OS COVARDES DIZEM SIM A BARRABÁS
(Mc 15, 11)
“Os chefes dos sacerdotes, porém, incitavam o povo para que pedisse que, antes, lhes soltasse Barrabás”.
Uma das humilhações mais atrozes que Jesus Cristo padeceu na sua paixão foi, certamente, no pretório de Pôncio Pilatos, procurador da Judéia: “Como o Senhor tem uma alma generosa, talvez este desprezo e esta ingratidão ao escolherem Barrabás, foram as ofensas mais profundas que o Senhor recebeu em sua Paixão, maiores que as agressões físicas sofridas em seu corpo” (Pe. Luis de la Palma).
Todos O acusavam… e Jesus se calava. Pilatos tinha medo daquele silêncio de Nosso Senhor.
Todo ano, na festa da Páscoa, era costume libertar um prisioneiro, qualquer um que a multidão pedisse. Naquele ano havia no cárcere um revolucionário que cometera um homicídio numa revolta: Barrabás.
Pilatos, voltando-se para o povo, perguntou: “Quereis Jesus ou Barrabás?”
Então sobre toda a multidão passou o sopro instigador dos sacerdotes e dos anciãos.
Pilatos perguntou ainda: “Jesus ou Barrabás?”
São Jerônimo comenta: “Sete vezes quis Pilatos soltar a Jesus, três vezes declarou publicamente que nenhuma culpa achava n’Ele, e todavia cede à pressão de seus inimigos”.
E todo o povo bradou: “Barrabás!”
Edições Theologica comenta: “Pilatos, em vez de sair em aberta defesa do inocente, como era seu dever e lhe era ditado pela consciência, não quer enfrentar-se com os sinedritas e pretende que seja o povo que se enfrente e liberte Jesus”.
Jesus Cristo era o mestre, o benfeitor… aquele que curava os doentes e enxugava o pranto aos aflitos.
Deus foi condenado… e a criatura colocada em liberdade.
Católico, você não faz o mesmo quando escolhe o pecado e despreza a virtude? Quando chuta a luz e se abraça com as trevas? Quando diz não à santidade para viver no vício?
O coração do homem é perigoso… é um abismo… muda com frequência. Diante desse coração que vacila continuamente, preocupemo-nos em agradar somente a Deus: “Quando formos ofendidos, pensemos que pouco vale a opinião dos homens e busquemos somente agradar a Deus” (Pe. Luis de la Palma).
Um sacerdote da Missão escreve: “Eis o que acontece ao pecador todas as vezes que, resistindo aos estímulos da consciência, à voz de Deus e da razão, tudo calca aos pés para chegar às honras e às dignidades; abandona e despreza o mesmo Deus para conservar o apego, a amizade e o amor a uma vil criatura ou a um vil interesse”.
A ingratidão reinava nos corações. Liberdade a Barrabás!
Católico, a mesma afronta, de modo mais escondido, porém não menos verdadeiro, fazem a Deus aqueles que se deixam dominar pelas zombarias ou pelas ameaças dos maus. Esses católicos preferem o mundo a Deus; os juízos do mundo aos juízos divinos.
Como é triste e vergonhoso ver milhões de católicos concordarem com os inimigos de Deus e da Santa Igreja por causa de zombarias e ameaças… os mesmos viram as costas para Deus e deixam de caminharem na santidade com medo de serem desprezados e ridicularizados… esses são católicos camaleônicos: “Mudam de cor - mudam de opinião, de atitude – de acordo com o meio social ou cultural em que se encontram. São ‘progressistas’ ou ‘conservadores’, ‘católicos liberais’ ou ‘católicos praticantes’, ‘gozadores debochados’ ou ‘homens bem-comportados’, ‘pais de família extremosos’ ou ‘quarentões interessantes’, ‘sirigaitas de barzinho’ ou ‘executivos eficientes’, de acordo com o lugar ou o ambiente por onde passam” (Dom Rafael Llano Cifuentes).
Esses condenam a Nosso Senhor e “liberta” Barrabás.
O jovem que, na oficina, ouvindo palavras blasfemas ou feias, não tem a coragem de impor silêncio; aquele que come carne nos dias proibidos para não ser escarnecido pelos companheiros; a mulher que deixa de comungar diariamente para não ser zombada pelas amigas… todos estes rejeitam a Deus e se voltam para o mundo; querem Barrabás e crucificam Cristo.
Precisamos ser luz em todos os ambientes, mesmo nos ameaçadores. Devemos brilhar com o nosso bom exemplo, principalmente nos ambientes contrários à santidade: “Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, eles glorifiquem vosso Pai que está nos céus” (Mt 5, 16), e: “Devemos ter presente que muitas vezes teremos que evangelizar contra a corrente, como também o fizeram tantos bons cristãos ao longo dos séculos” (Pe. Francisco Fernández Carvajal).
O Pe. João Colombo escreve: “O respeito humano é, pois, uma apostasia; não somente isto, mas é também um grave mal da alma, o qual inutiliza toda graça divina para a salvação”.
Deus bem pode suscitar no coração disposições para uma vida mais cristã, pode sugerir propósitos de conversão; mas o homem possuído pelo respeito humano deixa abordarem as boas inspirações por medo do mundo.
Deus bem pode fazer-lhe ouvir uma pregação que o ilumine e que o convença; mas ele não tem a coragem de mostrar-se convencido.
Deus pode enviar-lhe também uma doença que o leve à extremidade da vida e o faça olhar no abismo da eternidade; mas depois, curado, ele ainda tem o mesmo “fantasma” diante de si: que dirão os homens? Que farão os amigos? “Deixar de fazer o bem por temor de um – que dirão os homens? – é declarar-se covarde, é ser vencido antes de entrar em campo com o inimigo” (Pe. Alexandrino Monteiro).
Até na hora da morte, muitos católicos, ainda vítimas do respeito humano, não aceitam a Unção dos enfermos por não quererem ser julgados doentes.
E, por vergonha de viverem como católicos fiéis a Nosso Senhor, morrem como cães.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Anápolis, 19 de junho de 2011
(Mc 15, 11)
“Os chefes dos sacerdotes, porém, incitavam o povo para que pedisse que, antes, lhes soltasse Barrabás”.
Uma das humilhações mais atrozes que Jesus Cristo padeceu na sua paixão foi, certamente, no pretório de Pôncio Pilatos, procurador da Judéia: “Como o Senhor tem uma alma generosa, talvez este desprezo e esta ingratidão ao escolherem Barrabás, foram as ofensas mais profundas que o Senhor recebeu em sua Paixão, maiores que as agressões físicas sofridas em seu corpo” (Pe. Luis de la Palma).
Todos O acusavam… e Jesus se calava. Pilatos tinha medo daquele silêncio de Nosso Senhor.
Todo ano, na festa da Páscoa, era costume libertar um prisioneiro, qualquer um que a multidão pedisse. Naquele ano havia no cárcere um revolucionário que cometera um homicídio numa revolta: Barrabás.
Pilatos, voltando-se para o povo, perguntou: “Quereis Jesus ou Barrabás?”
Então sobre toda a multidão passou o sopro instigador dos sacerdotes e dos anciãos.
Pilatos perguntou ainda: “Jesus ou Barrabás?”
São Jerônimo comenta: “Sete vezes quis Pilatos soltar a Jesus, três vezes declarou publicamente que nenhuma culpa achava n’Ele, e todavia cede à pressão de seus inimigos”.
E todo o povo bradou: “Barrabás!”
Edições Theologica comenta: “Pilatos, em vez de sair em aberta defesa do inocente, como era seu dever e lhe era ditado pela consciência, não quer enfrentar-se com os sinedritas e pretende que seja o povo que se enfrente e liberte Jesus”.
Jesus Cristo era o mestre, o benfeitor… aquele que curava os doentes e enxugava o pranto aos aflitos.
Deus foi condenado… e a criatura colocada em liberdade.
Católico, você não faz o mesmo quando escolhe o pecado e despreza a virtude? Quando chuta a luz e se abraça com as trevas? Quando diz não à santidade para viver no vício?
O coração do homem é perigoso… é um abismo… muda com frequência. Diante desse coração que vacila continuamente, preocupemo-nos em agradar somente a Deus: “Quando formos ofendidos, pensemos que pouco vale a opinião dos homens e busquemos somente agradar a Deus” (Pe. Luis de la Palma).
Um sacerdote da Missão escreve: “Eis o que acontece ao pecador todas as vezes que, resistindo aos estímulos da consciência, à voz de Deus e da razão, tudo calca aos pés para chegar às honras e às dignidades; abandona e despreza o mesmo Deus para conservar o apego, a amizade e o amor a uma vil criatura ou a um vil interesse”.
A ingratidão reinava nos corações. Liberdade a Barrabás!
Católico, a mesma afronta, de modo mais escondido, porém não menos verdadeiro, fazem a Deus aqueles que se deixam dominar pelas zombarias ou pelas ameaças dos maus. Esses católicos preferem o mundo a Deus; os juízos do mundo aos juízos divinos.
Como é triste e vergonhoso ver milhões de católicos concordarem com os inimigos de Deus e da Santa Igreja por causa de zombarias e ameaças… os mesmos viram as costas para Deus e deixam de caminharem na santidade com medo de serem desprezados e ridicularizados… esses são católicos camaleônicos: “Mudam de cor - mudam de opinião, de atitude – de acordo com o meio social ou cultural em que se encontram. São ‘progressistas’ ou ‘conservadores’, ‘católicos liberais’ ou ‘católicos praticantes’, ‘gozadores debochados’ ou ‘homens bem-comportados’, ‘pais de família extremosos’ ou ‘quarentões interessantes’, ‘sirigaitas de barzinho’ ou ‘executivos eficientes’, de acordo com o lugar ou o ambiente por onde passam” (Dom Rafael Llano Cifuentes).
Esses condenam a Nosso Senhor e “liberta” Barrabás.
O jovem que, na oficina, ouvindo palavras blasfemas ou feias, não tem a coragem de impor silêncio; aquele que come carne nos dias proibidos para não ser escarnecido pelos companheiros; a mulher que deixa de comungar diariamente para não ser zombada pelas amigas… todos estes rejeitam a Deus e se voltam para o mundo; querem Barrabás e crucificam Cristo.
Precisamos ser luz em todos os ambientes, mesmo nos ameaçadores. Devemos brilhar com o nosso bom exemplo, principalmente nos ambientes contrários à santidade: “Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, eles glorifiquem vosso Pai que está nos céus” (Mt 5, 16), e: “Devemos ter presente que muitas vezes teremos que evangelizar contra a corrente, como também o fizeram tantos bons cristãos ao longo dos séculos” (Pe. Francisco Fernández Carvajal).
O Pe. João Colombo escreve: “O respeito humano é, pois, uma apostasia; não somente isto, mas é também um grave mal da alma, o qual inutiliza toda graça divina para a salvação”.
Deus bem pode suscitar no coração disposições para uma vida mais cristã, pode sugerir propósitos de conversão; mas o homem possuído pelo respeito humano deixa abordarem as boas inspirações por medo do mundo.
Deus bem pode fazer-lhe ouvir uma pregação que o ilumine e que o convença; mas ele não tem a coragem de mostrar-se convencido.
Deus pode enviar-lhe também uma doença que o leve à extremidade da vida e o faça olhar no abismo da eternidade; mas depois, curado, ele ainda tem o mesmo “fantasma” diante de si: que dirão os homens? Que farão os amigos? “Deixar de fazer o bem por temor de um – que dirão os homens? – é declarar-se covarde, é ser vencido antes de entrar em campo com o inimigo” (Pe. Alexandrino Monteiro).
Até na hora da morte, muitos católicos, ainda vítimas do respeito humano, não aceitam a Unção dos enfermos por não quererem ser julgados doentes.
E, por vergonha de viverem como católicos fiéis a Nosso Senhor, morrem como cães.
Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Anápolis, 19 de junho de 2011
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