9 de fev. de 2011

A Cabana e minhas observações

Depois de partilhar algumas particularidades a uma amiga, esta me emprestou - sem eu pedir - o livro A Cabana, que está em auge nos dias atuais. Pediu que eu o lesse, sem fazer exigências. Apenas que eu lesse.

Confesso que peguei o livro meio que sem a mínima vontade de ler. É que não sou fã de best sellers. Acho-os sempre muito no nível do senso comum, não consigo aproveitar ao máximo. Mas como esta amiga é alguém especialíssima pra mim, não me senti no direito de recusar.

Li o livro em 04 dias. Como gosto de ler, não foi assim tão difícil. Faço agora as minhas observações.

Para mim, o livro traz uma mensagem (que é a mensagem central do texto) em que nós devemos ter um relacionamento de liberdade com Deus, e que isto so é possível se confiarmos nEle inteiramente, tal qual uma criança confia em sua mãe. E será esta confiança o ponto de partida para um relacionamento de amor abundante, curador e restaurador. Porém, o livro faz uma sopa de letrinhas a respeito de Deus. Explico.

O autor é amigo do personagem principal que vive uma experiência significativa com a Santíssima Trindade. Ele conta a história de seu amigo que perdeu sua filha num acampamento. Ela foi capturada por um homem e assassinada em uma cabana. A partir disto, o pai nunca mais foi mesmo. Sentia-se culpado, bem como uma de suas filhas, que estava presente no acampamento. Um belo dia ele encontra na caixinha de correspondências um bilhete em que constava um chamado de Deus para que ele fosse à cabana. Relutante, o homem foi. Lá ele se encontrou com a Santíssima Trindade, sendo curado e transformado.

Até aí parece tudo bem, mas a forma como o autor os expõe é um tanto "diferente". Deus Pai se apresenta como uma mulher, bem como o Espírito Santo. Durante a conversa que tem com eles, a imagem de Jesus é um tanto desligada da imagem divina, como se Cristo fosse um homem que foi divinizado, e não um Deus que quis fazer-se homem. Também passa no livro uma impressão de que Deus não está nem aí para a religião e para as leis. Em suma, o livro quer que aquele que o ler acredite que podemos encontrar a Deus em qualquer lugar sem que para isso precisasse uma Igreja ou algo do tipo.

Fique intrigada com isso. Ora seja, se Deus, então, não quer que haja uma religião, então porque Cristo fundou Sua Igreja em Pedro? É verdade que hoje temos zilhões de crenças, mas Cristo fundou uma única Igreja, que após 1.500 anos Lutero rebelou-se e fundou a sua, como bem fez Calvino e até Edir Macedo, R.R. Soares e afins. O que todos os reformadores admitem? Que foram instigados pelo Espírito Santo a fundarem sua fé. Mas... seria este Espírito tão cofuso, que a um dissesse algo completamente diferente do outro, e ainda assim fazendo crer que tudo é a mesma verdade? Se assim for, então, o que é a verdade? A verdade em si? Sabemos bem que é Cristo, e nEle não pode haver confusão. Logo, tudo o que vem depois dEle não procede. Há sim as sementes do Verbo e Sua graça alcança a todos graças à Sua Misericórdia, mas o que Ele é, é e pronto. Portanto, a confusão do autor da obra procede da  "achologia" humana, aquele pensamento pré-concebido do que eu ACHO de Deus, e não do que Ele É.

É verdade que podemos encontrar a Deus em qualquer lugar? Sim, é verdade. Porém, não é verdade que Cristo não nos queira em Sua Casa. Quando Cristo funda Sua Igreja e institui Seus Sacramentos, elevando-os para nos santificar, Ele quer com isso nos dizer que é lá na Sua Casa que receberemos todo o gás necessário para prosseguirmos em nossa caminhada. Devemos ter em mente que é a partir dos Sacramentos que nos santificamos. Não basta apenas rezar em casa. Se Ele a instituiu é porque precisamos dela. É certo que se não tivermos orações constantes em casa, se não fizermos práticas de misericórdia, se formos hipócritas, de nada adiantará comungar todos os finais de semana. Entretanto, é nossa obrigação estarmos lá, e isso não é porque alguém exigiu, mas Cristo assim o quis e viu que era bom e necessário para nossa salvação.

Outro ponto que me intrigou foi a questão de desconstruir o pensamento hierárquico. Segundo o autor, Deus não quer hierarquia. Isto é uma falácia. Que não haja hierarquia dentro da Santíssima Trindade é uma coisa, mas que Deus a criou é outra completamente diferente. Se Deus não desejasse isso, não teria chamado Pedro a ser o cabeça dos apóstolos, nem contemporizado o valor dos pais e os anciãos. A hierarquia é uma bênção criada por Deus porque Ele sabe que dela precisamos para entender o valor que Ele tem na Criação. É óbvio que muitos, movidos pelos desejo de poder, usaram da autoridade para agirem de autoritarismo, mas aí reduzirmos a religião a apenas um jogo de interesse é desonestidade intelectual. Jamais, mesmo quando Deus tornou-se homem para nos salvar, estaremos no mesmo nível que Ele, mesmo tendo um relacionamento intimíssimo conforme o autor sugere no livro, pois somos criaturas e fomos submetidas ao amor do Criador. E Criador sempre estará acima da criatura, seja em que lugar for.

Por fim eu percebi que o autor põe na boca da Santíssima Trindade uma série de desconstruções: políticas, filosóficas e teológicas. A descontrução do pensamento é algo contemporâneo no meio ocidental. Isto é um fato olulante. Porém, o que deve ficar claro, é que os "intelequituaissss" dos nossos dias descontroem algo que não conseguem construir. E deveriam se lembrar que cada pensamento, fosse na esfera política, teológica ou filosófica, demorou anos para ser contruído. Não surgiu de um sonho ou de uma experiência num final de semana. São João Evangelista, por exemplo, só foi começar a escrever após 90 anos da ressusrreição do Senhor. Como então agora alguém se arvora em "desmistificar" todo este trabalho árduo, feito em oração, em estudo, discussões e pensamentos? A impressão que me deu foi a de que Deus não passa de um ser anárquico. Uma anarquia do bem, alá paz e amor, mas não deixa de ser anárquico.

Talvez não fosse esta análise que minha amiga esperava de mim, e peço-a aqui, neste blog, para que todos vejam, perdão se a ofendi ou magoei. Contudo, foi impossível passar estes detalhes desapercebidos.

Minha humilde opinião? O livro deve ser lido como uma obra ficcional. Há coisas que podem ser levadas a sério? Sim, muitas. A questão da confiança no relacionamento com Deus é a mais importante e séria na obra. Dar a Deus o que Lhe compete fica nítido. E o que mais me emocionou foi a forma em que o autor explicitou a necessidade de entregarmos a Deus tudo mesmo, inclusive a nossa independência, para que Ele trabalhe abundantemente em nós. Isto é algo que o Senhor SEMPRE nos falou, fosse em Suas Palavras na Bíblia, no testemunho dos Santos ou na História. A reforçada que é dada neste quesito é espetacular. Mas de resto é bom tomar cuidado. A quem não tem o devido alicerce teológico e filosófico NÃO recomendo a leitura.

Perseguição anticristã na Europa


09.02.2011- O cristianismo é o último bastião contra o "totalitarismo" do projeto secularista europeu, segundo a diretora do Observatório da Intolerância e da Discriminação contra os cristãos na Europa, Gudrun Kugler .
Um grupo de reflexão austríaco e organização não governamental adverte que a liberdade de expressão religiosa está "em risco" na Europa, devido à intolerância secularista de esquerda. Enquanto os extremistas islâmicos continuam os ataques contra comunidades cristãs no Egito, Iraque, Paquistão e em todo o Oriente Médio e Ásia, as restrições às expressões públicas das crenças religiosas dos cristãos estão aumentando na Europa ocidental, o berço da cristandade.
"Não se pode comparar as injustiças daqui com a situação, por exemplo, da Coreia do Norte, Índia ou Paquistão", advertiu Gudrun Kugler, advogada e diretora do Observatório da Intolerância e da Discriminação contra os cristãos na Europa. "Os cristãos que vivem lá, apesar da feroz perseguição,são nossos grandes modelos".
Disse que o cristianismo é odiado na Europa porque é "o último obstáculo para uma nova visão do secularismo que é tão politicamente correto que raia o totalitarismo".
"Os cristãos são cada vez mais marginalizados e estão aparecendo com mais frequência nos tribunais sobre assuntos relacionados à fé. Penso que assim estamos nos dirigindo a uma perseguição sem derramamento de sangue".
As preocupações da Dra. Kugler foram repetidas pelo Dr. Massimo Introvigne, da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa, um italiano especialista em sociologia da religião, o qual disse esta semana que atualmente os cristãos europeus não são "demasiado sensíveis".
A discriminação contra is cristãos na Europa, disse, "é mais sutil" que nos países onde são perseguidos de forma total, mas é real.
"Ironicamente, uma das análises mais importante desta situação está incluída num discurso que nunca foi feito, embora seu texto tenha sido posteriormente dado a conhecer", disse Massimo Introvigne. "Bento XVI preparou um discurso para uma visita à Universidade La Sapienza, em Roma, em 17 de janeiro de 2008, onde previa debater a marginalização dos cristãos no discurso público ocidental".
No entanto, esse discurso papal foi arquivado depois dos protestos realizados por um reduzido número de estudantes e professores contra a suposta "homofobia" do Papa.
Evidentemente, o incidente confirmou, mais do que aquilo que o Papa pudesse ter dito, que o problema da intolerância contra os cristãos existe realmente no Ocidente".
O Observatório monitora e documenta sistematicamente incidentes de intolerância e discriminação contra os cristãos e o cristianismo em toda a Europa. Elaborou um informe da crônica dos incidentes de discriminação anticristã em instituições europeias entre os anos 2005 e 2010.
Kugler disse a MercatorNet que "privadamente, você pode orar e pensar como quer, mas no âmbito público há cada vez mais restrições. Judeus e muçulmanos experimentam intolerância e discriminação. Mas também as sofrem os cristãos, inclusive se constituem aqui uma maioria nominal".
"Temos recebido muitas informações em que se denuncia a eliminação dos símbolos cristãos, representações distorcidas, estereotipadas e negativas dos cristãos nos meios de comunicação, e os problemas sociais que os cristãos enfrentam, como ser ridicularizados ou desfavorecidos nos lugares de trabalho".
Em geral, o informe do Observatório revela que a principal falha geológica na Europa é o enfrentamento entre as novas leis "igualitárias" postas em curso pelas instâncias dos lobbies políticos homossexualistas e feministas radicais, e a população ainda nominalmente cristã da Europa. Esta ruptura tem sido favorecida por um meio de comunicação institucionalmente anticristão, disse Kugler.
"Tenho a impressão de que os jornalistas e os políticos são frequentemente mais anticristãos que seus concidadãos. Mas eles formam o estado de ânimo do país. Observamos que descrevem os cristãos, cada vez mais, como 'homofóbicos', machistas, intolerantes e sem experiência do mundo".
Quando perguntada sobre o que podem fazer os cristãos, Gudrun Kugler disse: "Falar".
"Muitos cristãos europeus não se dão conta de que defender as próprias crenças é uma forma de falar a favor dos fracos, dos prejudicados e dos indefesos".
É um "ato de caridade cristã insistir nos direitos democráticos próprios de cada um", acrescentou. "Temos de buscar a inspiração em nossos irmãos e irmãs, que com valentia enfrentam formas violentas de perseguição, em vez de silenciar".
Fonte: Religión en Libertad
Tradução: OBLATVS

FONTE: RAINHA MARIA

João Paulo II: acesse site com informações do fututo beato.


Leonardo Meira
Da Redação, com informações da Rádio Vaticano

O Vicariato de Roma lançou um site especial com todas as informações referentes às Causas de Beatificação e Canonização do Papa João Paulo II. O endereço está disponível em sete línguas: inglês, francês, espanhol, italiano, polonês, romeno e português.

O Papa polonês será beatificado no dia 1º de maio, conforme autorizou Bento XVI com a assinatura do decreto que reconheceu um milagre operado por intercessão de Karol Wojtyla, no último dia 14 de janeiro.

Acesse:

http://www.karol-wojtyla.org/

O site está dividido nas seguintes categorias: João Paulo II; A Causa; Notícias e Eventos; Mosteiros On-Line; Boletim Totus Tuus; As Iniciativas; O Milagre e um convite para participar da Cerimônia de Beatificação, no Vaticano.

Informações sobre a vida, escritos, devoção mariana e reflexões de João Paulo II e espaço para fazer pedidos de oração estão acessíveis, bem como mais detalhes sobre as etapas do processo que culminou na beatificação próxima, como testemunhos, sessões e postuladores.

Até agora, a única cerimônia confirmada por conta da beatificação é a vigília de oração no Círculo Máximo, em 30 de abril, na noite que antecede a cerimônia na Praça de São Pedro.

O Vicariato de Roma e o Departamento das Celebrações Litúrgica do Sumo Pontífice recordam aos peregrinos que desejem participar da celebração que a entrada é gratuita e que a Igreja nunca cobrará ingresso para qualquer cerimônia similar. O aviso é feito por conta da circulação de alguns sites que vendem ingressos falsos para a beatificação.


Fonte: CN