4 de mai. de 2010

São Domingos de Gusmão: Nossa Senhora, pavor dos Demônios
















04.05.2010 - Quando São Domingos estava pregando o Rosário perto de Carcassona, trouxeram à sua presença um albigense que estava posseso pelo demônio, parece que mais de doze mil pessoas tinham vindo ouvi-lo pregar.Os demônios que possuíam esse infeliz foram obrigados a responder às perguntas de São Domingos, com muito constrangimento. Eles disseram que:
1 - Havia quinze mil deles no corpo desse pobre homem, porque ele atacou os quinze mistérios do Rosário;
2 - Eles continuaram a testemunhar que, quando São Domingos pregava o Rosário ele impunha medo e horror nas profundezas do inferno e que ele era o homem que eles mais odiavam em todo o Mundo, isto por causa das almas que ele arrancou dos demônios através da devoção do Santo Rosário;
Eles então revelaram várias outras coisas.
* * *
São Domingos colocou o seu Rosário em volta do pescoço do albigense e pediu que os demônios lhe dissessem quem de todos os santos nos Céus eles mais temiam, e quem deveria ser, portanto mais amado e reverenciado pelos homens.
Nesse momento eles soltaram um gemido inexprimível no qual a maioria das pessoas caiu por terra desmaiando de medo...e eles disseram: " Domingos, nós te imploramos, pela paixão de Jesus Cristo e pelos méritos de sua Mãe e de todos os santos, deixe-nos sair desse corpo sem que falemos mais, pois os anjos responderão sua pergunta a qualquer momento...
São Domingos ajoelhou-se e rezou à Nossa Senhora para que ela forçasse os inimigos a proclamarem a verdade completa e nada mais que a verdade.
Mal tinha terminado de rezar viu a Santíssima Virgem perto de si, rodeada por uma multidão de anjos.Ela bateu no homem posseso com um cajado de ouro que segurava e disse: "Responda ao meu servo Domingos imediatamente" .
Então os demônios começaram a gritar:
"Oh, vós, que sois nossa inimiga, nossa ruina e nossa destruição, porque desceste do Céus só para nos torturar tão cruelmente? Oh, Advogada dos pecadores, vós que os tirais das presas do inferno, vós que sois o caminho certeiro para o Céus, devemos nós, para o nosso próprio pesar, dizer toda a verdade e confessar diante de todos quem é que é a causa de nossa vergonha e nossa ruina? Oh, pobres de nós, principes da escuridão: então, ouçam bem, vocês cristãos: a Mãe de Jesus Cristo é todo-poderosa e ela pode salvar seus servos de caírem no Inferno.Ela é o Sol que destrói a escuridão de nossa astúcia e sutileza. É ela que descobre nossos planos ocultos, quebra nossas armadilhas e faz com que nossas tentações fiquem inúteis e sem efeito.
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Nós temos que dizer, porém de maneira relutante, que nem sequer uma alma que realmente perseverou no seu serviço foi condenada conosco; um simples suspiro que ela oferece à Santíssima Trindade é mais precioso que todas as orações, desejos e aspirações de todos os santos.
Nós a tememos mais que todos os santos nos Céus juntos e não temos nenhum sucesso com seus fiéis servos. Muitos cristão que a invocam quando estão na hora da morte e que seriam condenados, de acordo com os nossos padrões ordinários, são salvos por sua intercessão.
Oh, se pelo menos essa Maria (assim era na sua fúria como eles a chamaram) não tivesse se oposto aos nossos desínios e esforços, teríamos conquistado a igreja e a teríamos destruido há muito tempo atrás; e teríamos feito que todas as Ordens da Igreja caíssem no erro e na desordem. Agora, que somos forçados a falar, também lhe diremos isto: ninguém que persevera ao rezar o Rosário será condenado, porque ela obtém para seus servos a graça da verdadeira contrição por seus pecados e por meio dele, eles obtêm o perdão e a misericórdia de Deus"
(O Segredo do Rosário - São Luís Maria G. de Montfort -pág.95 à 97)

COMO DEFENDER A FÉ NO SÉCULO 21?



















Cardeal Levada responde com novas perspectivas para a apologética cristã

Por Carmen Elena Villa
ROMA, segunda-feira, 3 de maio de 2010 - A defesa da fé não pode ser "muito defensiva nem muito agressiva". Deve se fazer com "cortesia e respeito" e sobretudo com o testemunho pessoal.
Foi o que explicou nessa quinta-feira o cardeal William Levada, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, no congresso "Uma apologética para um novo milênio", concluído na sexta-feira na Universidade Ateneu Regina Apostolorum em Roma. O purpurado interveio com uma conferência denominada "A urgência de uma nova apologética para a Igreja do século XXI".
O cardeal recordou como os antigos apologistas "dedicaram-se fundamentalmente a obter a tolerância civil para a comunidade cristã, para demonstrar que os cristãos não eram mal-feitores que mereciam a pena de morte".
Depois de fazer um breve percurso pela defesa da fé na história da Igreja, o prefeito explicou como a constituição Dei Verbum, do Concílio Vaticano II, "desenvolve a revelação desde seu centro cristológico, para depois apresentar a responsabilidade iniludível da razão humana como uma dimensão da totalidade".
"Mostra que a relação humana do homem para Deus não consta de duas partes mais ou menos independentes, mas é uma parte indivisível", disse. "Não há tal coisa como uma religião natural em si mesma, mas cada religião é ‘positiva', ainda que por sua positividade não exclui a responsabilidade do pensamento, mas a inclui".
"Como se deveria apresentar uma nova apologética?", questionou o cardeal. "Fé e razão, credibilidade e verdade são exploradas como fundamentos necessários para a fé católica cristã".
Ele disse que a fé, conservando sempre sua essência, deve-se apresentar de uma maneira renovada "quando tem de enfrentar novas situações, novas gerações, novas culturas".
Beleza
Também assegurou que a apologética do novo milênio "deve-se enfocar na beleza da criação de Deus".
"Para que a apologética seja credível - disse - devemos dar especial atenção ao mistério e à beleza do culto católico, da visão sacramental do mundo que nos permite reconhecer e valorizar a beleza da criação como um preâmbulo do novo céu e da terra nova vislumbrados no segundo livro de Pedro e no Apocalipse".
O cardeal Levada recordou as palavras do Papa Bento XVI no encontro com o clero da diocese de Bolzano-Bressanone durante sua visita aos EUA: "a arte e os santos são os maiores apologistas para nossa fé".
Ele disse também que o mais importante é "o testemunho de nossas vidas como crentes que colocamos nossa fé em prática, trabalhando pela justiça e a caridade, como seguidores que imitamos Jesus, nosso mestre".
Assegurou ainda que unir a visão de verdade, justiça e caridade "é essencial para garantir que o testemunho e a ação não são algo passageiro, mas podem dar uma contribuição duradoura para a criação da civilização do amor".
Ambiente de diálogo
O prefeito de Doutrina da Fé disse que na cultura atual é necessário um diálogo sobre "o significado e o propósito da liberdade humana". Assinalou também como uma nova apologética "deve ter em conta o contexto ecumênico e inter-religioso de qualquer diálogo sobre a fé religiosa em um mundo secular".
O purpurado disse que há a necessidade de criar um diálogo "com a ciência e a tecnologia". Ainda que muitos cientistas falem de sua fé pessoal, "no entanto, a face pública da ciência é decididamente agnóstica".
"Seguramente, o novo milênio oferecerá novas oportunidades para expandir esta dimensão chave do diálogo entre fé e a razão", disse, e assegurou que entre as perguntas que agora requerem maior atenção "estão a da evolução na relação com a doutrina da criação".
O purpurado concluiu sua conferência assegurando que a apologética do século XXI não pode ser vista como uma "missão impossível" e disse que em uma sociedade agnóstica, uma condição essencial para que haja verdadeiro diálogo é o "desejo de conhecer o outro na plenitude de sua humanidade".

Viver o amor no meio do mundo para não vegetar, pede o Papa aos jovens









.- No encontro que sustentou ontem pela tarde com mais de 20 mil jovens da arquidiocese de Turim e várias dioceses próximas, o Papa Bento XVIos alentou a "viver e não vegetar", seguindo o exemplo do beato Piergiorgio Frassati, testemunhando intensamente o verdadeiro amor ante o mundo que nega a existência de compromissos duradouros nas pessoas.

Recordando que há 25 anos João Paulo II dedicou aos jovens uma carta centrada no encontro de Jesus com o jovem rico, quem lhe pergunta o que deve fazer para alcançar a vida eterna. Sobre isto Bento XVI disse: "Hoje não é fácil falar de vida eterna nem de realidades eternas porque a mentalidade de nossa época nos diz que não há nada definitivo: tudo muda e com grande velocidade. Mudar se tornou em muitos casos a contra-senha e deste modo também vós, jovens, se sentem levados a pensar freqüentemente que é impossível tomar decisões definitivas que os comprometam para toda a vida".

Mas, questionou o Santo Padre, "é verdade que para sermos felizes nós temos que contentar-nos com pequenas alegrias fugazes e momentâneas que, uma vez passadas, deixam amargura no coração? Queridos jovens, esta não é a verdadeira liberdade, a felicidade não se alcança assim. Cada um de nós está criado não para tomar decisões provisórias e revogáveis, mas definitivas e irrevogáveis que dêem pleno sentido à existência. Nós o constatamos em nossa vida: gostaríamos que cada experiência bela, que nos enche de felicidade, não acabasse jamais. Deus nos criou tendo em conta o ‘para sempre’ e pôs em nosso coração a semente de uma vida que realize algo bom e grande".

"No diálogo com o jovem que possuía muitas riquezas, Jesus indica qual é maior a riqueza da vida: o amor; amar a Deus e a outros com todo nosso ser. Não há nada maior para o ser humano, que é mortal e limitado, que participar da vida de amor de Deus. Hoje vivemos em um contexto cultural que não favorece as relações humanas profundas e desinteressadas; ao contrário, leva freqüentemente a fecharmo-nos em nós mesmos, ao individualismo. Mas o coração dos jovens é, por natureza, sensível ao amor verdadeiro. Por isso dirijo a vocês com grande confiança e lhes digo: Não é fácil converter sua vida em algo formoso e grande, custa trabalho, mas com Cristo tudo é possível!".

"Vivam este encontro com o amor de Cristo em uma forte relação pessoal com Ele; vivam na Igreja, sobre tudo nos sacramentos", exortou Bento XVI aos jovens.

"O amor de Cristo pelo jovem do Evangelho é o mesmo que sente por cada um de vós. Não é um amor confinado no passado, não é uma ilusão, não está reservado a uns poucos. Que cada um se sinta parte viva da Igreja, envolvido na obra de evangelização, sem medo, com os irmãos na fé e com os pastores, saindo de uma tendência individualista também na hora de viver a fé, para respirar a pleno pulmão a beleza de formar parte do grande mosaico da Igreja de Cristo!".

O Santo Padre pôs como exemplo o beato Piergiorgio Frassati, de quem se celebra o 20° aniversário de beatificação, que "viveu com grande compromisso sua formação cristã, dando um testemunho de fé singelo e eficaz".

Bento XVI recordou que o lema de Frassati era "Viver e não vegetar", e convidou a quantos o escutavam a "descobrirem como ele (Piergiorgio) que vale a pena esforçar-se por Deus e com Deus, responder ao seu chamado nas decisões fundamentais e nas cotidianas, embora isto custe".

"Que o Santo Sudário seja para vós um convite a gravar em seu espírito o rosto do amor de Deus, para serem vocês mesmos, em seus ambientes e com seus coetâneos, uma expressão acreditável do rosto de Cristo".