“A mulher de Putifar lançou os olhos sobre José e disse: “Dorme comigo!”Mas ele se recusou e disse: ”O teu esposo nada me interditou senão a ti, porque és sua mulher, como poderia eu realizar um tão grande mal e pecar contra Deus? Ainda que ela lhe falasse a cada dia, José não consentiu em dormir a seu lado e se entregar a ela” (Gn 39, 7-10).
Temos excelentes exemplos de jovens a serem seguidos na Sagrada Escritura e na História da Igreja.
São extraordinários modelos que nos fascinam o coração e a razão. Toca profundamente à nossa sensibilidade. Mexe realmente com o nosso “eu”.
A nossa alma fica abalada e tão estremecida com tais exemplos de renúncia e santidade, devido o nosso apego ao pecado e aos prazeres materiais.
Por trás de tudo isso, estar o nosso egoísmo, avareza, soberba e boçalidade.
E o fator preponderante é saber que não é impossível seguir o paradigma daqueles que alcançaram o maior grau de perfeição.
Dizia o grande Doutor e Bispo da Igreja Santo Agostinho: “Aceita tua imperfeição. É o primeiro passo para alcançares tua perfeição”. Na sua ascese realística dizia ainda: “O que eles conseguiram, porque não haveria eu de conseguir também?”.
Para o ínclito pregador e Doutor do Evangelho Santo Antônio de Pádua é o amor o fundamento da perfeição. Ele afirmava: “O amor a Deus e ao próximo conduz o homem a perfeição”.
Realmente, o homem sábio é aquele que busca a perfeição no amor e no respeito do seu semelhante.
Fulguração
Na Sagrada Escritura e na História da Igreja, temos uma constelação que ilumina com santidade esse mundo tenebroso.
Albert Schweistzer foi teólogo, filósofo, médico, missionário, musicológico e conferencista alemão. Foi considerado “O maior homem vivo” pelo cientista Albert Einstein e pela revista TIME. Em 1952 recebeu o prêmio Nobel da Paz. Seu pensamento era: “O exemplo não é a principal coisa na vida: é a única coisa”.
José, com seu exemplo determinado de servir a Deus com santidade, salvou o Egito e nações vizinhas da terrível fome.
Davi, com sua coragem e confiança em Deus, derrotou o temido gigante Golias e livrou Israel de um grande vexame.
Ester, tornou-se rainha não só pela beleza, mas pela ousadia e pela divina providência.
Ganhou das concorrentes com respeito e dignidade de uma serva do Senhor Deus. Por isso, salvou o seu povo da destruição.
Daniel, Sidrac, Misac e Abdênago, fizeram pactos a Deus para não se contaminar com os alimentos e a idolatria do rei da Babilônia, Nabucodonosor.
Com fidelidade e firmeza em adorar a único Deus verdadeiro, Sidrac, Misac e Abdêngo, foram jogados numa fornalha acesa, porém saíram ileso.
Por essa atitude exemplar, o rei promulgou um decreto em respeito e reverência ao Deus dos três jovens. Tempo depois, o próprio rei será um adorador do Deus de Daniel.
Entrando nos escritos do Novo Testamento, vamos encontrar logo de cara: a jovem camponesa Maria de Nazaré.
O “sim perfeito” de Maria, de ser o primeiro sacrário do Filho de Deus, fez dela a mulher mais santa do mundo. Desde então, todas as gerações lhe chamarão de bem-aventurada.
João, o apóstolo mais jovem do Colégio Apostólico. Autor do Evangelho que leva o seu nome, três Epístolas e o Apocalipse.
Sua frase: “Que o santo continue a santificar-se”.
Marcos, o jovem autor do primeiro Evangelho que leva o seu nome. Teve o privilégio de trabalhar com os dois grandes apóstolos de Jesus Cristo, Paulo e Pedro.
Timóteo, o jovem pastor da igreja em Éfeso e filho na fé do Apóstolo Paulo.
Como um bom cristão e fiel ministro de Cristo, segue o conselho do seu mestre na fé: “Que ninguém despreze a tua jovem idade. Quanto a ti, sê para os fiéis um modelo na palavra, na conduta, na caridade, na fé, na pureza”.
Tito, outro jovem, pastor na igreja de Creta, discípulo e companheiro do Apóstolo Paulo nas missões cristãs.
Tito também é um verdadeiro filho na fé do Apóstolo dos Gentios e obediente aos seus conselhos: “A graça de Deus nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas, e a viver neste mundo com autodomínio, justiça e piedade”.
A Igreja e os jovens santos
O grande Papa da Paz, João Paulo II afirmou: “A história da Igreja é uma história de santidade”. Disse mais: “ A Igreja é a casa da santidade, na qual o amor de Cristo, dom do Espírito Santo, é a alma”.
João Paulo II, na sua mensagem aos jovens para o Dia Mundial da Juventude do ano 2000, disse de maneira magistral: “Jovens, não tenhais medo de ser os santos do novo milênio”.
Os santos são uma das maiores riquezas da Santa Igreja Católica.
Verdadeiramente, a Igreja é riquíssima desses herói da fé e de um amor apaixonante à Jesus Cristo. Suas vidas e obras são testemunhos que brilham mais do que os astros do firmamento.
As maravilhas dos santos são tão poderosas que ajudam a converter os mais duros dos corações impenitentes.
Suas vidas são convites para o coração do Pai. Somos desafiados a imitá-los. Seus exemplos nos leva a amar mais à Cristo e a fazer a obra de Deus com mais responsabilidade e santidade.
Santo Ambrósio de Milão celebrava a virgindade em quatro tratados-hinos. E numa concepção heróica da santidade, os dois tipos representativos do heróico cristão foram, desde o início, o mártir e a virgem.
Entre as virgens e mártires do tempo das perseguições, uma das mais famosas foi, sem dúvida, Santa Inês. Seu exemplo e seu culto alimentaram gerações de cristãos.
São Dâmaso gravou sua história em dezesseis versos sobre seu sepulcro, concluindo com esta súplica: “Santa Glória da pureza, ínclita mártir, mostra-te benigna às súplicas de Dâmaso”.
A jovem Águeda é uma das santas mais populares da Itália e uma das três famosas santas virgens da ilha da Sicília, ao lado de Santa Luzia e de Santa Rosália, patronas respectivamente, das cidades de Catânia, Siracusa e Palermo.
Águeda, cujo nome é de origem grega e significa ótima, era natural da cidade de Catânia, na Sicília, e pertencia a uma antiga e nobre família.
“A suprema nobreza consiste em ser escravos de Cristo”, afirmou Santa Águeda.
Santa Luzia foi uma das santas mais veneradas na antiguidade. Só em Roma chegou a ter vinte templos dedicados a seu nome e era uma das quatro santas (como Inês, Cecília e Águeda) que gozavam de ofício próprio.
Uma cristã mandou gravar este epitáfio tão terno: “Eusquia, a irrepreensível, viveu santa e pura cerca de quinze anos; morreu na festa de minha Santa Luzia, a qual não pode ser louvada como merece”.
Santa Cecília foi uma das santas mais veneradas durante a Idade Média. O bispo Adelino, em seu livro De virginitate, diz que é a segunda entre as virgens, depois de Maria, Mãe de Deus.
É uma das virgens citadas no cânon da missa e é a que maior número de basílicas teve em Roma e mais igrejas dedicadas em toda a cristandade. É padroeira dos músicos.
Foi martirizada cantando hinos a Deus.
Santa Rosa de Viterbo dedicou sua vida à pregação a partir dos oito anos de idade. Lançou-se à pregação em praça pública contra os abusos e imoralidades, envolvendo em seus ataques a figura do imperador Frederico II, em que via a personificação da heresia.
É um milagre uma jovem pregadora no século XIII com tanto destaque sobressair do exclusivismo clerical.
Santa Rosa morreu em 1252 com apenas 17 anos.
Santa Bernadete, a jovem da aparição de Nossa Senhora de Lourdes, na gruta de Massabielle, França.
Por meio dessa santa jovem, quase analfabeta, foi construindo o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, que é o maior centro de fé e de milagres da Europa. O sinais miraculosos que têm acontecidos nesse Santuário tem convertidos muitos ateus.
Santa Clélia Barbieri é a fundadora mais jovem de uma congregação religiosa da Santa Madre Igreja, chamada de: “Irmãs Mínimas de Nossa Senhora das Dores”.
Um dia, perguntou à sua mãe: “Mamãe, como posso ser santa?”.
Partiu para glória celestial, para ficar nos braços de Cristo, com 23 anos de idade.
Qual é a santa mais popular e mais amada no mundo? Não tenho dúvida em responder que é a lindíssima jovem francesa Teresinha do Menino Jesus.
Santa Teresinha é conhecida mundialmente, fator espetacular em um espaço de tempo tão curto. A expressão do seu amor é algo que ultrapassa a razão humana.
A sua história encanta qualquer pessoa, seja ela religiosa ou não, rica ou pobre, culta ou iletrada, mansa ou indomável. A sua fama vai além da Igreja Católica e do cristianismo.
Teresinha nasceu na cidade francesa de Alençon, em 2 de janeiro de 1873, numa família tradicionalmente católica. Partiu para casa do Pai no dia 30/09/1897, com 24 anos de idade. Suas últimas palavras foram: “Meu Deus, eu vos amo!”
No seu túmulo, foram escritas as suas palavras: “Quero passar meu céu fazendo o bem sobre a terra”. Esta não é simplesmente uma frase, e sim uma profecia. Hoje, mais de 1.700 igrejas, no mundo, lhe são dedicadas; e o seu “Caminho de Infância Espiritual de amor e confiança” é seguido por milhares de pessoas no mundo inteiro.
Deixou-nos o seu testamento espiritual no livro autobiográfico: História de uma alma. Esta obra magnífica, tornou-se o manual de espiritualidade para muitos religiosos leigos.
Com 15 anos e três meses de idade, ela entrou no convento carmelita para ser freira e nunca mais sair.
No Carmelo de Lisieus-França, Teresinha tornou-se intercessora dos sacerdotes e especialmente dos missionários.
Santa Teresinha do Menino Jesus é padroeira das missões e doutora da Igreja.
Seu lema era: ”Amar a Jesus e fazer com que Ele seja amado por todos”.
Tudo indica, que depois de São Paulo Apóstolo, nenhum santo é tão popular e conhecido no mundo como São Francisco de Assis.
Seu ideal humano e cristão é tão forte que todos podem amá-lo abissalmente.
Tudo ele deixou por amor à Cristo e pela pregação do santo Evangelho.
São Francisco é o santo do amor e da paz universal.
Escreve ele: “Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz! Onde houver ódio que eu leve o amor”.
O jovem pobre de Assis dizia sempre: “... e cada qual ame e alimente a seu irmão como a mãe ama e nutre o seu filho”.
São Luís Gonzaga é o santo jovem padroeiro dos estudantes e da juventude.
Luís Gonzaga, filho do duque de Mântova, pertencia a família nobre.
Parte de sua formação humanística aconteceu na corte dos Habsburgos em Madri (1581-1583), a mais fastuosa do mundo no momento, onde foi convidado como pajem de honra do príncipe Diego, filho de Filipe II.
Mas seu coração não estava preso à sedução do luxo, das honras ou do poder. Com 15 anos tinha decidido renunciar ao principado e tornar-se religioso.
Seu pai opôs-se decididamente a seu pedido de entrara na Companhia de Jesus (Jesuítas). Luís, porém, não cedeu e manteve firme o seu propósito. Vendo a penitência rigorosa do filho, o pai cedeu.
Os quatro anos que viveu na Companhia de Jesus (1587-1591), serviram-lhe para aprofundar ainda mais sua entrega radical ao bom Deus e a libertação do seu semelhante. Por isso, em 1591, a peste invadiu Roma, onde estudava teologia, dedicou-se sem reservas ao serviço dos doentes. Seu organismo, já enfraquecido por vida tão intensa, não agüentou este novo sacrifício pelo próximo. Contraiu a doença e morreu de peste aos 23 anos em 1591.
Escreve esplendidamente o preclaro mestre Frei Patrício Sciadini,OCD: “Hoje, mais do que nunca, todos, mas especialmente os jovens, necessitam de modelos de vida. Luís Gonzaga, com sua generosidade, desprezo dos perigos e abandono de toda a riqueza, é modelo de um novo estilo de juventude”.
“Antes morrer que pecar”. Este pensamento é do jovem discípulo do grande educador da juventude São João Bosco, o místico São Domingos Sávio.
Domingos Sávio foi um dos primeiros meninos a ser acolhido por Dom Bosco no seu Oratório. Este era um centro de estudo, trabalho e de santificação. Com seu pai espiritual aprendeu tudo de bom e do excelente.
Por causa do grande amor que tinha a Jesus Eucarístico, os padres da região de Turim, Itália, permitiram que ele fizesse a Primeira Comunhão com 7 anos de idade, uma exceção significativa para aquela época. Depois da missa de sua Primeira Comunhão, ao retornar para casa, ele escreve quatro compromissos com Jesus Cristo, os quais guiarão toda sua vida em busca da santidade tão desejada:
1ª Confessarei constantemente e comungarei sempre que o meu confessor permitir.
2ª Nos dias santos vou me santificar.
3ª Jesus e Maria serão os meus melhores amigos.
4ª Prefiro a morte ao pecado.
Que amor profundo tinha São Domingos Sávio pelas coisas sagradas e pelo próximo.
Esse jovem é um estupendo exemplo para a juventude.
Quem seguiu essa maravilha de vida cristã, foi o coroinha Adílio Doronch, gaúcho de Dona Francisca –RS.
A caminho da missão, padre Manuel Gómez e o coroinha Adílio caíram em uma emboscada armada por soldado provisórios na localidade de Feijão Miúdo (município de Três Paços – RS). Dois tiros contra o padre e três tiros no jovem de apenas 15 anos (a mesma idade de falecimento de São Domingos Sávio), disparados pelo grupo de anticlericais, ocasionando a morte de ambos.
No mês de outubro de 2007, em Frederico Westphalen – RS, ambos foram declarados bem-aventurados.
Escreve de modo colossal o grande Apóstolo São Pedro: “Bem -aventurados sois, se sofreis injúrias por causa do nome de Cristo, porque o Espírito de Deus repousa sobre vós. Mas ninguém dentre vós queira sofrer como assassino ou ladrão, ou malfeitor ou como delator, mas, se sofre como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus por esse nome” (1 Pd 4, 14-16).
Mal Exemplo
“Há caminho que parece reto para alguém, mas afinal é o caminho da morte” (Pr 14,12).
Foi estarrecedora uma matéria estampada no Jornal do Brasil sobre a violência, drogas, armas e delinqüência que seduzem os jovens ao crime.
Segue a matéria: “A violência é um atrativo. Armas drogas e homicídios tornam-se sedutores para jovens que vivem em condições sem perspectiva diante da pobreza do meio em que vivem. Mais do que o retorno financeiro, a expectativa é de que a escolha pelas atividades ilegais seja uma maneira de adquirir respeito e admiração”.
A constatação feita pela pesquisadora Thais Cardinale Branco, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), mostra a relação da violência com o comportamento e os valores de jovens que vivem em bairros da periferia de São Paulo. Thais conviveu durante dez anos com a população de um bairro de baixa renda da periferia e traçou um paralelo entre a valorização de símbolos ligados à violência entre os jovens da comunidade.
“O principal interesse da minha pesquisa foi verificar como os jovens que habitam a periferia pobre da cidade de São Paulo legitimam a violência – explica a pesquisadora”.
“Para Thais, há, na história de vida desses jovens, ausência paterna, maus tratos e falta de quem pôde se dedicar suficientemente a eles na infância” (1).
O mal exemplo dos pais, das autoridades competentes, da mídia, da exclusão social, dos artistas, dos falsos amigos e principalmente a falta da Religião Cristã, são causas do péssimo comportamento juvenil.
O grande estadista francês Charles de Gaulle afirmou: “O primeiro e mais essencial componente de uma identidade nacional é o idioma e os outros dois pilares da honra nacional são a alta cultura e a religião”.
Se esses jovens tivessem desde o nascimento o modelo de vida de um José do Egito e de uma Santa Teresinha do Menino Jesus, jamais conheceriam ou praticariam atos abomináveis.
Tão atual é o sagrado pensamento do maior Apóstolo de Cristo, São Paulo: “Sede meus imitadores como eu mesmo o sou de Cristo”.
No relatório da OMS, aparece que os suicídios estão em preocupante aumento. Em 2000, 815 mil pessoas tiraram a própria vida, isto é, 14,5 em cada 100 mil pessoas, o que significa um suicídio a cada 40 segundos no mundo inteiro. A faixa etária dos suicidas está entre 15 e 44 anos (2).
Não tenho dúvida que a nossa mocidade precisa urgentemente de uma profunda consciência dos valores da santíssima fé em Cristo para uma transformação radical. E temos uma grande responsabilidade por essa abissal tarefa.
Conclusão
O que falta para que a juventude seja muito feliz, tenha paz, sucesso e vida com abundância? Falta Tão somente seguir o exemplo de Jesus, Maria e dos santos.
José do Egito venceu a proposta indecente da mulher de Putifar. Hoje significa vencer a prostituição e o adultério.
Ester venceu o concurso de beleza e tornou-se rainha. Hoje significa vencer a ditadura da beleza, do narcisismo, do hedonismo e os padrões escravocratas da indústria cosméticas.
Davi venceu o gigante Golias. Hoje significa vencer o gigante das drogas e da violência.
Daniel e seus amigos venceram a idolatria e a covardia do reinado de Nabucodonosor. Hoje significa vencer idolatria sexual, do capital e o sistema alienante com a sua cultura de morte.
Marcos venceu o medo, a inconstância e a magia do império romano. Hoje significa vencer o encanto do templo do consumo(Shopping Center),o vício da internet e os jogos eletrônicos.
Timóteo venceu todos os obstáculos para seguir o seu ministério pastoral. Hoje significa vencer todas as incompatibilidades para concluir o curso universitário.
João, é conhecido como o Apóstolo do Amor. Ele mesmo escreveu: “Deus é amor”. Sendo o mais jovem dos apóstolos, venceu com caridade seu espaço entre os anciãos. Hoje significa que o jovem tomado por esse sentimento tão poderoso vence tudo.
Os santos venceram as grandes dificuldades e terríveis sofrimentos e o império das trevas. Tendo em mente a meta do Bem maior: Deus, o Senhor e Criador de todas as coisas.
O que significa tudo isso para nós? Significa uma herança riquíssima de uma hipotalássica espiritualidade digna de ser seguida e protegida com o máximo zelo.
A Santa Igreja de Deus é iluminada pela amabilíssima constelação dos santos – os nossos tesouros –, tendo o maior Astro de todos: “Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”, o autor e realizador da nossa santíssima fé.
“Salve, Astro sem ocaso, que introduz no mundo o Grande Sol”.(Hino Akáthistos IX, 2).
Pe. Inácio José do Vale
Professor de História da Igreja
Especialista em Ciência Social da Religião
E-mail: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com
Fontes:
(1) Jornal do Brasil, 10/03/2008, p.A7.
(2) Mundo e Missão, dezembro de 2002, p.18.
O Mensageiro de Santo Antônio, Outubro de 2007, p.27.
Mensagem de João Paulo II para o XXXIX Dia Mundial de Oração pelas vocações em 21/04/2002.
Palacín, S.J. Carlos e Pisaneschi, Nilo. Santo nosso de cada dia, rogai por nós! Santoral popular, São Paulo: Loyola, 1991.
Cechinato, Luiz. Os vinte séculos de caminhada da Igreja: principais acontecimentos da cristandade, desde os tempos de Jesus até João Paulo II, Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.
Aquino, Felipe R. Queiroz de. Na Escola dos Santos Doutores, Lorena, SP: Cléofas, 1996.
19 de ago. de 2010
Artigo de Everth Queiroz Oliveira: Estultices protestantes refutadas
Não é possível ignorar o vídeo que foi postado recentemente na internet, no qual o apóstata Francisco Araújo utiliza o livro Glórias de Maria, de Santo Afonso Maria de Ligório, para desferir golpes contra a devoção católica à Santa Mãe de Deus.
O diabo também conhece as Escrituras! A interpretação autêntica só a Igreja pode dar, mas à letra até o diabo tem acesso. O correto exame da Bíblia só os bispos da Igreja em comunhão com o Papa podem fazer, mas a leitura das Escrituras Sagradas e uma interpretação paralela, qualquer um pode fazer. Aqui nasce o protestantismo: do livre exame, da confusão. E Satanás sugeriu um uso distorcido da Palavra de Deus quando tentou o Cristo no deserto: “Se és filho de Deus, lança-te abaixo, pois está escrito: Ele deu a seus anjos ordens a teu respeito; proteger-te-ão com as mãos, com cuidado, para não machucares o teu pé em alguma pedra” (Mt 4, 6). Da mesma forma, sugere inúmeros erros a interpretação bíblica feita pelos protestantes. Não venere Maria, porque está escrito… Creia somente na Bíblia, porque está escrito… Basta crer e serás salvo, porque está escrito…. A semente da confusão foi semeada. E as ovelhas vão, pouco a pouco, se dispersando.
Traçado um panorama do que é de fato o protestantismo, podemos finalmente comentar as palavras do sr. Francisco Araújo na sua mais nova empreitada. Ele deseja destruir a piedosa devoção que o povo cristão cultiva para com Maria Santíssima. Para isso, se utiliza da obra de um grande doutor da Igreja, Santo Afonso de Ligório.
Ele começa afirmando que Maria, “não sendo uma deusa, não é onisciente; ela não pode saber tudo o que está acontecendo; ela não sabe o que eu estou pensando e não pode ouvir a minha oração e nem a de mais quinhentos ou um bilhão de católicos pedindo uma graça”.
Por que o raciocínio do sr. Francisco está errado? Porque nota-se que, em mais de dez anos na Igreja Católica, o apóstata não aprendeu o que é a comunhão dos santos. A Igreja, Corpo Místico de Cristo, se manifesta não somente nesta terra, mas também no Céu (Igreja triunfante) e no Purgatório (Igreja padecente). E aqueles que já louvam a Deus e O contemplam no Céu estão unidos aos cristãos que peregrinam nesta vida, comunicando-lhes os bens espirituais que brotam de Cristo, cabeça da Igreja.
“Com efeito, todos os que são de Cristo e têm o Seu Espírito, estão unidos numa só Igreja e ligados uns aos outros n’Ele (cf. Ef. 4, 16). E assim, de modo nenhum se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo, mas antes, segundo a constante fé da Igreja, é reforçada pela comunicação dos bens espirituais. Porque os bem-aventurados, estando mais intimamente unidos com Cristo, consolidam mais firmemente a Igreja na santidade, enobrecem o culto que ela presta a Deus na terra, e contribuem de muitas maneiras para a sua mais ampla edificação em Cristo (cf. 1 Cor 12, 12-27). Recebidos na pátria celeste e vivendo junto do Senhor (cf. 2 Cor 5, 8), não cessam de interceder, por Ele, com Ele e n’Ele, a nosso favor diante do Pai.”- Concílio Vaticano II, Lumen Gentium, n. 49
Os santos não precisam ser oniscientes para interceder por nós junto de Deus. As necessidades da Igreja militante e os anseios do povo de Deus que peregrina neste mundo são comunicados aos que já contemplam a face de Deus pela comunhão existente entre os membros do Corpo Místico de Nosso Senhor, que é a Igreja. “Porque, como o corpo é um todo tendo muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo” (1 Cor 12, 12). Quanto à onipotência, todo bom católico tem consciência de que os santos intercedem por nós junto a Deus. “Quando dizemos que um Santo concedeu uma graça, queremos dizer que esse Santo obteve de Deus aquela graça” (Catecismo de São Pio X, n. 341). Assim sendo, não são os santos onipotentes; são eles canais pelos quais chegam ao Altíssimo as nossas orações. Isso também é possível graças à comunhão dos santos.
Francisco persiste, contudo, em sua estultice e ousa falar de projetos de teólogos que desejam inserir Maria na Santíssima Trindade. Desconheço essas propostas, mas é mais do que óbvio que ela não está de acordo com a doutrina católica, assim como é surreal querer utilizar como referência para essa loucura a imagem do Divino Pai Eterno. “Que tem a ver a Virgem Maria – pergunta Francisco – com a Santíssima Trindade?”
Ora, Maria foi escolhida por Deus Pai para ser Tabernáculo do Cristo, para ser “Theotókos” (Mãe de Deus). O anjo Gabriel anuncia que “o Espírito Santo descerá sobre ela, e a força do Altíssimo lhe envolverá com a sua sombra” (Lc 1, 35). O Espírito Santo – terceira pessoa da Santíssima Trindade – descerá sobre Maria; aquele que ela carrega em seu ventre é o Filho de Deus (cf. Lc 1, 35). Então, é preciso ainda dizer que tem a ver a Virgem Santíssima com a Trindade Santa? No mistério da encarnação do Verbo Divino a Virgem Maria exerce papel fundamental. Às palavras de Gabriel, Maria respondeu, dizendo-lhe: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Fiat mihi secundum verbum tuum. Por um fiat criou Deus a luz (cf. Gn 1, 3); por umfiat, Deus se fez homem.
Explicando de maneira bem breve, é essa a relação existente entre a Santíssima Trindade e a Virgem Maria. Na imagem do Divino Pai Eterno, vemos Maria sendo coroada nos céus. Faz referência a uma verdade na qual não creem os protestantes, já que não são capazes de acreditar em outra fonte inspirada que não seja a Sagrada Escritura. Por isso atacam a piedosa devoção popular ao Divino Pai Eterno.
Mais adiante, Francisco dá uma demonstração cabal de ignorância e desconhecimento das próprias Escrituras: “E olha a Palavra de Deus (…) sobre o que é idolatria: Não farás para ti imagem de escultura. Pronto! Isso já é suficiente. E fazer imagens de Deus, que é espírito, é idolatria.”
A frase “Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que está em cima, nos céus, ou embaixo, sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra” é retirada do livro do Êxodo, capítulo 20, versículo 4. Os fundamentalistas a utilizam para rebater o uso de imagens por parte de católicos. Mas, é preciso mostrar-lhes que o próprio Deus pede a Moisés que construa uma serpente de bronze (cf. Nm 21, 8); o próprio Deus pede a Moisés que ornamente a Arca da Aliança com “querubins de ouro” (cf. Ex 25, 18). O que Deus quer proibir, na verdade, é que se preste culto de adoração a essas imagens. A própria serpente de bronze foi posteriormente destruída por Ezequias, uma vez que “os israelitas tinham até então queimado incenso diante dela” (2 Rs 18, 4).
Francisco também afirma que fazer imagens de Deus, que é espírito, é idolatria. Mas, na verdade, Deus se fez homem. Transcrevo aqui comentários de São João Damasceno, afirmações que detonam a iconoclastia:
“Em outros tempos, Deus não havia sido representado nunca em imagem, sendo incorpóreo e sem rosto. Mas dado que agora Deus foi visto na carne e viveu entre os homens, eu represento o que é visível em Deus. Eu não venero a matéria, mas o Criador da matéria, que se fez matéria por mim e se dignou habitar na matéria e realizar minha salvação através da matéria. Nunca cessarei por isso de venerar a matéria através da qual me chegou a salvação. Mas não a venero em absoluto como Deus! Como poderia ser Deus aquilo que recebeu a existência a partir do não ser? Mas eu venero e respeito também todo o resto da matéria que me procurou a salvação, enquanto que está cheia de energias e de graças santas. Não é talvez matéria o lenho da cruz três vezes bendita? (…) Não se ofenda portanto a matéria: esta não é desprezível, porque nada do que Deus fez é desprezível.”- São João Damasceno
Audiência do Papa Bento XVI, em 2009
* * *
Partamos, enfim, aos comentários de Francisco no livro Glórias de Maria, de Santo Afonso de Ligório. Aqui é preciso prestar muita atenção ao que ele retira do livro e ao que o doutor da Igreja verdadeiramente quis dizer. Já diziam que um texto, retirado de seu contexto, torna-se pretexto. É verdade. E foi o que o sr. Francisco Araújo fez. É o que tentaremos desfazer, fazendo alguns comentários à obra deste grande homem que é Santo Afonso.
Façamos os comentários de maneira organizada. Porei primeiramente o trecho do livro e as palavras do apóstata Francisco e, logo adiante, algumas impressões sobre o que ensina de fato a doutrina católica (de azul). Para quem tem o livro (Editora Santuário, 20ª edição, Aparecida, 2009), basta acompanhar a referência das páginas.
1. “E teremos nós escrúpulos de pedir-lhe que nos salve, quando um escritor afirma que ninguém se salva senão por ela? E já antes deles, S. Germano afirmou que ninguém se salva a não ser por meio de Maria” (p. 143).
Francisco: Pedro vai dizer o contrário: (…) “Em nenhum outro há salvação. (…) Porque também debaixo do Céu nenhum outro nome há dado entre os homens pelo qual devemos ser salvos”. Em quem você vai crer? No Afonso Maria de Ligório, na Igreja de Roma, ou vai crer na infalível Palavra de Deus?
Santo Afonso de Ligório está comentando o trecho “A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas”, presente na oração da Salve Rainha. Neste capítulo, de maneira mais específica, ele afirma que “a necessidade de Maria provém da sua cooperação na Redenção”. Para argumentar, o doutor da Igreja usa uma sentença de São Bernardo: “Cooperaram para nossa ruína um homem e uma mulher. Convinha, pois, que outro homem e outra mulher cooperassem para nossa reparação. E estes foram Jesus e Maria, sua Mãe. Não há dúvida (…) [de que] Jesus Cristo, só, foi suficientíssimo para remir-nos. Mais conveniente era, entretanto, que para nossa reparação servissem ambos os sexos, assim como haviam cooperado ambos para nossa ruína”. Essa verdade, afirmada por São Bernardo e repetida por Santo Afonso, é observada também nas Escrituras. Maria é corredentora. Tem um papel peculiar na obra da Redenção por Jesus Cristo. Sem Maria, podemos dizer, não poderia haver Redenção. Porque foi no ventre de Maria que o Verbo Divino se fez carne. Foi graças ao “sim” de Maria, que Deus pode vir ao mundo e remir a humanidade.
Então, deve-se entender a afirmativa “Ninguém se salva senão por meio de Maria” no contexto dessa explicação. Ao longo desse mesmo capítulo, Santo Afonso ainda faz referência à saudação de Isabel a Maria: “E donde a mim esta dita, que venha visitar-me a Mãe de meu Senhor?” (Lc 1, 43). Comenta, por fim: “Não sabia já Isabel que não só Maria, como também Jesus tinha vindo a sua casa? Por que, pois, se declara indigna de receber a Mãe, em vez de confessar-se indigna de ver o Filho vir a seu encontro? Ah! é porque bem entendia a Santa que Maria vem sempre com Jesus e que, portanto, lhe bastava agradecer à Mãe sem nomear o Filho”. Está mais do que claro que Santo Afonso não nega a afirmação de S. Pedro citada por Francisco. Está claro que a doutrina da Igreja não está em contradição com a Palavra de Deus. Os comentários à Sagrada Escritura, feitos pelos santos, são, no entanto, de valor preciosíssimo, já que representam a totalidade do pensamento apostólico, complementado à assistência que Jesus garante à Sua Igreja.
Portanto, é verdade que ninguém se salva senão por meio de Maria. Ora, ninguém se salva senão por meio de Jesus e, sem o ato de liberdade de Maria, que aceitou que se encarnasse em seu ventre o Verbo Divino, não remiria Jesus os homens e estaríamos todos em total estado de desgraça. As palavras de Santo Afonso não estão em contradição com as palavras da Bíblia, pois de modo algum a devoção à Virgem Maria impede que o nosso amor para com Nosso Senhor cresça cada vez mais.
2. “Belamente o exprime S. Germano nas suas palavras dirigidas à Virgem: Sois onipotente, ó Mãe de Deus, para salvar os pecadores; não precisais de recomendação alguma junto a Deus, pois que sois a Mãe da verdadeira vida. Não receia S. Bernardino de Sena concordar com a sentença de que ao império de Maria todos estão sujeitos, até o próprio Deus” (p. 152).
Francisco: Isso é blasfêmia. (…) Meu Deus! Está aqui.
Nesse trecho, Francisco nem comentou o que estava escrito. Apenas ficou escandalizado com as palavras de São Bernardino de Sena, repetindo duas vezes a palavra “blasfêmia”, mostrando, novamente, que não entendeu o que Santo Afonso de Ligório quis dizer com todas estes termos.
Partamos ao contexto em que a frase é escrita. Santo Afonso continua explicando trechos da oração Salve Rainha. Dessa vez, a expressão é “Eia, pois, advogada nossa”. O primeiro capítulo começa com o título que segue: “Maria é toda poderosa junto de Deus”. Santo Afonso começa reconhecendo que Jesus “tem supremo domínio sobre todas as criaturas e também sobre Maria”. Mas, também admite, citando as Escrituras, que Jesus a seus pais “estava sujeito” (Lc 2, 51). “[Maria] não só foi submissa à vontade de Deus, mas também o Senhor se submeteu à sua vontade”. Aqui Santo Afonso cita São Pedro Damião: “A Virgem consegue quanto quer, no céu como na terra; até aos desesperados pode dar esperança de salvação. O Santo chama o Redentor de altar de misericórdia, onde os pecadores obtêm de Deus a graça do perdão. A ele, Jesus, dirige-se Maria quando quer obter-nos alguma graça. O filho tanto aprecia, porém, os rogos de sua Mãe e tanto deseja ser-lhe agradável, que sua intercessão mais afigura uma ordem do que uma prece, e ela parece antes uma Rainha do que uma serva (…) . Assim quer Jesus honrar sua querida Mãe, que tanto o honrou em vida, prontamente concedendo-lhe tudo que pede ou deseja.”
Nesse sentido é a Mãe de Deus onipotente. Ora, só Deus é onipotente. Estaria Santo Afonso “endeusando” Maria? Não, porque Santo Afonso não diz que Maria é onipotente por natureza. Deus é Deus, Maria é criatura. O que acontece é que Jesus honra sua Mãe, “concedendo-lhe tudo que pede ou deseja”. Nesse sentido, Maria tudo pode junto de Deus. É isso o que quer dizer Santo Afonso de Ligório. E o sr. Francisco simplesmente deturpou o ensino desse doutor da Igreja.
Quanto à frase “Ao império de Maria todos estão sujeitos, até o próprio Deus”, Santo Afonso explica que “Deus lhe atende os rogos como se foram ordens”. O apóstata Francisco parou naquela frase de São Bernardino e não continuou a explicação dela. Santo Afonso utiliza inclusive a expressão “isto é”, mostrando que vai discorrer sobre a afirmação interior, para que não seja mal compreendida pelos espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos (cf. 2 Pd 3, 16). O que Santo Afonso faz aqui é apenas reafirmar aquilo que disse anteriormente, ou seja, que os rogos de Maria junto ao Deus são de tal modo poderosos que mais parecem ordens do que preces.
Caríssimos, que confusão uma frase isolada, retirada de seu contexto, pode provocar! Quanta confusão pode introduzir na cabeça das pessoas o demônio, ao deturpar os textos inspirados! Cuidemo-nos, cuidemo-nos.
3. “Oh! quantos não estariam agora no céu, se Maria, com a sua poderosa intercessão, para ali não os tivesse conduzido” (p. 196).
Francisco: Nós temos um advogado, nós temos um intercessor, diz São Paulo na carta aos hebreus. Um intercessor; o intercessor: Jesus, Nosso Senhor e Salvador que está à direita do Pai intercedendo por você, por mim.
Mais do mesmo. A intercessão de Maria não é concorrente com a mediação exercida por Jesus junto ao Pai. Só são válidas as intercessões que são feitas em subordinação a essa única mediação (cf. 1 Tm 2, 5), inclusive. E a intercessão de Maria de modo algum se manifesta oposta à intercessão que o Filho exerce a nosso favor junto ao Pai. Explica de modo sucinto João Paulo II: “Proclamando a unicidade da mediação de Cristo, o Apóstolo [Paulo] só tende a excluir toda a mediação autônoma ou concorrente, mas não outras formas compatíveis com o valor infinito da obra do Salvador” (Audiência no dia 1º de outubro de 1997). Ora, alguém nega que Maria, sendo Mãe de Deus e sendo-lhe obediente de maneira perfeitamente sublime, não pode ser também advogada nossa junto ao Filho?
* * *
O senhor Francisco comenta ainda a frase “Muitos santos acham-se no céu pela intercessão de Maria e sem ela jamais lá estariam”, do cardeal Hugo, de uma maneira totalmente equivocada. Diz ele: “Então no Céu vai ter pessoas que Maria salvou e outras pessoas que Jesus salvou”.
Senhor Francisco, as pessoas salvas pela mediação de Maria foram salvas pelo Cristo, pois toda mediação autêntica diante de Deus passa por Jesus Cristo, único Mediador entre Deus e os homens (cf. 1 Tm 2, 5)! E as pessoas que foram salvas por Nosso Senhor Jesus Cristo, da mesma maneira, dependeram do sim de Maria para que se efetivasse a encarnação do Verbo; as pessoas que são salvas por Jesus devem venerar constantemente Nossa Senhora porque é por ela que vem ao mundo o Verbo Encarnado, é por ela que vêm a nós todas as graças que brotam do Coração chagado de Jesus! É insolência a atitude de desprezo para com a Santa Mãe de Deus, Maria Santíssima. Insolência! Pode um homem são, conhecendo o que as Escrituras dizem a respeito de Maria, a respeito da Encarnação e a respeito da Redenção, negar respeito, honra e devoção para com essa boa Mãe?
O sr. Francisco continua seu vídeo – em dez minutos pode-se dizer muita besteira – chamando uma estória que circula nos meios católicos de blasfema. De maneira bem resumida, a estória conta que Jesus pergunta a São Pedro o motivo pelo qual há tantas pessoas no Céu, ao que Pedro responde, apontando a intercessão de Maria como explicação. A estória está baseada em um erro óbvio: Jesus, como Deus, é onisciente. Não perguntaria a S. Pedro por que há tantas pessoas no Céu (como se ele não soubesse o motivo), já que Ele tudo sabe. Mas, de um modo simples, o que a estória quer nos ensinar é que a intercessão da Mãe de Deus é poderosíssima e por isso, devemos recorrer a ela, Mãe de Misericórdia, para que nos seja propícia na hora de nossa morte, a fim de que interceda por nós junto de seu Divino Filho. A estória não quer mostrar que “Maria está conspirando contra o Filho”. Dizer isso seria deturpar o sentido desse conto popular.
A mais uma estória faz ainda alusão Francisco: à referência que se faz a Maria como escada do Céu. Na versão Francisco Araújo da estória, a escada de Jesus não conduziria ao Céu (a versão da estória contada aqui pelo apóstata Francisco está totalmente distorcida). A versão original da estória mais uma vez mostra a importância de valorizarmos a poderosa intercessão de Maria, Mãe de Deus, sem a qual ninguém pode se salvar. De modo algum, deixa de lado ou despreza o amor que os cristãos devem ter para com Jesus Cristo. “Quem muito enaltece a mãe, não precisa ter receio de obscurecer a glória do Filho”, diz também Santo Afonso de Ligório.
“Pedro foi papa nessa Igreja?”, questiona Francisco.
Sim, meu filho, Pedro foi papa nessa Igreja! E muitos bispos sucederam-no ainda. A Igreja não surge com Constantino (de onde tiraram essa estória?); com Constantino é publicado o Édito de Milão, que promove a tolerância ao culto dos cristãos. A Igreja Católica Apostólica Romana – tal como a conhecemos hoje – nasce com Jesus Cristo, quando ele a Pedro dá a missão de pastorear o Seu rebanho (cf. Mt 16, 18; Jo 21, 17). O termo “católica” é pela primeira vez usado entre os cristãos com Santo Inácio de Antioquia, que era contemporâneo dos apóstolos (cf. Carta aos Esmirnenses, n. 8). A primazia do bispo de Roma, que sucede a Pedro, começou a ser reconhecida na Igreja desde o início, no Concílio apostólico de Jerusalém (cf. At 15, 7), e também em uma carta de São Clemente de Roma aos fiéis da igreja em Corinto (cf. Denzinger, Manual de Credos e Definições).
O senhor Francisco encerra seu vídeo citando mais algumas frases do livro de Santo Afonso de Ligório e se referindo às verdades acerca de Maria, Mãe de Deus, como “mentiras satânicas”.
Agora, eu gostaria, sinceramente, de saber como podemos chamar os ensinamentos pregados pelas múltiplas comunidades protestantes espalhadas pelo mundo inteiro. Se o ensinamento herético de Lutero já era uma verdadeira praga para a propagação da fé da única Igreja de Cristo, que podemos falar das blasfêmias que tantos protestantes proferem contra a Santíssima Mãe de Deus? Que podemos falar das horrendas palavras das quais muitos se usam para se referir à Igreja, esposa de Cristo? São verdadeiramente estultices. Estultices, enganos dos quais o diabo se usa para tentar corromper o rebanho do Senhor.
Fiquem os católicos, porém, firmes na fé dos Apóstolos. Não se afastem nunca da devoção à Maria Santíssima, devoção que nos garante a salvação, que nos dá a vida, que nos conduz a Cristo. Interceda essa misericordiosa Mãe pela conversão de todos os pecadores.
Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!
Salve Maria Santíssima!
" Balada Santa " e "Cristoteca" (o vídeo foi arrumado)
A paz de Jesus e o amor de Maria Santíssima.
Aqui esta uma maravilhosa pregação de Padre Mateus Maria (FMDJ) diretor espiritual da Equipe Missionária Regina Apostolorum explicando sobre essa praga chamada balada católica e cristoteca.
""o rock é uma expressão básica das paixões que em grandes platéias pode assumir características de um culto anti-cristão. Portanto, não se pode pretender tornar pessoas cristãs com um som que é anti-cristão""
Fonte: Livro Fé em Crise. (Papa Bento VI)
Peço que vejam também os outros vídeos postados e tirem suas conclusões se realmente um lugar desses e um lugar de encontro com Deus e de oração.
Aqui esta uma maravilhosa pregação de Padre Mateus Maria (FMDJ) diretor espiritual da Equipe Missionária Regina Apostolorum explicando sobre essa praga chamada balada católica e cristoteca.
""o rock é uma expressão básica das paixões que em grandes platéias pode assumir características de um culto anti-cristão. Portanto, não se pode pretender tornar pessoas cristãs com um som que é anti-cristão""
Fonte: Livro Fé em Crise. (Papa Bento VI)
Peço que vejam também os outros vídeos postados e tirem suas conclusões se realmente um lugar desses e um lugar de encontro com Deus e de oração.