31 de out. de 2012

O Dom das Línguas, Tire suas Duvidas?


Esclarecimentos sobre alguns pontos da RCC à CNBB

Dom Alberto Taveira fala da oração em línguas, repouso no Espírito e inspirações particulares

Em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sou o Assistente Espiritual do Conselho Nacional da Renovação Carismática Católica, um dos mais significativos Movimentos Eclesiais existentes em nosso tempo. Algumas interrogações me foram feitas por Dom Rafael Llano Cifuentes, Bispo de Nova Friburgo-RJ, proporcionando-me levar ao Conselho Permanente da CNBB alguns esclarecimentos, que podem servir a tantos irmãos e irmãos da RCC ou que desejam conhecê-la mais de perto. Eis o texto escrito que apresentei à 58ª Reunião do Conselho Permanente da CNBB:
Esclarecimentos sobre alguns pontos da RCC
Foi-me pedido para fazer uma breve comunicação a respeito de alguns pontos sobre a Renovação Carismática Católica. Escolhi dois caminhos, sendo o primeiro uma consulta feita aos coordenadores nacionais da RCC, aos quais encaminhei as perguntas feitas, com respostas que me foram apresentadas por Reinaldo Beserra, do Escritório Nacional da RCC e membro do Conselho Internacional da RCC – (ICCRS). Tais respostas correspondem e são plenamente assumidas por mim, por corresponderem ao que penso e às orientações que costumo oferecer à RCC. Em seguida, desejo apresentar algumas propostas.
I – Esclarecimentos solicitados pelo CONSEP, a pedido de Dom Rafael:
1. "Benefícios" da oração em línguas: Os carismas, sejam extraordinários ou humildes, são graças do Espírito Santo que têm, direta ou indiretamente, uma utilidade eclesial, ordenados como são à edificação da Igreja, ao bem dos homens e às necessidades do mundo. Carismas são "manifestações do Espírito para proveito comum". São dons úteis, instrumentos de ação, para servir à comunidade.
Conceituação:
a) "É um dom de oração cujo valor, enquanto 'linguagem de louvor', não depende do fato de que um lingüista possa ou não identificá-lo como linguagem no sentido corrente do termo". É uma linguagem a-conceitual, que se "assemelha" às línguas conceituais. Não supõe absolutamente um estado de "transe" para praticá-la, não corresponde a um estado "extático", e nem a uma exagerada emoção, permanecendo aquele que a pratica no total domínio de si mesmo e de suas emoções, pois o Espírito Santo jamais se apossa de alguém de modo a anular-lhe a personalidade.
b) É um dom que leva os fiéis a glorificar a Deus em uma linguagem não convencional, inspirada pelo Espírito Santo. É uma forma de louvar a Deus e uma real maneira de se falar e se entreter com Ele. Quando o homem está de tal maneira repleto do amor de Deus que a própria língua e as demais formas comuns de se expressar se revelam como que insuficientes, dá plena liberdade à inspiração do Espírito, de modo a "falar uma língua" que só Deus entende.
2. O "falar em línguas", consignado nas Escrituras comporta três modalidades:
a) a oração em línguas, de caráter usualmente particular, pessoal, e que portanto não requer interpretação. Embora de caráter pessoal, ela pode ser exercitada também de modo coletivo, o que acontece nas assembléias onde todos exercem o "dom particular de orar em línguas", ao mesmo tempo; obviamente, não supõe interpretação. No entanto, Deus – que ouve a oração que milhares de fiéis lhe dirigem concomitantemente de todos os cantos da Terra – por certo entende. Vale a intenção que está em nosso coração.
b) Essa oração também pode ser expressa em modalidade de canto, uma oração com uma melodia que não foi pré-estabelecida. Também essa modalidade não requer interpretação. A diferença em relação à modalidade anterior, é que aqui se trata de orar em línguas, mas num ritmo não falado, de expressão e cadência musical, de notas que se sucedem improvisadamente, numa modulação lírica com que se celebra as maravilhas de Deus. São cânticos que brotam geralmente nos momentos de louvor e adoração da assembléia, do grupo de oração, e que pouco tem em comum com os cânticos eclesiásticos tradicionais, ou também com os cantos de "composição artística". Santo Agostinho, comentando as palavras do Salmo "Cantai ao Senhor um Cântico novo", adverte que o cântico novo não é coisa "de homens velhos". "Aprendem-no os homens novos, renovados da velhice por meio da graça, pertencentes ao Novo Testamento, que já é o Reino dos Céus. Por ele manifestamos todo o nosso amor e lhe cantamos um canto novo. Quando podes oferecer-lhe tamanha competência que não desagrade a ouvidos tão apurados?... Não busques palavras, como se pudesses dar forma a um canto que agrade a Deus. Canta com júbilo! Que significa cantar com júbilo? Entender sem poder explicar com palavras o que se canta com o coração. Se não podes dizer com tuas palavras, tampouco podes calar-te. Então, resta-te cantar com júbilo, se modo que te entregues a uma alegria sem palavras e a alegria se dilate no júbilo" .
c) Uma terceira modalidade do dom das línguas é aquela de uso essencialmente público, que quando é acompanhado do seu complemento, o dom da interpretação, tem como seu propósito a edificação dos fiéis e a convicção dos descrentes. Aqui o falar em línguas não assume o caráter de oração, mas de uma mensagem em línguas, dirigida à assembléia e não a Deus, como é o caso da oração, e que portanto requer o exercício do outro dom apontado por Paulo, o dom da interpretação. O Espírito dá a alguém a inspiração de "falar em línguas" em alta voz. Suas palavras contém uma mensagem espiritual para um ou mais ouvintes. A mensagem permanece incompreensível, enquanto não for interpretada. A mensagem interpretada assume, regularmente, as características de uma profecia carismática, que, segundo S. Paulo, edifica, exorta e consola a assembléia. Autores há que, em vista de maior clareza, dão outro nome a esta forma de falar em línguas. Chamam-na de "mensagem em línguas", ou ainda de "profecia em línguas". Em oposição ao "falar em línguas" durante a oração, este dom não está livremente à disposição da pessoa. Exige-se uma inspiração peculiar. Muitas vezes, ela está acompanhada de outra inspiração, a saber, num dos ouvintes que então "interpreta" a mensagem e a traduz em linguagem comum, para a comunidade. O dom de "falar mensagem em línguas" é um dom transitório manifestado vez ou outra nas reuniões de oração; e o Senhor pode servir-se ora deste, ora daquele, enquanto que o dom da interpretação geralmente é considerado permanente; é dom que pode ser pedido na oração.
3. Quando se deve orar em línguas? Só em atos próprios da RCC? Na TV para todos? Pode ser utilizada durante a Santa Missa, como parece ter acontecido na Oração dos fiéis nas missas de TV?
a) Sendo um dom do Espírito e um dom de oração, ele deveria ser permitido onde sempre é permitido orar. Nos atos próprios da RCC, o Documento 53, n. 25 da CNBB, já o levou em consideração.
b) Se a TV está transmitindo um ato próprio da RCC, não é possível "encenar" um comportamento que anule a identidade do Movimento. O exercício do carisma de orar em línguas é parte constitutiva da RCC. De nossa parte – os "carismáticos" – não temos de que nos envergonhar dessa prática, e nem temos nada a esconder. Somos assim. nossos Grupos de Oração estão sempre com as portas abertas, e qualquer um pode conferir lá o que somos e o que praticamos.
c) Na Santa Missa: Se são missas celebradas em atos específicos da RCC, parece-nos que sim, desde que se exercite essa oração nos momentos ditados pelo bom senso e pela orientação do celebrante, de modo respeitoso, profundamente oracional, não exibitório, especialmente como glorificação a Deus, como expressão de contrição, como petição, e como ação de graças.
d) A RCC tem clara consciência de que a Igreja, durante muito tempo, não se abriu à essa forma de se exercitar os carismas. Por isso ela sabe que, esse reavivamento de perfil pentecostal que se colocou em marcha no último século – especialmente a partir de Helena Guerra, que motivou Leão XIII a escrever uma Encíclica sobre o Espírito Santo, passando por João XXIII, que pediu um novo Pentecostes para a Igreja e a "renovação dos sinais e prodígios da aurora da Igreja", bem como pelo Concílio Vaticano II, onde Deus, providencialmente, lançou as bases e os fundamentos que tornaram possível o surgimento e a fundamentação do Movimento Pentecostal Católico, até João Paulo II, com sua Dominum et Vivificantem, e a inspirada exortação pronunciada na celebração de Pentecostes de 29 de maio de 2004, que dizia: "Desejo que a espiritualidade de Pentecostes se difunda na Igreja como um impulso renovado de oração, santidade, comunhão e anúncio. [...] Abram-se com docilidade aos dons do Espírito Santo! Recebam com gratidão e obediência os carismas que o Espírito não cessa de oferecer!" – precisa ser acolhido com abertura de espírito e destemor, mas também com bom senso, com humildade, com respeito pelas diferentes opções de engajamento na pastoral orgânica da Igreja, em absoluta adesão à doutrina da Igreja Católica, não escandalizando por falta de decoro litúrgico ou religioso, dentro da ordem, mas também não deixando de ser fiel à vocação que Deus nos faz, de, nesses tempos, contribuir para "revelar à Igreja aquilo que já lhe é próprio: sua dimensão carismática".
e) No rito do Sacramento da Crisma, ao final da Oração dos fiéis, o Bispo reza: "Ó Deus, que destes o Espírito Santo a vossos apóstolos e quisestes que eles e seus sucessores o transmitissem aos outros fiéis, ouvi com bondade a nossa oração e derramai nos corações de vossos filhos e filhas os dons que distribuístes outrora no início da pregação apostólica".
f) É de se esperar que, recebendo tais dons, possamos exercitá-los, pois "da aceitação desses carismas, mesmo dos mais simples, nasce em favor de cada um dos fiéis o direito e o dever de exercê-los para o bem dos homens e a edificação da Igreja e do mundo, na liberdade do Espírito Santo, que 'sopra onde quer' e ao mesmo tempo na comunhão com os irmãos em Cristo, sobretudo com seus pastores, a quem cabe julgar sobre a autenticidade e o uso dos carismas dentro da ordem, não por certo para extinguirem o Espírito, mas para provarem tudo e reterem o que é bom".
g) "Na lógica da originária doação donde derivam, os dons do Espírito Santo exigem que todos aqueles que os receberam os exerçam para o crescimento de toda a Igreja, como no-lo recorda o Concílio".
4 – Repouso no Espírito: O Documento 53, no número 65, aborda o tema e diz a respeito: "Em Assembléia, grupos de oração, retiros e outros reuniões evite-se a prática do assim chamado 'repouso no Espírito'. Essa prática exige maior aprofundamento, estudo e discernimento".
a) O Cardeal Suenens, que escreveu muito sobre a RCC e a apoiou, foi muito cauteloso em relação à prática do repouso no Espírito, recomendando reserva.
b) Pe. Robert De Grandis foi quem muito a divulgou aqui pelo Brasil e tem um livro sobre o assunto.
c) Pe. Antonello, da Arquidiocese de S. Paulo, pratica-o com bastante freqüência e também escreveu sobre o assunto.
d) Não há fundamentação bíblica consistente sobre ele, embora sua prática remonte aos grupos qualificados de entusiastas, especialmente nos grupos de reavivamento nos Estados Unidos entre os séculos XVII e XIX.
e) "O Espírito Santo, ao confiar à Igreja-Comunhão os diversos ministérios, enriquece-a com outros dons especiais, chamados carismas. Podem assumir as mais variadas formas, tanto como expressão da liberdade absoluta do Espírito que os distribui, como em resposta às múltiplas exigências da história da Igreja" . Em muitas ocasiões – especialmente quando praticado em atendimentos pessoais, em clima de oração –, de modo especial em atendimentos de oração por cura interior, essas manifestações se revelam perceptivelmente legítimas, sem componentes de perfil patológico, gerando em quem a experimenta profunda paz e bem estar, com conseqüente reavivamento ou novo compromisso, com os compromissos relativos à fé. Pe. Isaac Isaias Valle, por exemplo, de Porto Feliz, na Arquidiocese de Sorocaba, sacerdote muito estudioso e preparado doutrinariamente, atende as pessoas utilizando-se dessa prática.
f) Em muitas ocasiões – especialmente em grandes encontros – há um visível descontrole emocional da parte de muitos nos quais se manifesta tal fenômeno, chegando-se mesmo a identificáveis casos de histeria, seja por desequilíbrio de cunho psicológico. Como diz João Paulo II, "na verdade, a ação do Espírito Santo, que sopra onde quer, nem sempre é fácil de se descobrir e de se aceitar. Sabemos que Deus atua em todos os fiéis cristãos e estamos conscientes dos benefícios que provém dos carismas, tanto para os indivíduos como para toda a comunidade cristã. Todavia, também temos consciência da força do pecado e as confusões na vida dos fiéis e da comunidade."
g) Assim, não é oportuno incentivar tal prática. Mas há vezes em que, sem que ninguém estimule, ocorre tal manifestação. Então, surge a oportunidade para cumprir o que determina o Documento 53, buscando aprofundar o entendimento sobre a matéria, pela observação com um estudo do caso, até perguntando à pessoa como é que ela está se sentindo, se aquilo lhe gerou paz, se o seu é um histórico sem comprometimentos outros, etc, para chegar a um discernimento sobre as características que possam nos ajudar a identificar a legitimidade do repouso.
5 – Sobre as inspirações particulares: Em geral a liderança da RCC tem tido bastante bom senso no exercício dessas chamadas inspirações, ou moções. Junto com os dons da Palavra de Ciência e a Palavra de Sabedoria, a RCC se esmera em fazer uso do Dom do Discernimento Carismático. Podem ocorrer exageros e afoitas condutas? Claro que sim. Mas a realidade dos fatos logo "traz para a terra" aqueles espíritos mais atabalhoados, e que agem por impulsos meramente humanos, e de maneira até irresponsável. Na observância dos resultados práticos e dos frutos produzidos por tais inspirações é que a RCC busca aprender a deixar-se conduzir pelo Espírito, que – segundo a Apostolicam Actuositatem – distribui também aos leigos dons e carismas para capacitá-los a anunciar o Reino, com poder. É possível encontrar-se falsas moedas. Mas não vamos, com elas, jogar fora as legítimas, as verdadeiras. Em 2003, o Pontifício Conselho para os Leigos convidou a RCC a dar sua contribuição no Colóquio Internacional sobre a Oração para pedir de Deus a cura, realizado em Roma, sob os auspícios daquele Conselho, reconhecendo nela essa prudência.
II – Propostas:
a) Ao acompanhar a RCC, percebo que existe seriedade, busca de maior conhecimento teológico em suas lideranças e docilidade. Sugiro que a Comissão Episcopal de Doutrina promova um estudo sobre os Carismas e as práticas da RCC, com seus representantes. Pode até surgir uma nova e mais atualizada orientação pastoral.
b) Sugiro que os senhores bispos verifiquem em suas Dioceses os eventuais problemas, proporcionando uma orientação segura, através de um assistente diocesano que possa acompanhar de perto.
c) Nos Congressos Estaduais da RCC, seria muito oportuno que o Bispo do local em que o mesmo se realiza se fizesse presente com a apresentação de um tema de formação. Penso que "adotando a criança", poderemos orientar melhor e os membros da RCC não se sentirão marginalizados, mas membros vivos das Igrejas particulares.
Dom Alberto Taveira*

A oração em línguas é um dom do Espírito Santo (1 Cor 12,10). São Paulo faz vária citações sobre esse carisma e sua importância para quem o põe em prática. Vemos o apóstolo delongar-se na instrução aos Coríntios sobre o uso do dom das línguas e na correção aos exageros que por vezes ocorriam; podemos perceber que esse era um dom usado com muita freqüência, um dom muito comum para eles e assim o foi, nos primórdios, para a Igreja.
Contudo, durante muito tempo esse dom ficou esquecido e ate parecia ter desaparecido do seio da Igreja, mas novamente essa forma de oração tem ganhado expressão e é cada vez mais comum a sua prática em meio a Renovação Carismática.
Quantas vezes nos vemos perdidos, sem saber como rezar? Faltam-nos as palavras. Outras vezes começamos a louvar a Deus e não somos capazes de permanecer sequer cinco minutos em Seu louvor. Outras, ainda, sentimos o coração quase sair do peito de tanta vontade de falar com o Senhor, mas toda palavra que nos chega á boca parece ser insuficiente.
É bom saber que não estamos sozinhos, o Espírito mesmo vem em auxilio à nossa fraqueza.
Porque não sabemos o que devemos pedir nem orar como convém, Ele mesmo se dispõe a orar em nós. Trata-se do próprio Deus, que habita em nossos corações, templos Seus, a orar em nós. Diz a Sagrada Escritura que Ele o faz com gemidos inefáveis, se maneira que a inteligência humana é incapaz de entender.
São gemidos, sílabas que se combinam de maneira inteligível, mas de grande significância. É Deus que, sendo Pai e conhecendo o nosso coração, quer nos levar a uma oração profunda.
Aquele que ora em línguas não diz coisas que a inteligência humana seja capaz de compreender; a sua oração brota do seu coração, do seu espírito, rumo ao coração de Deus; ninguém o compreende, nem mesmo ele próprio, porque diz coisas misteriosas sob a ação do Espírito Santo. Há aqui um obstáculo para as pessoas que racionalizam tudo em demasia. Essa oração é uma humilhação para a inteligência... Quantas pessoas ao orar em línguas perguntam a si mesmas se não estão fazendo papel de estúpidas, até mesmo se sentem ridículas por consentir em iniciar tal forma de oração. Contraditório seria entendê-la quando a Sagrada Escritura diz que não é possível fazê-lo.
Há muitos que dizem não querer saber de dons, que a caridade lhes basta, como se esta se contrapusesse aos carismas e vice-versa. O Espírito Santo nos ensina: “Empenhai-vos em procurar a caridade. Aspirai igualmente os dons espirituais...” Devemos aspirar à caridade na mesma intensidade, da mesma forma e profundidade que os dons espirituais ( que acabam por ser uma operação da própria caridade).
Felizes são aqueles que se ariscam e se aventuram, mesmo quando os sentimentos contrariam a intenção de se lançar nessa maravilhosa experiência, já que aquele que assim reza edifica-se a si mesmo. Todos os outros carismas são para as outras pessoas; a oração em línguas é o único carisma voltado para a edificação pessoal. Convém não desperdiçar.
Extraido do livro: "Quando só Deus é a resposta"

Vídeo Homilia da Solenidade de Todos os santos



Solenidade de Todos os Santos - Comentário do Evangelho das Bem Aventuranças Mt 5,1-12 A Santa Igreja quer celebrar com esta solenidade, a salvação, a felicidade eterna da qual o Senhor veio nos trazer... por amor Deus nos deu a liberdade, e os santos, amam a Deus como uma resposta de amor, porque ele já é e se sente amado pelo Senhor....  Caso não abrir: http://www.youtube.com/watch?v=y712mijDjtg&feature=youtu.be

24 de out. de 2012

Vídeo Homilia do XXX Domingo do Tempo Comum Ano B


Homilia do XXX Domingo do Tempo Comum Ano B - Neste Domingo iremos meditar a cura do cego Bartimeu, figura do homem que passa da escuridão das trevas a luz do discipulado, iniciando a ver a vida de um modo novo.... Caso não abrir clique: http://pt.gloria.tv/?media=350740 Para maiores informações: grupodeoracao@mosteiroreginapacis.org.br
 

18 de out. de 2012

Kit Gay em São Paulo



Assista esse vídeo de uma denuncia fortíssima do Deputado Jair Bolsonaro

16 de out. de 2012

* Novelas provocam queda em natalidade e do DIVORCIO no Brasil, diz estudo.

BBC

A queda na taxa de natalidade no Brasil está relacionada com a audiência das telenovelas, segundo sugere um estudo realizado no Centro de Pesquisas para Política Econômica da Grã-Bretanha (CEPR, na sigla em inglês).

Segundo o estudo, o tamanho pequeno das famílias representadas nas tramas das novelas brasileiras seria distante da realidade e influenciaria as mulheres a desejar poucos filhos.
Dados do Censo indicam que a taxa de natalidade caiu de 6,3 crianças por cada mulher em 1960 para 2,3 em 2000.
De acordo com a pesquisa, esse declínio se deve não apenas pelo hábito de assistir televisão, mas especificamente pela audiência das telenovelas produzidas pela Rede Globo.

“Descobrimos que as mulheres que vivem em áreas cobertas pelo sinal da Globo apresentaram taxa de natalidade muito menor. As novelas mexicanas e importadas transmitidas por outros canais não causaram impacto na natalidade”, diz o estudo, conduzido pelos pesquisadores Eliana La Ferrara, Alberto Chong e Suzanne Duryea.

Alcance
Os pesquisadores analisaram o conteúdo de 115 novelas transmitidas pela Globo em dois horários diferentes entre 1965 e 1999 e descobriram que 72% das personagens femininas com idade até 50 anos não tinham filhos, comparados com 21% das personagens que eram mães.

Para alcançar os resultados, a equipe comparou os dados das novelas com o índice de natalidade do país e o alcance do sinal da emissora em diversas áreas.

O estudo indica que há uma relação entre o alcance do sinal da emissora e uma diminuição nas taxas de natalidade das mulheres que vivem nas áreas cobertas pelo canal. Segundo a pesquisa, o impacto é maior em mulheres com nível sócio-econômico mais baixo e na fase central e mais adiantada do ciclo de fertilidade.

Nomes
Além da análise do impacto no índice de natalidade, a pesquisa aponta ainda que as personagens femininas influenciam de maneira “surpreendente” as escolhas dos nomes dos filhos.
“As mães que vivem em áreas cobertas pela Rede Globo são quatro vezes mais propensas a batizar seus filhos com o nome de um dos personagens das telenovelas”, diz a pesquisa.

Os pesquisadores compararam 15 nomes de estudantes do ensino fundamental recolhidos no Ministério da Educação em 2005. A equipe comparou os padrões dos nomes mais comuns com os nomes dos personagens principais das telenovelas da Globo no ano em que as crianças nasceram – a maioria em 1994.
Depois da análise, os pesquisadores descobriram, entre os 20 nomes mais comuns de bebês nascidos em 1994, pelo menos um era também o nome de um personagem de alguma novela transmitida naquele ano.

“Acreditamos que estes dados sobre o padrão dos nomes sugere uma relação forte entre o conteúdo da novela e o comportamento da audiência”, diz o estudo.
Para os pesquisadores, o impacto das telenovelas na população pode ter implicações importantes para os governos elaborarem suas políticas públicas em países em desenvolvimento, onde a taxa de analfabetismo é elevada.

“Nosso trabalho sugere que os programas direcionados para a população local têm potencial para atingir um número enorme de pessoas a um custo muito baixo”, diz a pesquisa.
Para os pesquisadores, questões como a educação infantil, a Aids e os direitos das minorias podem ser levantadas em programas de televisão.

* Estudo sugere forte ligação entre novelas da Globo e aumento no número de divórcios no Brasil.

outubro 14th, 2012
BBC

Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sugere uma ligação entre as populares novelas da TV Globo e um aumento no número de divórcios no Brasil nas últimas décadas.

Na pesquisa, foi feito um cruzamento de informações extraídas de censos nos anos 70, 80 e 90 e dados sobre a expansão do sinal da Globo – cujas novelas chegavam a 98% dos municípios do país na década de 90.
Segundo os autores do estudo, Alberto Chong e Eliana La Ferrara, “a parcela de mulheres que se separaram ou se divorciaram aumenta significativamente depois que o sinal da Globo se torna disponível” nas cidades do país.

Além disso, a pesquisa descobriu que esse efeito é mais forte em municípios menores, onde o sinal é captado por uma parcela mais alta da população local.
Instrução

Os resultados sugerem que essas áreas apresentaram um aumento de 0,1 a 0,2 ponto percentual na porcentagem de mulheres de 15 a 49 anos que são divorciadas ou separadas.
“O aumento é pequeno, mas estatisticamente significativo”, afirmou Chong.

Os pesquisadores vão além e dizem que o impacto é comparável ao de um aumento em seis vezes no nível de instrução de uma mulher. A porcentagem de mulheres divorciadas cresce com a escolaridade.
O enredo das novelas freqüentemente inclui críticas a valores tradicionais e, desde os anos 60, uma porcentagem significativa das personagens femininas não reflete os papéis tradicionais de comportamento reservados às mulheres na sociedade.
Foram analisadas 115 novelas transmitidas pela Globo entre 1965 e 1999. Nelas, 62% das principais personagens femininas não tinham filhos e 26% eram infiéis a seus parceiros.

Nas últimas décadas, a taxa de divórcios aumentou muito no Brasil, apesar do estigma associado às separações. Isso, segundo os pesquisadores, torna o país um “caso interessante de estudo”.
Segundo dados divulgados pela ONU, os divórcios pularam de 3,3 para cada 100 casamentos em 1984 para 17,7 em 2002.

“A exposição a estilos de vida modernos mostrados na TV, a funções desempenhadas por mulheres emancipadas e a uma crítica aos valores tradicionais mostrou estar associada aos aumentos nas frações de mulheres separadas e divorciadas nas áreas municipais brasileiras”, diz a pesquisa.

Taxa de natalidade cai e população brasileira deve parar de crescer.



Folha de São Paulo
Diante de uma taxa de natalidade de apenas 1,7% (comparável a países como França e Reino Unido), o Brasil caminha rapidamente para uma estagnação de sua população. O Ipea projeta 200 milhões de pessoas em 2020. Vinte anos mais tarde, em 2040, esse número crescerá em apenas 4 milhões, prevê o instituto ligado à Presidência da República.

Idosos respondem por quase 20% da renda do país, aponta Ipea
Segundo dados da última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), viviam no país 195,2 milhões de pessoas em 2011. “O germe do declínio populacional já está instalado no país, que são as baixas taxas de fecundidade e o reduzido crescimento da população”, disse Ana Amélia Camarano, demógrafa do Ipea.

Para a pesquisadora, o aumento populacional atual de apenas 0,7% ao ano e a menor natalidade –que deve chegar a 1 filho por mulher em 2030– fazem o país migrar de uma “explosão de população” no passado para uma “implosão de população” no futuro próximo, acompanhada do envelhecimento da estrutura etária do país.

Um dos problemas da estrutura etária envelhecida é que a força de trabalho também recua, reduzindo a capacidade produtiva do país. “Há apenas 20 anos ainda falávamos em explosão populacional. O problema agora é outro. A questão é como prover saúde e condições de autonomia a uma população cada vez mais envelhecida”, afirmou a demógrafa.
De acordo com Camarano, as mulheres brasileiras tinham cerca de 6 filhos, em média, nos anos 50 e 60. Naquele período, a população crescia a um ritmo anual superior a 3%. “Foi o nosso período do ‘baby boom’”, afirma.

A taxa de fecundidade foi rapidamente declinando (com adventos como a pílula e outros métodos contraceptivos e o aumento do nível de educação) nos últimos anos. Atualmente, diz, ela está num nível “consideravelmente abaixo” da chamada taxa de reposição da população –de 2,14 filhos por mulher.
A lógica embutida nessa taxa é a seguinte: cada mulher tem de gerar duas crianças para “repor” o pai e ela própria; o 0,14 adicional é para compensar sobretudo aqueles que morrem antes de terem filhos.


Com tal dinâmica, prevê, só as faixas etárias acima de 45 anos vão crescer a partir de 2030. De 2040 em diante, a única parcela que crescerá em números absolutos será a de 60 anos ou mais.
O Brasil caminha rapidamente, afirma, para ter um perfil populacional “bastante envelhecido” e de fecundidade muito baixa (em torno ou pouco acima de 1 filho por mulher), comparável aos países do sul da Europa (Portugal, Espanha, Itália e Grécia, sobretudo) e do Japão.
França e Reino Unido, diz, ainda mantêm uma estrutura um mais jovem e taxa de fecundidade maior graças ao peso da imigração.

FECUNDIDADE POR RENDA
Para Ana Amélia Camarano, do Ipea, a desigualdade na taxa de fecundidade entre mulheres de faixas diferentes de renda abre caminho para uma a queda rápida até os níveis dos países europeus do mediterrâneo e do Japão. Isso num cenário que em o rendimento dos mais pobres no Brasil avança mais rápido do que dos mais ricos.
Enquanto entre as mulheres da faixa de renda com os 20% menores rendimentos familiares a taxa de natalidade era de 3,6 filhos, na faixa dos grupos familiares dos 20% mais ricos estava em 0,9 filho –abaixo da taxa japonesa.
+ CANAIS


15 de out. de 2012

Vídeo Homilia do XXIX Domingo do Tempo Comum Ano B

 
Domingo passa refletimos a Riqueza, como dificuldade de acolher a proposta de Jesus a ponto que ele fala de um milagre para isso acontecer, já no Evangelho deste Domingo Mc 10,35-45, Jesus fala de uma outra tentação, o PODER... Caso não abrir clique no link: http://pt.gloria.tv/?media=346746
 

A IGREJA DE CRISTO É A IGREJA CATÓLICA


A IGREJA DE CRISTO É A IGREJA CATÓLICA


Jesus Cristo, Nosso Salvador, fundou apenas uma Igreja, não várias, como é desejo dos hereges. Ele fundou a Igreja Católica Apostólica Romana:"Cabe ao Filho realizar, na plenitude dos tempos, o plano de salvação de seu Pai. Este é o motivo de sua missão. O Senhor Jesus iniciou sua Igreja pregando a Boa Nova, isto é, o advento do Reino de Deus prometido nas Escrituras havia séculos" (Catecismo da Igreja Católica, 763).
Os pastores evangélicos, em geral, costumam apontar o dedo para o próprio peito dizendo serem eles a "pedra" sobre a qual Cristo Jesus fundou a Sua Igreja; outros bem mais "cultos" e "místicos", dizem que a "Igreja" está dentro do coração, e aquele que "aceitar" Jesus, pertence à Igreja de Nosso Senhor.
São Cipriano que não era herege, ambicioso nem enganador diz: "Cristo edifica a Igreja sobre Pedro. Encarrega-o de apascentar-lhe as ovelhas. A Pedro é entregue o primado para que seja uma Igreja e uma cátedra de Cristo. Quem abandona a cátedra de Pedro, sobre a qual foi fundada a Igreja, não pode pensar em pertencer à Igreja de Cristo" (De un. Eccl. cap. IV), e: "Pedro é o vértice, o chefe dos Apóstolos" (I Concílio de Nicéia).
Por mais que os hereges gritem, apontem o dedo e mentem, não dá para enganar o católico bem instruído; só escorregam em suas salivas, aqueles que se dizem católicos e vivem às margens da Igreja.
Quando Jesus Cristo diz: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei A MINHA IGREJA, e as portas do inferno não prevalecerão contra ELA(Mt 16, 18), a que Igreja se refere? Não é ao Protestantismo ou qualquer igreja protestante em particular, porque as Igrejas protestantes só começaram a existir no século XVI.
Refere-se, sem dúvida alguma, à IGREJA CATÓLICA; é fácil demonstrá-lo.
Logo nos inícios da Igreja, os seguidores de Cristo foram designados com o nome de cristãos. Assim podiam distinguir-se dos filósofos pagãos e dos judeus ou seguidores da sinagoga. Este nome de cristãos como se sabe vem na própria Bíblia, e tal denominação começou em Antioquia: “Em Antioquia é que foram os discípulos denominados CRISTÃOS pela primeira vez” (At 11, 26), e: “Então Agripa disse a Paulo: Por pouco me não persuade a fazer-me CRISTÃO” (At 26, 28), e também: “Se padece como CRISTÃO, não se envergonhe; mas glorifique a Deus neste nome” (1Pd 4, 16).
Aconteceu, porém que, tão logo a Igreja começou a propagar-se, começaram a aparecer os hereges seguindo doutrinas diversas daquela que tinha sido recebida dos Apóstolos, tomando também o nome de cristãos, pois acreditavam em Jesus Cristo e d’Ele se diziam discípulos.
Era preciso, portanto, um novo nome para designar a verdadeira Igreja, distinguindo-a dos hereges. E desde tempos antiquíssimos, desde os tempos dos Apóstolos, a Igreja começou a ser designada como IGREJA CATÓLICA, isto é, UNIVERSAL, a Igreja que está espalhada por toda a parte, para diferençá-la dos hereges, pertencentes à igrejinhas isoladas que existiam aqui e acolá. Assim é que já Santo Inácio de Antioquia, - que foi contemporâneo dos Apóstolos, pois nasceu mais ou menos no ano 35 da era cristã e, segundo Eusébio de Cesaréia no seu Chrónicon, foi bispo de Antioquia, entre os anos 70 e 107 - nos fala abertamente da Igreja Católicana sua Epístola aos Esmirnenses: “Onde comparecer o Bispo, aí esteja a multidão, do mesmo modo que, onde estiver Jesus Cristo, aí está a IGREJA CATÓLICA” (Epístola aos Esmirnenses c 8, 2).
Outro contemporâneo dos Apóstolos foi São Policarpo, bispo de Esmirna; nasceu no ano 69 e foi discípulo de São João Evangelista.
Quando São Policarpo recebeu a palma do martírio, a Igreja de Esmirna escreveu uma carta que é assim endereçada: “A Igreja de Deus que peregrina em Esmirna à Igreja de Deus que peregrina em Filomélio e a todas as paróquias da IGREJA SANTA E CATÓLICA em todo o mundo”. Nessa mesma Epístola se fala de uma oração feita por São Policarpo, na qual ele “fez menção de todos quantos em sua vida tiveram trato com ele, pequenos e grandes, ilustres e humildes, e especialmente de toda a IGREJA CATÓLICA, espalhada por toda a terra” (c. 8).
O Fragmento Muratoriano que é uma lista feita no segundo século, dos livros do Cânon do Novo Testamento, fala em livros apócrifos que “não podem ser recebidos na IGREJA CATÓLICA”.
São Clemente de Alexandria (também do século segundo) responde à objeção dos infiéis que perguntam: “Como se pode crer se há tanta divergência de heresias? A própria verdade nos distrai e cansa, porque outras pessoas estabelecem vários dogmas.”
Depois de mostrar vários sinais pelos quais se distingue a verdadeira Igreja das heresias, assim conclui São Clemente: “Não só pela essência, mas também pela opinião, pelo princípio, pela excelência, só há uma Igreja antiga e é a IGREJA CATÓLICA. Das heresias, umas se chamam pelo nome de um homem, como as que são  chamadas por Valentino, Marcião e Basílides; outras, pelo lugar donde vieram, como os Peráticos; outras do povo, como a heresia dos Frígios; outras, de alguma operação, como os Encratistas; outras, de seus próprios ensinos, como os Docetas e Hematistas"(Stromata 1.7. c. 15). O mesmo argumento podemos formular hoje. Háuma só Igreja que vem do princípio: é a IGREJA CATÓLICA. As seitas protestantes, umas são chamadas pelos nomes dos homens que as fundaram, ou cujas opiniões seguem, como: Luteranos (de Lutero), Calvinistas (de Calvino), Zuinglianos (de Zuínglio), etc.
Outras, do lugar donde vieram: Igreja Livre Evangélica Sueca, Irmão de Plymouth;
Outras, de um povo: Anglicanos (da Inglaterra), Irmãos Moravos (da Morávia);
No século III, Firmiliano, bispo de Capadócia, diz assim: “Há uma só esposa de Cristo que é a IGREJA CATÓLICA” (Ep. De Firmiliano nº 14).
Na história do martírio de São Piônio (morto em 251) se lê que Polemon o interroga:
— Como és chamado?
— Cristão.
— De que igreja?
— Católica (Ruinart. Acta martyrum pág. 122 nº 9).
São Frutuoso, martirizado no ano 259, diz: “É necessário que eu tenha em mente a IGREJA CATÓLICA, difundida desde o Oriente até o Ocidente” (Ruinart. Acta martyrum pág 192 nº 3).
Lactâncio, convertido ao cristianismo no ano 300, diz: “Só a IGREJA CATÓLICA é que conserva o verdadeiro culto. Esta é a fonte da verdade; este o domicílio da fé, o templo de Deus, no qual se alguém não entrar, do qual se alguém sair, está privado da esperança de vida e salvação eterna” (Livro 4º cap. III).
São Paciano de Barcelona (morto no ano 392) escreve na epístola a Simprônio: “Como, depois dos Apóstolos, apareceram as heresias e com nomes diversos procuraram cindir e dilacerar em partes aquela que é a rainha, a pomba de Deus, não exigia um sobrenome o povo apostólico, para que se distinguisse a unidade do povo que não se corrompeu pelo erro?... Portanto, entrando por acaso hoje numa cidade populosa e encontrando marcionistas, apolinarianos, catafrígios, novacianos e outros deste gênero, que se chamam cristãos, com que sobrenome eu reconheceria a congregação de meu povo, se não se chamasse CATÓLICA?” (Epístola a Simprônio nº 3). E mais adiante, na mesma epístola:“Cristão é o meu nome; CATÓLICO, o sobrenome” (idem nº 4).
São Cirilo de Jerusalém (do mesmo século IV) assim instruiu os catecúmenos “Se algum dia peregrinares pelas cidades, não indagues simplesmente onde está a casa do Senhor, porque também as seitas dos ímpios e as heresias querem coonestar (dar aparência de honesta) com o nome de casa do Senhor às suas espeluncas; nem perguntes simplesmente onde está a igreja, mas onde está a IGREJA CATÓLICA; este é o NOME PRÓPRIO desta SANTA MÃE de todos nós, que é também a ESPOSA de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO” (Instrução Catequética c. 18; nº 26).
Santo Agostinho (do século V) dizia: “Deve ser seguida por nós aquela religião cristã, a comunhão daquela Igreja que é a CATÓLICA, e CATÓLICA é chamada não só pelos seus, mas também por todos os seus inimigos” (Verdadeira religião c 7; nº 12).
E quando o Concílio de Constantinopla, no ano de 381, colocou no seu Símbolo estas palavras: “Cremos na Igreja Una, Santa, CATÓLICA e Apostólica”, isto não constituía novidade alguma, pois já desde tempo antiquíssimo se vinha recitando no Credo ou Símbolo dos Apóstolos: creio na Santa Igreja CATÓLICA.
Vemos, portanto, na história do Cristianismo, o CONTRASTE EVIDENTE entre aquela Igreja que veio desde o princípio e logo se espalhou por toda a parte: "Ide, pois, e ensinai todas as gentes" (Mt 28, 19), e que desde o começo foi chamada CATÓLICA, segundo o que acabamos de demonstrar, e as heresias que foram aparecendo no decorrer dos séculos, discordando deste ou daquele ponto, inventadas por um homem qualquer, mas todas vencidas pela Igreja, pois ou desapareceram por completo ou ficaram reduzidas em número de adeptos que logo mergulharam no esquecimento.
Chega esta Igreja ao século XVI. Aparece então Martinho Lutero(monge católico: beberrão, mulherengo, revoltado e caluniador), pretendendo afirmar que esta Igreja está completamente afogada no erro e é preciso fazer uma reforma doutrinária.
Queremos aqui fazer apenas uma pergunta ao “inspirado” e “esclarecido” Lutero: “Como é que Cristo deixou durante tantos séculos a sua Igreja mergulhada completamente no erro, e só no século XVI fez aparecer os 'inspirados' e 'esclarecidos' doutrinários da verdade? Onde está a Providência Divina com relação à obra de Deus que é a sua Igreja?”
Se tal desastre se tivesse verificado, então teria falhado completamente a promessa de Cristo: “E as portas do inferno não prevalecerão CONTRA ELA” (Mt 16, 18).
Foi uma VERDADEIRA DESGRAÇA o que fez Martinho Lutero. O seu amigo Melanchton escreve: “Nem toda a água do rio Elba daria lágrimas bastante para chorar a desgraça da Reforma”.
Católico, tampe os ouvidos diante dos uivos dos lobos que trabalham furiosamente para arrancar-te do seio da Verdadeira Igreja, não lhes dê ouvidos, mas lembre-se com frequência de que Cristo Jesus é o Santo Fundador da Única Igreja, e por mais que lancem pedras sobre ela, jamais a destruirão: "Cristo é o único Senhor da Igreja. Ela lhe pertence, pois é ele quem a edifica. É Pedro, porém, quem lhe guarda as chaves para abrir, fechar, cerrar e excluir. Inimigos ardilosos que a não conseguiram suplantar em campo aberto, tentarão introduzir-se disfarçadamente em seu seio, procurando combatê-la e destruí-la pelo interno" (Alfred Barth, Enciclopédia Catequética, Vol. II).
Católico, AMESIRVA e DEFENDA a Igreja Católica... Cristo Jesus deu a vida por ela: "Com a vitória da cruz, ele adquiriu para si o poder e o domínio sobre todas as gentes" (Santo Tomás de Aquino, Summa Theol., III, 42, 1), e:"Aquele que, feito homem, se tornara cabeça e senhor da humanidade, ora resgatou seu povo com seu Sangue, libertou-o, remiu-o e o fez seu. O véu do templo - a antiga aliança - rasgou-se" (Leão I, Serm., 68, 3), e também:"Amem esta Igreja, sejam essa Igreja, fiquem na Igreja! E amem o Esposo!" (Santo Agostinho).

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

O Papa: O fogo de Cristo dá luz e calor à Igreja que navega em meio de tempestades


Vaticano, 12 Out. 12 / 12:44 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Bento XVI disse na noite de ontem ao sair do balcão do seu estudio em frente à praça de São Pedro que o fogo de Cristo, que hoje vive, não é um fogo destruidor, mas uma chama que dá luz e calor, que transforma a Igreja que navega "em meio de tempestades".

Assim assinalou o Santo Padre aos numerosos participantes da procissão de tochas organizada pela Ação Católica Italiana, em colaboração com a diocese de Roma, por motivo da abertura do Ano da Fé e do 50º aniversário do início do Concílio Vaticano II.

"Boa noite a todos e obrigado por ter vindo. Há cinqüenta anos, neste mesmo dia, eu também estava nesta praça, olhando a esta janela na que apareceu o Papa bondoso, o Beato João XXIII, que pronunciou palavras inesquecíveis, palavras cheias de poesia, de bondade, palavras que saíam do coração", saudou o Santo Padre.

Bento XVI recordou logo que "fomos felizes e estávamos cheios de entusiasmo. O grande Concílio ecumênico havia sido inaugurado; estávamos seguros de que chegava uma primavera para a Igreja, um novo Pentecostes, com uma presença nova e forte da graça libertadora do Evangelho".

"Hoje também somos felizes, temos a alegria em nosso coração, mas poderíamos dizer que é uma alegria, possivelmente, mais sóbria, uma alegria humilde. Nestes cinqüenta anos aprendemos e experimentamos que o pecado original existe e se traduz, sempre de novo, em pecados pessoais, que podem transformar-se em estruturas do pecado".

O Papa reconheceu logo que "vimos que no campo do Senhor também há sempre joio. Vimos que na rede de Pedro também há peixes podres".

"Vimos que a fragilidade humana também está presente na Igreja, que a barca da Igreja também navega com ventos contrários, em meio de tempestades que a espreitam e, às vezes, pensamos: ‘o Senhor dorme e se esqueceu de nós’".

"Esta é uma parte das experiências destes cinqüenta anos, mas também tivemos uma experiência nova da presença do Senhor, de sua bondade, de sua força. O fogo do Espírito Santo, o fogo de Cristo não é um fogo devorador ou destruidor; é um fogo silencioso, é uma pequena chama de bondade e verdade que transforma, que dá luz e calor".

O Santo Padre expressou também que "o Senhor não se esquece de nós. Hoje também, à sua maneira, de forma humilde, o Senhor está presente e esquenta os corações, mostra vida, cria carismas de bondade e de caridade que iluminam o mundo e são para nós garantia da bondade de Deus".

"Sim, Cristo vive, está conosco também hoje, e podemos ser felizes também agora porque sua bondade não se apaga. Hoje ele também é forte!".

"Ao final, atrevo-me a fazer minhas as palavras inesquecíveis do papa João: ‘Vão às suas casas, dêem um beijo nas crianças e digam que é um beijo do Papa’", concluiu.

* Nobel de Medicina reforça posição católica sobre células-tronco.

Agência Ecclesia

O presidente emérito da Academia Pontifícia para a Vida, órgão do Vaticano, Cardeal Elio Sgreccia, disse nesta segunda-feira, 8, que a atribuição do Nobel da Medicina 2012 a cientistas que reprogramaram células maduras para se tornarem estaminais (células-tronco) reforça a posição católica contra a destruição de embriões.“As células-tronco adultas deram por primeiro – e sempre mais significativamente – o seu resultado. Em relação às células-tronco embrionárias permanece, ao contrário, a grave prescrição ética, porque deve passar através do assassinato do embrião para se chegar à retirada dessas células. Além disso, não se obteve ainda nenhum sucesso, enquanto se insiste, por parte de muitos centros nacionais e internacionais, no financiamento e investimento de dinheiro que poderia ser utilizado em lugares onde esse poderia dar fruto.
Portanto, o emprego e o aperfeiçoamento da aplicação das células-tronco adultas pluripotentes que já demonstraram sua eficácia”, referiu à Rádio Vaticano o cardeal Elio Sgreccia, especialista em bioética e presidente da Fundação “Ut vitam habeant” (Para que tenham vida, em português).O prêmio Nobel de Medicina 2012 foi atribuído conjuntamente a John B. Gurdon e Shinya Yamanaka “pela descoberta de que as células maduras podem ser reprogramadas para se tornarem pluripotentes”, anunciou o Comitê Nobel. Segundo se explica no comunicado em que anuncia os nomes dos laureados, o Instituto Karolinska decidiu distinguir dois cientistas que descobriram que células maduras e especializadas podem ser reprogramadas para se tornarem células estaminais, capazes de formarem qualquer tecido do corpo.
“A sua descoberta revolucionou a nossa compreensão de como as células e os organismos se desenvolvem”, acrescenta a nota oficial.
O cardeal Sgreccia espera que esta distinção possa permitir um maior investimento no “aperfeiçoamento da aplicação das células estaminais adultas pluripotentes, que já demonstraram a sua validade”, em particular para a medicina regenerativa.

Estranha insistência ante o fracasso de um mito

Deve-se notar que não existe diferença qualitativa entre clonar um embrião com fins terapêuticos ou fazê-lo com fins reprodutivos, isto é, produzir um clone humano completo.(3) A revisão da literatura científica sobre as pesquisas com CTEH com fins terapêuticos mostra que os resultados têm sido repetidos fracassos. Isso se deve a várias razões.

A primeira é que elas provocam reação imunológica e conseqüente rejeição no corpo do paciente, devido a estar nelas contida toda a fórmula genética do embrião de onde foram extraídas, o qual era um ser humano distinto do paciente.

O segundo grande obstáculo é que elas têm uma forte tendência a produzir tumores cancerosos, ao invés de células sadias. “Na China, por exemplo, foi levada a cabo uma experiência com CTEH tomadas de ratos, que foram injetadas em determinada região do cérebro de um paciente que sofria do mal de Parkinson. Os resultados foram horríveis. As células embrionárias começaram a crescer descontroladamente e se transformaram num teratoma, um dos mais primitivos e malignos tumores que se conhecem.Na autópsia da vítima, encontraram-se pedaços de pelos, ossos e pele no lugar onde fora feita a injeção das CTEH”.(4)


Com relação à “clonagem terapêutica”, os resultados têm sido igualmente negativos. Um dos muitos inconvenientes desta técnica é apontado pela Dra. Alice Teixeira Ferreira, da Unifesp: “Na clonagem terapêutica se produzem embriões com o genoma do paciente, a fim de se obter células-tronco cujo transplante não seja rejeitado. Mas se a doença do paciente é genética, as células portarão o mesmo defeito”.(5)


* * *
Reconhecimento de fracassos em investigação com células-tronco embrionárias
Dr. James Thomson WASHINGTON, 27-6-05 — Centenas de cientistas que apóiam a investigação de células-tronco embrionárias se reúnem nesses dias na Califórnia, para discutir o estado atual do controvertido campo de estudo. Na entrevista, admitem que não progrediram muito e estão perdendo milhões, ao tratar de aperfeiçoar seus polêmicos experimentos. Como informa LifeNews.com, o Presidente da Celgene, Alan Lewis, declarou à Associated Press (AP) que “muitas das tecnologias que mostramos ao público ainda não dão resultado”. Por sua parte, James Thomson, o biólogo de Wisconsin que foi o primeiro a isolar células-tronco embrionárias, também admite que seus méritos foram exagerados. Thomson assinalou também que a tecnologia tem ainda um longo caminho a percorrer, e admitiu que as células-tronco embrionárias ainda não se utilizam em testes clínicos com seres humanos. “Espero que existam algumas aplicações para esta tecnologia nos transplantes, mas vão ser muito complicadas. Isto foi tão divulgado pela imprensa, que as pessoas acreditam que o sucesso se alcançará logo”. Segundo Thomson, as curas que possam provir deste tipo de células só ocorreriam dentro de “10 ou 20 anos, contando a partir de agora”. (“Agência ACI”, 27-6-05).



Histórico da pesquisa com células embrionárias humanas


Por Alice Teixeira Ferreira *

James Thomson relata que, frente aos resultados que obteve com células embrionárias (CE) de macaco, procurou reproduzi-los com CE humanas, que obteve de embriões humanos de clínicas de reprodução assistida. Como havia necessidade de matar embriões humanos para obter estas células e isto causaria má impressão no meio acadêmico e no público em geral, ele consultou um bioeticista. Queria saber o que fazer para conseguir publicar seu trabalho. O “bioeticista” utilitarista sugeriu que Thomson desse uma utilidade a tal experimento. Thomson propôs um objetivo “humanitário”: curar dibetes, doença de Parkinson e Alzheimer. Tratava-se de salvar vidas com o transplante das CE humanas. Fato que não ocorreu até hoje, pois as CE humanas transplantadas são rejeitadas por incompatibilidade imunológica ou dão tumores, os teratomas.

Quando começaram a sair os bons resultados com o autotransplante de células tronco adultas(CTAs) obtidas da medula óssea(MO) do próprio paciente, como foi o caso dos 14 pacientes enfartados, tirados da fila de transplante, tratados com CTAs extraídas de suas MO pelo Dr. Radovan Borojevic e Dr. Hans Doham, dos quais estão vivos 13 até hoje, começou-se a dizer que as CE eram melhores porque eram pluripotentes. As CEs poderiam se transformar em qualquer tecido, mas de acordo com McGuckin tal fato não foi demonstrado até hoje por problema metodológico: não existe uma tecnologia que permita distinguir todos os tipos de células do organismo humano.

No entanto, a possibilidade de curar doenças degenerativas com CE humanas foi aceita com entusiasmo, pois “parece que se gosta de estórias da carochinha”, de acordo com Dr. Weiss. Desta maneira se propagou entre médicos, alguns pesquisadores e entre não cientistas: os jornalistas e os políticos, a ideologia da cura com CE humanas.

As conseqüências da fé em tão falso paradigma foram:

1) Thomson e sua Universidade de Wiscosin(UW) conseguiram a patente da cultura das CEs humanas. Quando foi aproada a verba de 3 bilhões de dólares na Califórnia para se pesquisar as CEs humanas a UW exigiu que lhe fosse dado 25% deste valor.

2) Algumas firmas de biotecnologia resolveram apostar nas CEs humanas. Por exemplo a Geron Corpoaration que vendeu milhares de ações à comunidade judia de Nova York. Atualmente a StemGen e a Advanced Cell Technology estão tentando sobreviver, clonando animais e mesmo seres humanos.

3) Como se trata de eliminar embriões humanos as fundações abortistas como Rockfeller, Ford, McArthur vem financiando estes projetos de pesquisa que envolve a morte de embriões. Investe nas revistas Nature, Science e New England Journal of Medicine (NEJM), que continuamente publicam noticias e artigos falsos da Advanced Cell Technology e outras. Por exemplo, o caso escandaloso do coreano Hwang onde a NEJM não se retratou até hoje dos elogios que fez a estes trabalhos falsos.

4) A mídia anuncia os sucessos das pesquisas com CTAs referindo como CTs simplesmente, querendo que seja assumido que são CEs. Interessante que tem um deputado candidato a reeleição que afirma categoricamente a favor das pesquisas com CTs. Afinal também somos, mas não com as CEs humanas!

A mídia brasileira atualmente está muda relativo aos resultados com CTAs. Não divulgou que Jaenish conseguiu curar anemia falciforme em camundongos, com células iPSC, das quais retirou o oncogene c-Myc. Não deu noticia da visita de Dr. Paul Sanberg, autoridade mundial em CTAs. Tem 25 patentes de tratamento de doença de Parkinson e Alzheimer com autotransplante de CTAs de MO e com CTAs de sangue de cordão umbilical.

A falácia das CEs humanas terminou com os resultados do Dr. Shynia Yamanaka que conseguiu transformar células adultas da pele humana em células com características embrionárias, as iPSC. Os pesquisadores que estavam envolvidos com CEs humanas já mudaram para CTAs e iPSC. É o caso do próprio Thomson, de Wilmut e Jaenisch.

5) Com as pesquisas com CEs humanas, que para serem obtidas é necessário matar embriões humanos, foi retirado o status moral do embrião humano. Com isto a Igreja se viu na obrigação de defender esta pessoa humana no seu estado desenvolvimento em que se encontra mais vulnerável, mais indefesa. Esta posição firme levou os defensores de tais pesquisas com CEs humanas a questionarem fatos como o inicio da vida humana, com propostas absurdas e inverdades. Em resumo, desumanizaram o embrião humano. Passaram a atacar a Igreja com argumentos já usados pelos abortistas. Atacam a religião de um modo geral, pois agora não é só a Igreja que defende a dignidade do embrião humano, mas a religião e afirmam que existe um confronto entre ciência versus religião. O que não é verdade, mas é uma tentativa de desqualificar a defesa do embrião humano por qualquer credo.Usam de chavões, todos importados dos EUA, onde todo embate se iniciou:

1) Queremos salvar vidas.

2) Só com CEs humanas poderemos ter cura de doenças incuráveis.

3) Vamos ter de pagar royalties(quem não entende do assunto até acredita).

4) O SUS vai ter de pagar tratamento no exterior.

5) A Igreja é retrógrada, quer atrasar o desenvolvimento científico.

Tenho dito,

ROMA 20 de fevereiro de 2008 DOMUS AURELIA


*Formada em Medicina, pela Escola Paulista de Medicina, em 1967.
Doutora em Biologia Molecular pela Escola Paulista de Medicina em 1971.
Pós-Doutorado na Research Division of Cleveland Clinic Foundation, Cleveland, Ohio, Estados Unidos em 1972.

Livre Docente em Biofísica, pela Universidade Federal de São Paulo-EPM em 1996.

10 de out. de 2012

Vídeo Homilia do XXVIII Domingo do Tempo Comum Ano B


Neste Domingo meditaremos o Evangelho de Mc 10,17-30, Que nos apresenta um jovem decidido e desejoso de seguir Jesus, mas não compromeito com Jesus, porque está disoposto a seguí-lo até um certo ponto... Jesus o chama a dar um passo a mais.... Caso não abiri o vídeo clique no link: http://pt.gloria.tv/?media=344629

Padre Juarez, da Arquidiocese de São Paulo mais uma vez TRAI A SANTA IGREJA, e as uniões homossexuais: “O último Código Canônico diz que a maior lei será sempre o amor”.


Pusilanimidade e bom-mocismo a serviço da destruição do ensinamento católico sobre a sexualidade humana.
Padre Juarez em programa da TV Globo.
Padre Juarez em programa da TV Globo.
Na última quinta-feira, 4, o Padre Juarez de Castro, Secretário-Geral do Vicariato da Comunicação da Arquidiocese de São Paulo (leia atualização abaixo), conhecido por suas participações em shows e programas, entre outros, da Rede Vida, TV Século XXI e Gazeta, participou do quadro “Vai ter que rebolar” do imoralíssimo programa  “Amor e Sexo”, da Rede Globo. Em um dos quadros, um ator convidado, Alexandre Borges, após rodar uma roleta de opções (homossexual, transexual, travesti e etc.), teve que decidir como agiria nas situações propostas, sendo, em seguida, avaliado por quatro representantes de diferentes religiões (um monge budista, um babalorixá, um padre católico e um pastor protestante).
Ao comando da apresentadora, o ator encenou o papel de um homossexual “casado” com um homem há 12 anos, afastado da prática religiosa, mas que ainda conservaria a fé (sic) e que estava adotando um menino junto com seu parceiro. Ao chegar à idade de 6 anos, o menino indaga ao pai adotivo se “Papai do Céu aprovava que ele tivesse dois pais, e não um pai e uma mãe como todo mundo”, e recebe a seguinte explicação do personagem: “Eu falaria para ele que a realidade dele é essa — são dois homens, Deus aprovando ou não. E que ele tem muito amor, que é uma união de dois homens que se gostam, que se amam, e que era um sonho criá-lo, e que nunca se esqueça que esses dois homens fizeram o papel de pai e mãe, mãe e pai, cada um no seu instinto, cada um pedindo ajuda, pedindo conselhos, mas que a realidade dele é essa, independente de religião”.
Então, o tema foi comentado e debatido pelos quatro religiosos, que se posicionaram em relação ao tema de adoção de crianças por pares homossexuais dando nota máxima à resposta do ator.
Precedido do monge Lama Rinchen e do pastor Marcos Amaral, que comentou que “apesar dos nossos dogmas, a igreja não pode se fechar. Uma coisa é a nossa visão confessional e outra coisa é a nossa visão existencial. Não podemos demonizar pessoas”, Padre Juarez de Castro se pronunciou:
“Acho muito importante o que o reverendo falou e eu vou reiterar aqui o seguinte: na verdade, a Igreja propõe e propõe a partir da Bíblia que seja um homem e uma mulher, mas há uma realidade. A atitude dele é de não ser hipócrita para o seu filho. Já tem que ser muito hipócrita para a sociedade, porque a sociedade exige que a pessoa finja. E lembrar o seguinte: apesar de todas as leis que existem, com o direito canônico, eu acho muito bonito, o último código canônico diz que a maior lei será sempre o amor. O amor que ele tem para passar para os seus filhos será sempre o mais importante, embora a Igreja, a minha Igreja, a sua igreja, algumas igrejas vão ver sempre o casamento entre um homem e uma mulher e uma família de um homem e uma mulher, isso não pode tirar de maneira alguma a possibilidade dessa criança, dessa família (sic) ser feliz. Seja o que ele fez, vai explicar para o filho e vai fazer com que esse filho cresça no mundo sem intolerância, cresça no mundo onde ele possa aceitar as diferenças e cresça no mundo principalmente sendo amado para que ele possa amar as pessoas”.
Cremos que a própria participação de um sacerdote que se preze em um programa de TV dessa categoria já seria, em si, um escândalo para os fiéis e um aval à utilidade dos temas e abordagens que ali se apresentam. Porém, espezinhar a verdade ensinada pela Igreja Católica sobre a moral sexual, a castidade e o matrimônio, em nome do politicamente correto, do bom-mocismo e de uma falsa concepção do amor, no mínimo tem um nome: apostasia.
Reverendíssimo Padre Juarez de Castro, a Igreja Católica sempre nos ensinou que as relações homossexuais constituem pecado grave, e que este tem consequências eternas para a alma se não for devidamente repelido, em espírito de profundo arrependimento, antes da morte. Denunciar as uniões de pessoas do mesmo sexo por serem intrinsecamente desordenadas e, portanto, pecado grave, não significa hipocrisia, mas constitui, antes, o papel de um verdadeiro sacerdote, de um padre que quer cuidar da sua própria alma e das almas dos fiéis sob seus cuidados. A Fé Católica não se baseia “na realidade da sociedade”, mas sim nos mandamentos da Lei de Deus, expressos na Bíblia e na Tradição, e mais precisamente elucidados pelo Magistério da Igreja.
“É imperativo da consciência moral dar, em todas as ocasiões, testemunho da verdade moral integral, contra a qual se opõem tanto a aprovação das relações homossexuais como a injusta discriminação para com as pessoas homossexuais. São úteis, portanto, intervenções discretas e prudentes, cujo conteúdo poderia ser, por exemplo, o seguinte: desmascarar o uso instrumental ou ideológico que se possa fazer de dita tolerância; afirmar com clareza o carácter imoral desse tipo de união; advertir o Estado para a necessidade de conter o fenómeno dentro de limites que não ponham em perigo o tecido da moral pública e que, sobretudo, não exponham as jovens gerações a uma visão errada da sexualidade e do matrimónio, que os privaria das defesas necessárias e, ao mesmo tempo, contribuiria para difundir o próprio fenómeno. Àqueles que, em nome dessa tolerância, entendessem chegar à legitimação de específicos direitos para as pessoas homossexuais conviventes, há que lembrar que a tolerância do mal é muito diferente da aprovação ou legalização do mal. Em presença do reconhecimento legal das uniões homossexuais ou da equiparação legal das mesmas ao matrimónio, com acesso aos direitos próprios deste último, é um dever opor-se-lhe de modo claro e incisivo [...] Como a experiência confirma, a falta da bipolaridade sexual cria obstáculos ao desenvolvimento normal das crianças eventualmente inseridas no interior dessas uniões. Falta-lhes, de facto, a experiência da maternidade ou paternidade. Inserir crianças nas uniões homossexuais através da adopção significa, na realidade, praticar a violência sobre essas crianças, no sentido que se aproveita do seu estado de fraqueza para introduzi-las em ambientes que não favorecem o seu pleno desenvolvimento humano. Não há dúvida que uma tal prática seria gravemente imoral“.
Por fim, fazemos um pedido a Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo: o senhor neste momento participa do Sínodo dos Bispos que pretende implementar a “Nova Evangelização” nos países outrora católicos. O dever primário dos bispos é vigiar a difusão da Fé e da Moral íntegras; quando estas são vilipendiadas por um sacerdote, particularmente quando todos o identificam como porta-voz (ao menos oficioso — leia atualização abaixo) da Arquidiocese de São Paulo, impõe-se ainda mais a necessidade de medidas sérias e urgentes. Os fiéis clamam, Eminência: faça algo, tome alguma providência!
A participação do Padre Juarez no programa pode ser vista aqui. Pedimos a nossos leitores que contatem, respeitosamente, Dom Odilo por e-mail ou Twitter.
[Atualização - 9 de outubro de 2012, às 17:05] Com a falta de informação segura acerca do cargo supostamente ocupado pelo Padre Juarez (em alguns lugares — aqui  e aqui — há a informação de que ele ocupa o cargo de Secretário Geral do Vicariato da Comunicação da Arquidiocese de São Paulo, mas não no site oficial da Arquidiocese), decidimos excluir esta informação até que haja confirmação.

8 de out. de 2012

Afinal, Porque a Igreja não aceita o casamento CIVIL homossexual?

NFrança, anuncia-se uma feroz batalha entre a Igreja Católica de um lado e o governo e as associações homossexuais de outro, acerca do casamento gay. É hora de decifrar as intervenções quase cotidianas dos bispos. Onde a história, a antropologia e o símbolo têm a sua importância.
Henri Tincq, publicada no sítio Slate.fr. Tradução é de Moisés Sbardelotto.

O projeto de lei para o casamento homossexual na França ainda não é oficialmente conhecido – a revista La Viepublicou o projeto preliminar que deverá ser apresentado ao Conselho de Ministros no dia 31 de outubro –, mas a Igreja Católica, à qual estão unidas as Igrejas protestantes, os consistórios judeus e o Conselho Geral do culto muçulmana, já faz sentir todo o seu peso na batalha.

Não passa um dia sem que um bispo adverta o legislador contra uma ruptura da prática tradicional de casamento, peça com força uma consulta nacional, ou até mesmo um referendo, alerte a opinião pública, como recentemente fez o cardealPhilippe Barbarin, arcebispo de Lyon, contra eventuais desvios: se surgem referências antropológicas fundamentais como o casamento entre um homem e uma mulher, outros “pedidos incríveis” serão apresentados, como a supressão da proibição do incesto ou da poligamia!

Tratar com desdém ou desprezo, como se faz em algumas partes, esses fortes posicionamentos dos bispos significa fechar os olhos. São posicionamentos que lembram a batalha sobre a escola dos anos 80 ou a dos PaCS [Pacto Civil de Solidariedade] dos anos 1990.
Não se pode ignorar a leitura que os “adversários” propõe a um projeto que corre o risco de modificar substancialmente as regras e o perfil da sociedade francesa.

Resumiremos a seguir os seus argumentos.

Mas, antes, é preciso pôr fim à retórica que culpa a Igreja de fazer apenas disputas de bar e que isola bispos nas sacristias. Que se ocupem exclusivamente do matrimônio religioso! Por que se envolvem no campo do casamento civil? É uma velha pendenga. “Cuide dos assuntos de vocês!”, já dizia aos bispos em 1973 no jornal Le Figaro o almirante Joybert, quando os bispos haviam criticado as armas nucleares franceses: “O assunto de vocês é ensinar a fé e difundir a caridade. Limitem-se a isso”.

Hoje, muitas vezes, são as mesmas pessoas que contestam o direito dos bispos de se expressar sobre o casamento homossexual e que aplaudem quando tomam posição em favor dos membros da comunidade Rom, dos imigrantes sem permissão de permanência ou os sem-teto.


A Igreja não tem complexos com relação ao mundo político, nem medo de se confrontar com ele. Ontem, ela estava imersa na batalha da escola; hoje, interpela os homens políticos, os médicos e os biólogos sobre os problemas da bioética, prega pela dignidade dos mais fracos e dos mais pobres. O bispo tem a ver com os debates da sociedade civil e da elite intelectual.

Guardião da fé, testemunha do evangelho, ele quer lembrar o que isso exige.
Ele tem uma visão do ser humano, da sociedade e do viver juntos, sente-se responsável pela evolução das ideias, dos costumes, da decisão política. Mesmo tendo mudado nas formas, o “sagrado” não desapareceu com a secularização da nação. Ele faz parte das relações sociais, do patrimônio simbólico, da memória histórica.

Relações sociais, história, patrimônio simbólico: estamos no centro do debate sobre o casamento e sobre a homoparentalidade. Do ponto de vista dos religiosos citados, são três os problemas que estão na base desse debate:
  1. Até que ponto deve chegar o reconhecimento da homossexualidade?
  2. O casamento é um contrato amigável ou uma instituição estruturante?
  3. O princípio da igualdade autoriza todas as formas de vida comum?
Aqui estão as respostas que indicam a substância do veto católico.

1. A reivindicação em favor do casamento gay defende a vontade das pessoas homossexuais de serem reconhecidas plenamente na sociedade. A homossexualidade deve ser admitida como uma forma de sexualidade entre outras. Mas, para a Igreja, que condena a homossexualidade, mas diz respeitar as pessoas homossexuais, o problema é saber como e até que ponto essa “normalidade” homossexual pode ser exercida socialmente. A partir de que tipo de sexualidade a sociedade se organiza?

Todas as sociedades se organizaram em torno do casamento entre um homem e uma mulher, porque são os únicos que podem significar a alteridade sexual de que necessitam as relações sociais. Em outras palavras, todas as sociedades se fundaram sobre a diferença, estruturante, dos sexos. Pode-se arriscar, pergunta a Igreja, a renúncia a essa herança, a um sistema que levou séculos para ser elaborado e aperfeiçoado em favor de uma aliança entre um homem e uma mulher?

2. Sem dúvida, essa aliança está em perigo. O casal “sentimental” (como diz Tony Anatrella, psicanalista católico e bom conhecedor desses temas) – concubinato, famílias monoparentais, famílias de duas pessoas do mesmo sexo PaCS – se impõe com o tempo. E se impõe às custas do casal baseado em uma aliança entre um homem e uma mulher.

O casamento parece ser hoje um reconhecimento social de sentimentos, ao invés da expressão do compromisso irrevogável entre um homem e uma mulher. Nessas condições, qualquer um poderia se casar com qualquer um e pela duração que quiser. Alguém pode se designar como pai ou mãe de uma criança, dissociando a parentalidade da fertilidade do ato sexual.

A Igreja se preocupa com essa “desestruturação” do casamento, uma desestruturação que, segundo ela, a legalização do casamento homossexual vai ajudar a agravar.
Para ela, a natureza do casamento não se reduz a um reconhecimento social dos sentimentos. Não é um contrato amigável. É uma instituição (sacralizada?) em que um homem e uma mulher inscrevem o seu projeto conjugal, a sua intenção de procriar e de assegurar uma filiação, uma continuidade familiar e uma relação entre as gerações. Duas pessoas do mesmo sexo não correspondem a essas características objetivas do casamento. A filiação e a intergeracionalidade se detêm diante da sua “monossexualidade”.

3. Pode-se dizer que o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a homoparentalidade contribuem para a igualdade de direitos e para a luta contra toda discriminação. Mais uma vez, o argumento parece indiscutível. Mas, para a Igreja, o fato de sermos todos iguais perante a lei não significa que todas as situações de vida e de casal sejam iguais e se equivalham.

O princípio da igualdade – o casamento para todos – não pode abrir a porta para todas as demandas. Se for autorizado o casamento homossexual, pergunta um bispo como o cardeal Barbarin, como se proibirão, amanhã, modelos como as “uniões de mais pessoas”, o “poliamor”, a poligamia?

Da mesma forma, pode-se, em nome da igualdade, autorizar o casamento homossexual e proibir que os casais homossexuais tenham acesso à reprodução medicamente assistida?

Nem todas as uniões “afetivas” são da mesma natureza.
E, de acordo com a Igreja, nem todas podem, ou devem, se inscrever no casamento: a história, a antropologia impõem que o casamento continue sendo um direito unicamente reservado aos casais compostos por um homem e uma mulher, pois corresponde desse modo à aliança dos sexos e porque não se pode instrumentalizar o casamento para “normalizar” a homossexualidade.

Para terminar, não há nada de discriminatório, segundo os católicos, em defender que o casamento, assim como a concepção e a adoção de crianças, só possa ser definido a partir de um homem e de uma mulher.

A Igreja acrescentará que a criança não é um direito. O seu direito e o seu interesse superior exigem que ela seja concebida, acolhida e educada por um homem e uma mulher, um pai e uma mãe, que vivem a sua sexualidade nessa coerência.
Ela afirma que quer que se inicie um amplo debate nacional, contraditório, sobre esses três pontos. É um sonho imaginar que ela será ouvida?