveras fecundo, foi também necessário proceder a algumas chamadas de atenção e esclarecimentos, como aconteceu com a Declaração Mysterium Ecclesiae (1973), a Carta aos Bispos da Igreja Católica Communionis notio (1992) e a Declaração Dominus Iesus (2000), todas elas promulgadas pela Congregação para a Doutrina da Fé.
A complexidade estrutural do tema, bem como a novidade de muitas afirmações, continuam a alimentar a reflexão teológica, nem sempre imune de desvios geradores de dúvidas, a que esta Congregação tem prestado solícita atenção. Daí que, tendo presente a doutrina íntegra e global sobre a Igreja, entendeu ela dar com clareza a genuína interpretação de algumas afirmações eclesiológicas do Magistério, por forma a que o correto debate teológico não seja induzido em erro, por motivos de ambigüidade.
Observação minha: Observe bem qual a preocupação da Santa Sé: apesar de o Magistério ter feito várias intervenções neste período pós-conciliar, há vários teólogos que insistem em sustentar teses confusas, ambíguas e até contrárias à doutrina católica. Basta recordar o quanto criticaram a Dominus Iesus. No entanto, não adianta delirar! A doutrina católica sobre a Igreja é exatamente a que vai apresentada a seguir!
Primeira questão: Terá o Concílio Ecumênico Vaticano II modificado a precedente doutrina sobre a Igreja?
Resposta: O Concílio Ecumênico Vaticano II não quis modificar essa doutrina nem se deve afirmar que a tenha mudado; apenas quis desenvolvê-la, aprofundá-la e expô-la com maior fecundidade.
Foi quanto João XXIII claramente afirmou no início do Concílio. Paulo VI repetiu-o e assim se exprimiu no ato de promulgação da Constituição Lumen Gentium: "Não pode haver melhor comentário para esta promulgação do que afirmar que, com ela, a doutrina transmitida não se modifica minimamente. O que Cristo quer, também nós o queremos. O que era, manteve-se. O que a Igreja ensinou durante séculos, também nós o ensinamos. Só que o que antes era perceptível apenas em nível de vida, agora também se exprime claramente em nível de doutrina; o que até agora era objeto de reflexão, de debate e, em parte, até de controvérsia, agora tem uma formulação doutrinal segura". Também os Bispos repetidamente manifestaram e seguiram essa mesma intenção.
Observação minha: Aqui, se procura explicar que a doutrina católica não foi modificada pelo Vaticano II. Uma coisa é o progresso, o desenvolvimento orgânico da doutrina – que sempre houve e haverá na história da Igreja; outra, bem diferente é a adulteração, a modificação! A Congregação para a Doutrina da Fé procura, portanto, deixar claro que a eclesiologia do Vaticano II deve ser interpretada à luz da perene Tradição da Igreja. Como Bento XVI tanto insiste, o Vaticano II não foi uma ruptura nem uma revolução, mas um progresso na vida e na fé da Igreja de Cristo.
Segunda questão: Como deve entender-se a afirmação de que a Igreja de Cristo subsiste na Igreja católica?
Resposta: Cristo "constituiu sobre a terra" uma única Igreja e instituiu-a como "grupo visível e comunidade espiritual", que desde a sua origem e no curso da história sempre existe e existirá, e na qual só permaneceram e permanecerão todos os elementos por Ele instituídos. "Esta é a única Igreja de Cristo, que no Símbolo professamos como sendo una, santa, católica e apostólica […]. Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele".
Na Constituição dogmática Lumen Gentium 8, subsistência é esta perene continuidade histórica e a permanência de todos os elementos instituídos por Cristo na Igreja católica, na qual concretamente se encontra a Igreja de Cristo sobre esta terra.
Enquanto, segundo a doutrina católica, é correto afirmar que, nas Igrejas e nas comunidades eclesiais ainda não em plena comunhão com a Igreja católica, a Igreja de Cristo é presente e operante através dos elementos de santificação e de verdade nelas existentes, já a palavra "subsiste" só pode ser atribuída exclusivamente à única Igreja católica, uma vez que precisamente se refere à nota da unidade professada nos símbolos da fé (Creio… na Igreja "una"), subsistindo esta Igreja "una" na Igreja católica.
Observação minha: Muito bem articulada, muito equilibrada esta resposta! Vejamos: (1) Explica que a Igreja de Cristo subsiste única e exclusivamente na Igreja católica (aquela que está em comunhão com o Sucessor de Pedro e os Bispos em comunhão com ele); (2) esclarece o que significa “subsistir”: é a perene continuidade histórica e a permanência de todos os elementos instituídos por Cristo para a sua Igreja. O decreto Unitatis Redintegratio, do Vaticano II, diz quais são esses elementos. Eis alguns: a profissão de fé em Jesus como Senhor e Salvador, a fé na Trindade, a Palavra de Deus ouvida e proclamada segundo a Tradição apostólica, os sacramentos, de modo particular o Batismos e a Eucaristia, a sucessão apostólica dos Bispos, o ministério petrino, a veneração da virgem Maria e dos Santos de Cristo, a vida da graça, a caridade fraterna, os dons e carismas do Espírito Santo, o martírio, o zelo missionário, a esperança na vida eterna... Todos estes elementos fazem parte da Igreja de Cristo e nela não podem faltar. Ora, somente na Igreja católica eles se encontram na sua totalidade. (3) Esta resposta faz eco também à Declaração Dominus Iesus, que ensina não ser possível falar em vários graus de subsistência: a subsistência é uma só e plena. Em outras palavras: A Igreja de Cristo subsiste, permanece, continua de modo completo somente na Igreja católica!
Terceira questão: Porque se usa a expressão "subsiste na", e não simplesmente a forma verbal "é"?
Resposta: O uso desta expressão, que indica a plena identidade da Igreja de Cristo com a Igreja católica, não altera a doutrina sobre Igreja; encontra, todavia, a sua razão de verdade no fato de exprimir mais claramente como, fora do seu corpo, se encontram "diversos elementos de santificação e de verdade", "que, sendo dons próprios da Igreja de Cristo, impelem para a unidade católica".
"Por isso, as próprias Igrejas e Comunidades separadas, embora pensemos que têm faltas, não se pode dizer que não tenham peso ou sejam vazias de significado no mistério da salvação, já que o Espírito se não recusa a servir-se delas como de instrumentos de salvação, cujo valor deriva da mesma plenitude da graça e da verdade que foi confiada à Igreja católica".
Observação minha: Note-se o compromisso com a verdade e, ao mesmo tempo, a delicadeza ecumênica desta resposta. Primeiro, o texto explica que tanto faria dizer: “A Igreja de Cristo subsiste na Igreja católica” quanto “A Igreja de Cristo é a Igreja católica”. A questão é que afirmar simplesmente “é” torna mais difícil compreender como fora da sua unidade visível possam existir elementos eclesiais. O “subsiste” é mais compatível com a doutrina segundo a qual fora da unidade da Igreja católica há elementos de salvação. Em segundo lugar, o texto deixa claro que o Espírito Santo utiliza também as comunidades não católicas na obra da salvação. Tudo quanto essas comunidades possuam de realmente eclesial deriva da plenitude católica e a ela conduzem!
Quarta questão: Porque é que o Concílio Ecumênico Vaticano II dá o nome de "Igrejas" às Igrejas orientais separadas da plena comunhão com a Igreja católica?
Resposta: O Concílio quis aceitar o uso tradicional do nome. "Como estas Igrejas, embora separadas, têm verdadeiros sacramentos e, sobretudo, em virtude da sucessão apostólica, o Sacerdócio e a Eucaristia, por meio dos quais continuam ainda unidas a nós por estreitíssimos vínculos", merecem o título de "Igrejas particulares ou locais", e são chamadas Igrejas irmãs das Igrejas particulares católicas.
"Por isso, pela celebração da Eucaristia do Senhor em cada uma destas Igrejas, a Igreja de Deus é edificada e cresce". Como, porém, a comunhão com a Igreja católica, cuja Cabeça visível é o Bispo de Roma e Sucessor de Pedro, não é um complemento extrínseco qualquer da Igreja particular, mas um dos seus princípios constitutivos internos, a condição de Igreja particular, de que gozam essas venerandas Comunidades cristãs, é de certo modo lacunosa.
Por outro lado, a plenitude da catolicidade própria da Igreja, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele, encontra na divisão dos cristãos um obstáculo à sua realização plena na história.
Quinta questão: Por que razão os textos do Concílio e do subseqüente Magistério não atribuem o título de "Igreja" às comunidades cristãs nascidas da Reforma do século XVI?
Resposta: Porque, segundo a doutrina católica, tais comunidades não têm a sucessão apostólica no sacramento da Ordem e, por isso, estão privadas de um elemento essencial constitutivo da Igreja. Ditas comunidades eclesiais que, sobretudo pela falta do sacerdócio sacramental, não conservam a genuína e íntegra substância do Mistério eucarístico, não podem, segundo a doutrina católica, ser chamadas "Igrejas" em sentido próprio.
Observação minha: Aqui, nestas duas últimas perguntas, é importante reter o seguinte: (a) Os católicos denominam “igrejas” em sentido teológico somente aquelas comunidades que conservaram a plena sucessão apostólica dos Bispos e a Eucaristia plena. É o caso das Igrejas particulares (dioceses) ortodoxas e vétero-católicas. Teologicamente, não existe um Igreja ortodoxa, mas Igrejas (dioceses) ortodoxas, que não estão em comunhão plena com o Bispo de Roma e, assim, não estão na plena unidade da Igreja de Cristo. Têm elas uma ferida grave: falta-lhes o ministério petrino, que Cristo quis na sua Igreja. (b) Os católicos denominam “comunidades eclesiais” aquelas denominações surgidas da Reforma Protestante: faltam-lhes a sucessão apostólica dos Bispos e a Eucaristia plena. Ora, sem o ministério ordenado na sua plenitude e sem a Eucaristia não há Igreja; há comunidades que possuem elementos da Igreja de Cristo! (c) É digno de nota que o texto esclarece que também a Igreja católica se ressente de tais divisões, pois que são um obstáculo à sua plena realização na história. O ecumenismo, busca da unidade visível de todos os cristãos, é, pois, uma necessidade também para o bem dos católicos.
Fonte: http://www.domhenrique.com.br
É de todos conhecida a importância que teve o Concílio Vaticano II para um conhecimento mais profundo da eclesiologia católica, quer com a Constituição dogmática Lumen Gentium quer com os Decretos sobre o Ecumenismo (Unitatis redintegratio) e sobre as Igrejas Orientais (Orientalium Ecclesiarum). Muito oportunamente, também os Sumos Pontífices acharam por bem aprofundar a questão, atendendo sobretudo à sua aplicação concreta: assim, Paulo VI com a Carta encíclica Ecclesiam suam (1964) e João Paulo II com a Carta encíclica Ut unum sint (1995).
O sucessivo trabalho dos teólogos, tendente a ilustrar com maior profundidade os múltiplos aspectos da eclesiosologia, levou à produção de uma vasta literatura na matéria. Mas, se o tema se revelou deveras fecundo, foi também necessário proceder a algumas chamadas de atenção e esclarecimentos, como aconteceu com a Declaração Mysterium Ecclesiae (1973), a Carta aos Bispos da Igreja Católica Communionis notio (1992) e a Declaração Dominus Iesus (2000), todas elas promulgadas pela Congregação para a Doutrina da Fé.
A complexidade estrutural do tema, bem como a novidade de muitas afirmações, continuam a alimentar a reflexão teológica, nem sempre imune de desvios geradores de dúvidas, a que esta Congregação tem prestado solícita atenção. Daí que, tendo presente a doutrina íntegra e global sobre a Igreja, entendeu ela dar com clareza a genuína interpretação de algumas afirmações eclesiológicas do Magistério, por forma a que o correto debate teológico não seja induzido em erro, por motivos de ambigüidade.
Observação minha: Observe bem qual a preocupação da Santa Sé: apesar de o Magistério ter feito várias intervenções neste período pós-conciliar, há vários teólogos que insistem em sustentar teses confusas, ambíguas e até contrárias à doutrina católica. Basta recordar o quanto criticaram a Dominus Iesus. No entanto, não adianta delirar! A doutrina católica sobre a Igreja é exatamente a que vai apresentada a seguir!
Primeira questão: Terá o Concílio Ecumênico Vaticano II modificado a precedente doutrina sobre a Igreja?
Resposta: O Concílio Ecumênico Vaticano II não quis modificar essa doutrina nem se deve afirmar que a tenha mudado; apenas quis desenvolvê-la, aprofundá-la e expô-la com maior fecundidade.
Foi quanto João XXIII claramente afirmou no início do Concílio. Paulo VI repetiu-o e assim se exprimiu no ato de promulgação da Constituição Lumen Gentium: "Não pode haver melhor comentário para esta promulgação do que afirmar que, com ela, a doutrina transmitida não se modifica minimamente. O que Cristo quer, também nós o queremos. O que era, manteve-se. O que a Igreja ensinou durante séculos, também nós o ensinamos. Só que o que antes era perceptível apenas em nível de vida, agora também se exprime claramente em nível de doutrina; o que até agora era objeto de reflexão, de debate e, em parte, até de controvérsia, agora tem uma formulação doutrinal segura". Também os Bispos repetidamente manifestaram e seguiram essa mesma intenção.
Observação minha: Aqui, se procura explicar que a doutrina católica não foi modificada pelo Vaticano II. Uma coisa é o progresso, o desenvolvimento orgânico da doutrina – que sempre houve e haverá na história da Igreja; outra, bem diferente é a adulteração, a modificação! A Congregação para a Doutrina da Fé procura, portanto, deixar claro que a eclesiologia do Vaticano II deve ser interpretada à luz da perene Tradição da Igreja. Como Bento XVI tanto insiste, o Vaticano II não foi uma ruptura nem uma revolução, mas um progresso na vida e na fé da Igreja de Cristo.
Segunda questão: Como deve entender-se a afirmação de que a Igreja de Cristo subsiste na Igreja católica?
Resposta: Cristo "constituiu sobre a terra" uma única Igreja e instituiu-a como "grupo visível e comunidade espiritual", que desde a sua origem e no curso da história sempre existe e existirá, e na qual só permaneceram e permanecerão todos os elementos por Ele instituídos. "Esta é a única Igreja de Cristo, que no Símbolo professamos como sendo una, santa, católica e apostólica […]. Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele".
Na Constituição dogmática Lumen Gentium 8, subsistência é esta perene continuidade histórica e a permanência de todos os elementos instituídos por Cristo na Igreja católica, na qual concretamente se encontra a Igreja de Cristo sobre esta terra.
Enquanto, segundo a doutrina católica, é correto afirmar que, nas Igrejas e nas comunidades eclesiais ainda não em plena comunhão com a Igreja católica, a Igreja de Cristo é presente e operante através dos elementos de santificação e de verdade nelas existentes, já a palavra "subsiste" só pode ser atribuída exclusivamente à única Igreja católica, uma vez que precisamente se refere à nota da unidade professada nos símbolos da fé (Creio… na Igreja "una"), subsistindo esta Igreja "una" na Igreja católica.
Observação minha: Muito bem articulada, muito equilibrada esta resposta! Vejamos: (1) Explica que a Igreja de Cristo subsiste única e exclusivamente na Igreja católica (aquela que está em comunhão com o Sucessor de Pedro e os Bispos em comunhão com ele); (2) esclarece o que significa “subsistir”: é a perene continuidade histórica e a permanência de todos os elementos instituídos por Cristo para a sua Igreja. O decreto Unitatis Redintegratio, do Vaticano II, diz quais são esses elementos. Eis alguns: a profissão de fé em Jesus como Senhor e Salvador, a fé na Trindade, a Palavra de Deus ouvida e proclamada segundo a Tradição apostólica, os sacramentos, de modo particular o Batismos e a Eucaristia, a sucessão apostólica dos Bispos, o ministério petrino, a veneração da virgem Maria e dos Santos de Cristo, a vida da graça, a caridade fraterna, os dons e carismas do Espírito Santo, o martírio, o zelo missionário, a esperança na vida eterna... Todos estes elementos fazem parte da Igreja de Cristo e nela não podem faltar. Ora, somente na Igreja católica eles se encontram na sua totalidade. (3) Esta resposta faz eco também à Declaração Dominus Iesus, que ensina não ser possível falar em vários graus de subsistência: a subsistência é uma só e plena. Em outras palavras: A Igreja de Cristo subsiste, permanece, continua de modo completo somente na Igreja católica!
Terceira questão: Porque se usa a expressão "subsiste na", e não simplesmente a forma verbal "é"?
Resposta: O uso desta expressão, que indica a plena identidade da Igreja de Cristo com a Igreja católica, não altera a doutrina sobre Igreja; encontra, todavia, a sua razão de verdade no fato de exprimir mais claramente como, fora do seu corpo, se encontram "diversos elementos de santificação e de verdade", "que, sendo dons próprios da Igreja de Cristo, impelem para a unidade católica".
"Por isso, as próprias Igrejas e Comunidades separadas, embora pensemos que têm faltas, não se pode dizer que não tenham peso ou sejam vazias de significado no mistério da salvação, já que o Espírito se não recusa a servir-se delas como de instrumentos de salvação, cujo valor deriva da mesma plenitude da graça e da verdade que foi confiada à Igreja católica".
Observação minha: Note-se o compromisso com a verdade e, ao mesmo tempo, a delicadeza ecumênica desta resposta. Primeiro, o texto explica que tanto faria dizer: “A Igreja de Cristo subsiste na Igreja católica” quanto “A Igreja de Cristo é a Igreja católica”. A questão é que afirmar simplesmente “é” torna mais difícil compreender como fora da sua unidade visível possam existir elementos eclesiais. O “subsiste” é mais compatível com a doutrina segundo a qual fora da unidade da Igreja católica há elementos de salvação. Em segundo lugar, o texto deixa claro que o Espírito Santo utiliza também as comunidades não católicas na obra da salvação. Tudo quanto essas comunidades possuam de realmente eclesial deriva da plenitude católica e a ela conduzem!
Quarta questão: Porque é que o Concílio Ecumênico Vaticano II dá o nome de "Igrejas" às Igrejas orientais separadas da plena comunhão com a Igreja católica?
Resposta: O Concílio quis aceitar o uso tradicional do nome. "Como estas Igrejas, embora separadas, têm verdadeiros sacramentos e, sobretudo, em virtude da sucessão apostólica, o Sacerdócio e a Eucaristia, por meio dos quais continuam ainda unidas a nós por estreitíssimos vínculos", merecem o título de "Igrejas particulares ou locais", e são chamadas Igrejas irmãs das Igrejas particulares católicas.
"Por isso, pela celebração da Eucaristia do Senhor em cada uma destas Igrejas, a Igreja de Deus é edificada e cresce". Como, porém, a comunhão com a Igreja católica, cuja Cabeça visível é o Bispo de Roma e Sucessor de Pedro, não é um complemento extrínseco qualquer da Igreja particular, mas um dos seus princípios constitutivos internos, a condição de Igreja particular, de que gozam essas venerandas Comunidades cristãs, é de certo modo lacunosa.
Por outro lado, a plenitude da catolicidade própria da Igreja, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele, encontra na divisão dos cristãos um obstáculo à sua realização plena na história.
Quinta questão: Por que razão os textos do Concílio e do subseqüente Magistério não atribuem o título de "Igreja" às comunidades cristãs nascidas da Reforma do século XVI?
Resposta: Porque, segundo a doutrina católica, tais comunidades não têm a sucessão apostólica no sacramento da Ordem e, por isso, estão privadas de um elemento essencial constitutivo da Igreja. Ditas comunidades eclesiais que, sobretudo pela falta do sacerdócio sacramental, não conservam a genuína e íntegra substância do Mistério eucarístico, não podem, segundo a doutrina católica, ser chamadas "Igrejas" em sentido próprio.
Observação minha: Aqui, nestas duas últimas perguntas, é importante reter o seguinte: (a) Os católicos denominam “igrejas” em sentido teológico somente aquelas comunidades que conservaram a plena sucessão apostólica dos Bispos e a Eucaristia plena. É o caso das Igrejas particulares (dioceses) ortodoxas e vétero-católicas. Teologicamente, não existe um Igreja ortodoxa, mas Igrejas (dioceses) ortodoxas, que não estão em comunhão plena com o Bispo de Roma e, assim, não estão na plena unidade da Igreja de Cristo. Têm elas uma ferida grave: falta-lhes o ministério petrino, que Cristo quis na sua Igreja. (b) Os católicos denominam “comunidades eclesiais” aquelas denominações surgidas da Reforma Protestante: faltam-lhes a sucessão apostólica dos Bispos e a Eucaristia plena. Ora, sem o ministério ordenado na sua plenitude e sem a Eucaristia não há Igreja; há comunidades que possuem elementos da Igreja de Cristo! (c) É digno de nota que o texto esclarece que também a Igreja católica se ressente de tais divisões, pois que são um obstáculo à sua plena realização na história. O ecumenismo, busca da unidade visível de todos os cristãos, é, pois, uma necessidade também para o bem dos católicos.
Fonte: http://www.domhenrique.com.br
As Criticas históricas à Igreja Católica tem REAL fundamento na verdade ou são preconceitos?
Por padre John Flynn, L. C.
Talvez o anticatolicismo seja o último preconceito aceitável na sociedade atual, mas o escritor e jornalista canadense Michael Coren não acha que ele deva ser aceito tão facilmente.
Em seu livro Why Catholics Are Right (Por que os católicos estão certos), publicado em inglês pela McClelland and Stewart e sem tradução em português até agora, ele analisa as críticas mais comuns contra a Igreja. Coren, de família laica e filho de pai judeu, tornou-se católico depois dos vinte anos de idade.
Ser judeu o ajudou na carreira, mas, como ele conta na introdução do livro, a fé católica lhe causou a perda de dois postos de trabalho e muitas portas fechadas nos meios de comunicação.
Ele encara depois um tema que preferiria não ter que abordar: o escândalo dos abusos do clero. Reconhece o imenso dano causado a muitas pessoas, mas também sustenta que algumas críticas foram além do que seria justificável.
“Os abusos não dizem nada sobre o catolicismo”, insiste Coren. Os críticos ansiosos por demonstrar que os abusos são vinculados às estruturas ou aos ensinamentos da Igreja ignoram o fato de que também ocorrem abusos em outras igrejas e religiões com a mesma freqüencia ou até mais.
“Como resultado das lições do escândalo, a Igreja católica é agora um dos lugares mais seguros para os jovens”, afirma Coren. Esses fatos deveriam levar a uma condenação dos abusos, mas não a uma condenação da Igreja, conclui o escritor.
Outro capítulo se ocupa de acontecimentos históricos como as cruzadas e a inquisição. É verdade que a Igreja nem sempre agiu da melhor maneira, admite ele, mas, em geral, ela sempre esteve eticamente à frente do seu tempo e se manteve como uma força para o bem, argumenta.
As cruzadas
Coren precisa que a Terra Santa era cristã e, posteriormente, foi invadida pelos muçulmanos. Segundo ele, é um erro considerar as cruzadas como uma espécie de imperialismo ou colonialismo. Ao contrário, muitas famílias nobres foram à bancarrota com os gastos de armar um cavaleiro e mantê-lo com seu séquito nas cruzadas.
Estudos modernos desmentem que a maioria dos cruzados eram filhos de famílias pobres em busca de butim. Pelo contrário, tratava-se normalmente da elite da cavalaria europeia, explica o autor.
Nos territórios conquistados pelas cruzadas, a população muçulmana pôde seguir a vida normal e não houve nenhuma tentativa séria de convertê-la ao cristianismo.
“As cruzadas não foram o momento mais bonito da história cristã, é claro, mas também não foram as caricaturas infantis da consciência pesada ocidental moderna, nem a paranóia contemporânea muçulmana”, responde.
Quanto à inquisição, ele afirma que a premissa subjacente é que os católicos são maus e que só a Igreja poderia organizar algo tão horrível como a inquisição. “Isto é simplesmente ridículo”, afirma Coren.
Para começar, foram assassinados mais homens e mulheres em poucas semanas da ateia Revolução Francesa do que durante um século de inquisição. Também houve inquisições em vários países protestantes, voltadas principalmente contra os suspeitos de bruxaria.
Tortura
O objetivo da inquisição era combater os erros doutrinais e as heresias, explica Coren. Existia a tortura, mas aplicada quase sempre pelas autoridades laicas. A inquisição não a usava nem mais nem menos do que o resto dos órgãos judiciais da época, acrescenta.
A maior parte das críticas se concentra na inquisição espanhola. Coren se pergunta por que se prestou tão pouca atenção aos massacres e à tortura realizados contra muitos católicos na Inglaterra de Henrique VIII e da Rainha Elisabete I.
É verdade que os papas apoiaram inicialmente a inquisição espanhola, mas ela se tornou rapidamente um órgão do estado e da monarquia. Depois da derrota final dos muçulmanos na Espanha, um grande número deles e de judeus se converteu ao catolicismo. Muitas conversões foram genuínas, mas, sendo vantajoso política e economicamente dizer-se católico, outras muitas “conversões” não passaram de fachada. A inquisição, então, investigou a autenticidade dos conversos.
Houve abusos, afirma Coren, mas a Espanha não sofreu as sangrentas guerras de religião que afetaram muitos outros países europeus, por exemplo. Segundo ele, a Inquisição passou despercebida até meados do século XIX, quando escritores anticatólicos a utilizaram e distorceram para atacar a Igreja.
Outra crítica frequente à Igreja tem a ver com sua riqueza.
É verdade que existe uma grande quantidade de riquezas no Vaticano, em seus museus abertos a todos. A Igreja preservou essas obras de arte durante séculos e as guarda como patrimônio da humanidade, observa o autor.
A possibilidade da venda dessas obras de arte e de dar o dinheiro aos pobres seria apenas um ato isolado, cujos benefícios materiais acabariam rapidamente, sem resolver nada do problema da pobreza no mundo.
Já a conservação dos tesouros artísticos para o futuro os mantém à disposição de todos, em vez de encerrá-los em coleções privadas. Além disso, prossegue Coren, a Igreja católica constrói e gerencia hospitais e escolas e toca um número imenso de obras de caridade no mundo inteiro.
Vida e sexualidade
Outro dos capítulos do livro explora os temas da vida e da sexualidade. A Igreja é objeto de ataques constantes por causa da sua postura em temas que vão do aborto aos preservativos e anticoncepcionais.
A postura da Igreja não se baseia apenas em crenças morais, mas também na ciência e nos direitos humanos, defende Coren.
Ele assinala que a afirmação de que existe uma nova vida desde o momento da concepção tem um sólido fundamento biológico. O feto é uma vida humana diferente e como tal deveria ter o direito de existir. Apesar disso, nos últimos anos, os pró-vida foram tachados frequentemente de extremistas fanáticos.
Por outro lado, ainda que a sociedade contemporânea se considere mais progressista e tolerante que qualquer outra do passado, as pessoas com deficiência no ventre materno são assassinadas deliberadamente.
Quando se trata da postura da Igreja a respeito da utilização para pesquisa de células-tronco embrionárias, isso é utilizado por seus oponentes para acusá-la de ser um obstáculo à cura de enfermidades que poderiam ser vencidas em um futuro próximo.
A verdade é, no entanto, que não houve êxito algum com as células-tronco embrionárias, em contraste com os êxitos obtidos com células-tronco de adultos, algo que a Igreja não se opõe, aponta Coren.
Quanto ao tema dos preservativos e dos anticonceptivos, a Igreja adverte há décadas que sua disponibilidade seria prejudicial para a sociedade. De fato, Coren assinala que, desde a advertência, tem havido um aumento constante das enfermidades de transmissão sexual, do divórcio, das rupturas familiares, e a sexualidade passou a se converter em muitos casos de uma ato de amor para uma mera troca de fluidos corporais.
Difamar a Igreja e Bento XVI por se opor ao uso de preservativos no esforço por controlar a Aids/SIDA é outro caso mais de injustiça, afirma Coren. Confiar no uso de preservativos simplesmente não tem funcionado na África. Pelo contrário, os programas baseados na abstinência e na fidelidade têm tido grande êxito.
O livro de Coren trata muitos outros temas e não desperdiça oportunidades de defender a Igreja contra o que considera de ataques mal informados. Seria uma útil ajuda para quem está interessado em responder aos ataques tão frequentes contra a Igreja.
Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/
Talvez o anticatolicismo seja o último preconceito aceitável na sociedade atual, mas o escritor e jornalista canadense Michael Coren não acha que ele deva ser aceito tão facilmente.
Em seu livro Why Catholics Are Right (Por que os católicos estão certos), publicado em inglês pela McClelland and Stewart e sem tradução em português até agora, ele analisa as críticas mais comuns contra a Igreja. Coren, de família laica e filho de pai judeu, tornou-se católico depois dos vinte anos de idade.
Ser judeu o ajudou na carreira, mas, como ele conta na introdução do livro, a fé católica lhe causou a perda de dois postos de trabalho e muitas portas fechadas nos meios de comunicação.
Ele encara depois um tema que preferiria não ter que abordar: o escândalo dos abusos do clero. Reconhece o imenso dano causado a muitas pessoas, mas também sustenta que algumas críticas foram além do que seria justificável.
“Os abusos não dizem nada sobre o catolicismo”, insiste Coren. Os críticos ansiosos por demonstrar que os abusos são vinculados às estruturas ou aos ensinamentos da Igreja ignoram o fato de que também ocorrem abusos em outras igrejas e religiões com a mesma freqüencia ou até mais.
“Como resultado das lições do escândalo, a Igreja católica é agora um dos lugares mais seguros para os jovens”, afirma Coren. Esses fatos deveriam levar a uma condenação dos abusos, mas não a uma condenação da Igreja, conclui o escritor.
Outro capítulo se ocupa de acontecimentos históricos como as cruzadas e a inquisição. É verdade que a Igreja nem sempre agiu da melhor maneira, admite ele, mas, em geral, ela sempre esteve eticamente à frente do seu tempo e se manteve como uma força para o bem, argumenta.
As cruzadas
Coren precisa que a Terra Santa era cristã e, posteriormente, foi invadida pelos muçulmanos. Segundo ele, é um erro considerar as cruzadas como uma espécie de imperialismo ou colonialismo. Ao contrário, muitas famílias nobres foram à bancarrota com os gastos de armar um cavaleiro e mantê-lo com seu séquito nas cruzadas.
Estudos modernos desmentem que a maioria dos cruzados eram filhos de famílias pobres em busca de butim. Pelo contrário, tratava-se normalmente da elite da cavalaria europeia, explica o autor.
Nos territórios conquistados pelas cruzadas, a população muçulmana pôde seguir a vida normal e não houve nenhuma tentativa séria de convertê-la ao cristianismo.
“As cruzadas não foram o momento mais bonito da história cristã, é claro, mas também não foram as caricaturas infantis da consciência pesada ocidental moderna, nem a paranóia contemporânea muçulmana”, responde.
Quanto à inquisição, ele afirma que a premissa subjacente é que os católicos são maus e que só a Igreja poderia organizar algo tão horrível como a inquisição. “Isto é simplesmente ridículo”, afirma Coren.
Para começar, foram assassinados mais homens e mulheres em poucas semanas da ateia Revolução Francesa do que durante um século de inquisição. Também houve inquisições em vários países protestantes, voltadas principalmente contra os suspeitos de bruxaria.
Tortura
O objetivo da inquisição era combater os erros doutrinais e as heresias, explica Coren. Existia a tortura, mas aplicada quase sempre pelas autoridades laicas. A inquisição não a usava nem mais nem menos do que o resto dos órgãos judiciais da época, acrescenta.
A maior parte das críticas se concentra na inquisição espanhola. Coren se pergunta por que se prestou tão pouca atenção aos massacres e à tortura realizados contra muitos católicos na Inglaterra de Henrique VIII e da Rainha Elisabete I.
É verdade que os papas apoiaram inicialmente a inquisição espanhola, mas ela se tornou rapidamente um órgão do estado e da monarquia. Depois da derrota final dos muçulmanos na Espanha, um grande número deles e de judeus se converteu ao catolicismo. Muitas conversões foram genuínas, mas, sendo vantajoso política e economicamente dizer-se católico, outras muitas “conversões” não passaram de fachada. A inquisição, então, investigou a autenticidade dos conversos.
Houve abusos, afirma Coren, mas a Espanha não sofreu as sangrentas guerras de religião que afetaram muitos outros países europeus, por exemplo. Segundo ele, a Inquisição passou despercebida até meados do século XIX, quando escritores anticatólicos a utilizaram e distorceram para atacar a Igreja.
Outra crítica frequente à Igreja tem a ver com sua riqueza.
É verdade que existe uma grande quantidade de riquezas no Vaticano, em seus museus abertos a todos. A Igreja preservou essas obras de arte durante séculos e as guarda como patrimônio da humanidade, observa o autor.
A possibilidade da venda dessas obras de arte e de dar o dinheiro aos pobres seria apenas um ato isolado, cujos benefícios materiais acabariam rapidamente, sem resolver nada do problema da pobreza no mundo.
Já a conservação dos tesouros artísticos para o futuro os mantém à disposição de todos, em vez de encerrá-los em coleções privadas. Além disso, prossegue Coren, a Igreja católica constrói e gerencia hospitais e escolas e toca um número imenso de obras de caridade no mundo inteiro.
Vida e sexualidade
Outro dos capítulos do livro explora os temas da vida e da sexualidade. A Igreja é objeto de ataques constantes por causa da sua postura em temas que vão do aborto aos preservativos e anticoncepcionais.
A postura da Igreja não se baseia apenas em crenças morais, mas também na ciência e nos direitos humanos, defende Coren.
Ele assinala que a afirmação de que existe uma nova vida desde o momento da concepção tem um sólido fundamento biológico. O feto é uma vida humana diferente e como tal deveria ter o direito de existir. Apesar disso, nos últimos anos, os pró-vida foram tachados frequentemente de extremistas fanáticos.
Por outro lado, ainda que a sociedade contemporânea se considere mais progressista e tolerante que qualquer outra do passado, as pessoas com deficiência no ventre materno são assassinadas deliberadamente.
Quando se trata da postura da Igreja a respeito da utilização para pesquisa de células-tronco embrionárias, isso é utilizado por seus oponentes para acusá-la de ser um obstáculo à cura de enfermidades que poderiam ser vencidas em um futuro próximo.
A verdade é, no entanto, que não houve êxito algum com as células-tronco embrionárias, em contraste com os êxitos obtidos com células-tronco de adultos, algo que a Igreja não se opõe, aponta Coren.
Quanto ao tema dos preservativos e dos anticonceptivos, a Igreja adverte há décadas que sua disponibilidade seria prejudicial para a sociedade. De fato, Coren assinala que, desde a advertência, tem havido um aumento constante das enfermidades de transmissão sexual, do divórcio, das rupturas familiares, e a sexualidade passou a se converter em muitos casos de uma ato de amor para uma mera troca de fluidos corporais.
Difamar a Igreja e Bento XVI por se opor ao uso de preservativos no esforço por controlar a Aids/SIDA é outro caso mais de injustiça, afirma Coren. Confiar no uso de preservativos simplesmente não tem funcionado na África. Pelo contrário, os programas baseados na abstinência e na fidelidade têm tido grande êxito.
O livro de Coren trata muitos outros temas e não desperdiça oportunidades de defender a Igreja contra o que considera de ataques mal informados. Seria uma útil ajuda para quem está interessado em responder aos ataques tão frequentes contra a Igreja.
Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/