Segundo o artigo publicado neste 20 de junho por Carlos Pólo,
Diretor do Population Research Institute (PRI) para a América Latina (uma
entidade especializada em temas de defesa da vida e população), os abortistas e
lobbystas dos “direitos sexuais e reprodutivos” saem derrotados da Rio +20.
“Nenhuma menção aos chamados “direitos reprodutivos” nem
“serviços de saúde reprodutiva” (ambos eufemismos para o aborto), foram
incluídos no documento final da Cúpula de Rio+ 20. Eles foram simplesmente
rechaçados pela comunidade internacional”, afirma o diretor do PRI para o
continente latino-americano.
“Os grupos feministas radicais e pró-aborto já começaram a
protestar publicamente mostrando clara aceitação da sua derrota. Isto constitui
também uma mensagem nítida de rechaço à política externa da Administração
Obama, o governo mais abortista da história dos EUA, pois nem toda sua
diplomacia nem os milhões com os quais financia a ONU conseguiram obter seus
propósitos neste evento”, assevera também o perito.
Carlos Pólo explica que nos últimos 6 meses, o Fundo das
Nações Unidas para Atividades em População (UNFPA) juntamente com os governos
da Noruega, Islândia, os falso católicos autodenominados “Catholics for Choice”
e a IPPF (International Planned Parenthood Foundation) que é a maior
fornecedora de abortos no mundo, trabalharam febrilmente para aproveitar a
Cúpula Rio +20. Seu propósito era que tanto o aborto legal como o controle
populacional fizesse parte dos esforços governamentais para obter um
desenvolvimento sustentável.
“Catholics for Choice” tinha distribuído numerosas e muito
custosas publicações para desqualificar ao Vaticano como observador permanente
nas Nações Unidas. (...). Entretanto, chama poderosamente a atenção que esta
instituição tenha disponibilidade de tantos recursos econômicos para dedicar-se
à política internacional e precisamente para atacar a Santa Sé. Em um dos
documentos mais recentes este grupo afirma que a Santa Sé tem “a tendência a
insistir em posições afastadas do consenso internacional”, denunciou Polo.
Efetivamente, as muitas ONGs feministas pró-aborto não
perderam a chance de marcar presença na cúpula. “A chamada Coalizão
Internacional pela Saúde das Mulheres realizou um evento paralelo à Rio+20 no
último 14 de Junho cuja única tese foi que “a legalização completa do aborto
era uma forma de alcançar o desenvolvimento sustentável””, destacou ainda o
perito peruano.
Segundo informou o portal de notícias G1 do grupo Globo,
Alexandra Garita, representante da Internacional Women Health Coalison
(Coalisão Internacional pela Saúde das Mulheres), afirmou nesta quinta-feira,
14 de junho, que “os países devem garantir às mulheres a possibilidade de
abortar com segurança e evitar o nascimento de crianças que não terão acesso a
saúde, educação e padrões mínimos de qualidade de vida”.
“As mulheres já abortam hoje e muitas morrem. É importante
que elas possam fazer isso com segurança”, afirmou. Garita também defendeu
acesso gratuito a métodos contraceptivos e a informações sobre como evitar a
gravidez”, destacou também o G1 em sua edição de 14 de junho.
Ainda segundo a matéria do G1, o coordenador da Federação
Internacional de Estudantes de Medicina, Mike Kamus, também defendeu o aborto
como forma de garantir desenvolvimento sustentável em uma sessão da Reunião da
ONU no Rio de Janeiro.
“Do meu ponto de vista pessoal, é preciso garantir o aborto
com segurança. Milhares de mulheres morrem tentando abortar. As que levam uma
gravidez indesejada até o fim, muitas vezes, não têm condição de dar uma vida
de qualidade aos filhos”, afirmou. Segundo ele, é preciso “dar aos jovens o
direito de decidir”, destaca a nota do portal de notícias G1.
O poderoso lobby pelos chamados “direitos reprodutivos” e
“serviços de saúde reprodutiva” debutou internacionalmente nas Conferências do
Cairo (1994) e Beijing (1995). Desde essa data, afirma Carlos Polo, não há um
só evento da ONU sobre assuntos sociais, de consumo de tabaco ou de direitos
dos deficientes, onde este lobby liderado pelo IPPF não tente incluir alguma
menção a estes supostos “direitos” que favorecem o aborto legal.
Durante anos estes grupos se esforçaram por dar a acreditar
que esse discurso não tem nada a ver com o negócio do aborto, mas os fatos
demonstram que o contrabando foi descoberto.
Para vários peritos que seguem de perto estes eventos da ONU,
a melhor noticia é que hoje já são vários os países que estão cientes deste
erro.
Segundo o diretor da escritório do PRI para América Latina, a
decisão de retirar toda menção de “direitos reprodutivos” e “serviços de saúde
reprodutiva” do documento da reunião que se realiza no Brasil se deve a que
mais países denunciaram que estes conceitos incluem o aborto e cada vez menos
países vêm seguindo os EUA que afirmam (falsamente) que estes mal chamados direitos
não se referem ao aborto.
Os países que intervieram para remover estes conceitos do
documento final da Rio+20 foram: o
Vaticano, Rússia, Honduras, República Dominicana, Nicarágua, Chile, Síria,
Egito, Malta, Polônia e Costa Rica. Em contraparte, os países que estiveram a
favor de incluí-los foram: EUA, Bolívia, Peru, Uruguai, México, Noruega,
Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Suíça e Islândia.
Chama a atenção que os delegados dos países latino-americanos
tenham defendido uma posição claramente contrária ao que diz a Constituição e
os acordos legais vigentes em seus países, como o Pacto de San José, explica o
membro do PRI, profundo entendedor da situação da defesa da vida e da família
no continente americano.
O Brasil foi duramente criticado pelas feministas presentes
no Rio por permitir a omissão dos “direitos reprodutivos” no texto da Cúpula.
“Este documento não é nem "o futuro que queremos", nem o que as
gerações futuras merecem. Em um esforço para chegar a um consenso a qualquer
custo, o Brasil se esqueceu o Rio”, lamenta Zonibel Woods, escrevendo pro site
feminista “RH Reality Check”.
Apesar da Vigília Ecumênica na qual pediu-se pelos “direitos
reprodutivos e sexuais”, a Cúpula dos Povos também foi uma decepção para os
críticos da posição da Santa Sé. Nenhum membro da comitiva liderada pela
Cardeal Odilo Scherer, nem autoridade eclesiástica alguma tomou parte no evento
da noite do 17 de junho.
Em entrevista exclusiva à ACI Digital Carlos Polo afirmou: “O
rechaço à inclusão dos “direito reprodutivos” no documento da Rio + 20 é uma
imensa derrota que os próprios grupos abortistas reconheceram publicamente. É
também o início de uma nova etapa na qual a família deve assumir um papel
protagonista”.
Fonte: ACI Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário