O senador republicano pela Flórida, Marco Rubo, introduziu um projeto de lei – Religious Freedom Restoration Act of 2012 (Restauração da Liberdade Religiosa de 2012, em inglês) – que tem como objetivo liberar as instituições de igrejas de pagar o cobrimento de serviços de contracepção e esterilização de seus empregados em seus planos de saúde, procedimentos que são considerados atentatórios à liberdade da Igreja Católica nos EUA.
No dia 20 de janeiro um mandato do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos – dependência do executivo - determinou que instituições como escolas, hospitais e organizações caritativas católicas são obrigadas a pagar por anticoncepcionais e anticoncepcionais-abortivos em seus planos de saúde e os seguros privados católicos são obrigados a oferecer anticoncepcionais e esterilizações para os trabalhadores.
Para o senador norte-armericano, a nova lei viola “os direitos de consciência e a lbierdade religiosa de nosso povo” |
Explicando os motivos que o levaram a realizar seu projeto de lei, o senador Rubio disse: “Sob este presidente [Obama]temos um governo que se tornou demasiado grande, demasiado caro e agora ainda mais dominador ao obrigar as entidades religiosas a abandonar suas crenças. Este é um projeto de lei de sentido comum, que simplesmente diz que o governo não pode obrigar as organizações religiosas a abandonar os princípios fundamentais de sua fé, porque o governo assim o diga“.
Apoiando o projeto do senador, pronunciou-se a diretora de bioética e política pública do Centro Católico Nacional de Bioética, Marie Hilliard. Segundo ela, exigir a outros participar e pagar pelo seguro destes medicamentos contraceptivos e abortivos e procedimentos “é uma violação sem precedentes da liberdade religiosa e de consciência e deve ser objeto de forte oposição. O Centro Nacional Católico de Bioética se une a todas as pessoas comprometidas com o princípio da liberdade, sobre o qual foi fundado este país, ao dar as boas-vindas a introdução da Lei de Restauração de Liberdade Religiosa de 2012″.
Em entrevista ao National Catholic Register, o presidente do Comitê Ad Hoc sobre Liberdade Religiosa da Conferência Episcopal Americana, Dom William Lori, também apoiou o projeto do senador, dando boas-vindas a ele. Conforme o prelado, se aprovado, ele fará frente “a ameaça causada pelo decreto do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. Espero que ele encontre um amplo apoio bipartidário e que siga seu caminho até o escritório do presidente Obama”.
A não necessidade de uma nova lei
Por sua parte, um estudioso de direito, que escreve no National Review Online, sustenta que a nova norma federal já viola a atual Lei de Restauração de Liberdade Religiosa, e que por isso não vê necessidade de uma nova lei. “Mas talvez o projeto de lei do Senador Rubio ajudará a centrar a atenção no notavelmente hostil que é a administração Obama aos princípios básicos da liberdade religiosa”, disse..
O diretor do Projeto de Liberdade Religiosa do Centro Berkeley de Assuntos de Religião, Paz e Assuntos Mundiais, de Georgetown, Thomas Farr, reconheceu que são vários os estudiosos que compartilham a opinião de Whelan de que o a norma sobre contracepção e esterilização já viola a atual Lei de Restauração de Liberdade Religiosa. “Se estes pontos de vista são corretos, o assalto da administração Obama sobre o catolicismo e a consciência religiosa de milhões de estado-unidenses fracassará nos tribunais”, afirmou.
Com informações do National Catholic Register.
* Não existe contradição entre a TEORIA do Big Bang e a criação de Deus, afirma sacerdote “astrônomo” do Vaticano.
fevereiro 4th, 2012
Fonte: Canção Nova
Ao apresentar na manhã desta sexta-feira, 3, no Vaticano, a mostra “História do outro mundo. O universo dentro e fora de nós”, o diretor do Observatório Astronômico do Vaticano, padre José Gabriel Funes, explicou que, do ponto de vista eclesiástico, a teoria do “Big Bang não está em contradição com a fé” “Sabemos que Deus é criador, é um pai bom que tem um plano providencial para nós, que nós somos seus filhos, e que tudo o que possamos aprender racionalmente sobre a origem do universo não está em contradição com a mensagem religiosa da Bíblia”, indicou. A Teoria do Big Bang, também conhecida como a grande explosão, é a “melhor teoria que temos neste momento da criação do universo”, disse. De forma muito resumida, esta teoria, explica que provavelmente, a criação começou faz 14 milhões de anos com uma explosão colossal na que foram criados o espaço, o tempo, a energia e a matéria, assim, é como nasceram as galáxias, as estrelas e os planetas, os quais se encontram em contínua expansão. O padre Funes afirmou, que como astrônomo e católico compartilha esta justificação da criação do universo, apesar de que “há algumas perguntas sem resposta”. Além disso, o astrônomo explicou que os católicos “devem ver o cosmos como um dom de Deus”, e “admirar a beleza que há no universo”. “Essa beleza que vemos leva de algum modo à beleza do criador. E também graças a que Deus nos dotou que inteligência, de razão, podemos encontrar o logos, essa explicação racional que há no universo que nos permite fazer ciência também. Fala-nos também do logos criador de Deus”, destacou. Vida em outros planetas O sacerdote indicou, que embora não há prova alguma de vida inteligente no universo à parte da nossa, “não a podemos descartar”, porque estudos de astronomia mostram que existem cerca de 700 planetas que giram ao redor de outras estrelas. “Se no futuro, que me parece uma coisa bastante difícil, pudesse estabelecer-se que existe vida, e vida inteligente, não acredito que isto contradiga a mensagem religiosa da criação porque seriam também criaturas de Deus”, acrescentou.Interesse da Igreja O interesse oficial da Igreja pela astronomia se remonta ao século XVI e em 1891, o Papa León XIII decidiu criar oficialmente um Observatório Vaticano para mostrar que a Igreja não está contra o desenvolvimento científico, mas sim promove o desenvolvimento da ciência de qualidade. Ademais, existe o Observatório Vaticano, com sede em Castel Gandolfo, enquanto que o telescópio que se usa para a investigação, situa-se em Tucson, Estados Unidos. Exposição O padre Funes explicou que exporá a mostra de 10 de março a 1 de julho em Pisa, por ser a cidade em que nasceu Galileu Galilei – pai da astronomia moderna –, e onde o astrônomo propulsor do Observatório Vaticano, Cardeal Pietro Maffi, desenvolveu seu ministério. A exposição consiste em um percurso no tempo através de imagens, instrumentos de investigação, assim como minerais reais de Lua e Marte que conduzem o espectador a uma fascinante viagem desde a criação do universo e da matéria, até nosso mundo interior e os átomos que nos conformam. O Papa Bento XVI visitou no ano 2009 o Observatório Vaticano, situado na localidade de Castel Gandolfo. Naquela ocasião, sustentou em suas mãos um dos tesouros do observatório, um meteorito vindo de Marte
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