9 de fev. de 2012

SURPREENDENTE – A verdade sobre o Aborto. O que está por trás

Por trás do projeto para implantar o aborto estão dois interesses:

A Política Internacional de Controle de População, uma nova forma de colonialismo que os países do norte -países ricos – querem impor aos países do sul – países pobres; E o interesse financeiro na lucrativa Indústria do Aborto.

. Existe de fato um esquema armado, bem estruturado com projetos e metas que envolvem Milhões de dólares visando o controle populacional; Estes projetos comportam organizações com representações em diversos países, inclusive no Brasil com o nome de “BEMFAM”, “Católicas Pelo Direito de Decidir”, “CEPIA”, entre outras.

Na cabeça da campanha está o Conselho Populacional da Organização da Nações Unidas (ONU) e uma série de instituições que apoiam e promovem as ações de grupos militantes disfarçados de ONGs. Assim como também é sistematicamente planejada e armada a conquista da lucrativa indústria do aborto.

No Brasil o esquema funciona da seguinte forma:

Grupos Eugenistas internacionais interessados na “melhoria da raça humana” (por isso o motivo do “controle demográfico” sobre os países pobres) e grupos interessados na lucrativa indústria do aborto, são financiados por instituições que abraçaram a causa.

No Brasil criou-se em 1990 a ONG “CEPIA”(Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação), que tem recebido apoio e verbas de diversas instituições, a maioria internacionais; São elas:

*Fundação Ford

*Fundação Rockefeller

*Fundação MacArthur

*ONU (Unicef, FNUAP e Unifem)

*O Programa de DST/AIDS do Ministério da Saúde

*SPM (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres)

*Global Fund for Women

*OAK Fundation

São instituições que não desistem da idéia de um mundo dominado por poucos.

Para conquistarem seus objetivos, eles investem nas seguintes estratégias:

*Legalização do Aborto

*Esterilização

*União homossexual

*Contracepção

*Cultura de poucos filhos

*Educação Sexual Hedonista

Enfim, tudo que não gera filhos.

No Brasil a taxa de 6 filhos por mulher caiu para menos de 2, da década de 60 até 2006, ou seja, taxa incapaz de repor a própria população existente (“Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil – 2009″. IBGE )

Todo esse projeto que visa o Aborto legalizado, passou a ser conhecido à fundo após o documento do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, até então CONFIDENCIAL, ter sido rejeitado pela Casa Branca em 1989;

O Documento foi chamado de Relatório Kissinger e foi a grande cartada na tentativa de implantar, de uma vez por todas, a ideologia da eugenia nazista(sem aspas) em nome do Controle Demográfico visando os interesses dos países ricos.

Este relatório veio à luz porque foi rejeitado pela Casa Branca, mas ganhou força após investimentos privados e se estruturou tornando-se assim uma grande máfia.

O documento, conhecido como Relatório Kissinger foi apresentado para o Governo Americano com o nome de “Implicações de crescimento da população mundial para a segurança e os interesses externos dos Estados Unidos”.

Esse Relatório, assinado pelo então Secretário de Estado Henry Kissinger, foi encaminhado para todas as embaixadas dos Estados Unidos, como instrumento de trabalho para que agentes pudessem pressionar os governos.

No Relatório Kissinger encontramos:

A condição e a utilização das mulheres nas sociedades dos países subdesenvolvidos são particularmente importantes na redução do tamanho da família… As pesquisas mostram que a redução da fertilidade está relacionada com o trabalho fora do lar(NSSM 200, Pag.151)

Ter como prioridade educar e ensinar sistematicamente a próxima geração a desejar famílias menos numerosas (idem pag.111)

A grande necessidade é convencer a população que é para seu benefício individual e nacional ter em média, só 3 ou então dois filhos” (idem pag.158)

…devemos mostrar nossa ênfase no direito de cada pessoa e casal determinar livremente e de maneira responsável o número e o espaçamento de seus filhos e no direito a terem informações, educação e os meios para realizar isso, e mostrar que nós estamos sempre interessados em melhorar o bem-estar de todos (idem pag.22, §34)

Há também o perigo de que alguns líderes dos países menos desenvolvidos vejam as pressões dos países desenvolvidos na questão do planejamento familiar como forma de imperialismo econômico e racial; isso bem poderia gerar um sério protesto” (idem pag.106)

Prestar serviços de planejamento familiar integrados aos serviços de saúde de maneira mais ampla ajudaria aos EUA a combater a acusação ideológica de que os EUA estão mais interessados em limitar o número de pessoas dos países menos desenvolvidos do que em seu futuro bem-estar (idem pag.177)

A assistência para o controle populacional deve ser empregada principalmente nos países em desenvolvimento de maior e rápido crescimento nos que os EUA têm mais interesses políticos e estratégicos especiais. Esses países são Índia, Bangladesh, Paquistão, Nigéria, México, Indonésia, Brasil, Filipinas, Tailândia, Egito, Turquia, Etiópia e Colômbia (idem, pag.14/15, §30)

Quanto diretamente ao aborto diz o documento:

Certos fatos sobre o aborto precisam ser entendidos:

-Nenhum país já reduziu o crescimento de sua população sem recorrer ao aborto.

-As leis de aborto de muitos países não são estritamente cumpridas e alguns abortos por razões médicas são provavelmente tolerados na maioria dos lugares. É sabido que em alguns países com leis bastante restritivas, pode-se abertamente conseguir aborto de médicos, sem interferência das autoridades.

…sem dúvida nenhuma, o aborto legal ou ilegal, tem se tornado o mais amplo método de controle da fertilidade em uso hoje no mundo (idem.pag. 182/184)

A sanha para legalizar o aborto no Brasil não é porque estão interessados na tal “liberdade para as mulheres”, mas porque querem eliminar o números de pobres no país a preço de sangue e claro, implantar uma rede de clínicas de aborto, que no mundo é o segundo mais lucrativo mercado, ficando atrás apenas da indústria do sexo.

Nos EUA já conseguiram, pois a IPPF (a maior instituição que lutou a favor da legalização do aborto) hoje é a dona de 20% de todas as clínicas de aborto dos EUA, faturando Bilhões com a indútria abortista.

. O absurdo não termina por aí, a insensibilidade é tanta que hoje já se encontra nos países onde o aborto é legalizado, a comercialização de Sopa de Feto, venda dos fetos para aproveitamento de órgãos e a venda dos fetos abortados para a indústria de Cosméticos.

Não podemos compactuar com o crime organizado mais terrível dos últimos tempos, e nem nos omitir

fONTE:http://blog.cancaonova.com/tiba/


Quero agradecer ao nosso irmão TIBA,por ser uma voz profetica contra o ABORTO na canção nova.

Aborto, uma violência moral e física

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Quem tem autoridade para dizer onde começa a vida é a Biologia, amparado pela embriologia, pela medicina fetal, isso nós já sabemos.

E é justamente a biologia que nos afirma que a única diferença entre cada um de nós e um óvulo fecundado é o TEMPO e a NUTRIÇÃO. Ou seja, isso é um dado científico.

A diferença é que eu tenho 30 anos e o feto tem 2 meses, 5 meses… ; Eu como arroz e feijão e o feto está em simbiose com a mãe por questões nutrientes, somente por isso.

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Nenhum ser humano é mais humano do que outro.

SER e HUMANIDADE são inatos, não são adquiridos.

Nenhum corpo vivo pode se tornar pessoa se já não for em essência.

O feto não se torna pessoa, ele é pessoa.

Nem defeito físico, que a criança tenha, nem tempo de fecundação, vai mudar isso. Se a vida começa na concepção, como é provado pela Biologia, o aborto é matar uma vida. E uma vida indefesa.

Num aborto o feto morre de maneira dolorosa, ele tem sensibilidade à dor e isso foi mostrado pelo Dr.Bernad Nathanson no filme”Silent Scream“(O grito silêncioso).

O vídeo mostra o feto tentando se desviar do instrumento abortivo, acelerando os batimentos cardíacos quando o sugador o encontra.

Assim que seus membros foram arrancados, sua boca se abriu, o que deu origem ao nome do filme do Dr Nathanson.

Numa gestação, o agente ativo é o feto e o agente passivo é a mãe;

É o feto quem regula o líquido amniótico, é ele quem em última instância diz o momento de sair; Tanto é, que alguns abortos espontâneos acontecem porque o organismo da mãe entende a criança como um ser estranho. O que impede da criança não ser expulsa pelo organismo da mãe é justamente a cápsula protetora que o feto desenvolve.

E os abortistas ainda insistem em dizer que o feto é prolongamento do corpo da mulher!

Querem tratar o aborto como uma procedimento natural e trnaquilo, somente que Deus perdoa sempre, os homens às vezes mas a natureza nunca.

Quanto a natureza cobra pelo aborto?

25% das mulheres que fizeram aborto freqüentam continuamente psiquiatria.

60% experimentam estress emocional pós aborto e desordem do estress pós traumático.

138% mais probabilidade de depressão comparando com as mulheres que mantem sua gravidez até o fim.

260% mais probabilidade em serem hospitalizadas para tratamentos psiquiátricos.

7 X mais propensas ao suicídio do que as outras mulheres

De 30 à 50% da mulheres que praticam o aborto ficam com alguma disfunção sexual.

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Além de:

  • Perfuração do útero

  • Embolia

  • Necrose

  • Cancro da mama(nº altíssimo) da cervical, do fígado.

  • Complicações numa gravidez futura.

  • Pancreatite

  • Endometrite

  • lacerações

    Etc.etc.etc….

A pessoa humana não é só físico, é mente, corpo, alma e espírito;

O problema é que querem tratar a questão do aborto como se ao retirar o feto, o problema da mulher estivesse resolvido.

Está muito claro as consequências do aborto para a mulher.

Outro argumento ridículo é o de que a legalização do aborto é questão de saúde pública.

A verdade é que todos aqueles que defendem o aborto escondem as consequências dele.

Os abortistas querem atacar a causa e não trabalhar o preventivo que é a legítima educação.

Aí a gente olha pra situação da saúde pública no Brasil: Hospital sem médico, sem equipamento pra fazer radiografias, filas quilométricas para o pobre ser atendido, falta de leito nos hospitais.

Falar que aprovar aborto no Brasil é questão de saúde pública é simplesmente ridículo.

Enquanto se quer legalizar o aborto com a desculpa de problema de saúde pública as mães que querem ter seus filhos não encontram leitos, não encontram médicos nos hospitais, mas encontram um caos na saúde pública.

São 2 anos pra uma mulher operar um mioma na rede pública, um caos. Coitados dos que dependem da rede pública. E agora querem nos convencer que legalizar o aborto é questão de saúde pública?

O aborto é a violência dos poderosos contra os indefesos, essa é a verdade.

Fonte: Pronunciamento do Pr Silas Malafaia no CCJ

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O Espetacular pronunciamento do Dep. João Dado no plenário da Câmara Federal ontem sobre o aborto


O espetacular pronunciamento do Dep. João Dado no plenário da Câmara Federal ontem sobre o aborto

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O Sr. JOÃO DADO (PDT-SP) pronuncia o seguinte discurso na sessão ordinária do dia 08 de fevereiro de 2012.

Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados:

O fundamento do Direito no Brasil é o Direito à Vida. Esse princípio está na Constituição, está nas leis infraconstitucionais, está nos tratados internacionais; está, principalmente, na opinião popular.

Com base nas leis, na opinião dos eleitores, e na minha própria opinião, tenho me posicionado contra os Projetos de Lei que tentam descriminalizar o aborto. No Brasil, tamanha é a rejeição da sociedade a essa prática, que o Código Penal a tipifica como criminosa em qualquer caso, apenas desautorizando sua punição quando realizada por médico para salvar a vida da mãe ou interromper uma gravidez resultante de estupro.

A Constituição Federal, no caput de seu artigo 5º, estabelece a inviolabilidade do direito à vida; nosso Código Civil, já no seu artigo 2º, estabelece a proteção jurídica aos direitos da criança, desde a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. O artigo 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente garante o direito à vida mediante a efetivação de políticas públicas que permitam o nascimento. Nesse sentido, há também acordos internacionais, como o assinado em 1992, pelo qual o Brasil ratificou a Convenção Americana de Direitos Humanos, que protege o direito à vida desde sua concepção.

No caso de fetos anencéfalos, o aborto chegou a ser liberado em 2004 pelo Supremo Tribunal Federal, sob o argumento que aqueles fetos não poderiam viver fora do útero; entretanto, esse tipo de aborto voltou a ser proibido no mesmo ano pelo mesmo STF, embora o processo até hoje não tenha sido julgado em definitivo.

O movimento feminista pressiona para que se considere a decisão sobre o aborto um direito das gestantes, até certo período de gravidez. Mas as teses feministas não são populares em nosso País, e nunca conseguiram reverter a ilegalidade do ato.

Em 2007, ocorreu em Brasília a 13ª Conferência Nacional de Saúde, que rejeitou a proposta de legalização do aborto, com o voto de aproximadamente 70% dos cinco mil delegados estaduais. Assim, o aborto ficou fora do relatório final da Conferência, pela segunda vez, já que o Executivo também tentou aprovar a ideia na 12ª Conferência, realizada em 2003.

Senhoras e Senhores, o último debate eleitoral mostrou que a população é contrária à legalização do aborto, e a atual Presidenta comprometeu-se a não tomar nenhuma iniciativa no sentido de mudar a atual legislação.

Nesta casa, tramitou por 17 anos um Projeto de Lei que previa a extinção dos artigos do Código Penal que criminalizam o aborto. A Comissão de Seguridade Social e Família rejeitou o projeto em 2008, por 33 votos contrários e nenhum a favor. Depois disso, o Projeto foi para a Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça, onde foi rejeitado por 57 votos a 4. Em 2010, a Comissão de Seguridade Social e Família aprovou o Estatuto do Nascituro, que visa proibir o aborto em todas as circunstâncias.

Em 2007, um estudo estatístico do instituto de pesquisas Datafolha realizou uma pesquisa na qual se revelou que 65% dos brasileiros consideram que a legislação sobre o aborto não deve ser alterada. Em 2010, na última pesquisa sobre o assunto, a rejeição à legalização do aborto aumentou: 82% dos brasileiros acham, como eu, que a atual legislação não deve ser alterada, e apenas 14% manifestaram-se favoráveis à descriminalização.

Em sintonia com a opinião da imensa maioria dos brasileiros, termino meu pronunciamento com as palavras do poeta Mário Quintana:

O aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato. É um roubo… Nem pode haver roubo maior. Porque, ao malogrado nascituro, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o universo, tudo. O aborto é o roubo infinito”.

Muito obrigado.

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QUE FETOS HUMANOS SEJAM CONSIDERADOS OVOS DE TARTARUGA! QUE SEJAM PROTEGIDOS PELO IBAMA!

QUE FETOS HUMANOS SEJAM CONSIDERADOS OVOS DE TARTARUGA! QUE SEJAM PROTEGIDOS PELO IBAMA!

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Por Reinaldo Azevedo

Tartarugas são animais protegidos, como sabemos. Eu aposto que há mais ONGs empenhadas em salvá-las do que entidades dedicadas ao combate ao aborto. Mas não são apenas as tartarugas nascidas que estão sob tutela. Não! Não só é proibido comer a carne do bicho como também é proibido se alimentar de seus ovos, hábitos de várias comunidades no Brasil que foram postos na ilegalidade.

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Se alguém argumentar que um ovo de tartaruga ainda não é uma tartaruga, será tomado por idiota ou cínico. Porque é certo, salvo algum evento da natureza, que, lá vem um quase-poema concreto, no ovo está o novo que renova o velho.

Por alguma estranha razão que ainda não foi suficientemente explicada — e não há um só abortista que tenha conseguido fazê-lo — há quem considere que o “ovo” humano não contém o humano.

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Dona Eleonora (nova ministra da Secretaria das Mulheres) comparou um aborto a uma infecção, ao vírus da AIDS, ao crack. A imoralidade dessa gente me obriga a animalizar o humano para protegê-lo de certos humanos. Que o feto da nossa espécie ganhe o status de um ovo de tartaruga!

Que o Ibama cuide dos fetos do Homem, já que os humanistas de Dilma o consideram um vírus a ser combatido por políticas públicas!

fonte: Blog Reinaldo Azevedo

O ABORTO COMO EXPRESSÃO DA LIBERTAÇÃO DA MULHER NÃO É APENAS UMA FRAUDE MORAL, É TAMBÉM UMA MENTIRA HISTÓRICA.


Já escrevi dezenas de textos demonstrando por que o aborto é moralmente injustificável. Neste artigo, quero desmontar algumas falácias históricas. Os que, como este escriba, são contrários à legalização, ganham referências e argumentos novos. Os que não se convencerem, quando menos, podem tentar melhorar os próprios argumentos.

Em dezembro de 2006, escrevi para a VEJA uma longa resenha, que acabou sendo publicada como “matéria especial”, do livro “The Rise of Christianity: a Sociologist Reconsiders History”, do americano Rodney Stark, hoje já traduzido:“O Crescimento do Cristianismo: Um Sociólogo Reconsidera a História”, publicado pela Editora Paulinas. Leiam-no, cristãos e não-cristãos. A íntegra do texto está aqui. Eu me lembrei de livro e resenha ao ler as declarações da nova ministra das Mulheres, Eleonora Menicucci, que considera o aborto uma espécie, assim, de libertação das mulheres, especialmente das mais pobres. Esse também foi o teor de muitos comentários que chegaram, alguns com impressionante violência. Houve até uma senhora que afirmou que eu deveria ser “executado”. Por quê? Bem, entendi que é porque não concordo com ela. Pelo visto, em nome de suas convicções, ela não se limitaria a eliminar os fetos. Nos dias de hoje, melhor ser tartaruga.

Boa parte dos que me atacaram de modo impublicável — sim, há comentários de leitores que discordam de mim — revela, na verdade, um preconceito anticristão, anticatólico em particular, que chega a assustar. Dá para ter uma idéia do que fariam se chegassem ao poder. Estão de tal sorte convictos de que a religião é um mal que chegam a revelar uma semente missionária. Se o estado pelo qual anseiam se concretizasse, aceitariam a tarefa de eliminar os “papa-hóstias” e os evangélicos em nome do progresso social. Constato, um tanto escandalizado, que a defesa incondicional do aborto, em muitos casos, é só uma das manifestações da militância anti-religiosa. Há nesses espíritos certa, como chamarei?, compulsão da desmistificação. Por que alguns fetos não poderiam pagar por isso, não é mesmo?

Mas volto àquela magnífica tese do “aborto como expressão a libertação das mulheres”. Retomo parte daquela resenha para que se desnude uma mentira. Vamos a um breve passeio pelos primeiros séculos do cristianismo para que possamos voltar aos dias de hoje.

Em seu magnífico livro, Stark, que é professor de sociologia e religião comparada da Universidade de Washington, lembra que, por volta do ano 200, havia em Roma 131 homens para cada 100 mulheres e 140 para cada 100 na Itália, Ásia Menor e África. O infanticídio de meninas — porque meninas — e de meninos com deficiências era “moralmente aceitável e praticado em todas as classes”. Cristo e o cristianismo santificaram o corpo, fizeram-no bendito, porque morada da alma, cuja imortalidade já havia sido declarada pelos gregos. Cristo inventou o ser humano intransitivo, que não depende de nenhuma condição ou qualidade para integrar a irmandade universal. CRISTO INVENTOU A NOÇÃO QUE TEMOS DE HUMANIDADE! As mulheres, por razões até muito práticas, gostaram.

No casamento cristão, que é indissolúvel, as obrigações do marido, observa Stark, não são menores do que as das mulheres. A unidade da família era garantida com a proibição do divórcio, do incesto, da infidelidade conjugal, da poligamia e do aborto, a principal causa, então, da morte de mulheres em idade fértil. A pauta do feminismo radical se volta hoje contra as interdições cristãs que ajudaram a formar a família, a propagar a fé e a proteger as mulheres da morte e da sujeição. Quando Constantino assina o Édito de Milão, a religião dos doze apóstolos já somava 6 milhões de pessoas.

Se as mulheres, especialmente as mulheres pobres, foram o grande esteio do cristianismo primitivo, Stark demonstra ser equivocada a tese de que aquela era uma religião apenas dos humildes. O “cristianismo proletário” serve ao proselitismo, mas não à verdade. A nova doutrina logo ganhou adeptos entre as classes educadas também. Provam-no os primeiros textos escritos por cristãos, com claro domínio da especulação filosófica. Mas não só. Se o cristianismo era uma religião talhada para os escravos — “os pobres rezarão enquanto os ricos se divertem” (em inglês, dá um bom trocadilho: “the poor will pray while the rich play“) —, Stark demonstra que o novo credo trazia uma resposta à grande questão filosófica posta até então: a vitória sobre a morte.

Nos primeiros séculos do cristianismo, a fé se espalhou nas cidades — não foi uma “religião de pastores”. Um caso ilustra bem o motivo. Entre 165 e 180, a peste mata, no curso de quinze anos, praticamente um terço da população do Império Romano, incluindo o imperador Marco Aurélio — o filme Gladiador mente ao acusar seu filho e sucessor, Cômodo, de tê-lo assassinado. Outra epidemia, em 251, provavelmente de sarampo, também mata às pencas. Segundo Stark, amor ao próximo, misericórdia e compaixão fizeram com que a taxa de sobrevivência entre os cristãos fosse maior do que entre os pagãos. Mais: acreditavam no dogma da Cruz e, pois, na redenção que sucede ao sofrimento. O ambiente miserável das cidades, de fato, contribuía para a pregação da fraternidade universal: os cristãos são os inventores da rede de solidariedade social, especialmente quando começaram a contar com a ajuda de adeptos endinheirados e, nas palavras de Stark, “revitalizaram a vida nas cidades greco-romanas”. Os cristãos inventaram as ONGs - as sérias.

Falácias
Não, grandes bocós!!! O cristianismo, na origem, é a religião da inclusão, da solidariedade e da vida. E A INTERDIÇÃO AO ABORTO — VÁ ESTUDAR, DONA ELEONORA!!! — CONFERIU DIGNIDADE À MULHER E PROTEGEU-A DA HUMILHAÇÃO E DA MORTE, bem como todos os outros valores que constituem algumas das noções de família que vigoram ainda hoje. Isso a que os cretinos chamam “família burguesa” é, na verdade, na origem, a família cristã, muito antes do desenvolvimento do capitalismo. O cristianismo se expandiu, ora vejam, como uma das formas de proteção às mulheres e às crianças.

Qualquer estudioso sério e dedicado sabe que não é exatamente a pobreza que joga as crianças nas ruas — ou haveria um exercito delas perambulando por aí. Se considerarmos o número de pobres no Brasil, há poucas. O que lança as crianças às várias formas de abandono — inclusive o abandono dos ricos, que existe — é a família desestruturada, que perdeu a noção de valores. Não precisamos matar as nossas crianças. Precisamos, isto sim, é cultivar valores para fazer pais e mães responsáveis.

Morticínio de mulheres
Vi há coisa de dois dias uma reportagem na TV sobre a dificuldade dos chineses de arrumar uma mulher para casar. Alguns pagam até R$ 19 mil por uma noiva. É uma decorrência da rígida política chinesa de controle da natalidade, que impõe dificuldades aos casais que têm mais de um filho. Por razões culturais, que acabam sendo econômicas, os casais optam, então, por um menino e praticam o chamado aborto seletivo: “É menina? Então tira!” Nesse particular, a China é certamente o paraíso de algumas das nossas feministas e de muitos dos nossos engenheiros sociais, não é? A prática a que se chama “libertação” por aqui serve para… matar mulheres! Repete-se, assim, o padrão vigente no mundo helênico. Não dispondo da ultrassonografia, muitas meninas eram simplesmente eliminadas ao nascer. E se fazia o mesmo com os deficientes. A China moderna repete as mesmíssimas brutalidades combatidas pelo cristianismo primitivo — com a diferença de que tem como perscrutar o ventre.

Os abortistas fazem de tudo para ignorar o assunto. Mas é certo que, nos países que legalizaram o aborto, o expediente é empregado para eliminar os deficientes e, sim, para impedir o nascimento de meninas, ainda hoje consideradas economicamente menos viáveis do que os meninos. Ainda que isso fosse verdade apenas na China — não é —, já estaríamos falando de um quarto da humanidade.

Que zorra de humanismo vigarista é esse que estabelece as precondições para que uma vida humana possa ser considerada “intocável”? Se não querem ver no corpo humano a morada de Deus, a exemplo dos cristãos, que o considerem, ao menos, a morada do “Homem”.

Por Reinaldo Azevedo

Igreja


Por São Tomás de Aquino

«Sobre ela deve saber-se que “igreja” é o mesmo que “assembleia”. Por isso a Santa Igreja é o mesmo que a assembleia dos fiéis, e cada cristão é um membro da mesma Igreja, da qual é dito:“aproximai-vos de mim, ignorantes, entrai para a escola da disciplina” (Eclo 51, 31). A Igreja tem quatro condições essenciais: que seja una, santa, católica e forte e firme

«Quanto ao primeiro, deve ser dito que a Igreja é una. Embora vários hereges tenham fundado várias seitas, elas não pertencem à Igreja, pois não passam de outras tantas divisões. Dela é dito: “Uma só é a minha pomba; a minha perfeita é única” (Ct 6, 8) A unidade da Igreja provém de três fontes:

«Primeiro, a unidade da fé, porque todos os cristãos que pertencem ao corpo da Igreja acreditam na mesma doutrina. “Exorto-vos ... a que sede todos unânimes no falar, e não haja entre vós divisões” (1Cor 1, 10). E também: “Um só Senhor, uma só fé, um só baptismo” (Ef 4, 5)

«Segundo, a unidade da esperança, porque todos são fortalecidos na esperança de chegar à vida eterna. Por isso o Apóstolo diz: “Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados por vossa vocação para uma só esperança.” (Ef 4, 4)

«Terceiro, a unidade da caridade, porque todos são unidos no amor de Deus, e uns aos outros no amor mútuo: “Eu lhes dei a glória que Tu Me destes, para que sejam um, como Nós somos um” (Jo 17, 22). (...) Ninguém pode ser indiferente à Igreja, ou permitir-se ser desligado ou expulso dela; pois existe apenas uma Igreja na qual os homens são salvos, tal como fora da Arca de Noé ninguém podia ser salvo.

«No que respeita ao segundo ponto, a santidade, (...) os fiéis desta Igreja são feitos santos por quatro motivos:

«Primeiro, tal como uma igreja é limpa materialmente quando é consagrada, também os fiéis são lavados no sangue de Cristo: “Jesus Cristo ... que nos amou e nos lavou dos nossos pecados no Seu próprio sangue” (Ap 1, 5) E também:“Para santificar o povo pelo seu próprio sangue, Ele sofreu do lado de fora da porta” (Hb 13, 12)

«Segundo, tal como existe a unção da igreja, também os fiéis são ungidos com uma unção espiritual para serem santificados. De outra forma não seriam cristãos, pois Cristo significa Ungido. A unção é a graça do Espírito Santo:“Aquele que nos fortalece convosco em Cristo e nos dá a unção é Deus” (2Cor 1, 21) E também: “Sois santificados ... em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo”(1Cor 6, 11).

«Terceiro, os fiéis são santificados pela Trindade que habita na Igreja, pois onde quer que Deus habite, esse lugar é santo. “O lugar que pisas é sagrado”(Js 5, 16 e Gn., 28, 16) E também: “A santidade é o adorno da Tua casa, Oh Senhor” (Sl. 93(92), 5.).

«Finalmente, os fiéis são santificados porque Deus é invocado na Igreja: “Mas tu estás no meio de nós, Senhor, e o Teu nome é invocado sobre nós. Não nos abandoneis!” (Jr 14, 9) Tenhamos pois atenção, vendo-nos assim santificados, para que a nossa alma, que é o templo de Deus, não seja suja pelo pecado: “Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós ? Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá” (1Cor 3, 16-17).

«A Igreja é Católica, ou seja, universal, por três motivos

«Primeiro, a Igreja é universal no lugar, porque ela está em todo o mundo. (...): “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16, 15) (...) A Igreja tem três partes: uma está na terra, a outra no céu e a terceira no purgatório.

«Segundo, a Igreja é universal no que toca às condições da humanidade, pois nenhuma excepção é feita, nem senhor nem escravo, nem homem nem mulher: “Não há escravo nem livre, não há homem nem mulher” (Gl 3, 28)

«Terceiro, a Igreja é universal no tempo. Alguns disseram que a Igreja existirá só até certa altura. Mas isto é falso, pois a Igreja começou a existir no tempo de Abel e durará até ao fim do mundo: “Eu estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos” (Mt 28, 20). Ou melhor, até depois do fim do mundo, pois ela continuará a existir no céu.

«Quanto ao último ponto, Igreja é firme. Uma casa é dita ser firme se tem alicerces sólidos. O alicerce principal da Igreja é Cristo: “Quanto ao fundamento, ninguém pode colocar outro diverso do que foi posto: Jesus Cristo." (1Cor 3, 11). Os alicerces secundários, porém, são os Apóstolos e o seu ensino. Por isso, a Igreja é firme. (...)

«A firmeza de uma casa é evidente se, quando ela é violentamente atingida, não cai. A Igreja, do mesmo modo, não pode ser destruída, nem pela perseguição nem pelo erro. De facto, a Igreja cresce durante as perseguições (...). No que toca ao erro, quanto mais erros surgirem, mais certamente a verdade aparecerá (...). Nem será destruída a Igreja pelas tentações dos demónios. Pois ela é como uma torre para a qual fogem todos os que fazem guerra ao diabo (...). A Igreja de Pedro floresce na fé e está livre do erro. Isto, no entanto, não é para admirar, pois o Senhor disse a Pedro: “Eu, porém, orei por ti, a fim de que a tua fé não desfaleça. Quando, porém te converteres, confirma os teus irmãos” (Lc 22, 32)» (In Symbolum Apostolorum, 9).

O ATEÍSMO pelo Papa Pio XII


A época atual, acrescentando novos erros aos desvios doutrinais do passado, levou-os a extremos dos quais se não podiam originar senão desorientamento e ruína. E antes de tudo, é certo que a raiz profunda e última dos males que deploramos na sociedade moderna é a negação e repulsa de uma norma de moralidade universal, quer na vida social e das relações internacionais, isto é, o desconhecimento, tão difundido nos nossos tempos, e o esquecimento da própria lei natural, que tem o seu fundamento em Deus, criador onipotente e Pai de todos, legislador supremo e absoluto, onisciente e justo vingador das ações humanas. Quando se renega Deus, abala-se toda a base de moralidade; sufoca-se ou, pelo menos, debilita-se de muito a voz da natureza, que ensina, até aos iletrados e às tribos alheias ainda à civilização, o que é bem e o que é mal, o que é lícito e o que é ilícito, e faz sentir a responsabilidade das próprias ações perante um Juiz supremo.

Pois bem, a negação da base fundamental da moralidade teve, na Europa, a sua raiz originária no afastamento daquela doutrina de Cristo, de que é depositária e mestra a Cátedra de São Pedro; doutrina que, em tempos idos, dera certa coesão espiritual à Europa, a qual educada, enobrecida e civilizada pela cruz, chegara a tal grau de progresso civil que a fizera mestra de outros povos e de outros continentes. Afastando-se, ao invés, do Magistério infalível da Igreja, não poucos chegaram até a subverter o dogma central do cristianismo, a divindade do Salvador, acelerando assim o progresso de dissolução espiritual.

Muitos talvez, ao se afastarem da doutrina de Cristo, não tiveram plena consciência de serem enganados pela falsa miragem de frases brilhantes que proclamavam tal afastamento como um libertar-se da escravidão a que julgavam estar antes sujeitos; nem previam as amargas conseqüências da triste permuta entre a verdade, que liberta, e o erro que escraviza; nem pensavam que, renunciando à infinitamente sábia e paternal lei de Deus e à unificadora e nobre doutrina de amor de Cristo, se entregavam ao arbítrio de uma pobre e mutável sabedoria humana. Falavam de progresso, quando retrocediam; de elevação, quando se degradavam; de ascensão à madureza, quando caíam na escravidão; não percebiam a vaidade de todo esforço humano em substituir a lei de Cristo por alguma outra coisa que a igualasse; tornaram-se fátuos nos seus arrazoados.

Enfraquecida a fé em Deus e em Jesus Cristo, ofuscada nos ânimos a luz dos princípios morais, fica a descoberto o único e insubstituível alicerce daquela estabilidade e tranqüilidade, daquela ordem externa e interna, privada e pública, única que pode gerar e salvaguardar a prosperidade dos Estados (1).

(I) Encíclica "Summi Pontificatus", 20 de outubro, 1939.




No vórtice do progresso material, nas vitórias do engenho humano sobre os segredos da natureza e sobre as força dos elementos da terra dos mares e do céu, na ansiosa emulação de superar as metas atingidas pelos competidores, nas arengas das elucubrações ousadas, nas conquistas e no orgulho da ciência, da indústria, dos laboratórios e das oficinas, na avidez do lucro e do prazer, na tendência para uma força eminente, mais temida do que sopitada, mais invejada do que igualada, no tumulto de toda a vida moderna, onde encontra paz a alma humana, que é naturalmente cristã? Talvez saciando-se de si mesma? Porventura vangloriando-se senhora do universo, envolta na névoa da ilusão que confunde a matéria com o espírito, o humano com o divino, o momentâneo com o eterno? Não; nos sonhos inebriantes não se tranqüiliza a tempestade da alma e da consciência agitadas pelo ímpeto da mente que sobrepuja a matéria, e transpõe tudo, consciente de um destino imortal, irrecusável, em busca do infinito e em demanda de desejos imensos. Achegai-vos a estas almas interrogai-as. Responder-vos-ão com linguagem de criança, não de homens. Não tiveram uma mãe que a eles, crianças ainda, mostrasse um Pai no céu, cresceram entre paredes sem crucifixo, em casas mudas de religião, em campos distantes de um altar ou de um campanário; leram páginas com bem outros nomes, que aqueles de Deus e de Cristo; ouviram vituperar contra os sacerdotes e os religiosos; passaram do campo à cidade, do lar a oficina, ao bar, as aulas do saber, a toda arte e trabalho, sem freqüentar a Igreja, sem conhecer o pároco, sem um bom pensamento no coração.

São almas infelizes que não tiveram nos perigos dos primeiros anos quem as instruíssem, guiasse, corrigisse, as reafirmasse na fé e na piedade; ou se tiveram, a indiferença, o descaso, o mau exemplo dos companheiros, a efervescência da juventude, as distrações e as ocupações diárias obscureceram a lâmpada da fé e da prática religiosa, transviando o pensamento e debilitando a boa raiz, em árido tronco, que germinará novamente na hora da desventura ou ao calor de uma palavra amiga e piedosa ou no gélido ocaso da vida (2).

(2) Discurso aos dirigentes de Ação Católica, 3 de maio, 1951.




São bem conhecidos e patentes os perigos e estímulos espirituais e morais que ameaçam, mais que nunca, nas almas, os princípios cristãos de fé e de vida. Uma desordenada multidão de opiniões novas e contrastantes, impressões e estímulos de tendências más excitam as massas populares, penetram também entre porções, dóceis em tempos mais tranqüilos a deixar-se iluminar e reger pelas límpidas e sábias normas, e impõem à consciência cristã uma contínua e indefesa vigilância para permanecer fiel à sua retidão e vocação. Atraídas no vórtice e apaixonante turbilhão dos acontecimentos, muitas vezes as mentes correm o perigo de ter obnubilada e debilitada a faculdade da prontidão em julgá-lo segundo os indestrutíveis e puros ditames da lei divina. E no entanto o cristão, forte em sua fé, intrépido no próprio dever, deve encontrar-se preparado para participar nos acontecimentos, nos deveres e sacrifícios do dia, não menos solícito e pronto deve estar em recusar-lhes os erros; de modo que, quanto mais percebe adensarem-se as trevas da incredulidade e do mal tanto mais corajoso e logo - ainda em meio às provas - convém que se demonstre fazendo resplandecer a fúlgida luz de Cristo, guia aos errantes diretriz e orientadora para uma volta ao patrimônio espiritual por tantos esquecido ou abandonado. Forte aos eventos alheios, caminhará e avançará sem desviar-se na noite das trevas terrenas, terá porém o olhar voltado para as estrelas esplendentes no firmamento da eternidade consolante término e prêmio de sua esperança. Se duros e pesados serão os sacrifícios requeridos à humanidade, mais vigorosa e mais operosa nutrirá e alimentará no próprio ânimo a expansiva força do preceito divino do amor e a avidez, a ânsia de fazer deles o guia da própria intenção na ação. Não se dobrará, nem cairá pusilanimemente, diante da rudeza dos campos de combate; ainda quando as provas parecerem fechar toda via de escape, nas próprias provas sentirá crescerem-lhe as forças na proporção das necessidades e da grandeza de sua missão. E se o espírito soberbo de um materialismo ateu fizer esta pergunta: "Ubi est spes tua?" então, sem temor, nem do presente, nem do futuro, responderá com os justos do tempo antigo: "Nolite ita loqui; quoniam filii sanctorum sumus et vitam illam expectamus, quam Deus daturus est his, qui fidem suam nunquam mutant ab eo".

A fé e a fidelidade imutáveis para com Deus são o fundamento da esperança dos heróis cristãos, aquela esperança que não confunde. A todos aqueles que viram suas felicidades aqui embaixo esfacelarem-se e destruírem-se pela borrasca da guerra, aqueles que gemem presas de indizíveis sofrimentos exteriores e interiores, aos irmãos viventes e sofredores dos primeiros crentes em Cristo, Nós mostramos as fileiras dos heróis e das heroínas antigas e modernas; e gritamos com o Apóstolo das Gentes: "Fratres ... non contristemini, sicut et ceteri, qui spem non habent". Não é talvez consolação fortíssima a esperança a nós proposta, que temos como âncora segura e estável da alma, que penetra até além do velame do céu, onde entrou como precursor por nós Jesus? (3).

(3) Alocução ao Sacro Colégio, 2 de junho, 1940.

Fonte: Pio XII e os problemas do mundo moderno, tradução e adaptação do Padre José Marins, 2.ª Edição, edições Melhoramentos.