REDAÇÃO CENTRAL, 28 Jul. 11 / 12:15 pm (ACI)
O Bispo de Saltillo (México), Dom Raúl Vera López, declarou a um jornal mexicano que recebeu do Vaticano "uma série de perguntas" sobre seu apoio ao grupo gay São Elredo, uma associação que manifestou posições contrárias à doutrina católica.
Dom Vera declarou ao jornal Zócalo de Saltillo que "há um chamado do Vaticano e eu estou para esclarecer coisas… eu tenho que responder à Cidade do Vaticano uma série de perguntas que me fazem a respeito a meu trabalho com os homossexuais".
O Bispo argüiu que os questionamentos do Vaticano surgem "porque uma agência católica que tem sua sede no Peru, a ACI Prensa, tem feito calúnias sobre mim, que o que eu promovo são as relações homossexuais".
Dom Vera acusou à agência em espanhol do grupo ACI, a ACI Prensa, de distorcer seu trabalho. "Imputam-me estar contra o magistério da Igreja e lamentavelmente se movem por preconceitos e uma fobia contra a comunidade homossexual", acrescentou.
O bispo insistiu em que o pedido de explicações que recebeu da Santa Sede "é devido a esta agência de informação católica que começou a dizer barbaridades".
O Bispo disse ao jornal que "na Diocese de Saltillo temos objetivos bem claros, nós trabalhamos com eles (a comunidade gay), para ajudá-los a recuperar sua dignidade humana muito vulnerada desde sua casa, na sociedade e os trata como malcheirosos".
"Não estou contra o magistério da Igreja, nem estou promovendo a desonestidade, iria contra meus princípios promover a depravação ou a degeneração das pessoas", indicou.
Ante os questionamentos do Vaticano, o coordenador do grupo gay São Elredo, Noé Ruiz, declarou ao Zócalo de Saltillo que estariam dispostos a ir embora da diocese para não entorpecer o trabalho do Prelado.
"Se amanhã chegam e dizem a Dom Raúl Vera que ‘seu trabalho em Saltillo está perigando por uma comunidade tão pequena, de uma rede de quase 600 pessoas’, não vale a pena arriscá-lo", afirmou.
A agência ACI Prensa e Saltillo
Em março de 2011, a ACI Prensa informou sobre o apoio da Diocese de Saltillo ao 4º Foro de Diversidade Sexual, Familiar e Religioso, uma iniciativa do grupo São Elredo que promovia, entre outras condutas contrárias à Igreja Católica, o ativismo gay, a sexualidade ativa de casais homossexuais e a adoção de crianças por parte destas. Dom Vera presidiu a cerimônia de inauguração do polêmico evento.
Em uma entrevista telefônica com a ACI Prensa, o Padre Robert Coogan, assessor espiritual do grupo São Elredo, manifestou o apoio de Dom Vera ao trabalho desta associação e questionou os ensinamentos da Igreja Católica sobre a homossexualidade.
"A única resposta que oferece o Catecismo (aos homossexuais) é dizer que eles vivam o celibato" mas isto "não é adequado", disse o Pe. Coogan.
A ACI Prensa também recolheu a preocupação de diversos grupos pró-família de Saltillo pelas atividades do grupo São Elredo contrárias à doutrina da Igreja.
28 de jul. de 2011
Bispo mexicano afirma que o Vaticano lhe pediu explicações sobre seu apoio a um grupo gay.
A contracepção é a causa fundamental do colapso da família e da moralidade sexual, diz especialista .
WASHINGTON, D.C., EUA, 25 de março de 2011 (Notícias Pró-Família) - A contracepção é o fator fundamental responsável pela epidemia atual de gravidezes entre moças solteiras, famílias de mães solteiras, doenças sexualmente transmissíveis, pais irresponsáveis e um elevado índice de abortos, diz um proeminente especialista de família.
"Desde a introdução da contracepção, tudo o mais desabou", disse Patrick Fagan, diretor do Instituto de Pesquisas de Religião e Casamento do Conselho de Pesquisa da Família, conforme reportagem do CNS.
Palestrando na conferência anual da Fundação Frederick Douglass em Washington, D.C., na semana passada, Fagan citou o "distanciamento de homens de mulheres, o colapso do casamento" e o "sexo fora do casamento" como algumas das consequências trágicas do uso da contracepção. A fundação é uma organização negra com bases religiosas.
"Universalmente, em toda a história do Cristianismo, a contracepção sempre foi vista como um grave pecado contra Deus", disse ele, "um pecado pelo qual uma pessoa perdia a vida divina e a alma".
A campanha de controle da natalidade da Federação de Planejamento Familiar*, disse Fagan, foi o início da calamidade social.
"A família negra do fim da década de 1930 e início da década de 1940 foi o primeiro alvo e vítima da Federação de Planejamento Familiar", disse Fagan.
A gigantesca empresa de aborto fazia campanhas em bairros negros e de baixa renda. Essa campanha, disse Fagan, é em parte responsável pelo colapso da família negra assim como por inúmeras outras consequências que estão afetando a sociedade em geral.
As famílias negras tinham permanecido intactas até a década de 1930 quando a Liga Americana de Controle da Natalidade, mais tarde renomeada Federação de Planejamento Familiar dos Estados Unidos, implementou sua agenda pró-aborto na minoria negra, disse ele.
"No final da década de 1960, depois que clínicas de 'planejamento familiar' se alastraram, havia um padrão claro de preponderância delas em bairros negros".
"O sexo fora do casamento, principalmente mediante a contracepção, havia se tornado um produto de consumo de massa", continuou Fagan. "Quem estava promovendo tudo isso? A Federação de Planejamento Familiar. Eles atingiram primeiro a família negra. Por quê? Porque queriam reduzir os bebês negros. Eles não queriam bebês negros".
Num e-mail para CNSNews.com, Fagan escreveu: "Margaret Sanger liderou a campanha de controle populacional dos negros por meio das igrejas negras, exemplificadas na Clínica do Harlem fundada por Sanger, iniciada na década de 1930. Adam Clayton Powell Sr. deu para ela a oportunidade de falar na Igreja Batista Abyssian, a maior igreja negra do Harlem".
Outra preletora da conferência, Patricia Funderburk Ware, presidente da empresa PFW Consultants Inc., concordou com a análise de Fagan acerca da destruição que a contracepção vem provocando.
Funderburk Ware era diretora da Secretaria de Programas de Gravidez entre Adolescentes no Ministério da Saúde durante o governo de George W. Bush.
"Antes, não havia entre nós abortos legalizados", Funderburk Ware disse. "Não havia controle da natalidade".
Entretanto, com o surgimento do controle da natalidade veio uma mentalidade de sexo sem consequências. Com a disponibilidade do controle da natalidade e do aborto legalizado, disse Funderburk Ware, "se ficássemos grávidas, poderíamos fazer um aborto".
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por Rebecca Millette
“Uma só carne”
Texto de Jorge Ferraz.
Eu naturalmente não acompanhei os debates – em meados do século passado – travados nesta Terra de Santa Cruz e que culminaram com a recepção do divórcio no ordenamento jurídico brasileiro. Li, a posteriori, um excelente livro do Gustavo Corção chamado “Claro Escuro”, que era uma coletânea de artigos de jornais publicados ao longo dos meses nos quais aconteceram os tais debates. E, dentre as crônicas saídas da pena do ilustre escritor católico, uma delas se referia de modo mais claro ao título do livro.
Argumentava o Corção que havia sem dúvidas alguns casais que tinham de tudo para dar certo, como também havia alguns outros casais que visivelmente não poderiam dar certo de jeito nenhum. Mas também havia – a esmagadora maioria – uma multidão enorme de casais que poderiam tanto dar certo como falhar miseravelmente na grande aventura de formação de uma família. E era exatamente com esta multidão, vivendo neste claro-escuro, que a legislação positiva deveria se preocupar – no caso, não oferecendo a “via fácil” da dissolução do vínculo conjugal, a qual poderia fazer com que alguns casais (que dariam certo se tentassem mais um pouco) fossem induzidos a desistir diante das primeiras adversidades.
Porque a entidade familiar tem uma grande importância social e, como disse alguém recentemente (acho que o Ramalhete), se na alegria é fácil aos cônjuges ficarem juntos as coisas não são tão simples assim na tristeza – e, aqui, um pouco de senso de responsabilidade favorecido pela legislação positiva é muito bem vindo. Não me recordo se o Corção falava isto no “Claro Escuro”, mas falo eu: a aprovação do divórcio provocou, talvez acima de tudo, o enorme mal de criar uma cultura de que “se-não-der-certo-separa”, com uma conseqüente desvalorização da Família nos moldes em que ela sempre foi entendida (e como a Igreja sempre a defendeu). A partir desta mentalidade, os bravos e corajosos desbravadores de um mundo novo que se aventuravam para além das fronteiras da casa materna com a missão bem determinada de criar raízes sólidas e edificar na História uma árvore frondosa que pudesse contribuir com rebentos saudáveis para a sociedade e para a Igreja transformam-se agora em jovens irresponsáveis (independente da quantidade de anos que porventura carreguem nas costas) preocupados apenas em “sentirem-se bem” e em gozarem uma “felicidade” confundida com prazer momentâneo.
A imagem é forte, mas não vejo como ela possa ser menos verdadeira. Afinal de contas, quando se fala em “célula-mater da sociedade”, quantas são as pessoas que identificam isto com uma família – e, com isso, estamos falando de um homem e uma mulher unidos em ordem à geração e educação dos filhos e integralmente voltados um para o outro até que a morte os separe? Quantas são as pessoas que entendem as graves responsabilidades que disto decorrem?
A lei do divórcio criou uma cultura de pusilânimes. E talvez um dos mais eloqüentes exemplos disto que eu vi nos últimos tempos tenha sido este texto da sra. Regina Navarro, onde ela faz uma apologia da infidelidade conjugal e defende que “a monogamia não funciona muito bem para os ocidentais”. Que é na verdade uma reescrita daquela “A Maçã” de Raul Seixas, sendo – tanto uma quanto a outra – uma utopia sem sentido de que é possível “amar” sem que o amor seja uma doação íntegra da totalidade do ser, ou de que é possível separar “amor” de “fidelidade”, ou de que o amor não ande sempre e necessariamente de braços dados com a responsabilidade.
A cultura pró-divórcio pavimentou a estrada para que barbaridades como esta ganhassem livre trânsito. Contra os devaneios de articulistas e artistas de rock, contudo, permanecem incólumes os exemplos da história, o testemunho da reta razão humana e aquelas palavras das Escrituras Sagradas conforme a qual o homem e a mulher “serão uma só carne”. E, contra esta verdade insofismável, passarão músicas e artigos; os vinis estarão pendurados em decorações de festas estilo “anos setenta” e os jornais estarão embrulhando o peixe do fim da feira, mas haverá ainda aqueles que defendam a capital importância da Família monogâmica e indissolúvel. Porque certas convicções são inegociáveis. Certas palavras não passarão.
Fonte: http://www.deuslovult.org
Jovem religiosa defende o uso público do hábito desafiando a Cristofobia
Luis Dufaur
A Irmã Ana Verônica, oblata de São Francisco de Sales em Paris, foi convocada juntamente com vários outros professores de Filosofia ao Liceu Carnot, da capital francesa. O objetivo da reunião era combinar a correção de muitas provas da matéria que tinham ficado sem corrigir no fim do ano escolar.
Ela se apresentou como de costume: com o hábito completo do instituto religioso a que pertence.
Sua presença foi pretexto para um rebuliço. Professores laicistas e socialistas exigiram das autoridades do Liceu a expulsão da religiosa. Pretextavam que ela ofendia a laicidade e, de forma caricata e ofensiva, compararam seu hábito com o véu islâmico.
As autoridades nada fizeram, pois sabiam que o procedimento da religiosa era irrepreensível do ponto de vista legal.
Os professores laicistas exigiram que ela tirasse o hábito. “V. poderia ser mais discreta!”, desabafou uma professora laicista.
- “Eu não posso fazer melhor nem pior. Eu devo levá-lo”, respondeu a jovem religiosa.
Os jornais fizeram estardalhaço com o fato e o secretariado geral do ensino católico exigiu que a irmã Ana Verônica desse prova de “juízo” e comparecesse usando roupas civis.
Com tom sereno e respeitoso, mas firme, a freira respondeu a seus detratores em carta publicada pelo jornal parisiense “La Croix”, de 13-07-2011:
“Nós repetimos claramente que jamais tiraremos nosso hábito. …
“Um hábito religioso é o sinal da resposta a um chamado para se consagrar a Deus, que nem todos os batizados recebem.
“Desde 8 de setembro de 2004, data de minha entrada na vida religiosa, minha vida mudou muito e o hábito não é mais que a expressão visível disso.
“Comparecer agora de outra maneira, sem o hábito religioso, é uma coisa impossível para mim, pois eu não uso mais outros vestidos que não sejam os de minha consagração religiosa.
“Eu não sou religiosa por horas.
“Fazemos a profissão para viver seguindo Cristo até a morte.
“Esta consagração religiosa inclui todas as dimensões de nosso ser: corpo, coração, alma e espírito.
“O jovem homem rico do Evangelho recuou diante do apelo de Jesus para segui-Lo, quando Ele posou seu olhar sobre ele.
“Isso significa que a decisão de se consagrar a Deus não é fácil de tomar. Ela pressupõe certas renúncias…
“O hábito religioso é sinal desse fato. Ele pode, portanto, ser um sinal de contradição. Nós sabemos que nosso hábito não deixa indiferentes as pessoas. Ele é um testemunho da presença de Deus.
“Por meio dele nós relembramos, de modo silencioso mas eloqüente, que Deus existe neste mundo que se obstina a não querer pensar nem sequer na possibilidade da transcendência divina.
“Mas, Jesus nós diz no Evangelho que o servidor não é maior que seu mestre. Vós conheceis a continuação? “Se eles me perseguiram, eles vos perseguirão também” (Jn 15, 20).
“E Jesus acrescentou: “As pessoas vos tratarão assim por causa de Mim, porque eles não conhecem Aquele que me enviou” (Jn 15, 21).
A carta da corajosa irmã Ana Verônica causa viva impressão na França.
No Brasil, o PNDH-3 pretende banir os símbolos religiosos dos locais públicos e instalar um laicismo – na realidade, um anti-catolicismo mal disfarçado – como o francês. Para atingir sua finalidade extremada, não poderá deixar de tentar proibir as próprias vestes talares dos religiosos e das religiosas.