16 de jul. de 2012

NÃO AO ABORTO NO BRASIL - CURTA COMPARTILHE ESTA PAGINA

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Pe. Mateus maria

Mulheres brasileiras bradando contra o aborto !

Cale apena assistir novamente o videos de duas mulheres guerreiras que não fogem da luta contra o aborto.



* Ideologia do Gênero: Ciência nega CATEGORICAMENTE que o Gênero seja “construção social”.



E criou Deus o homem à Sua Imagem
à Imagem de Deus o criou;
macho e fêmea os criou.
Génesis 1:27

Por Pär Ström Muitas feministas alegam que as distinções que podem ser observadas entre os homens e as mulheres são ensinadas. Segundo elas, são as expectativas ambientais que pressionam os rapazes a agir como rapazes e as mulhers agirem como mulheres. Estas diferenças, dizem-nos elas, permanecem por toda a vida.
“Não se nasce mulher; torna-se numa” Simone de Beauvoir (1908-1986).
A teoria em torno do gênero como uma construção social chegou até a ser aceite politicamente [na Suécia]. O governo social democrata da altura colocou isso mesmo na sua declaração governamental de 2002. Isto encontra-se na declaração governamental Skr 2002/2003:140.
“Apesar da longa história em torno do trabalho ativo em prol da igualdade, a nossa sociedade continua caracterizada por uma estrutura de poder de gênero. No futuro, o nosso trabalho deve possuir uma direcção mais feminista. Isto significa que temos que estar cientes da estrutura de poder de género – que as mulheres são subordinadas e os homens superiores – e temos que estar preparados para mudar esta situação. Isto significa também que o governo tem que considerar o masculino e o feminino como “construção social”, isto é, padrões de género criados externamente após o nascimento através da nossa educação, cultura, enquadramentos económicos, estruturas de poder e a nossa ideologia politica.
Quem estuda as pesquisas e os dados científicos, em vez de documentos políticos, encontrará diferenças significativas entre os sexos já na altura no nascimento. Estas diferenças genéticas controlam muitos dos traços que estão por trás do nosso comportamento diário.
Quais são as diferenças entre os sexos?
Um dos grandes nomes desta área é Simon Baron-Cohen, professor na Universidade de Cambridge na Grã-Bretanha. Cohen desenvolveu a assim chamada ‘E-S Theory’ [daqui para a frente, referida apenas como EST] onde ‘E’ significa empatia e S significa sistematização. Ser empático implica que uma pessoa conecta-se a outros seres humanos, entende-os e comunica com eles. Sistematização significa que uma pessoa analisa, entende e constrói sistemas – sistemas abstratos ou sistemas técnicos.
Segundo a EST, e analisando a forma como o cérebro funciona, as pessoas podem ser divididas em 3 grandes grupos. Os tipos de cérebro são:
  • O cérebro E onde a aptidão empática supera em muito a sua habilidade para sistematizar.
  • O cérebro S onde a aptidão para sistematizar é maior que a sua aptidão para a empatia.
  • O cérebro B onde as duas capacidades se encontram igualmente desenvolvidas.
Segundo o professor Baron-Cohen, o cérebro E é típico das mulheres e o cérebro S é típico dos homens. 1Existem variações individuais e excepções mas o padrão geral é forte.
Outro pesquisadora que também possui um interesse pelo tópico é Annica Dahlström, professora emérita no departamento de química médica e biologia celular na Universidade de Gotemburgo. Ela dedicou 15 anos da sua vida a este assunto. No seu livro ‘Gender is in the Brain’ ["O Género Encontra-se no Cérebro"] ela reporta a complexa relação química entre os hormonas, o cérebro, e outros órgãos que, tanto antes como depois do nascimento, transformam os seres humanos em homens e mulheres.
Mesmo que existam discrepâncias individuais, Annica Dahlström afirma que existem coisas como características “femininas típicas”, e características “masculinas típicas”. Segundo Dahlström, em média as mulheres são:
  • Mais empáticas e preocupadas
  • Melhores na comunicação verbal e linguagem
  • Detectam mais nuances e detalhes com os seus olhos e ouvidos.
  • São mais sensíveis ao estado de espírito dos outro bem como aos sinais sutis
  • Podem fazer associações mais rápidas com informação guardada anteriormente
  • São melhores no multitasking [várias tarefas ao mesmo tempo]
Com os homens, no entanto, segundo Dahlström, eles:
  • Estão mais dispostos a correr riscos e a competir
  • São melhores a concentrar a sua atenção a um tópico de cada vez
  • São vastamente superiores no pensamento abstrato.
  • Possuem melhor visão tri-dimensional
  • São mais extremos (em ambas as direções) no que toca a inteligência (embora a inteligência média entre os sexos seja a mesma)
Um terceiro pesquisador a levar em conta é Germund Hesslow, professor de neuro-ciência na Universidade de Lund. Ele afirma que as diferenças entre homens e mulheres encontram-se bem documentadas. Por exemplo, diz Hesslow, os homens, no geral, possuem uma habilidade superior para pensamento espacial e resolução de problemas matemáticos. Para além disso, os homens são mais agressivos e determinados no que toca a correr riscos.
As mulheres, diz Hesslow, são mais compassivas (especialmente com as crianças) e mais cuidadosas na escolha dos parceiros. Quando comparadas com os homens. as mulheres têm mais dificuldade em considerar relações sexuais breves. Tal como Dahlström, Hesslow também afirma que os homens exibem uma maior distribuição de inteligência que as mulheres.2
Eu poderia continuar a citar outros pesquisadores que documentaram as diferenças entre os sexos, mas em vez disso, vamos analisar o que as pesquisas dizem em tornos das causas dessas distinções.
Comportamento aprendido ou diferenças genéticas?
Pode-se dizer, portanto, que há distinções entre os sexos. Mas serão essas distinções aprendidas ou genéticas? Apesar do ambiente social ter influência, existe uma lista enorme de estudos científicos que ressalvam a enorme e significativa importância das diferenças biológicas entre os sexos. A Scientific American sumarizou a questão muito bem num artigo em torno do cérebro masculino e do cérebro feminino. Isto é que eles escreveram:
Durante a década passada, os investigadores documentaram uma surpreendente quantidade de variações [=diferenças] estruturais, químicas e funcionais entre o cérebro masculino e o feminino. 3
Analisemos um certo número projectos de pesquisa que demonstram que a genética encontra-se por trás de muitas das diferenças entre os sexos que podemos observar. Podemos começar na Suécia com Arne Müntzing, geneticista e professor de hereditariedade.
Ainda em 1976 ele estudou bebés com 12 semanas, que dificilmente poderiam ter sido influenciados pelos papéis de género [inglês: "gender roles"], e observou diferenças essenciais no comportamento dos rapazes e das moças. Müntzing escreveu:
Os rapazes ganham muito cedo um melhor entendimento da espacialidade, a posição dos corpos em relação aos outros. Esta é provavelmente a razão que leva a que, mais tarde, os rapazes se interessem mais que as moças em construções técnicas e problemas matemáticos.
As mulheres, por outro lado, buscam os problemas segundo um ângulo humano. Não é só o meio ambiente que leva a que as meninas coloquem os soldados de chumbo numa cama de algodão de modo a que eles estejam confortáveis e bem aquecidos. 4
No ano de 1999 a estudante de doutoramento Anna Servin - Instituto de Psicologia da Universidade de Uppsala - levou a cabo um estudo em 300 crianças. Este projeto foi feito em cooperação com pesquisadores e médicos do Hospital Huddinge Hospital. Servin detectou claras diferenças comportamentais presentes já aos 9 meses, diferenças essas que, posteriormente, aumentaram com o passar do tempo.
Ela escreveu na sua tese que é a quantidade de andrógenos (hormonas masculinos) que determina o comportamento da criança, incluindo coisas como o tipo de brinquedos com os quais a criança quer brincar.5
Esta é a forma como Anna Servin sumarizou as diferenças comportamentais entre os rapazes e as mulheres e a forma como estas características influenciam a escolha de brinquedos:
De modo geral, os rapazes possuem uma aptidão espacial; eles vêem e entendem como os vários tipos de construção funcionam e ficam mais satisfeitos com brinquedos de construção.
As meninas são melhor equipadas verbalmente e possuem um interesse maior nos relacionamentos. Como tal, escolhem brinquedos que estão de acordo com estas habilidades.
Fala a testosterona.
O professor Richard Udry - Universidade da Carolina do Norte - comparou os níveis de testosterona nos fetos femininos com a atitude e comportamento das mesmas pessoas 30 anos mais tarde. Ele verificou que há uma conexão entre o nível de testosterona durante a altura fetal e o nível de comportamento masculino/feminino nos seus 30 anos. O comportamento monitorizado nos adultos foi a sua atitude perante as crianças, casamento, trabalho, carreira e a sua aparência.
Níveis elevados de testosterona durante a fase fetal correspondiam a comportamentos menos femininos e atitudes menos femininas.6
Os ftalatos são um grupo de compostos químicos que inibem os hormonas sexuais. Oito pesquisadores da Universidade de Rochester descobriram que os rapazes que são expostos aos ftalatos durante a fase fetal irão brincar de uma forma menos masculina com outros rapazes.7 Análogo a isto. Sete pesquisadores da Universidade de Cambridge concluíram que elevados níveis de hormona sexual masculino – testosterona – durante a fase fetal resultará num comportamento mais masculino durante as brincadeiras. 8
Um grupo de pesquisadores americanos e britânicos concluiu que o nível de testosterona durante a fase fetal determinará o quão interessada em sistematização a criança mais tarde ficará. Quanto maior for o nível de testosterona, maior será o interesse em sistematização. 9
Uma quarta pesquisa determinou que meninas que sofrem de “Congenital Adrenal Hyperplasia Disorder” – isto é, níveis anormais da hormona masculina testosterona – irão preferir brinquedos de construção e brinquedos de transporte mais do que as outras meninas. Para além disso, elas irão brincar de forma mais dura e agressiva..10
Desde a mais tenra idade que os rapazes se encontram mais interessados em objetos mecânicos enquanto que as muleres nutrem um interesse maior por rostos. Um projecto de pesquisa mostrou que as mulheres  com um ano de idade demoravam mais tempo que os rapazes a olhar para a cara da mãe. Quando se mostravam filmes às crianças com 1 ano, as meninas demoravam mais tempo que os rapazes a olhar para os filmes que exibiam uma cara, enquanto que os rapazes demoravam mais tempo a observar filmes que exibiam carros.11
Será possível que estas crianças de 1 ano tenham sido influenciadas pelas expectativas do mundo à sua volta em torno dos papeis de género? De modo a investigar esta crença, estes pesquisadores continuaram com o trabalho e levaram a cabo um estudo similar em crianças com 1 dia de vida.
As crianças poderiam escolher entre olhar para o rosto duma mulher ou olhar para dispositivo móvel mecânico que, na sua cor, tamanho e forma, lembrava o rosto!. Os resultados demonstraram que os bebés masculinos dedicavam mais tempo a olhar para o dispositivo móvel enquanto que as bebés femininas devotavam a maior parte do tempo a olhar para o rosto.
O professor Simon Baron-Cohen da Universidade de Cambridge apurou também que as meninas com 12 meses de idade possuem uma resposta mais empática aos problemas alheios que os rapazes com a mesma idade.12
Há algum tempo atrás o hormônio feminino dietilestilbestrol foi usado para tratar as mulheres que haviam tido abortos espontâneos consecutivos. Isto viabilizou alguns interessantes projetos de pesquisa. Entre outras coisas, ficou demonstrado que os rapazes que nasciam de mulheres que haviam recebido o em cima mencionado tratamento - isto é, que haviam recebido hormonios femininos - demonstravam comportamento mais “feminino” e mais empático. Por exemplo, quando comparados com outros rapazes, eles demonstravam um maior interesse em brincar com bonecas.13
Outra pesquisa foi levada a cabo nos rapazes nascidos com a deformação IHH, significando que os seus testículos eram pequenos e, desde logo, produtores de quantidades menores de testosterona. Os estudos mostraram que estes rapazes eram piores que outros rapazes na sistematização de formas espaciais.
Adicionalmente, existem rapazes que nascem com o AI Syndrome, condição que deixa os rapazes não-receptivos aos andrógenos (hormonio sexual masculino) Eles são piores na sistematização espacial. Ao mesmo tempo, as moças nascidas com Congenital Adrenal Hyperplasia Disorder, que, como dito em cima, resulta em níveis anormais de andrógenos (masculinos), são mais inteligentes na sistematização espacial que as outras mulheres.14
Existe também um projeto de pesquisa que demonstra como o nível de testosterona determina o nível de riscos económicos na idade adulta. Entre outras coisas, os pesquisadores estabeleceram que as mulheres que escolhem uma carreira na área das finanças possuem níveis de testosterona superiores, quando comparadas com outras mulheres.15

O periódico sueco Illustrerad Vetenskap (Ciência Ilustrada)
Pesquisas recentes mostram que os homens possuem 6,5 vezes mais massa encefálica cinzenta que as mulheres, enquanto que elas possuem 10 vezes mais massa encefálica branca que os homens. Isto pode explicar o porque dos homens serem melhores, por exemplo, em matemática, enquanto que as mulheres são melhores nas línguas.
Homo Sapiens é um animal.
Estudos em torno do mundo animal são interessantes uma vez que os animais dificilmente podem ser influenciados pelas normas sociais e papéis de género humanos. Se a natureza criou [sic] os animais de modo a que os sexos sejam distintos por motivos biológicos, porque é que os homo sapiens seria uma exceção? Seguem-se alguns projetos de pesquisa com os animais interessantes.
Um estudo usou um certo número de macacos a quem foram dados um certo número de brinquedos. Eles encontravam-se entre bonecas, caminhões e brinquedos genericamente neutros como livros com pinturas.
Os pesquisadores observaram como os machos passavam mais tempo a brincar com os brinquedos “masculinos” enquanto que as fêmeas passavam mais tempo que os machos a brincar com os brinquedos “femininos”.
Ambos os sexos passaram o mesmo tempo em redor dos livros com imagens e em redor de outro brinquedos genericamente neutros.17
Outro projeto expôs os fetos fêmea dos macacos aos andrógenos (hormonas sexuais masculinos). Mais tarde, enas suas brincadeiras, estas fêmeas exibiram um comportamento mais masculino que as demais fêmeas.18
Uma terceira pesquisa levada a cabo por um terceiro grupo de cientistas ofereceu paus como brinquedos aos macacos e observou como as fêmeas, de forma bem clara, brincavam com os paus como se os mesmos fossem bonecas, algo que os machos fizeram em escala muito menor.19
Num quarto projecto os pesquisadores deram dois tipos de brinquedos aos macacos – veículos com rodas e brinquedos de peluche. Os machos demonstraram um forte e persistente interesse nos veículos enquanto que as fêmeas não demonstraram qualquer tipo de interesse por nenhum dos brinquedos.20
Um quinto estudo em torno dos macacos demonstrou como, em larga escala, os machos focaram-se nos carros enquanto que as fêmeas preferiram as bonecas.21
Experiências foram também levadas a cabo com ratos. As fêmeas injectadas com testosterona à nascença aprenderam mais rapidamente a navegar pelo labirinto que as fêmeas sem o hormona. Elas atingiram também uma proficiência final superior que as fêmeas que não receberam o hormona masculino. O labirinto testava a aptitude espacial.22
Em jeito de conclusão podemos determinar que a alegação “o género é uma construção social” é um mito.
Antes de terminar este capítulo, gostaria de falar nas diferenças genéticas entre os sexos que possuem um peso enorme no debate em torno da igualdade.
Como mencionei anteriormente, os homens e as mulheres possuem a mesma inteligência média mas a inteligência é mais dispersa entre os homens. Isto significa que há mais tolos e génios entre os homens enquanto que as mulheres se encontram a meio da escala.
Esta amplitude pode ser considerada como desinteressante do ponto de vista da igualdade. Afinal, o fato da inteligência média entre ambos os sexos ser basicamente a mesma não é o mais importante?
Mas consideremos o fato de existirem muitas situações onde o foco se encontra completamente nos extremos e particularmente no extremo mais elevado: os génios. A maior amplitude masculina implica com lógica matemática que há mais génios entre os homens do que entre as mulheres. O que é que isto significa para a composição genética dos, por exemplo, prémio Nobel?
Do ponto de vista puramente estatístico é, portanto, normal que haja mais laureados entre os homens em áreas que exijam mais inteligência. Isto foi também ressalvado por Annica Dahlström23 e Germund Hesslow,24 que, por sua vez, provocou respostas violentas. Mas a realidade é o que é independentemente do que cada um pensa dela.
O fato das mulheres serem compensadas por terem entre si menos tolas do que o número de menos inteligentes entre os homens não recebe muita atenção mediática porque os menos inteligentes raramente se encontram no foco dos holofotes. Mas isto provavelmente contribui também para o fato de haver menos mulheres nas camadas mais baixas da sociedade tais como as prisões ou entre os sem abrigo.

* Mulher brasileira NÃO NÃO NÃO aceita o Aborto! Veja outra mulher coragem!!


* Respostas da Doutrina Católica a algumas objeções protestantes



Há uma proliferação de seitas protestantes no Brasil. Os católicos,  amiúde são atacados pelos adeptos de tais seitas com uma chusma de pequenas questões relativas principalmente à Sagrada Escritura, as quais, muitas vezes, não sabem, de momento, responder.
Apresentamos abaixo respostas de autoria do Revmo. Pe. David Francisquini. O autor é capelão da Igreja do Imaculado Coração de Maria, em Cardoso Moreira (RJ).
Embora sejam utilizados de preferência, nessas respostas, textos da Bíblia, convém deixar claro que a Sagrada Escritura não é a única fonte de verdade religiosa. Há também a Tradição, originada no ensinamento verbal dos Apóstolos e fielmente recolhida pelos antigos Padres da Igreja, sem a qual a própria interpretação da Sagrada Escritura fica difícil de se fazer. O “livre exame” protestante, segundo o qual cada um interpreta o texto bíblico como quer, é fonte de confusão e de erro.
1 – Por que os católicos dizem que o Senhor Jesus é Deus?
Nós, católicos, acreditamos que Jesus Cristo é Deus. Primeiramente, pelo dom precioso da fé que gratuitamente recebemos – e que está à disposição de todos os que não se fecham para ele – o qual dispensa demonstrações.
Em segundo lugar, porque isto vem provado  nas Sagradas Escrituras com as próprias palavras do Redentor e testemunhos de outros. Jesus Cristo é aí referido ora como Deus, ora como Filho de Deus, o que, para efeito de provar sua divindade, dá na mesma. Pois o Filho tem a mesma natureza do Pai. Nós, simples mortais, podemos ser filhos adotivos de Deus. Filho de Deus propriamente, por natureza,  gerado desde toda a Eternidade, só Jesus Cristo: “Tu és meu filho, eu te gerei hoje” (Sl 2, 7; Act 13, 35; Heb 1,5 e 5,5).
Jesus Cristo, ademais de ser verdadeiro Deus, é verdadeiro homem. Houve hereges que negaram a natureza humana de Jesus Cristo. Para eles, Jesus seria somente Deus e seu corpo uma espécie de fantasma sem substância, apenas para ser visto. Mas aqui não nos ocuparemos desses hereges, pois se perderam na noite dos tempos. Vejamos algumas passagens da Escritura que nos falam da divindade de Jesus Cristo.
Por exemplo, quando Caifás conjurou-O, “em nome do Deus vivo” a dizer se era “o Cristo, o Filho de Deus”, respondeu Jesus: “Sim. Além disso eu Vos declaro que vereis doravante o Filho do Homem [Ele mesmo] sentar-se à direita do Todo-Poderoso, e voltar sobre as nuvens do céu” (Mt  26, 63-64, Mc 14, 61,62; Lc 22, 67-70). Os sacerdotes judeus compreenderam bem toda a extensão dessa afirmação, pois rasgaram as vestes dizendo que Ele blasfemara e que, por isso, era réu de morte. Teria Jesus cometido um perjúrio?, cabe perguntar aos protestantes. Deus nos livre de o pensar!
Já antes, na festa da Dedicação, aos judeus que O rodearam perguntando peremptoriamente: – “Até quando nos deixarás na incerteza? Se tu és o Cristo, dize-nos claramente” –, respondeu-lhes Nosso Senhor: “Eu vo-lo digo, mas não credes. As obras que faço em nome de meu Pai dão testemunho de mim. Entretanto, não credes, porque não sois das minhas ovelhas … Eu e o Pai somos um” (Jo 10, 24 a 30). Ora, ouvindo isso os judeus quiseram apedrejá-Lo  “porque, sendo homem te fazes passar por Deus”. Cristo Jesus não os desmentiu; pelo contrário, admoestou-os: “como acusais de blasfemo aquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, porque eu disse: Sou o filho de Deus? Se eu não faço as obras de meu Pai, não me credes. Mas se as faço, e se não quiserdes crer em mim, crede nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai” (id., 36 a 38).
Estando uma vez em Cesaréia de Felipe, perguntou Jesus aos Apóstolos: “No dizer do povo, quem é o Filho do homem?” Eles responderam “Uns dizem que é João Batista, outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas”. Perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que sou?” São Pedro, adiantando-se, respondeu: “Tu és o Cristo, Filho do Deus vivo!” Ao que respondeu Cristo Jesus: “Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue quem te revelou isto, mas meu Pai, que está nos Céus” (Mt 16, 13 a 17). Não podia ser mais claro. Essa profissão de fé mereceu a São Pedro ser declarado como a pedra angular da Igreja.
Quando Jesus Cristo foi batizado por São João Batista, “eis que se abriram os céus, viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e vir sobre Ele. E eis que ouviu uma voz do céu que dizia: Este é o meu Filho muito amado, no qual pus as minhas complacências” (Mt 3, 16-17), o que ocorreu também durante a Transfiguração no Monte Tabor, com o seguinte acréscimo: “Escutai-O”.
Há várias outras passagens nas quais Jesus afirma Sua divindade. E isso os Apóstolos e os Discípulos creram, tanto assim que o ensinaram em seus escritos e pregações. São João começa o seu Evangelho dizendo: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus”. E para que não ficasse dúvida, esclareceu: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós” (Jo 1, 1 e 14). E conclui seu Evangelho com estas palavras: “Estas coisas foram escritas para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em Seu nome” (Jo 20, 31). Por sua vez, São Marcos inicia assim seu Evangelho: “Princípio da Boa Nova, de Jesus Cristo, Filho de Deus” (1, 1).
Portanto os protestantes, que dizem seguir a Bíblia à risca, para serem coerentes consigo mesmos deveriam reconhecer a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
2 – Por que os católicos cultuam Maria e os Santos, quando está escrito que Jesus é o único Mediador?
Realmente, São Paulo afirma em sua primeira epístola a Timóteo (2, 5), que “há um só Deus e há um só mediador entre Deus e os homens que é Jesus Cristo”. Essa afirmação não exclui que possa haver outros mediadores secundários, pois o próprio Apóstolo dos Gentios é o primeiro a pedir a intercessão de outros junto a Deus. Assim, diz aos romanos: “Rogo-vos, pois, irmãos, por Nosso Senhor Jesus Cristo, e pelo amor do Espírito Santo, que me ajudeis com as vossas orações por mim a Deus” (Rom 15, 30); aos Corintos diz que espera que Deus o livrará de futuros grandes perigos, “se nos ajudardes também vós com orações em nossa intenção ” (2 Cor 1, 9-11).
3 – Mas vocês, católicos, substituem o Senhor Jesus por Maria.
Nós, católicos, temos – e é a única atitude coerente – uma profunda veneração, e não adoração, a Maria Santíssima. Se reconhecemos que Jesus Cristo é Deus, temos que reconhecer que Ela é a Mãe de Deus. Só esse fato já mereceria de nossa parte essa veneração especial. Se devemos honrar  pai e mãe, Cristo Jesus deixaria de dar-nos nisso o mais exímio exemplo, ainda mais com tal Mãe? Ficaria Ele magoado com nossa veneração a sua santa Mãe?
No Pequeno Ofício da Imaculada Conceição figura  o seguinte raciocínio, claro, lógico, adamantino para demonstrar que Maria foi isenta do pecado original: “Por decoro do Filho não podia o labéu de Eva macular Maria”; e, “não podia tal Mãe assim eleita, por um momento à culpa estar sujeita”. Sendo Deus todo-poderoso, deixaria de fazer qualquer exceção, superar qualquer regra em favor dAquela que escolheu para Mãe do seu Verbo?
Aqui aplica-se o axioma da Igreja: Podia, queria, logo fez. Quer dizer, Deus quer o mais perfeito. Poderia tomar uma carne que fosse a da mais perfeita das criaturas. Podendo fazer isso, querendo fazê-lo,  por que não haveria de tê-lo feito?
Nossa Senhora, pelo papel que teve na Redenção, tornou-se  Medianeira entre nós e Jesus Cristo. Não é uma mediação independente, diferente da do Filho, mas de participação, por vontade divina, na mediação de Cristo Jesus. É uma associação da Mãe à mediação de seu Divino Filho.
4 – Mas onde se encontra, nas Sagradas Escrituras, base para isso?
Narra o evangelista São Lucas que, indo Maria Santíssima visitar sua prima Santa Isabel, que esperava o futuro São João Batista, saudou-a. “Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: ‘Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre’” (Lc 1, 41-42). Não se pode negar a evidência de que o Divino Espírito Santo serviu-Se da voz de Maria para santificar o menino e cumular a mãe com suas bênçãos.
Também o episódio das Bodas de Caná mostra, ainda com mais evidência, o poder da intercessão de Maria Santíssima. Foi por sua insistência que Jesus, antecipando Sua hora (Jo 2, 4), realizou seu primeiro milagre público.
5 – Como explicam os católicos a expressão “antes de coabitarem”, em  Mateus, 1, 18, empregada em relação a José e a Maria?
Aqui, mais uma vez, é preciso conhecer o contexto para se compreender essa passagem. Segundo o costume judeu, o casamento se realizava em duas etapas. Na primeira, embora os noivos fossem considerados já casados, a esposa permanecia algum tempo na casa paterna. Na segunda etapa, os parentes a levavam para a casa do esposo, e aí se consumava o casamento.
Com a expressão “antes de coabitarem”, o Evangelista dá a entender que a concepção virginal de Cristo se deu antes que a Virgem Maria estivesse vivendo na casa de seu castíssimo esposo. O que não significa que tenham coabitado depois. Como alguém que diz, fulano estava dormindo e morreu antes de acordar. Não significa que depois tenha acordado.
Que não houve coabitação se constata também quando o mesmo Evangelista narra que São José, percebendo que sua esposa concebera, não conhecendo o mistério, mas não querendo difamá-la, resolveu “rejeitá-la secretamente”. Mas o Anjo do Senhor apareceu-lhe em sonhos tranqüilizando-o e aconselhando-o a  recebê-la em sua casa, porque Ela concebera por obra do Espírito Santo (Mt 1, 20 a 24).
6 – E as passagens – “Não a conheceu até que deu à luz um filho…” em Mateus,  e – “Seu Filho primogênito” – empregadas por Lucas, não revelam que Maria teve outros filhos depois?
Nas Sagradas Escrituras, a expressão “até que” é empregada muitas vezes para indicar um tempo indeterminado, e não para marcar algo que ainda não aconteceu, mas  acontecerá depois. Assim, por exemplo, no Salmo (109, 1) Deus Pai, dirigindo-se a Deus Filho, diz: “Senta-te à minha direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo  a teus pés”.
Isso não quer dizer que depois disso o Filho deixará de sentar-se à direita do Pai…
Com relação à expressão “Filho primogênito”, cumpre ressaltar que, entre os  orientais (até mesmo hoje em dia em vários países), o primeiro filho nascido de um matrimônio tinha uma ascendência moral sobre todos os outros irmãos e irmãs que viessem a nascer. Assim se ressaltava que era o primogênito, ainda que ele viesse a ser o filho único.
Por isso vê-se aparecer freqüentemente nas Sagradas Escrituras a expressão “primogênito”: “todo o primogênito do sexo masculino será meu” (Ex 34, 19-20); “Resgatarás o primogênito dos teus filhos: e não aparecerás na minha presença com as mãos vazias” (Num 18, 15).
A expressão “filho primogênito” em São Lucas é entendida assim, e o foi pela Tradição oral durante quase um milênio e meio, até surgir  Lutero, que “descobriu” esse detalhe para tentar “provar” que Maria não permaneceu virgem.
7 – E a expressão “a Mãe e os irmãos de Jesus?”
Nós, que temos a felicidade de sermos católicos e seguirmos a Tradição e os ensinamentos da Santa Madre Igreja, cremos firmemente que Maria Santíssima foi virgem antes, durante e depois do parto. Como se deu isso, como permaneceu virgem depois do parto? Quem criou os céus e a terra poderia perfeitamente fazer esse milagre. O corpo de Nosso Senhor, como Deus e homem, não poderia ter  as características do corpo glorioso, que se manifestassem em certas ocasiões, como ao nascer? No Tabor, por exemplo, seu corpo apareceu glorioso. E faz parte das características de um corpo glorioso atravessar paredes e objetos sem dificuldade e sem danificá-los.
O grosseiro erro dos protestantes, baseados numa ignorante interpretação das Escrituras (fruto do “livre exame”), de que Ela teve filhos depois, é uma injúria ao próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. Não se compreende como eles não percebem isso.
Analisemos o exemplo dado que é a citação do Evangelho, “A mãe e irmãos de Jesus”. Ora, é sabido que entre os orientais, os parentes mais próximos eram chamados de irmãos, como até hoje se dá em alguns países, notadamente a Índia, onde em alguns idiomas locais não há palavras para designar “primo”.
Na própria Sagrada Escritura isso está bem claro no livro de Tobias. Aconselhado pelo Arcanjo Rafael a casar-se com Sara, filha de Raquel, primo-irmão de seu pai, assim rezou a Deus: “Senhor, sabeis que não é por motivo de luxúria que recebo por mulher esta minha irmã” (Tb 7, 4-6).
Quais são os “irmãos de Jesus” citados pelos Evangelistas?  São Marcos diz que, quando Nosso Senhor começou a pregar na Sinagoga, vendo Sua sabedoria, o povo se perguntava: “Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui também entre nós suas irmãs?” (Mc 6, 3).
São Lucas esclarece que Tiago e Judas eram filhos de Alfeu ou Cleofas (6, 15-16). Portanto o eram também José e Simão. Mas não Jesus, que sabemos que era filho de “José, o carpinteiro”. Portanto, não poderiam ser irmãos carnais.
Por outro lado, São Mateus dá o nome da mãe deles: “Entre as quais estava … Maria, mãe de Tiago e de José” (Mt  27, 56).
Não se pode confundir esta Maria com sua homônima, esposa de José, o carpinteiro. São João deixa bem clara essa distinção: “Junto à cruz de Jesus estava sua mãe e a irmã (prima) de sua Mãe, Maria, mulher de Cleofas” (Jo 19, 25), cuja filha se chamava Maria Salomé. São as bem conhecidas “três Marias”.
Aliás, atualmente os protestantes mais cultos já nem levantam mais essa objeção.
8 – E por que os católicos adoram imagens, quando está formalmente proibido pelas Escrituras?
Os católicos não adoram imagens. Elas são apenas representações de Nosso Senhor, de Nossa Senhora, dos Anjos ou dos Santos que nos ajudam a lembrar deles, a amá-los e invocá-los. É o mesmo que acontece com as fotografias das pessoas que nos são caras: quando nós gostamos de olhar para tais fotografias, é nas pessoas que elas representam que estamos pensando, e não nas fotografias enquanto um pedaço de papel.
Ademais, é preciso ler em seu contexto, e não fora dele, os textos da Bíblia, citados pelos protestantes. Assim, o texto por eles citado vem precedido por uma frase que explica bem o sentido em que a proibição de fazer estátuas deve ser compreendido:
“Não terás outros deuses diante de minha face”. Quer dizer, trata-se da proibição de fazer ídolos, pois os hebreus eram muito inclinados, pelo exemplo dos povos pagãos vizinhos, à idolatria. Tendo alertado de que se trata de “outros deuses” – portanto, ídolos – continua Deus Nosso Senhor: “Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que está em cima, nos céus  ou embaixo, sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra”. Isso queria dizer que não se deviam fazer estátuas simbolizando “deuses” de madeira ou de pedra, sob a forma de um astro, de um pássaro, de um homem, de um animal, de uma planta ou de um animal aquático como objetos de adoração.
Isso é fora de dúvida, pois Deus não pode contradizer-Se a Si próprio. No mesmo livro do Êxodo, cinco capítulos adiante, ordena a Moisés que faça dois querubins de ouro, com as asas estendidas, para cobrir o propiciatório da Arca da Aliança (Ex 25, 18). Adiante, no livro dos Números,  quando, para punir o povo hebreu que murmurava contra Deus e Moisés, “o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes, que morderam e mataram  muitos”, como Moisés intercedesse pelo povo, ordenou-lhe que fizesse uma serpente de bronze e a colocasse num lugar visível e público para que todo aquele que olhasse para ela, não morresse. Pelo que se tornou o símbolo da Cruz (Num 21, 5 a 9).
Mais uma vez – durante quase mil e quinhentos anos, a não ser alguns heresiarcas precursores de Lutero, os iconoclastas – houve a veneração das imagens sem problemas. Pois já nas catacumbas, os primeiros cristãos, perseguidos, para auxiliar sua fé tão posta à prova, pintavam e esculpiam naqueles subterrâneos figuras representando Cristo e  Sua Mãe santíssima. O que mostra de passagem que o culto também à Mãe de Deus é tão antigo quanto o próprio Cristianismo.
9 – Quero uma prova, com base na Bíblia, do alegado poder do sacerdote de perdoar os pecados. Por que não se confessar diretamente a Deus?.
A confissão é um dos mais sublimes Sacramentos da Igreja! Que outra religião pode conceder a uma alma amargurada pelo peso de seus pecados, infidelidades, más ações, aquela paz e tranqüilidade de consciência que só uma confissão bem feita pode dar?
Mas vamos aos textos bíblicos para responder, com o Pe. Júlio Maria, ao objetante protestante.
Que o homem peca, experimentamo-lo a cada momento. O próprio Espírito Santo diz, pela boca do escritor sagrado: “O justo peca sete vezes por dia” (Pv 24, 16). E “não há homem que não peque” (Ecle 7, 21). São João é conseqüente: “Aquele que diz que não tem pecado, faz Deus mentiroso” (1 Jo 1, 10).
Todo homem, pois, é pecador. Deus, pelo contrário, não é só santíssimo, mas a própria Santidade. Por isso nenhum homem pode ir a Ele com seu pecado, como diz o Salmista: “Nesta porta do Senhor, só o justo pode entrar” (Sl 117, 20); e o Apóstolo: “Os pecadores não possuirão o reino dos céus”.
Como ficam então as coisas? Não é o homem destinado ao Céu? Tem que haver solução para esse impasse.
Mais uma vez o divino Espírito Santo, falando pela boca do escritor sagrado, adverte e dá a solução: “Aquele que esconde os seus crimes, não será purificado; [mas] aquele que, pelo contrário, se confessar e deixar seus crimes, alcançará a misericórdia” (Pv 28, 13).
O que é ainda enfatizado por São João: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar e purificar-nos de toda injustiça” (1 Jo, 8).
Está bem, dirá o protestante. Mas não está dito que não podemos nos confessar diretamente a Deus.
É evidente que Deus pode perdoar diretamente os pecados, como Nosso Senhor Jesus Cristo afirmou de Si mesmo em sua vida terrena: “O Filho do homem, na Terra, tem o poder de perdoar os pecados” (Mt 9, 6). E vemos mesmo que “Jesus curou um paralítico e lhe disse: tem confiança, os teus pecados te são perdoados” (Id., 2-7).
Ora, Nosso Senhor comunicou esse privilégio a Seus Apóstolos quando disse: “Assim como o Pai me enviou, eu vos envio a vós”. Depois, soprando sobre eles, acrescentou: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e aqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo, 20, 22-23).
Se, de um lado, Cristo Jesus deu aos sacerdotes, pela sucessão apostólica, o poder de perdoar os pecados, de outro impôs aos pecadores o dever de confessá-los. Isso é de bom senso. Por isso São Tiago diz explicitamente: “Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, a fim de que sejais salvos” (5, 16). Ora, esse “uns aos outros” quer dizer, os que não têm o poder de perdoar devem confessar-se com quem o tem.
Para serem coerentes com o Evangelho como alegam que o são, os protestantes deveriam confessar-se uns com os outros, ou, pelo menos, com seus pastores; por sua posição, seriam eles em tese os mais discretos, e não passariam adiante o que ouvissem. Mas isso é quase humanamente impossível sem haver a obrigação do sigilo sacramental, como temos os sacerdotes católicos.
10 – O Papado é uma invenção de Roma para subjugar as consciências timoratas. No início não havia diferença entre o bispo de Roma e os demais bispos.
Vimos acima, em  São Mateus 16, 16, a profissão de fé de São Pedro na divindade de Cristo Nosso Senhor.  Eis o que respondeu-lhe em seguida o Divino Mestre:  “E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos Céus: tudo o que ligares na terra, será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na terra, será desligado nos Céus” (Mt 13, 18).
Que valor têm essas palavras de Cristo Jesus? Ele mesmo afirma: “Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra”. Por força desse poder, ordenou Ele: “Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos mandei. Eu estarei convosco todos os dias, até a consumação do mundo” (Mt 28, 18 a 20).
Para sermos breves, digamos com o Pe. Leonel Franca: no dia em que viesse a faltar o principado hieraráquico de Simão, a pedra escolhida pelo Salvador, as portas do inferno teriam prevalecido. Sem base, o edifício cairia em inevitável ruína.
Que o primado de Pedro foi reconhecido desde o início da Igreja, basta ler a farta documentação acumulada pelo Pe. Leonel Franca em seu substancioso livro A Igreja, a Reforma e a Civilização, que recomendamos aos leitores.
11 -  Por que os católicos têm a pretensão de só eles terem a verdadeira religião? Outros também não a podem ter legitimamente?
Só há uma Religião verdadeira, como diz São Paulo aos Efésios: Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo” (4, 5). Por outro lado, Cristo Jesus, quando concedeu o primado a Pedro, disse-lhe: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16, 18). Ressalta com muita propriedade o Pe. Júlio Maria que Ele diz “a minha”, para mostrar que só a dEle é a verdadeira Igreja.
Uma Igreja, para ser verdadeira, deve ter quatro qualidades que a diferencie das não verdadeiras: deve ser una, santa, católica e apostólica.
Una: deve sê-lo nos pontos essenciais da fé, culto e em sua constituição hierárquica.
Santa: tem que sê-lo em sua doutrina, em seu culto, e em muitos de seus membros.
Católica: tem que ser universal, como diz a palavra, devendo existir em todas as épocas, e estar difundida pelo mundo inteiro.
Apostólica: deve ter origem nos Apóstolos.
Perguntamos: que Igreja preenche esses requisitos?
Vejamos, por exemplo, a religião protestante.
Não forma uma Igreja una porque está dividida em várias “denominações” (há mais de mil seitas, e a cada dia estão surgindo outras); ademais, não têm unidade de doutrina, nem de culto, nem de governo.
Não é Santa, nem quanto a seus fundadores, nem no tocante a suas doutrinas, nem no referente a suas obras. Lutero foi um homem violento e libidinoso, um sacrílego concubinatário, cheio de orgulho e pretensão. Em sua doutrina, afirmou: “Crê firmemente, e peca sem cuidado”, e que “tudo que vem da fé é tão falso, como é certo que Deus existe” etc. É uma doutrina baseada na adulteração das Sagradas Escrituras (só Lutero fez, o que é reconhecido mesmo por protestantes, mais de 3 mil alterações na Bíblia) a seu bel prazer: pior ainda, rejeitou muitas das coisas instituídas por Jesus Cristo.
Essa doutrina não produz a santidade eminente entre seus membros. O próprio Lutero renegou seus votos, inclusive o de celibato, juntando-se sacrilegamente com uma ex-monja, que fez o mesmo. Henrique VIII, fundador do anglicanismo, casou-se várias vezes, depois de mandar decapitar duas de suas mulheres. Para ficarmos aqui. O próprio Lutero disse de seus discípulos: “A maioria dos meus discípulos são uns epicuros. Eles se chamam reformados: eu os chamo demônios encarnados …”.
Não é católica, isto é, universal, pois, como uma só confissão, não existe desde o princípio, nem está disseminada pelo mundo inteiro. Suas igrejas são locais, regionais ou nacionais,  não existindo uma igreja universal.
Por fim, não é Apostólica, pois nasceu em 1518, fundada por um padre apóstata,  desenvolveu-se mediante adulterações da doutrina dos Apóstolos, um milênio e meio depois da era apostólica.
12 -  Por que a Igreja proíbe os católicos de lerem a Bíblia?
A Igreja não proíbe. Apenas recomenda que ela seja lida  com cuidado e só em versões inteiramente fidedignas,  para não se resvalar  nesses erros protestantes. O próprio São Pedro alerta os primeiros fiéis a respeito da dificuldade de compreensão  que há em algumas passagens de São Paulo: “Reconhecei que a longa paciência de Nosso Senhor vos é salutar, como também vosso caríssimo irmão Paulo vos escreveu, segundo o dom de sabedoria que lhe foi dado. É o que ele faz em todas as suas cartas, nas quais fala nestes assuntos. Nelas há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras” ( 2 Ped 3, 15-16). E São Lucas, no Ato dos Apóstolos, narra que o Apóstolo São Felipe foi alertado por um Anjo para ir à estrada que desce de Jerusalém a Gaza. Nela viu passar um ministro da rainha Candace, da Etiópia, lendo Isaías profeta. “[Felipe] perguntou-lhe ‘Porventura entendes o que estás lendo?’ Respondeu-lhe [o eunuco]: “Como é que posso, se não há alguém que mo explique?’. E rogou a Felipe que subisse e se sentasse junto dele [para explicar-lhe o sentido do que lia]” (Atos, 8, 26 a 31).
O próprio Nosso Senhor admoestou de forma enérgica os discípulos de Emaús por sua incapacidade de interpretar as Escrituras: “Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para crerdes tudo o que anunciaram os profetas!… E, começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes o que dEle se achava dito em todas as Escrituras” (Luc 24, 25 a 27).