17 de jan. de 2012

Príncipe herdeiro do Kuwait abandona o Islã e confessa a sua fé em Jesus Cristo


O Kuwait é um país do Oriente Médio, vizinhos do Iraque, Arábia Saudita e Irã. Sua capital também se chama Kuwait. Na década de 1990, foi invadido pelo Iraque e defendido pelos Estrados unidos, dando origem a Primeira Guerra do Iraque. O Islamismo é a religião oficial e predominante no país. Estima-se que apenas 4% da população é cristã. O Artigo 2 da Constituição do Kuwait, diz: “O Islã é a religião oficial no país e a Sharia é a principal fonte da legislação”.

De acordo com a agência de notícias cristãs Mohabat, um árabe cristão chamado Al-haqiqa, que transmite programas de televisão via satélite mostrou no ar um arquivo de áudio atribuído ao príncipe Abdollah Al-Sabah. Esse príncipe seria membro da família real do Kuwait que governa o país.

“Em primeiro lugar, eu concordo totalmente com a distribuição desse arquivo de áudio e declaro que, se eles me matarem, por causa disso vou entrar na presença de Jesus Cristo e estar com ele por toda a eternidade. Estou satisfeito, porque a verdade na Bíblia me levou para o caminho certo ” , diz a voz atribuída ao Príncipe Abdollah.

Durante o programa, foi dito que o príncipe renunciou à sua fé muçulmana e se converteu ao cristianismo.

Falando sobre o grupo islâmico que recentemente tomou o poder no Egito, o príncipe do Kuwait declarou que “as muitas comunidades islâmicas sempre quiseram dominar diferentes partes do mundo, mas Deus tem preservado o mundo e ainda o protege. É por isso que temos visto as discrepâncias que aparecem entre os grupos islâmicos que agora estão lutando entre si”.

As declarações do príncipe foram manchetes brevemente em canais de TV a cabo de notícias árabes e também na agência de notícias do governo iraniano. Mas alguns sites xiitas contradizem as declarações atribuídas a Abdollah Al-Sabah dizendo que não há “ninguém na família real do Kuwait com esse nome”.

Traduzido e adaptado de Notícias Cristianas

Evangelho do dia( JESUS CRISTO FUNDOU UMA SÓ IGREJA)


Meditação diária de Falar com Deus

OITAVÁRIO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS

18 DE JANEIRO. PRIMEIRO DIA DO OITAVÁRIO

4. JESUS CRISTO FUNDOU UMA SÓ IGREJA

– Vontade de Cristo de fundar uma só Igreja.

– A oração de Jesus pela unidade.

– A unidade, dom de Deus. Convivência amável com todos os homens.

Todos os anos, do dia 18 ao dia 25 de janeiro, festa da Conversão de São Paulo, a Igreja dedica oito dias a uma oração mais intensa para que todos aqueles que crêem em Jesus Cristo cheguem a fazer parte da única Igreja fundada por Ele.

Leão XIII, em 1897, na Encíclica Satis cognitum, dispôs que fossem consagrados a esta intenção os nove dias que vão da Ascensão ao Pentecostes. No ano de 1910, São Pio X transferiu a celebração para os dias que decorrem entre a antiga festa da Cátedra de São Pedro, que se celebrava no dia 18 de janeiro, e a da Conversão de São Paulo.

O Concílio Vaticano II, no Decreto sobre o ecumenismo, insta os católicos a rezar por esta intenção, “conscientes de que este santo propósito de reconciliar todos os cristãos na unidade de uma só e única Igreja de Cristo excede as forças e capacidades humanas” (Decr.Unitatis redintegratio, 24).

I. CREIO NA IGREJA una, santa, católica e apostólica1. Quantas vezes ao longo da nossa vida não teremos feito esta profissão de fé, saboreando cada uma dessas notas: una, santa, católica e apostólica! Mas nestes dias em que a Igreja nos propõe uma Semana para rezarmos com mais fervor pela unidade dos cristãos, estaremos unidos pela oração ao Papa, aos bispos, aos católicos do mundo inteiro e aos nossos irmãos separados. Estes, ainda que não possuam a plenitude da fé, dos sacramentos ou de regime, tendem a ela impelidos pelo próprio Cristo, que quer ut omnes unum sint2, que todos, e de modo especial os cristãos, cheguem à unidade numa só Igreja: aquela que Cristo fundou, aquela que permanecerá no mundo até o fim dos tempos.

Creio na Igreja una... A unidade é nota característica da Igreja de Cristo e faz parte do seu mistério3. O Senhor não fundou muitas igrejas, mas uma só Igreja, “que no Símbolo confessamos una, santa, católica e apostólica; que o nosso Salvador depois da sua ressurreição entregou a Pedro para que a apascentasse (Jo 21, 17) e confiou a ele e aos demais Apóstolos para que a propagassem e regessem (cfr. Mt 28, 18), levantando-a para sempre como «coluna e fundamento da verdade» (1 Tim 3, 15). Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste na Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele, ainda que, fora da sua visível estrutura, se encontrem vários elementos de santificação e verdade, elementos que, como bens próprios da Igreja de Cristo, impelem à unidade católica”4. Chegou-se a comparar a Igreja à túnica de Cristo, inconsútil, de uma só peça, sem costuras, tecida de cima a baixo5: não tem costuras para que não se rasgue6, afirma Santo Agostinho.

O Senhor manifestou de muitas maneiras o seu propósito de fundar uma só Igreja. Fala-nos de um só rebanho e um só pastor7, adverte-nos sobre a ruína de um reino dividido em facções contrárias – todo o reino dividido contra si mesmo será destruído8 –, de uma cidade cujas chaves são entregues a Pedro9 e de um só edifício construído sobre o fundamento que é Pedro10...

Hoje, mediante a Comunhão dos Santos, de que participamos de formas diversas, unimo-nos também a tantos e tantos em todo o mundo que rezam com pureza de intenção: Ut omnes unum sint, que todos sejamos um, um só rebanho e um só Pastor, que nunca mais se separe nem um só ramo da árvore frondosa da Igreja. Que dor quando algum ramo se separa da verdadeira vide!

II. A SOLICITUDE CONSTANTE de Jesus pela unidade dos seus manifestou-se de maneira especial na oração da Última Ceia, que é, ao mesmo tempo, como que o testamento que o Senhor deixou aos discípulos: Pai santo, guarda em teu nome os que me deste, para que sejam um como nós... Não rogo só por eles, mas por todos quantos crerem em mim pela palavra deles, para que todos sejam um, como tu, Pai, em mim e eu em ti, para que também eles sejam um em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste11.

Ut omnes unum sint... A união com Cristo é a causa e a condição da unidade dos cristãos entre si. Esta unidade é um dos maiores bens para toda a humanidade, pois, sendo a Igreja una e única, surge como sinal diante das nações para convidar todos os homens a crerem em Jesus Cristo, o único Salvador de todo o gênero humano. A Igreja continua no mundo essa missão salvadora de Jesus, e o Concílio Vaticano II, referindo-se aos fundamentos do ecumenismo, relaciona a unidade da Igreja com a sua universalidade e com essa missão salvadora12.

A preocupação pela unidade da fé e dos costumes foi o motivo pelo qual se celebrou o primeiro Concílio de Jerusalém13, nos começos da Igreja. Uma boa parte das Epístolas de São Paulo foram apelos à unidade. A vigilância na conservação deste bem tão grande foi a principal responsabilidade que São Paulo atribuiu aos presbíteros14, seus mais íntimos colaboradores, e aos que lhe sucederiam na missão de pastorear e amparar as comunidades cristãs15. Esta preocupação esteve sempre presente em todos os Apóstolos16.

Por sua vez, a doutrina dos Padres da Igreja sempre levou a defender esta unidade querida por Cristo; para eles, a separação do tronco comum era o pior dos males17. Nos nossos dias, em face das pretensões de um falso ecumenismo, que considera todas as confissões cristãs igualmente válidas e rejeita a existência de uma Igreja visível herdeira dos Apóstolos, em que se realiza, portanto, a vontade de Cristo, o Concílio Vaticano II declarou para nosso ensinamento que “Cristo Senhor fundou uma só e única Igreja. Todavia, são muitas as Comunhões cristãs que se apresentam aos homens como a verdadeira herança de Jesus Cristo; todos se confessam discípulos do Senhor, mas têm pareceres diversos e andam por caminhos diferentes, como se o próprio Cristo estivesse dividido. Esta divisão, sem dúvida, contradiz abertamente a vontade de Cristo, e constitui-se em escândalo para o mundo, como também prejudica a santíssima causa da pregação do Evangelho a todas as criaturas”18.

Amamos apaixonadamente a Igreja, e por isso dói-nos no mais íntimo da alma este “escândalo para o mundo” que tem a sua raiz nas divisões e nas suas causas. Temos que pedir e oferecer sacrifícios para atrair a misericórdia de Deus, de maneira que – superando muitas dificuldades – seja cada vez maior a realidade desta união na única Igreja de Cristo.

Em tudo o que estiver ao nosso alcance, arrancaremos o que possa ser obstáculo, aquilo que, por não vivermos pessoalmente as exigências da vocação cristã, possa ser motivo para que os outros se afastem ou não se aproximem da Igreja; ressaltaremos aquilo que temos em comum, já que, ao longo da história, talvez se tenha dado mais destaque àquilo que separa do que àquilo que pode ser motivo de união.

Esta é a intenção e a doutrina do Magistério, pois “a Igreja sabe-se ligada a todos os batizados que, ornados com o nome de cristãos, não professam na íntegra a fé ou não guardam a unidade da comunhão sob o Sucessor de Pedro”19. Ainda que não estejam em plena comunhão com a Igreja, há alguns que têm a Sagrada Escritura como norma de fé e de vida, manifestam um verdadeiro zelo apostólico, foram batizados e receberam outros sacramentos. Alguns possuem o episcopado, celebram a Sagrada Eucaristia e fomentam a piedade para com a Virgem Maria. Participam de certo modo da Comunhão dos Santos e recebem o seu influxo, e são impelidos pelo Espírito Santo a uma vida exemplar20.

O desejo de união, a oração por todos, leva-nos a ser exemplares na caridade. Também de nós se deve poder dizer, como dos primeiros cristãos: Vede como se amam21.

III. A UNIDADE É UM DOM de Deus e por isso está intimamente ligada à oração e à contínua conversão do coração, à luta ascética pessoal por sermos melhores, por estarmos mais unidos ao Senhor. Pouco poderemos fazer pela unidade dos cristãos “se não conseguirmos esta intimidade com o Senhor Jesus: se realmente não estivermos com Ele e como Ele santificados na verdade; se não guardarmos a sua palavra em nós, procurando descobrir todos os dias a sua riqueza escondida; se o próprio amor de Deus pelo seu Cristo não estiver profundamente arraigado em nós”22.

O amor a Deus deve levar-nos a pedir, de modo especial nestes dias, por esses nossos irmãos que ainda mantêm muitos vínculos com a Igreja. Contribuiremos eficazmente para a edificação desta união na medida em que nos esforçarmos por procurar a santidade pessoal nas coisas correntes de todos os dias e aumentarmos o nosso espírito apostólico.

O fiel católico deve ter sempre um coração grande e deve saber servir generosamente os seus irmãos os homens – os outros católicos e os que têm a fé em Cristo sem pertencerem à Igreja ou que professam outras religiões ou nenhuma. Deve mostrar-se aberto e sempre disposto a conviver com todos. Temos que amar os homens para levá-los à plenitude de Cristo e assim torná-los felizes. Senhor – pedimos com a liturgia da Missa –, infundi em nós o vosso Espírito de caridade e [...] fazei com que todos os que cremos em Vós vivamos unidos num mesmo amor23.

(1) Símbolo Niceno-Constantinopolitano, Denz. 86 (150); (2) Jo 17, 21; (3) cfr. Paulo VI, Alocução, 19-I-1977; (4) Conc. Vat. II, Const. Lumen gentium, 8; (5) cfr. Jo 19, 23; (6) cfr. Santo Agostinho, Tratado sobre o Evangelho de São João, 118, 4; (7) Jo 10, 16; (8) Mt 12, 25; (9) Mt 16, 19; (10) Mt 16, 18; (11) Jo 17, 11.20-21; (12) cfr. Conc. Vat. II, Decr. Unitatis redintegratio, 1; (13) At 15, 1-30; (14) At 20, 28-35; (15) cfr. 1 Tim 4, 1-16; 6, 3-6; etc.; (16) cfr. 1 Pe 2, 1-9; 2 Pe 1, 12-15; Jo 2, 1-25; Ti 4, 11-12; etc.; (17) Santo Agostinho, Contra os parmenianos, 2, 2; (18) Conc. Vat. II, Decr. Unitatis redintegratio, 1; (19) idem, Const. Lumen gentium, 15; (20) cfr. ib.; (21) Tertuliano, Apologético, 39; (22) João Paulo II, Alocução para a união dos cristãos, 23-I-1981; (23) Oração depois da Comunhão, Missa pela unidade dos cristãos, 3, ciclo B.

Mais uma vez o lixo: Big Brother!




Dom Henrique Soares escreveu em seu blog sobre o programa Big Brother, assim que o programa foi ao ar no início desse ano.

Faço questão de replicar o seu texto aqui, justamente agora quando um dos participantes está sendo investigado de abuso sexual e estupro durante o programa: http://diversao.terra.com.br/tv/bbb12/noticias/0,,OI5561664-EI19637,00.html

Mais uma vez o lixo: Big Brother!

Por Dom Henrique Soares, Bispo Auxilias da Arquidiocese de Aracajú-SE

A situação é extremamente preocupante: no Brasil, há uma televisão de altíssimo nível técnico e baixíssimo nível de programação. Sem nenhum controle ético por parte da sociedade, os chamados canais abertos (aqueles que se podem assistir gratuitamente) fazem a cabeça dos brasileiros e, com precisão satânica, vão destruindo tudo que encontram pela frente: a sacralidade da família, a fidelidade conjugal, o respeito e veneração dos filhos para com os pais, o sentido de tradição (isto é, saber valorizar e acolher os valores e as experiências das gerações passadas), as virtudes, a castidade, a indissolubilidade do matrimônio, o respeito pela religião, o temor amoroso para com Deus.

Na telinha, tudo é permitido, tudo é bonitinho, tudo é novidade, tudo é relativo! Na telinha, a vida é pra gente bonita, sarada, corpo legal… A vida é sucesso, é romance com final feliz, é amor livre, aberto desimpedido, é vida que cada um faz e constrói como bem quer e entende! Na telinha tem a Xuxa, a Xuxinha, inocente, com rostinho de anjo, que ensina às jovens o amor liberado e o sexo sem amor, somente pra fabricar um filho… Na telinha tem o Gugu, que aprendeu com a Xuxa e também fabricou um bebê… Na telinha tem os debates frívolos do Fantástico, show da vida ilusória… Na telinha tem ainda as novelas que ensinam a trair, a mentir, a explorar e a desvalorizar a família… Na telinha tem o show de baixaria do Ratinho e do programa vespertino da Bandeirantes, o cinismo cafona da Hebe, a ilusão da Fama… Enquanto na realidade que ela, a satânica telinha ajuda a criar, temos adolescentes grávidas deixando os pais loucos e a o futuro comprometido, jovens com uma visão fútil e superficial da vida, a violência urbana, em grande parte fruto da demolição das famílias e da ausência de Deus na vida das pessoas, os entorpecentes, um culto ridículo do corpo, a pobreza e a injustiça social… E a telinha destruindo valores e criando ilusão…

E quando se questiona a qualidade da programação e se pede alguma forma de controle sobre os meios de comunicação, as respostas são prontinhas: (1) assiste quem quer e quem gosta, (2) a programação é espelho da vida real, (3) controlar e informação é antidemocrático e ditatorial… Assim, com tais desculpas esfarrapadas, a bênção covarde e omissa de nossos dirigentes dos três poderes e a omissão medrosa das várias organizações da sociedade civil – incluindo a Igreja, infelizmente – vai a televisão envenenando, destruindo, invertendo valores, fazendo da futilidade e do paganismo a marca registrada da comunicação brasileira…

Um triste e último exemplo de tudo isso é o atual programa da Globo, o Big Brother (e também aquela outra porcaria, do SBT, chamada Casa dos Artistas…). Observe-se como o Pedro Bial, apresentador global, chama os personagens do programa: “Meus heróis! Meus guerreiros!” – Pobre Brasil! Que tipo de heróis, que guerreiros! E, no entanto, são essas pessoas absolutamente medíocres e vulgares que são indicadas como modelos para os nossos jovens!

Como o programa é feito por pessoas reais, como são na vida, é ainda mais triste e preocupante, porque se pode ver o nível humano tão baixo a que chegamos! Uma semana de convivência e a orgia corria solta… Os palavrões são abundantes, o prato nosso de cada dia… A grande preocupação de todos – assunto de debates, colóquios e até crises – é a forma física e, pra completar a chanchada, esse pessoal, tranqüilamente dá-se as mãos para invocar Jesus… Um jesusinho bem tolinho, invertebrado e inofensivo, que não exige nada, não tem nenhuma influência no comportamento público e privado das pessoas… Um jesusinho de encomenda, a gosto do freguês… que não tem nada a ver com o Jesus vivo e verdadeiro do Evangelho, que é todo carinho, misericórdia e compaixão, mas odeia o fingimento, a hipocrisia, a vulgaridade e a falta de compromisso com ele na vida e exige de nós conversão contínua! Um jesusinho tão bonzinho quanto falsificado… Quanta gente deve ter ficado emocionada com os “heróis” do Pedro Bial cantando “Jesus Cristo, eu estou aqui!”

Até quando a televisão vai assim? Até quando os brasileiros ficaremos calados? Pior ainda: até quando os pais deixarão correr solta a programação televisiva em suas casas sem conversarem sobre o problema com seus filhos e sem exercerem uma sábia e equilibrada censura? Isso mesmo: censura! Os pais devem ter a responsabilidade de saber a que programas de TV seus filhos assistem, que sites da internet seus filhos visitam e, assim, orientar, conversar, analisar com eles o conteúdo de toda essa parafernália de comunicação e, se preciso, censurar este ou aquele programa. Censura com amor, censura com explicação dos motivos, não é mal; é bem! Ninguém é feliz na vida fazendo tudo que quer, ninguém amadurece se não conhece limites; ninguém é verdadeiramente humano se não edifica a vida sobre valores sólidos… E ninguém terá valores sólidos se não aprende desde cedo a escolher, selecionar, buscar o que é belo e bom, evitando o que polui o coração, mancha a consciência e deturpa a razão!

Aqui não se trata de ser moralista, mas de chamar atenção para uma realidade muito grave que tem provocado danos seríssimos na sociedade. Quem dera que de um modo ou de outro, estas linha de editorial servissem para fazer pensar e discutir e modificar o comportamento e as atitudes de algumas pessoas diante dos meios de comunicação…

E se alguém não gostou do que leu, paciência!

Vídeo Homilia do III Domingo do Tempo Comum Ano B 22/01/12

 
Caros amigos, neste III Domingo do Tempo Comum, o Evangelho de Marcos 1,14-22, apresenta todo o programa do seguimento de Jesus, sintetizando toda a atividade pastoral de Jesus, como também os quatro pontos fundamentais do seguimento... Muitas vezes nós nos deparamos com a dificuldade em seguir Jesus, e realmente como seria muito mais fácil viver como os pagãos, mas a nós que conhecemos e seguimos Jesus, a nós está já lançada a Sua promessa....O caminho que aponta todo o Evangelho é o caminho da liberdade interior que nos faz livres não só de nós mesmos, mas do mundo, para abraçarmos a felicidade e a realização interior, a qual é firmada sobre a base concreta do conhecimento, amor e seguimento de Jesus.... O Evangelho diz que Jesus caminhava na beira do mar da galileia, e ali vê alguns homens, os escolhe, os ama, e os chama para a felicidade...Jesus está te chamando.... Se quiser meditar mais, assista o vídeo...Caso não abrir clique: http://pt.gloria.tv/?media=243984

Paz, mas afinal que paz?

José Carlos Sepúlveda da Fonseca

O início de um ano é ocasião própria à reflexão, momento de avaliar o que deixamos para trás, de formular anseios, de ponderar apreensões.

É natural que em nossos votos desejemos o melhor e alimentemos esperanças, para nós e para os outros, no ano que entra.

O dito popular “Ano novo, vida nova” é expressão desta realidade esperançosa. Formulamos – ainda que, por vezes, somente no interior de nossos espíritos – propósitos generosos.

Paz, paz, paz

Cumulados pelos inúmeros desencontros, tensões, crises e conflitos que assombram o mundo, há um desejo que se generaliza entre nós: a Paz! Almeja-se a Paz, pede-se a Paz! Fala-se em “construir a Paz”, em sermos “agentes da paz”, fala-se de “solidariedade” como fator da Paz, menciona-se o respeito aos “direitos do homem” como fonte da Paz.

Mas tantas são as interpretações sobre a Paz, tantos os sentidos que se procura dar ao termo que é o caso de nos perguntarmos de que Paz falamos realmente.

Será a Paz apenas o fim das crises, o cessar de qualquer conflito, o fim da efusão de sangue? Será a Paz somente a calmaria e a tranquilidade de nosso existir pessoal ou da sociedade na qual vivemos?

Paz e direitos de Deus

Os costumes modernos vão sofrendo uma inequívoca laicização, uma descristianização acentuada. Em inúmeras sociedades leis de caráter radicalmente anti-cristão vão sendo impostas. As leis de Deus são violadas desinibidamente e tal violação vai sendo consagrada como “direito humano”. Em muitos países, cristãos vão sendo perseguidos, em nome de ideologias ou de crenças religiosas.

Como podem aqueles que se dizem cristãos almejar sinceramente à Paz, se permanecem indiferentes a estas realidades e à violação dos direitos de Deuspela consolidação da injustiça? Como podem falar de “partilha” e “solidariedade” os cristãos se, por exemplo, nada fazem de concreto pelos irmãos de fé que sofrem perseguições, ou se eximem de trabalhar activamente para fazer cessar as iniquidades consagradas em legislações que promovem a morte de inocentes?

Paz com justiça

Reflectir sobre tais questões, no alvorecer de um Novo Ano, parece-me enriquecedor. Pode ajudar-nos realmente a cumprir o ditado “Ano novo, vida nova”, pois saberemos realmente de que Paz falamos e de que modo realmente alcançá-la.

Aos que lêem este blog, junto com meus votos de um bom Ano Novo, convido-os a conhecer uma compilação de dois artigos do grande pensador e homem de acção católico, Plinio Corrêa de Oliveira. Publicados em 29 de dezembro de 1940 e 5 de janeiro de 1941, no jornal Legionário, intitulados respectivamente Justitia e Opus justitiae pax. São atualíssimas as considerações neles estampadas sobre o importante tema da “paz com justiça”:

  • Para que se compreenda em que sentido “a paz é fruto da justiça”, é necessário, evidentemente, que se tenha um conceito certo sobre o que seja “paz” e o que seja “justiça. A paz, segundo São Tomás de Aquino, é a tranqüilidade da ordem. A definição do Santo Doutor deixa entrever que há duas espécies de tranqüilidade: a que provém da ordem e a que provém da desordem. Tome-se um adolescente saudável que dorme. Todo o seu físico está em uma ordem perfeita. Todos os órgãos funcionam admiravelmente bem. Nenhuma dor, nenhum mal-estar lhe perturba o repouso. A saúde, que é a ordem do corpo, gera nele uma tranqüilidade física que se traduz freqüentemente pela placidez do sono. Fisicamente, o sono é, para este adolescente, uma situação de paz, pois que é um momento de tranqüilidade gerada pela sua ordem orgânica.

    O mesmo conceito se pode aplicar a um povo. Suponha-se que nele tudo se encontre em ordem: as inteligências, pela posse segura e firme da Verdade que é a Religião Católica; as vontades, pela sua vigorosa adesão à virtude que a Igreja ensina e ajuda a praticar; as sensibilidades, pelo completo domínio a que a sujeitaram a inteligência e a vontade; os corpos, pela existência de um alto padrão coletivo de saúde; a vida econômica, por um perfeito aproveitamento dos abundantes recursos naturais do lugar. Evidentemente, uma grande e benfazeja tranqüilidade reinará sobre toda a sociedade, como fecundo e feliz transbordamento da tranqüilidade interior de cada alma. Esta tranqüilidade completa, decorrente da ordem intelectual, moral e econômica existente no país, é o que se pode chamar paz: será a paz interior. A paz externa se somará a esta, se também as relações do país com outros povos estiverem em ordem. Assim, a paz é realmente a tranqüilidade da ordem.

    Retomemos o exemplo do adolescente. Em dado momento, durante seu sono plácido, alguma perturbação orgânica ocorre: será, por exemplo, uma nevralgia violentíssima. Imediatamente, com a cessação da ordem orgânica, desaparecerá a paz: o sono cessa, e o paciente começa a dar mostras agudas da sua dor. É a desordem, gerando a intranqüilidade. Imagine-se, entretanto, que a dor aumente tanto que chegue a causar um desmaio do paciente: a desordem orgânica terá chegado a seu auge, e a perda dos sentidos e a completa tranqüilidade do desmaio não serão senão a consumação da desordem física. Essa desordem, exatamente por se ter tornado muito aguda e ter com isto suprimido todos os meios de resistência, causará, com a aparente cessação da reação orgânica, uma tranqüilidade profunda. Esta tranqüilidade será o reinado da desordem, será o cúmulo da desordem, será a desordem erigida em soberania absoluta do corpo: ela não será senão uma caricatura da tranqüilidade da ordem.Em suma, o sono do adolescente, tranqüilo e saudável, e o desmaio profundo e perigoso que imaginamos em seguida, estão nos extremos opostos. Nos exemplos que figuramos, o maior bem orgânico do corpo terá sido a tranqüilidade da ordem; a intranqüilidade decorrente da desordem será um mal; mas o mal supremo será sem dúvida a tranqüilidade da desordem, ou seja o desmaio, para não dizer a morte.

    Para resumir: a tranqüilidade da ordem é um grande bem, e só ela merece o nome de paz; a luta gerada pela desordem é um mal incontestável, mas o maior dos males será, certamente, a tranqüilidade da desordem, a tranqüilidade das consciências embrutecidas no vício, dos corpos desmaiados pela moléstia, dos cemitérios onde a morte campeia como soberana, e onde não penetra nada que seja vivo.

    Estes conceitos merecem ser transpostos para o plano internacional. Só merece o nome de verdadeira paz a tranqüilidade decorrente da ordem nas relações entre as nações. E como a ordem supõe obediência a Deus, só haverá ordem internacional quando houver obediência à Lei de Deus nas relações entre os povos.

    Evidentemente, violações da Lei de Deus sempre as houve e sempre as haverá, com freqüência maior ou menor, na História da humanidade. Mas que se transforme a violação em direito, a desordem em hierarquia legítima e permanente, e se arvore como princípio básico e fundamental aquilo que é a negação radical e absoluta de toda a Lei de Deus, há nisto uma desordem monstruosa e profunda, com a tendência de se tornar definitiva, que deve apavorar todo o espírito em que ainda bruxuleiam alguns lampejos, já não direi do senso católico, mas de simples e reta razão natural. Com efeito, o risco a que aludimos não consiste em uma simples injustiça. É na glorificação da injustiça como tal. É na consolidação da injustiça. É na entronização da injustiça como regra fundamental de ação e norma basilar das relações entre os povos.

    A paz internacional será uma paz autêntica se ela for a conseqüência da aplicação dos princípios da Lei de Deus à vida internacional. Realmente, a Lei cumprida gera ordem, e a ordem gera a tranqüilidade, e esta tranqüilidade da ordem será a paz.

    Será uma desgraça, já é agora uma desgraça catastrófica, que a tranqüilidade da ordem seja violada, e que esta violação traga lutas cruentas como aquelas que atualmente assistimos. A humanidade contemporânea pode ser comparada a um homem doente que se contorce tragicamente nos paroxismos da dor. E este espetáculo não pode deixar de concitar à piedade e à prece os espíritos compassivos.

    Mas por mais trágicas que sejam as contorções, por mais pavorosa que seja a intranqüilidade dantesca da desordem a que presenciamos, há um mal ainda maior: é a tranqüilidade da desordem.Realmente, se a moléstia é pior do que a saúde, a morte é pior do que a moléstia. Um mundo que se tranqüilize na desordem, do qual desapareça qualquer reação de vulto contra a desordem cristalizada em instituto de direito internacional, é um mundo mil vezes mais indigente, mais desamparado e mais infeliz do que aquele que ainda dispõe de heróis em que pode confiar, ainda conta com exércitos atrás dos quais se possa escudar, ainda vê luzir, com a esperança de uma próxima vitória do Bem, a possibilidade de uma ordem completa não tardar a reinar.

    E por isso é que cometem um pavoroso atentado contra o senso católico aqueles que, desgovernados por uma sensibilidade mórbida, preferem a paz na abominação e na desordem, em vez de que venha logo a paz com ordem, que todos devemos pedir a Deus.

    * * *

    Se a paz com justiça é um bem inestimável, a tranqüilidade decorrente da injustiça consumada, e que implique na cessação de qualquer resistência contra os fatores de desagregação da civilização católica, não pode deixar de constituir uma monstruosa catástrofe para o mundo contemporâneo, certamente comparável ao que foi, para a antigüidade romana, a queda do Império do Ocidente.

    Consideremos o sentido corrente do vocábulo, que é ao mesmo tempo seu sentido mais restrito. Não pode haver justiça quando se nega aos povos fracos o direito de existir. Não pode haver justiça quando se afirma que a ordem internacional não deve ser baseada sobre o princípio de igualdade fundamental e natural de todos os povos, mas sobre uma hierarquia anti-científica de raças, que, baseada na apreciação de valores acidentais ou imaginários, deseja fazer com que o mundo inteiro viva para o uso e gozo de um ou de poucos povos, supostos privilegiados. Todos estes conceitos implicam em uma violação radical da verdade, e em uma subversão fundamental da justiça, de modo que a paz baseada sobre eles outra coisa não seria senão a apoteose da injustiça.Mas as injustiças que acabo de me referir não são as mais graves de que o homem é capaz. A violação dos direitos do próximo nunca poderia ser compreendida em toda a sua gravidade se não tivéssemos em mente que ela constitui ao mesmo tempo uma violação dos soberanos e adoráveis direitos de Deus. De todos os seres, nenhum há em relação ao qual o homem tenha direitos tão sagrados como Deus. A diferença entre os direitos de Deus e dos homens se pode medir pela diferença que vai do Criador à mísera criatura. E como a Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, é o Reino de Deus na terra, é o Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo, é a depositária da Verdade, a Arca dos Sacramentos, inestimável obra-prima de Deus, não se pode ferir os direitos de Deus sem implicitamente ferir os da Igreja; e, por outro lado, não se pode ferir os da Igreja sem ferir os de Deus. Jesus Cristo e sua Igreja constituem o Esposo e a Esposa dos cânticos.

    Seus direitos se confundem, e tentar separá-los já é violá-los.

    Assim, se a paz só deve ser desejada pelos fiéis com a condição de que ela respeite os direitos dos homens, a fortiori deve ela parecer sumamente repugnante a qualquer coração verdadeiramente católico, se tiver por base o repúdio dos direitos de Deus.Tenho plena certeza de que muitos leitores, se bem que concordando em tese com o que acabo de dizer, sentem uma certa estranheza à vista da afirmação que faço. Direitos de Deus? Como poderia uma paz violá-los? Que relação pode haver entre uma coisa e outra?

    O assunto é por demais complexo para ser debatido neste artigo.

    Aliás, nem pode ele ser compreendido por quem não o analise com zelo. Todos sabem como o amor de Deus costuma multiplicar os recursos da inteligência e da vontade do homem, de sorte que eles se tornam aptos a compreenderem as coisas com uma clareza e com uma energia por vezes superiores a seus recursos naturais, desde que entre em jogo os sagrados direitos da Santa Igreja. É a estes espíritos que me dirijo.

    Toda a vitória que represente não apenas o triunfo de um país mas de uma ideologia, não somente de um povo, mas de uma filosofia, evidentemente será uma derrota dos católicos, desde que essa ideologia teológica ou filosófica não seja a da Igreja. Assim, qualquer paz que signifique o franqueamento de todas as fronteiras à dissolução de doutrinas que são contrárias às de Jesus Cristo, será por certo uma paz que um católico não pode desejar.
    Poderá alguém sorrir ao ler estas linhas. Qual o valor de nossa contribuição pessoal no curso dos acontecimentos ciclópicos, em que as forças mais poderosas se empenham em luta de morte? Para que, então, tratar deste assunto?

    A resposta é simples. Não há acontecimentos em que não esteja presente a providência de Deus. Não há armas que possam vencer a omnipotência do Criador. E não há graças que a oração não possa alcançar. Em proveito dos supremos interesses de todos os católicos, que são os interesses da Igreja, em benefício dos interesses mais fundamentais e mais sagrados de nosso diletíssimo Brasil, ao par da mobilização de todos os recursos naturais, há sempre a mobilização possível dos recursos sobrenaturias, mais poderosos, mais decisivos, mais importantes do que aqueles.

    Os estadistas de nossos dias confiam apenas nos braços que empunham fuzis. Longe de nós o imaginar que quem quer que seja esteja dispensado de empunhar o fuzil para cumprir seu dever para com a Igreja ou a Pátria. Mas há braços que, não podendo empunhar fuzis, podem empunhar certamente rosários, e os próprios braços que empunham fuzis sentirão, decuplicar suas forças se souberem alternar o manejo da arma e a do Terço.

    Para rezar, somos todos poderosos. Rezemos muito, e sobretudo rezemos bem.

    A Sagrada Liturgia tem uma oração que se pede a Nosso Senhor a graça de conhecermos Sua Vontade, de modo que, pedindo-Lhe coisas que Lhe são agradáveis, consigamos obter o que por nossas preces suplicamos.

    Se queremos a paz, peçamos uma paz conforme o Coração de Jesus. Porque se pedirmos uma paz que não seja a paz com justiça, a paz de Cristo no Reino de Cristo, que esperanças podemos ter de ser atendidos?