25 de jun. de 2012

Intercessão dos Santos e a Dulia, Hiperdulia e Latria. (vídeo


Os santos podem interceder por nós?
Eles estão dormindo?
O que é uma veneração?
Assista esse vídeo e entenda melhor a doutrina da Igreja a esse respeito.

Uma Analise bíblica sobre os Santos Católicos e suas Intercessões.







“Chamem de Santo só ao Senhor dos exércitos.”, dizem as sagradas escrituras.
Porém, elas mesmas dizem:
“Sede santos porque Eu sou santo!” (Lv 19, 2; 20, 7; I Pd 1, 16)

Deus diz para sermos santos Nele! Logo, Deus não é apenas santo, Ele é o Santo dos santos. Cristo é o Santo dos santos! (Dn 9, 24; Is 11, 1-5; Mt 3, 1-17). Origem de toda a santidade. Ser santo é ser “são”, íntegro, puro. Porém, não é ser alguém sem pecados!

O que é interceder?
Interceder, no sentido religioso, é pedir a Deus algo em favor de outra pessoa.

Quem pode interceder?
Todos podemos interceder por alguém, porém temos um supremo intercessor que é Cristo, mas todos nós cristãos podemos interceder uns pelos outros em nossas orações como assim nos ensina a bíblia (Tg 5, 16 , Rm 15, 30 e etc.)

E os Santos Canonizados na Igreja Católica onde entram nesta história? Não estariam eles mortos?
Morrer em Cristo é ir Para o Céu!
A Carta aos Hebreus diz claramente, “como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo”. (Hb 9,27)

Ou seja depois que morremos somo imediatamente julgados, ou é céu ou é inferno.
Alguns protestantes costumam rebater a intercessão dizendo que os mortos não sabem de nada, não tem consciência de coisa alguma, estão dormindo, esperando o julgamento final e que ainda não há ninguém no céu, citam Ecl 9, 5, Sl 115, 17 para confirmar isto. Ora, isto é uma realidade do antigo testamento, antes de Cristo. Já mostrei em Hebreus que após a morte somos julgados. Cristo trouxe uma nova economia, foi pregar aos que estavam na Região dos Mortos desde a criação do mundo até Sua Crucificação ( 1.ª Pd 3, 18-20; 4, 5-6 ). Vencendo a morte levou muitos deles para o Céu ( Sl 68, 19; Ef 4, 8 ) e mesmo assim, ainda no antigo testamento já vemos algumas pessoas que foram para o céu, vejamos:

Henoc:
Gêneses 5, 23. A duração total da vida de Henoc foi de trezentos e sessenta e cinco anos. 24. Henoc andou com Deus e desapareceu, porque Deus o levou.

Elias:
II Reis 2, 1: Eis o que se passou no dia em que o Senhor arrebatou Elias ao céu num turbilhão (…)
E mesmo no antigo testamento já temos uma menção a interseção dos Santos:
Jer 15, 1. Disse-me, então, o Senhor: Mesmo que Moisés e Samuel se apresentassem diante de mim, meu coração não se voltaria para esse povo. Expulsai-o para longe de minha presença! Que se afaste de mim!
Samuel já tinha até aparecido para Saul depois de mortos para fazer uma revelação (I Samuel 28, 1-19). Não era nenhum demônio como alguns costumam dizer, era Samuel mesmo, o próprio texto sacro afirma ser Samuel! Quem somos nós para duvidar? E ainda mais, um demônio é onisciente para saber o futuro? Acaso os demônios já podem profetizar? A confirmação do que Samuel revelou no capitulo 28 se dá no 29. (I Samuel 29, 1-11)

E o novo testamento comprova que eles estavam no céu. Apareceram (Elias e Moisés) para Jesus e conversaram com ele conscientemente, sabendo que ele era o Messias, o que estava fazendo e o que iria acontecer com ele. Confira Mt 17,3; Mc 9,4; Lc 9, 28-31.
Ora como Moisés pode aparecer, com corpo glorificado, a Cristo? No AntigoTestamento não é relatado que Moisés morreu e foi sepultado?
É simples, o corpo de Moisés foi levado por Miguel para o céu, Judas atesta:
Judas 9. Ora, quando o arcanjo Miguel discutia com o demônio e lhe disputava o corpo de Moisés, não ousou fulminar contra ele uma sentença de execração, mas disse somente: Que o próprio Senhor te repreenda!

E também:
Disse Jesus: “Por outra parte, que os mortos hão de ressuscitar é o que Moisés revelou na passagem da sarça ardente (Ex 3,6), chamando ao Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó. Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos; porque todos vivem para ele.” (Lc 20,37-38).
O que significam os santos para a Igreja católica?
Com sua intercessão diante de Jesus, nossas orações recebem um forte impulso, e muitas graças alcançamos assim! De modo especial as graças que são necessárias ou importantes para vivermos fiéis à Vontade de Deus!

O exemplo de suas vidas, o testemunho que deixaram de Amor a Deus, a vivência firme do Evangelho, o amor ao próximo, tudo isto serve de exemplo para nós, nos fortalecem nos animam para sermos melhores cristãos, melhores filhos do altíssimo.
A Igreja tem especial carinho filial àquela que foi escolhida pra ser a Mãe de Jesus e nossa (João 19, 26-27). A Igreja proclama-a como Bem-Aventurada! (Lc 1, 48), ela recebeu uma graça maravilhosa e EXCLUSIVA: Ser mãe do Filho de Deus!

A bíblia nos ensina a seguir o exemplo dos Santos:
Hb 11, 4-5. Pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício bem superior ao de Caim, e mereceu ser chamado justo, porque Deus aceitou as suas ofertas. Graças a ela é que, apesar de sua morte, ele ainda fala. Pela fé Henoc foi arrebatado, sem ter conhecido a morte: e não foi achado, porquanto Deus o arrebatou; mas a Escritura diz que, antes de ser arrebatado, ele tinha agradado a Deus (Gn 5,24).
Onde encontramos eles orando, falando com Deus, ou pedindo algo pelos vivos na carne?
Basta lermos um pouquinho mais a fundo a bíblia e notarmos!

Vejamos o apocalipse:

Apocalipse4, 4. Ao redor havia vinte e quatro tronos, e neles, sentados, vinte e quatro Anciãos vestidos de vestes brancas e com coroas de ouro na cabeça. Estes Anciãos são sacerdotes, adoram a Deus (4, 10; 5, 9; 11, 16-17; 19, 4). OFERECEM AS ORAÇÕES DOS FIÉIS (AP 5, 8). Este número corresponde talvez aos das 24 ordens sacerdotais de 1Cr 24, 1-19. Visto que o que havia na terra era uma imagem do santuário no céu.
Mais adiante vemos os mortos em Cristo aparecem sob seu altar clamando por justiça contra os habitantes da terra:

Apocalipse 6, 9. Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos homens imolados por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho de que eram depositários. 10. E clamavam em alta voz, dizendo: Até quando tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e sem vingar o nosso sangue contra os habitantes da terra? 11. Foi então dada a cada um deles uma veste branca, e foi-lhes dito que aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos companheiros de serviço e irmãos que estavam com eles para ser mortos.

Em Lucas vemos até alguém que foi para o inferno suplicando por sua família:
Lucas 16, 22. Ora, aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. 23. E estando ele nos tormentos do inferno, levantou os olhos e viu, ao longe, Abraão e Lázaro no seu seio. 24. Gritou, então: – Pai Abraão, compadece-te de mim e manda Lázaro que molhe em água a ponta de seu dedo, a fim de me refrescar a língua, pois sou cruelmente atormentado nestas chamas. 25. Abraão, porém, replicou: – Filho, lembra-te de que recebeste teus bens em vida, mas Lázaro, males; por isso ele agora aqui é consolado, mas tu estás em tormento.
26. Além de tudo, há entre nós e vós um grande abismo, de maneira que, os que querem passar daqui para vós, não o podem, nem os de lá passar para cá. 27. O rico disse: – Rogo-te então, pai, que mandes Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos,
28. para lhes testemunhar, que não aconteça virem também eles parar neste lugar de tormentos.
Quais outras passagens que falam que os mortos em cristo vão para o céu?

Veja:
II Coríntios 5, 1-9. 1. Sabemos, com efeito, que ao se desfazer a tenda que habitamos neste mundo, recebemos uma casa preparada por Deus e não por mãos humanas, uma habitação eterna no céu.2. E por isto suspiramos e anelamos ser sobrevestidos da nossa habitação celeste, 3. contanto que sejamos achados vestidos e não despidos. 4. Pois, enquanto permanecemos nesta tenda, gememos oprimidos: desejamos ser não despojados, mas revestidos com uma veste nova por cima da outra, de modo que o que há de mortal em nós seja absorvido pela vida. 5. Aquele que nos formou para este destino é Deus mesmo, que nos deu por penhor o seu Espírito. 6. Por isso, estamos sempre cheios de confiança. Sabemos que todo o tempo que passamos no corpo é um exílio longe do Senhor. 7. Andamos na fé e não na visão. 8. Estamos, repito, cheios de confiança, preferindo ausentar-nos deste corpo para ir habitar junto do Senhor. 9.É também por isso que, vivos ou mortos, nos esforçamos por agradar-lhe.
Efésios 4, 7-8 Mas a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo, pelo que diz: Quando subiu ao alto, levou muitos cativos, cumulou de dons os homens (Sl 67,19).
I tessalonicenses 3,13: “Que ele confirme os vossos corações, e os torne irrepreensíveis e santos na presença de Deus, nosso Pai, por ocasião da vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos!”
Fl 1, 21-23. Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. Mas, se o viver no corpo é útil para o meu trabalho, não sei então o que devo preferir. Sinto-me pressionado dos dois lados: por uma parte, desejaria desprender-me para estar com Cristo – o que seria imensamente melhor;
“Mas, cheio do Espírito Santo, Estevão fitou o céu e viu a glória de Deus e Jesus de pé à direita de Deus: Eis que vejo, disse ele, os céus abertos e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus. Levantaram então um grande clamor, taparam os ouvidos e todos juntos se atiraram furiosos contra ele. Lançaram-no fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas depuseram os seus mantos aos pés de um moço chamado Saulo. E apedrejavam Estevão, que orava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (At 7,55-59)
I tessalonicenses 5, 10 Ele morreu por nós, a fim de que nós, quer em estado de vigília, quer de sono, vivamos em união com ele.
Veja alguém que foi ao céu vivo:
II coríntios 12,2. Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado até o terceiro céu. Se foi no corpo, não sei. Se fora do corpo, também não sei; Deus o sabe. 3. E sei que esse homem – se no corpo ou se fora do corpo, não sei; Deus o sabe – 4. Foi arrebatado ao paraíso e lá ouviu palavras inefáveis, que não é permitido a um homem repetir. 5. Desse homem eu me gloriarei, mas de mim mesmo não me gloriarei, a não ser das minhas fraquezas.
Jesus foi pregar aos mortos para que pudessem se salvar, portanto eles só poderiam estar acordados:
1 Pedro 3, 18. Pois também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados – o Justo pelos injustos – para nos conduzir a Deus. Padeceu a morte em sua carne, mas foi vivificado quanto ao espírito. 19. É neste mesmo espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos no cárcere, àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes…
1 Pedro 4, 5. Eles darão conta àquele que está pronto para julgar os vivos e os mortos. 6. Pois para isto foi o Evangelho pregado também aos mortos; para que, embora sejam condenados em sua humanidade de carne, vivam segundo Deus quanto ao espírito.
E o que falar então de 1 Timóteo 2, 5:
“ Porque há um só Deus e há um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo….”
Os protestante costumam usar está passagem para dizer que nós católicos não temos Jesus como único mediador, ora interceder é diferente de mediar, e ainda mais no sentindo da salvação, já mostrei como podemos orar uns pelos outros, a mediação de Jesus é no sentido de homem salvador e reconciliador, isto só ele pode ser, e não há outro como assim afirma o catecismo da Igreja católica:
Parágrafo 956: A intercessão dos santos. “Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio” (Parágrafos relacionados 1370,2683)
A intercessão dos Santos e os primeiros Cristãos:
Vejamos primeiro um texto de um dos mais renomados Historiadores Protestantes JND Kelly. Ele diz:
Um fenômeno de grande significação no período patrístico foi o surgimento e gradual desenvolvimento da veneração aos santos, mais particularmente à bem-aventurada virgem Maria…Logo após vinha o culto aos mártires, os heróis da fé que os primeiros cristãos afirmavam já estarem na presença de Deus e gloriosos em sua visão. Em primeiro lugar tomou forma de uma preservação das relíquias e da celebração anual de seu nascimento. A partir daí foi um pequeno passo, pois já estavam participando com Cristo da glória celeste, para que se buscassem suas orações, e já no terceiro século se acumulam as evidências da crença no poder da intercessão dos santos [J.N.D. Kelly, Early Christian Doctrines, revised edition (San Francisco: Harper, c. 1979), p. 490]

Relatos Primitivos

Martírio de Policarpo (Ano 155 D.C):
Após sua morte lemos a honra que era prestada as suas relíquias:
“Ele disse: não aconteça que eles, abandonando o crucificado, passem a cultuar este ai. ”Dizia estas coisas por sugestão insistentes dos judeus, que nos tinham vigiado quando queríamos retirar o corpo do fogo. Ignoravam eles que não poderíamos jamais abandonar Cristo, que sofreu pela salvação de todos aqueles que são salvos no mundo, como inocente em favor dos pecadores, nem prestamos culto a outro nós o adoramos, por que é o Filho de Deus. Quanto aos mártires, nós os amamos justamente como discípulos e imitadores do senhor, por causa da incomparável devoção que tinham para com seu rei e mestre. Pudéssemos nós também ser seus companheiros e condiscípulos….
…..Então, ao menos, conseguimos tomar os seus ossos, mais preciosos que uma jóia e mais puros que o ouro, e os pusemos em local adequado. Que o Senhor nos permita ser capaz de nos juntarmos a ele na alegria e no júbilo, e de celebrar o aniversário do seu martírio.”
Cirilo de Jerusalém(+- 350 d.C), escreveu:
“Façamos menção aos já falecidos; primeiro aos patriarcas, profetas, apóstolos e mártires, que por suas súplicas e orações Deus receberá nossos pedidos”
Santo Agostinho (400 d.C) dizia:
“A oração, contudo, é oferecida em benefício de outros mortos de quem lembramos, pois é errado rezar por um mártir, a cujas orações nós devemos nos recomendar.”

Na obra Contra Fausto, escreve:

“O povo cristão celebra unidos em solenidade religiosa a memória dos mártires, tanto para encorajar que sejam imitados e para que possam repartir seus méritos e serem auxiliados pelas suas orações”.

Devoção X Devocionalismo

Devoção é respeito, amor, uma atitude Cristã e Católica.
Devocionalismo Não é uma atitude católica, muitos hoje se dizem católicos, apenas por que seus antepassados foram, sem nem saber nada sobre a história da igreja, sobre sua doutrina e até mesmo sem saber quem é Jesus de fato, apenas o têm como um ídolo distante que deve ser adorado apenas para aplacar a necessidade humana de crer em divindades. Estes vêm nos santos outros deuses e não irmãos que fazem parte de um mesmo corpo (1Cor 12,12.20s) e que podem apenas orar e suplicar por nós diante do Senhor. São os chamados caçadores de milagres, apenas vão a Igreja quando estão atrás de milagres e se esquecem de buscar lá a salvação em Jesus. Devocionalismo é fruto de ignorância, de falta de evangelização e catequese adequadas! Devocionalismo atrapalha um verdadeiro relacionamento com Jesus, pois toma o foco, e muitas vezes até a Salvação de quem o prática.
Na fé católica Jesus é o Centro! Jesus é o alfa e o ômega!
Jesus é o único Salvador e Senhor! Jesus é o Filho de Deus que se encarnou, morreu, e ressuscitou por Amor a nós!


Texto do vídeo ACIMA :
A primeira coisa que devemos conhecer antes de discutirmos a intercessão dos venerados santos, é os três graus existentes de culto.

Dulia, Hiperdulia e Latria
A dulia

é a veneração propriamente dita, é reconhecer alguém como superior a você e sendo ao mesmo tempo inferior a Deus, um exemplo claro de dulia nós podemos ver no final das orações dos santos, por exemplo:
São Paulo rogai por nós, ora essa frase curtíssima exprime toda doutrina da dulia, justamente porque o orante se põe inferior diante de São Paulo e ao mesmo tempo reconhece que São Paulo não é dono da graça, já que o mesmo tem que supliciá-la à Nosso Senhor.
O Segundo grau do culto católico é a hiperdulia.

A hiperdulia é uma veneração só que em grau muito maior à dulia e ao mesmo tempo infinitamente inferior à latria. A única diferença neste grau em relação ao primeiro é a dignidade, já que o mesmo é dado a Maria Santíssim,a aquela que foi é e sempre será cheia de graça, e chamada de bendita entre as gerações.
Entre todos os santos nenhum foi mais puro, benevolente, obediente do que a Santa Mãe de Deus.
O terceiro grau é a latria:
Latria é a adoração, que só é devida à Nosso Senhor nas três pessoas da santíssima trindade, esta adoração é dada em espírito e em verdade através do cumprindo do primeiro mandamento católico que é amar a Deus sobre todas as coisas.
Devemos tomar cuidado para não confundir essa adoração com simples gestos externos, como ajoelhar-se, pois Jacó
ajoelhou-se diante de sei irmão sete vezes e não estava adorando-o, mas apenas prestando honra, não queremos dizer com isso que esse gesto não deva ser praticado, mas não pode ser confundido como o selo da autenticidade do verdadeiro adorador ou de um idolatra.

Nós iremos meditar a partir do olhar da sagrada escritura e dos primeiros cristãos a doutrina da intercessão dos santos.
São Tiago ao transcrever sua carta, deixa-nos claro que devemos orar uns pelos outros:]
“Orai uns pelos outros, para serdes salvos, porque a oração do justo, sendo fervorosa, pode muito” (Tgo 5, 16)”
E Jesus nos manda:“… Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem!” (MT 5, 44)
São Paulo diz que “orava pelos colossenses” (cf. Col. 1, 3).
Jesus quer que oremos pelos outros, o que nos resta saber se essa mesma intercessão dos justos continua a valer após a morte, porque estão vivos e acordados com Deus ou estão “dormindo” como afirmam as seitas.
Na parábola que se encontra no evangelho de São Lucas do “rico avarento”, o rico pedia após sua morte, para voltar à terra e avisar os seus amigos que se convertessem… (Lc 16, 19 e ss) no versículo 27 ele diz: “… ‘Pai, eu te suplico, manda então Lázaro à casa de meu pai” Os hereges dizem que é impossível interceder após a morte, seria o evangelho de São Lucas herege? É evidente que o rico intercedia após a morte, justamente porque “Ele é Deus não de mortos, mas de vivos, pois todos vivem para ele” (São Lucas 20, 38)”
A suposta sonolência até o dia da ressurreição é uma heresia que Cristo desmente ao dizer ao ladrão:
“… “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso” (São Lucas 23,43), Será que Nosso Senhor estava enganado?, ou terá Ele uma cama para o ladrão dormir no paraíso?
No antigo testamento a bíblia já dava indicio da intercessão dos venerados santos. O primeiro testemunho da bíblia dessa doutrina encontra-se no livro do profeta Jeremias:“E o Senhor disse-me: ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, a minha alma não se inclinaria para este povo;tira-os da minha face e retirem-se” (Jer 15, 1).
Samuel e Moisés estavam mortos no tempo de Jeremias, como poderiam interceder?
Como sabemos os hereges virão com aquele versículo decorado de sempre:
“Mediador entre Deus e os homens” Essa é uma das maiores provas que os hereges só sabem decorar meia dúzias de versículos , já que na mesma carta se diz:
Antes de tudo, peço que se façam súplicas, orações, intercessões, ação de graças, por todas as pessoas,
pelos reis e pelas autoridades em geral, para que possam levar uma vida calma e tranqüila, com toda a piedade e dignidade.

Isto é bom e agradável a Deus, nosso Salvador.
Ele quer que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade.
Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e a humanidade: o homem Cristo Jesus,
Nós católicos também cremos que só existe um mediador entre Deus e os homens, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, mas cremos também que os santos são contados como membros da Igreja, que é verdadeiramente o corpo de Cristo, isso explica o porquê da Sagrada escritura dar o título de mediador também a Moisés :
“Eu fui naquele tempo intérprete e mediador entre o Senhor e vós”.(Dt 5, 5)
E de admitir na carta na carta de São Tiago (que acabamos de ler) mediadores secundários.
Os que assistem esse vídeo não se surpreendam com os ataques que virão posteriormente dos protestantes, logicamente os mesmos tentarão provar através de clichês que :
“Os santos não são onipresentes ,logo não podem atender tantos pedidos de intercessão ao mesmo tempo e outros que seguem a mesma linha de raciocínio.”
Ora o tempo após morte é totalmente diferente do cronos, o que conhecemos, pois o tempo cronológico é medido do deslocamento entre uma ação até seu termino, por exemplo:
O dia tem 24horas, isso ocorre porque a Terra ao girar em torno de si mesma no movimento de translação está fazendo que a posição da luz do sol mude. Mas como podemos ver esse deslocamento prevê um começo, meio e fim. Ora a eternidade não possui nenhuma dessas características.
Essa explicação da eternidade protestante é desonesta e ironicamente põe freios e limites na eternidade, os protestantes têm muito a explicar sobre como chegaram à brilhante conclusão de uma eternidade com começo, meio e fim.

E os primeiros cristãos acreditavam no que?
S. Clemente que viveu no primeiro século cristão diz:
“Os que suportaram com confiança, herdaram glória e honra; foram exaltados, e Deus os inscreveu no seu memorial pelos séculos dos séculos. Amém” (S. Clemente de Roma, aos Coríntios, n. 45.8)
Orígenes, pelo ano 250 d.C., afirmava que:
“virtudes nesta vida são definitivamente aperfeiçoadas no além. Ora, a mais valiosa de todas é a caridade; esta, portanto, na outra vida é ainda mais ardente do que na vida presente. Por conseguinte, os santos exercem seu amor sobre os irmãos na terra, mediante a intercessão dirigida a Deus em favor das necessidades destes peregrinos”
Santo Inácio, já no ano 107 d.C., – na iminência de seu martírio – escreveu: “Meu espírito se sacrifica por vós, não somente agora, mas também quando eu chegar a Deus”(Santo Inácio de Antioquia, tralianos, n. 13,3)

Essas citações já tiram outra mentira dos hereges, que a intercessão dos santos foi criada no século quarto pela famosa “pagazinazação do cristianismo”
A pergunta que nos fica é: Porque Lutero e Calvino são superiores aos primeiros cristãos?
Fonte : Site Santa Igreja


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Deus proibiu a fabricação de imagens?Ou mandou fazelas?

Uma das “grandes armas”  que o protestantismo pensa ter para atacar a Igreja Católica são as imagens. Em qualquer conversa com protestantes a respeito de religião, seja qual assunto for, ele sempre tende que pender para as imagens da Igreja Católica. Quando isso acontece os protestantes sempre aparecem com a famosa passagem da suposta proibição de imagens do livro de Êxodo, ela é:
Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.(Ex 20, 4)
 Bem, essa parece ser uma proibição absoluta tanto da fabricação quanto da adoração de imagens. Qualquer um que ler a primeira vista vai tirar esta conclusão. Porém a bíblia não deve ser interpretada em versículos isolados nem em traduções tendenciosas, nem tudo que parece ser, é realmente.
Se virarmos algumas páginas depois de Êxodo 20, em Êxodo 25, veremos Deus ordenando Moisés fabricar imagens:

Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório.” (Ex 25,18)
Ora, Deus está se contradizendo? Em um lugar ele proibiu a fabricação de imagens e 5 capítulos após, ele mesmo manda fazer imagens? Pode Deus se contradizer? Claro que não!
Deus nunca proibiu a fabricação de imagens, o que Ele proibiu foi a fabricação de ídolos. Uma análise bem feita do texto e uma verificação do texto original provarão isso.
Se olhar os versículos que antecedem e sucedem a passagem veremos que:

Não terás outros deuses diante de mim.
  Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
 Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta..” (Êxodo 20, 3-5)
Pelo próprio contexto vemos que a passagem não se refere a “imagens” e sim a “deuses”, ou seja era a proibição  das imagens desses deuses. Acontece que o povo judeu estava saindo Egito e embebido da idolatria pagã egípcia. Os deuses egípcios eram todos representados em imagens e pinturas, daí vem a proibição para que os judeus não mais fizessem as representações destes deuses.
Analisando o texto no hebraico encontraremos a palavra “פֶסֶל֙ ” (fessel ou pecel), essa palavra não significa “imagens de escultura” e sim “ídolos”.
 A Exaustiva concordância Strong (dicionário das linguas bíblicas, e protestante) traduz essa palavra como:
06459 pecel
procedente de 6458; DITAT - 1788a; n. m.
1)      ídolo, imagem
Como vemos a palavra não diz respeito a qualquer imagem, e sim a ídolos esculpidos, ou seja imagens de ídolos. De fato pode ser traduzida como imagem, mas não diz respeito a qualquer imagem e sim  especificamente ídolos esculpidos.
Dessa forma vemos que a passagem é uma clara referência aos deuses do Egito, como constataremos a baixo:

Não farás para ti ídolos ou coisas alguma que tenha a forma de algo que se encontre no alto do céu…”. (êxodo 20, 4):
O que estava no céu, eram os deuses dos ares do Egito:
 RÁ (ou Rê), o criador dos deuses e da ordem divina egípcia. Foi retratado pela arte egípcia sob muitas formas e denominações e era também representado por um falcão, por um homem com cabeça de falcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos.
Í BIS, uma ave pernalta de bico longo e recurvado. Existe uma espécie negra e outra de plumagem castanha com reflexos dourados, mas era o íbis branco, ou íbis sagrado,que era considerado pelos egípcios como encarnação do deus Thoth. Um homem com cabeça de íbis, era outra das representações daquele deus.


  HÓRUS, filho de Isis e Osíris. Ele é representado como um homem com cabeça de falcão ou como um falcão, sempre usando as duas coroas do Alto e Baixo Egito. Na qualidade de deus do céu, Hórus é o falcão cujos olhos são o sol e a lua.
 
TOTH, era o deus-escriba e o deus letrado por excelência. Representado como um íbis ou um homem com cabeça de íbis, ou ainda um babuíno.



 “…embaixo na terra…”. (Êxodo 20, 4):
O que estava na terra eram os deuses e animais terrestres do Egito:
ANÚBIS, filho de Seth e Néftis, é o mestre dos cemitérios e o patrono dos embalsamares. É na realidade o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias, a de Osíris. Todo egípcio esperava beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento desta primeira múmia. Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmulos com a forma de um cão, vigilante.

ÁPIS, o boi sagrado que os antigos egípcios consideravam como a expressão mais completa da divindade sob a forma animal e que encarnava, ao mesmo tempo, os deuses Osíris e Ptah. O culto do boi Ápis, em Mênfis, existia desde a I dinastia pelo menos. Também em Heliópolis e Hermópolis este animal era venerado desde tempos remotos. Essa antiga divindade agrária, simbolizava a força vital da natureza e sua força geradora.

KHEPRA, (escaravelho, em egípcio) ou um homem com um escaravelho no lugar da cabeça também representavam o deus-Sol. Nesse caso o besouro simbolizava o deus Khepra e sua função era nada menos que a de mover o Sol, como movia a bolazinha de excremento que empurrava pelos caminhos. Associados à idéia mitológica de ressurreição, os escaravelhos eram motivo freqüente das peças de ourivesaria encontradas nos túmulos egípcios.
BABUINO ou cinocéfalo é um grande macaco africano, cuja cabeça oferece alguma semelhança com os cães. No antigo Egito este animal estava associado ao deus Thoth, considerado o deus da escrita, do cálculo e das atividades intelectuais. Era o deus local em Hermópolis, principal cidade do Médio Egito. Deuses particularmente numerosos parecem ter se fundido no deus Thoth: deuses-serpentes, deuses-rãs, um deus-íbis, um deus-lua e este deus-macaco.

APÓFIS, a serpente que habitava o além-túmulo, representava as tempestades e as trevas. As serpentes estavam entre os adversários mais perigosos e o demônio líder de todos eles era Apófis a grande serpente.
 BASTET, uma gata ou uma mulher com cabeça de gata simbolizava a deusa Bastet e representava os poderes benéficos do Sol. Seu centro de culto era Bubástis, cujo nome em egípcio ( Per Bast ) significa a casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo.
GEB, o deus da Terra é irmão e marido de Nut. É o suporte físico do mundo material, sempre deitad o sob a curva do corpo de Nut. Ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas. Ele estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Geb umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade. Nas pinturas é sempre representado com um ganso sobre a cabeça.
  
  “…ou nas águas debaixo da terra.”. (Êxodo 20, 4):
Por fim o que estava nas águas eram justamente os deuses animais que ficavam nas águas e que eram adorados no Egito:

SEBEK, um crocodilo ou um homem com cabeça de crocodilo representavam essa divindade aliada do implacável deus Seth. O deus-crocodilo, era venerado em cidades que dependiam da água, como Crocodilópolis.
  TUÉRIS, (Taueret ) era a deusa-hipopótamo que protegia as mulheres grávidas e os nascimentos. Ela assegurava fertilidade e partos sem perigo. Adorada em Tebas, é representada em inúmeras estátuas e estatuetas sob os traços de um hipopótamo fêmea erguido, com patas de leão, de mamas pendente s e costas terminadas por uma espécie de cauda de crocodilo.


Será que é mera coincidência, Deus ter proibído as “imagens” justamente quando os judeus saíram do Egito? E por que esta proibição se assemelha tanto aos deuses do Egito?  É apenas uma coincidência?
Para que não haja mesmo qualquer dúvida ou questionamento de que Deus se referia aos falsos deuses do Egito, ao pedir que o povo não praticasse idolatria, nem fizesse "imagens", leremos agora um trecho do livro de Josué, que foi quem substitui Moises:
Agora, pois, temei o Senhor e o servi-o com inteligência e fidelidade. Afastai os deuses aos quais vossos pais serviram do outro lado do rio e no Egito, e servi ao Senhor”. (Josué 24, 14).
E para termos ainda mais certeza de que Deus falava claramente dos falsos deuses do Egito, leiamos o que fala também, Ezequiel 8, 8-10:
“Filho do homem, disse-me ele, fura a muralha, quando a furei, divisei uma porta. Aproxima-te, diz ele, e contempla as horríveis abominações a que se entregam aqui. Fui até ali para olhar: enxerguei aí toda espécie de imagens de répteis e animais imundos e, pinturas em volta da parede, todos os ídolos da casa de Israel”.
O que podemos perceber com essa passagem bíblica? Obviamente que os sacerdotes estavam adorando os falsos deuses em forma de répteis e animais, que Deus havia proibido que fossem adorados.
O próprio Josué que condenou as imagens dos ídolos, se prostrou diante das imagens da Arca da Aliança e isso não foi caracterizado como idolatria:
"Josué rasgou suas vestes e prostrou-se com a face por terra até a tarde diante da arca do Senhor, tanto ele como os anciãos de Israel, e cobriram de pó as suas cabeças" (Josué 7, 6)

Deus nunca iria se contradizer, proibindo e ao mesmo tempo mandando que se fabricassem imagens e permitindo de seus servos se prostrassem diante delas, como podemos ver em diversos versículos.
A serpente de Bronze:
"E disse o Senhor a Moisés: Faze uma serpente ardente e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo mordido que olhar para ela. E Moisés fez uma serpente de metal e pô-la sobre uma haste; e era que, mordendo alguma serpente a alguém, olhava para a serpente de metal e ficava vivo." (Nm 21,8-9)
A própria serpente de bronze foi uma prefiguração de Cristo e ele próprio confirma isto, ou seja a crucificação de Cristo foi representada com uma imagem de cobra:
Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem,” (João 3, 17)
Estaria Moisés cometendo idolatria?
O templo de Salomão:
E no oráculo fez dois querubins de madeira de oliveira, cada um da altura de dez côvados.” (I Reis 6, 23)
E revestiu de ouro os querubins. E todas as paredes da casa, em redor, lavrou de esculturas e entalhes de querubins, e de palmas, e de flores abertas, por dentro e por fora.” (I Reis, 6, 28-29)
“E sobre as cintas que estavam entre as molduras havia leões, bois, e querubins, e sobre as molduras uma base por cima; e debaixo dos leões e dos bois junturas de obra estendida.” (I Reis 7, 29).
Para o interior do Santo dos Santos, mandou esculpir dois querubins e os revestiu de ouro.” (II Crônicas 3,10)
Era neste mesmo templo que os apóstolos e Jesus iam para orar:
"Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão." (João 10,23)
"Enquanto isso, realizavam-se entre o povo pelas mãos dos apóstolos muitos milagres e prodígios. Reuniam-se eles todos unânimes no pórtico de Salomão."(Atos 5, 12)
Estariam Jesus e os apóstolos sendo idólatras ao frequentar um templo repletos de imagens de escultura?
Fica provado, portanto, que Deus nunca proibiu a fabricação de imagens e sim de ídolos para a adoração, colocando-os no lugar do próprio Deus. Desmascaramos assim mais uma falsa interpretação protestante.
Referencias


LIMA, Alessandro. Deus proibe a Fabricação de Imagens? Disponível em: <http://www.veritatis.com.br/apologetica/123-imagens-santos/554-deus-proibe-confeccao-imagens>. Acesso: 06/06/2012
 MAGIA DO ORIENTE. Deuses egípicios. Dsiponível em:  <http://magiadooriente.vilabol.uol.com.br/mitologia.htm>. Acesso em: 06/06/2012.
Para citar:

RODRIGUES, Rafael. Deus proibiu a fabricação de Imagens. Apologistas Católicos. Disponível em: <http://apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/imagens/524-deus-proibiu-a-fabricacao-de-imagens>. Desde 06/06/2012.

Quem são os “irmãos” de Jesus relatados na Bíblia ?


  • Introdução
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Os cristãos protestantes costumam ensinar que Maria, Mãe de Jesus, teve outros filhos além de Nosso Senhor. Que o Verdadeiro Espírito Santo nos permita mostrar aos nossos irmãos separados a verdade sobre os “irmãos” do Senhor.
  • Jesus, o primogênito
No Evangelho de São Lucas lemos: “Maria deu à Luz o seu filho primogênito” (Lc 2,7). Aqui os protestantes enxergam indícios de que o Senhor foi somente o primeiro filho de Maria. Ora, a palavra “primogênito” só significa primeiro filho, podendo ele ser filho único ou não.
A própria Escritura Sagrada dá testemunho disto, vejamos:
O Senhor disse a Moisés: “Faze o recenseamento de todos os primogênitos varões entre os israelitas, da idade de um mês para cima, e faze o levantamento dos seus nomes.” (Num 3,40) .
Se para que seja primogênito é preciso que haja outros irmãos, como pode haver primogênitos “da idade de um mês para cima”?
Um outro exemplo está no livro do Êxodo: “e morrerá todo primogênito na terra do Egito, desde o primogênito do faraó, que deveria assentar-se no seu trono, até o primogênito do escravo que faz girar a mó, assim como todo primogênito dos animais.” (Ex. 11,5).
E a promessa de Deus se cumpre, onde lemos: “Pelo meio da noite, o Senhor feriu todos os primogênitos no Egito, desde o primogênito do faraó, que devia assentar-se no trono, até o primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais. O faraó levantou-se durante a noite, assim como todos os seus servos e todos os egípcios e fez-se um grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto” (Ex. 12,29-30).
A própria tradição ensina que o Faraó só tinha um único filho. Desta forma, a palavra “primogênito” em Lc 2,7 não prova que o Senhor teve outros irmãos.
  • José “conheceu” Maria?
No Evangelho de São Mateus lemos: “José não conheceu Maria [não teve relações sexuais com ela] até que ela desse à luz um filho.” (Mt 1,25).
Neste trecho os protestantes entendem que depois do parto, José “conheceu” Maria.
Quem entende o mínimo de exegese bíblia e cultura judaica, saberá que o Evangelho de Mateus é coberto de “aramaísmos”, isto é, expressões típicas da língua aramaica e hebraica, que quando traduzidas para outra língua não possuem o mesmo significado.
A expressão “até que”, “até” ou “enquanto” na linguagem bíblica, diz respeito somente ao passado. Para que isso fique mais claro vejamos outros exemplos na própria Escritura:
Ainda em Mateus, encontramos a promessa do Senhor à Igreja: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mt 28,20). Será que o versículo quer dizer que após a consumação dos séculos, Jesus não estará mais com a Sua Igreja?
Micol, filha de Saul, não teve filhos até ao dia de sua morte” (2 Sam 6,23).
O escritor sagrado quer dizer que depois de sua morte, Micol teve filhos?
Falando Deus a Jacó do alto da escada que este vira em sonhos, disse-lhe: “Não te abandonarei, enquanto não se cumprir tudo o que disse” (Gn 28,15).
Depois que se cumprir o que o Senhor disse, Ele então deveria abandonar Jacó?
Em Gênesis lemos: “[Noé] Soltou o corvo que foi e não voltou até que as águas secassem sobre a terra” (Gn 8,7). Aqui não significa que o corvo voltou após as águas secarem, o que se quer é dar ênfase ao fato de que ele não voltou, mostrando que as águas finalmente secaram.
Desta forma, em Mt 1,15, não significa que depois do parto José deveria “conhecer” Maria. O Evangelista quer mostrar aqui o milagre da encarnação do Verbo, que aconteceu por obra do Espírito Santo, sem a intervenção do homem (cf. Is 7,14).
  • A palavra “irmãos” na Escritura Sagrada
Nossos irmãos protestantes alegam que em diversos lugares, o Evangelho fala dos “irmãos” de Jesus, como por exemplo: “estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua mãe e teus irmãos querem ver-te” (Mt 12, 46-47; Mc 3,31-32; Lc 8,19-20).
É importante dizer que nas Sagradas Letras, as palavras “irmão”, “irmã”, “irmãos” e “irmãs” podem denotar qualquer grau de parentesco. Isto porque, as línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que
traduzem o nosso “primo” ou “prima”, e serve-se da palavra “irmão” ou “irmã”. A palavra hebraica “ha“, e a aramaica “aha“, são empregadas para designar irmãos e irmã do mesmo pai, e não da mesma mãe (Gn 37, 16; 42,15; 43,5; 12,8-14; 39-15), sobrinhos, primos irmãos (1 Par 23,21), primos segundos (Lv 10,4) e até parentes em geral (Jó 19,13-14; 42,11). Existem muitos exemplos na Sagrada Escritura.
Observamos no Gênesis que “Taré gerou Abraão, Naor e Harã; e Harã gerou a Ló” (Gn 11,27). E Ló então era sobrinho de Abraão. Contudo no mesmo Gênesis, mais adiante Abraão chama a Ló de irmão (Gn 13,8).
Ainda em Gn 14,12, o Evangelho nos relata a prisão de Ló; e no versículo 14 observamos: “Ouvindo, pois Abraão que seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascido em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã“.
Jacó se declara irmão de Labão, quando na verdade era filho de Rebeca, irmã de Labão (Gn 29,12-15).
Assim a qualificação de alguém pela palavra “irmão” ou “irmã” em relação ao Senhor, não significa necessariamente que fossem irmãos de fato. A única certeza que se pode ter neste caso é que eram parentes do Senhor.
  • A quem os Evangelhos chamam de “irmãos” do Senhor?
Os Evangelhos qualificam algumas pessoas como “irmãos” do Senhor. A primeira referência que encontramos está em São Mateus, onde lemos:
Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?” (Mt 13,55).
Uma passagem correspondente encontramos em São Marcos:
Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs? E ficaram perplexos a seu respeito” (Mc 6,3).
1. A importância da expressão “uiós Marias“.
Interessante notar que São Marcos usa a expressão grega “uiós Marias“, em português “o filho de Maria“. Considerando Mateus e Lucas, observe o leitor que apenas o “o filho do carpinteiro” é chamado de “o filho de Maria” e não “um dos filhos de Maria“. Isso pode não fazer muita diferença em português, mas em grego é muito significativo.
Primeiramente pelo fato da mulher ser a última das criaturas no mundo antigo, normalmente a filiação de alguém sempre referenciava o pai. Por exemplo: “o filho de Jonas”, “o filho de Alfeu”, etc. Mas São Marcos ao falar da filiação de Cristo, não aponta para José, mas para Santa Maria, utilizando uma expressão que normalmente só era usada para designar filhos únicos.
É claro que esta ocorrência incomum no Evangelho de Marcos não é sem propósito. O Evangelista que mostrar que Cristo era o único filho de Santa Maria.
2. A Carta de São Paulo aos Gálatas
Segundo nossos irmãos protestantes, os supostos irmãos de sangue de Jesus seriam: Tiago, José, Simão e Judas. É o que o eles afirmam lendo Mt 13,55 e Mc 6,3, confiando que estão sendo guiados pelo Espírito Santo. Dizem ainda que São Paulo confirma isto, pois na carta aos Gálatas ele escreve: “Três anos depois subi a Jerusalém para conhecer Cefas [Pedro], e fiquei com ele quinze dias. E dos outros apóstolos [que estão em Jerusalém] não vi a nenhum, senão a Tiago, irmão do Senhor? (Gl 1,18-19).
Segundo a referência paulina acima, este Tiago, “irmão do Senhor“, é de fato um Apóstolo.
Segundo as listas de Mateus, Marcos e Lucas, existiram dois apóstolos de nome Tiago. Vejamos:
Eis os nomes dos doze apóstolos: o primeiro, Simão, chamado Pedro; depois André, seu irmão. Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão. Filipe e Bartolomeu. Tomé e Mateus, o publicano. Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu. Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, que foi o traidor” (Mt 10, 2-4).
Escolheu estes doze: Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer Filhos do Trovão. Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador;  e Judas Iscariotes, que o entregou” (Mc 3,16-19).
Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze dentre eles que chamou de apóstolos: Simão, a quem deu o sobrenome de Pedro; André, seu irmão; Tiago, João, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado Zelador; Judas, irmão de Tiago; e Judas Iscariotes, aquele que foi o traidor” (Lc 6,13-16).
Conforme podemos observar, um Tiago era filho de Zebedeu e o outro filho de Alfeu. Agora eu pergunto aos meus irmãos protestantes: o que tem Zebedeu e Alfeu com Santa Maria, Mãe de Jesus”
Ora, é ponto pacífico entre todos os cristãos que Santa Maria só foi casada com São José, e que não se casou depois. Portanto, este Tiago, o qual São Paulo se refere em sua carta aos Gálatas não era irmão de sangue do Senhor Jesus; logo, as palavras do Apóstolo não dão suporte à tese protestante.
3. Distinguindo os Tiagos
Primeiro é preciso fazer uma distinção entre os dois “Tiagos” que foram apóstolos. O Tiago, filho de Alfeu (cf. Mt 10,3; Mc 3,18; Lc 6,15) era também chamado de “o menor”, veja:
E também estavam ali algumas mulheres, olhando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago o menor e de José, e Salomé” (Mc 15,40).
Este Tiago que era irmão de José, não é filho de Zebedeu conforme vemos em São Mateus:
Havia ali também algumas mulheres que de longe olhavam; tinham seguido Jesus desde a Galiléia para o servir. Entre elas se achavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu” (Mt 27,55-56) .
Como vemos acima, a Mãe de Tiago e José não é a mãe dos filhos de Zebedeu. Desta forma, o Tiago chamado “o menor” em Mc 15,40 era o filho de Alfeu. Com efeito, tanto São Marcos quanto São Lucas identificam este Tiago como irmão de José.
Podemos então distinguir os dois “Tiagos” assim: Tiago, o Maior, é filho de Zebedeu e Tiago, o Menor, é filho de Alfeu.
4. Os irmãos dos Tiagos
Na lista dos apóstolos de São Lucas, Judas era irmão do Tiago filho de Alfeu (cf. Lc 6,16), o que corrobora com o livro de Ato, onde encontramos:
Tendo entrado no cenáculo, subiram ao quarto de cima, onde costumavam permanecer. Eram eles: Pedro e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador, e Judas, irmão de Tiago” (At 1,13) .
Segundo São Mateus e São Marcos este Judas era também chamado Tadeu (cf. Mt 10,3; Mc 3,18).
Até aqui os filhos de Zebedeu são Tiago (o Maior) e João (cf. Mc 3,16; Mt 10,2). Os filhos de Alfeu são Tiago (o Menor), Judas Tadeu e José (cf. Mt 10,3; Mc 3,18; Lc 6,15; At 1,13).
5. Quem é o Tiago referido na carta aos Gálatas?
São Paulo chama um dos “Tiagos” de “irmão do Senhor” (cf. Gl 1,19). Vimos ele ou é um dos filhos de Zebedeu ou Alfeu, e não de José, portanto, não é irmão de sangue do Senhor Jesus.
Quem é este Tiago a quem o Santo Apóstolo se refere? O Maior (filho de Zebedeu e irmão de João) ou o Menor (filho de Alfeu e irmão de Judas)?
Em Atos lemos que o Tiago, irmão de João foi morto após perseguição de Herodes:
Por aquele mesmo tempo, o rei Herodes mandou prender alguns membros da Igreja para os maltratar. Assim foi que matou à espada Tiago, irmão de João” (At 12,1-2).
Isto aconteceu depois que São Paulo esteve em Jerusalém para ver os Apóstolos, pois o seu relato em Gl 1,18-19 é o mesmo evento narrado por São Lucas em Atos 9:
Chegando a Jerusalém, [Paulo] tentava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não querendo crer que se tivesse tornado discípulo. Então Barnabé, levando-o consigo, apresentou-o aos apóstolos e contou-lhes como Saulo vira o Senhor no caminho, e que lhe havia falado, e como em Damasco pregara, com desassombro, o nome de Jesus. Daí por diante permaneceu com eles, saindo e entrando em Jerusalém, e pregando, destemidamente, o nome do Senhor” (At 9, 26-28).
Assim, quando São Paulo esteve em Jerusalém para conhecer os apóstolos, os dois “Tiagos” estavam vivos, mas se prestarmos atenção na seqüência entre os capítulos 1 e 2 da carta aos Gálatas, veremos que o Tiago referido em Gl 2,9 parece ser o mesmo de Gl 1,19. O capítulo 2 da carta aos Gálatas se refere ao Concílio de Jerusalém, narrado em At 15, quando o Tiago, filho de Zebedeu já havia sido morto (cf. At 12,1-2).
Com efeito, Rufino (“Comentário ao Credo dos Apóstolos“, 37) e Eusébio de Cesaréia (“História Eclesiástica“, II,23), ambos historiadores da Igreja Antiga, registraram a Tradição Apostólica que identifica Tiago, autor da Epístola de Tiago, como irmão do Senhor. É sabido que o autor da Epístola a Tiago, é o Tiago filho de Alfeu, irmão de Judas Tadeu (cf. Jd 1,1), o autor da Epístola de Judas.
6. Identificando os “irmãos” de Jesus
Vimos que São Paulo dá testemunho da Tradição Apostólica de identificar Tiago, filho de Alfeu, como irmão do Senhor Jesus. Lembremos que este Tiago tem com irmãos Judas Tadeu e José.
Ora, exatamente os nomes Tiago, Judas e José que encabeçam a lista dos “irmãos” de Jesus na lista dos Evangelistas, lembremos:
Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs? E ficaram perplexos a seu respeito” (Mc 6,3).
Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?” (Mt 13,55).
7. Identificando a mãe dos “irmãos” de Jesus
Para ficar ainda mais claro que Tiago, José e Judas são primos de Jesus, vamos identificar mãe deles.
Os evangelistas relataram que além da Mãe de Jesus, outras mulheres estavam próximas ao calvário. Vejamos:
Havia ali [no Calvário] também algumas mulheres que de longe olhavam; tinham seguido Jesus desde a Galiléia para o servir. Entre elas se achavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu” (Mt 27,55-56).
Segundo São Mateus eram elas: Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e José e a mãe dos filhos de Zebedeu. Com efeito, Tiago e José que também são irmãos de Judas Tadeu tem por mãe uma Maria que não é a mãe do Senhor. Os filhos de Zebedeu são Tiago Maior e São João, cuja mãe também estava na cena da crucificação.
E também estavam ali algumas mulheres, olhando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago o menor e de José, e Salomé(Mc 15,40).
São Marcos eram elas: Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e José que também são irmãos de Judas e Salomé. Em concordância com São Mateus, Salomé só pode ser a mãe dos filhos de Zebedeu, isto é, a mãe de Tiago Maior e São João. Novamente a Maria mãe de Tiago, Judas e José não é a Maria mãe de Jesus. Esta Maria tinha por marido Alfeu.
Estavam junto à cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria [esposa] de Cleofas, e Maria de Mágdala (Jo 19,25).
São João identifica Maria esposa de Cleofas como tia de Jesus, isto é, irmã de Santa Maria. Ora, sabemos que Tiago Maior e São João não são primos de Jesus, caso contrário seriam chamados “irmãos do Senhor”; assim, Salomé não é a Maria esposa de Cleofas.
Esta Maria, esposa de Cleofas, é a mãe de Tiago, José e Judas. Portanto, estes “irmãos” de Jesus, são na verdade seus primos, filhos de Maria, tia de Jesus.
Como na antiguidade os homens normalmente eram conhecidos por dois nomes, alguns acreditam que Cleofas é o outro nome de Alfeu. Outros sustentam a tese de que Cleofas é o marido de um segundo casamento de Maria, tia de Jesus. Com efeito, somente Tiago é referido como filho de Alfeu (ver item 2 deste artigo), enquanto se diz apenas que Judas e José são seus irmãos.
Sendo Alfeu e Cleofas, a mesma pessoa ou não, isso não oferece qualquer problema, pois de fato Tiago, Judas e José, são filhos de Maria, tia de Jesus; não importando se Tiago Menor é filho de Alfeu e Judas e José filhos de Cleofas.
8. Quem é Simão?
Em Mt 13,55 e Mc 6,3 encontramos o nome de Simão junto com os de Tiago, José e Judas.
Quando São Mateus e São Marcos elencam os apóstolos, sempre colocam o nome dos irmãos em seqüência. Ex: Pedro e André, Tiago Maior e João, etc.
Nestas mesmas listas, próximo aos nomes dos irmãos Tiago Menor e Judas Tadeu, os evangelistas citam um Simão: “Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu. Simão, o cananeu [...]” (Mt 10,3-4) e “[...] Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador” (Mc 3,18).
Com efeito, Eusébio de Cesaréia em sua “História Eclesiástica” registra que este Simão era primo do Senhor e filho de Cleofas:
Após o martírio de Tiago [menor] e a destruição de Jerusalém, ocorrida logo depois, conta-se que os sobreviventes dos Apóstolos e discípulos do Senhor vindos de todas as partes se congregaram e com os consangüíneos do Senhor ‘havia um grande número deles ainda vivos’ reuniram-se em conselho para verificar quem julgariam digno de suceder a Tiago. Todos unanimemente consideraram idôneo para ocupar a sede desta Igreja Simeão, filho de Cléofas, de quem se faz memória no livro do Evangelho (Lc 24,18; Jô 19,25). Diz-se que era primo do Salvador. Efetivamente, Hegesipo [historiador antigo] declara que Cléofas era irmão de José” (HE III,11).
  • Conclusão
Os “irmãos” de Jesus são seus primos, filhos da irmã da Mãe do Senhor, cujo nome é também Maria; são eles Tiago, José, Judas Tadeu e Simão. Este é o testemunho da Sagrada Escritura e da Memória dos primeiros cristãos.

É errado usar biquíni?


Por Jason Evert
Traduzido por Andrea Patrícia

Estudantes universitários do sexo masculino da Universidade de Princeton recentemente participaram de estudos sobre como o cérebro masculino reage ao ver as pessoas usando diferentes quantidades de roupa. Os indivíduos do teste tiveram seus cérebros ligados a um scanner e por uma fração de segundo foram mostradas fotografias de mulheres de biquíni, bem como homens e mulheres vestidos com modéstia.
     Quando os jovens viram as mulheres seminuas, a parte do cérebro associada com o uso de ferramentas ficou iluminada. Mesmo que algumas das imagens tenham sido mostradas por tão pouco tempo como dois décimos de segundo, as imagens mais facilmente lembradas foram as de mulheres de biquíni cujas cabeças foram cortadas das fotos!
     O objetivo da pesquisa, de acordo com Susan Fiske, professora de psicologia na Universidade de Princeton, foi o de examinar maneiras pelas quais as pessoas vêem os outros como um meio para um fim. Os resultados da pesquisa foram apresentados durante a reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, realizada em Chicago.
Os pesquisadores também descobriram que, quando alguns dos homens viram mulheres seminuas, o córtex pré-frontal medial dos homens foi desativado. Esta é a região do cérebro associada com a análise de pensamentos de uma pessoa, intenções e sentimentos. Fiske comentou: “É como se eles estivessem reagindo a estas mulheres como se elas não fossem plenamente humanas.” Ela acrescentou: “É um estudo preliminar, mas é consistente com a idéia de que eles estão respondendo a estas fotografias como se fossem responder a objetos ao invés de pessoas. “
     Ela considerou esta descoberta chocante, porque “A falta de ativação nesta área de cognição social é algo realmente estranho, porque quase nunca acontece.” Pesquisadores testemunharam uma ausência tão desumana da atividade cerebral apenas uma vez, durante um estudo onde foram mostradas às pessoas imagens de viciados em drogas e pessoas desabrigadas.
     Outro estudo realizado com alunos de graduação na Universidade de Princeton descobriu que quando são mostradas aos homens imagens de mulheres em biquínis, eles associam as mulheres com verbos na primeira pessoa, como “empurro”, “seguro” e “agarro.” Quando mostradas imagens de mulheres modestamente vestidas, os homens associaram as imagens com as formas de terceira pessoa dos verbos, como ela “empurra”, “segura” e “agarra”. Em outras palavras, as mulheres completamente vestidas eram vistas como estando no controle de suas próprias ações, enquanto que as indecentes não.
     Embora os cientistas tenham ficado surpresos com esses achados, eles não são chocantes para aqueles que conhecem as origens do biquíni. Seu inventor foi um francês chamado Louis Reard, que trabalhou para o negócio de lingerie de sua mãe. Quando ele criou o primeiro traje de banho de duas peças em 1946, ele teve que contratar uma stripper para a estréia das roupas, porque nenhuma modelo estava disposta a usá-lo na passarela! Afinal, que tipo de mulher iria usar a calcinha em público, apenas porque se tornou impermeável? Mais de meio ano século atrás, estas modelos francesas tinham como certo o que os cientistas de hoje de Princeton acham surpreendente.
     A Dra. Alice Von Hildebrand comentou certa vez: “Se as meninas tivessem consciência do grande mistério confidenciado a elas, sua pureza seria garantida. A grande reverência que teriam em relação a seus próprios corpos, inevitavelmente, seria percebida pelo outro sexo. Homens têm talento para a leitura da linguagem corporal das mulheres, e eles não são susceptíveis do risco de serem humilhados quando a recusa é certa. Perceber a modéstia das mulheres os levaria a fazer a abordagem do sexo feminino com reverência. “
     Assim como biquínis fazem com que os cérebros de alguns homens ignorem as intenções e pensamentos de uma mulher, a modéstia faz exatamente o oposto. Ela convida os homens a considerar o quanto mais uma mulher tem para oferecer. Se biquínis objetificam as mulheres, a modéstia as personaliza. Assim, as mulheres que desejam ser levadas a sério pelos homens podem querer reconsiderar o poder da modéstia. Seu propósito não é velar o corpo da mulher porque ele é ruim. Muito pelo contrário! A mulher modesta não está escondendo-se dos homens. Ela está revelando a sua dignidade a eles.
     Nada na terra se aproxima da beleza da mulher. Por esta razão, a pergunta deve ser feita às mulheres: “Como você vai usar sua beleza?” O Papa João Paulo II afirmou que a dignidade e o equilíbrio da vida humana dependem em cada momento da história e em cada lugar do que os homens serão para as mulheres, e do que as mulheres serão para os homens. Então, quem você vai ser para os homens?
     Se as mulheres tornaram-se objetos nas mentes de muitos homens, o que pode ser feito para restaurar os corações e mentes de ambos? Se o mundo está sempre prestes a ver o ressurgimento de valores, modéstia e cavalheirismo, isso vai exigir que homens e mulheres façam um inventário de seus próprios corações, para examinar quem eles tornaram-se um para o outro.



Fonte: cmmnamodestia.blogspot.com.br


O abismo de corrupção na eleição para prefeito de São Paulo

Prof. Hermes Rodrigues Nery
Duas imagens recentes nos chocaram por estampar uma realidade atual de aguda degradação moral e de um pragmatismo utilitário levado às últimas conseqüências, a tornar ainda mais perigoso o campo político em que se movem os tomadores de decisões do nosso País, no momento.
A primeira, de algumas semanas atrás, com a presidente Dilma Roussef (ventríloco de Lula) a abraçar Dom Paulo Evaristo Arns, que a recebeu de braços abertos, de modo efusivo.
Dilma Rousseff e o cardeal vermelho Evaristo Arns
Foto estampada na capa dos principais jornais brasileiros, a expressar que o projeto político do Partido dos Trabalhadores (PT), executado com eficácia pela presidente-burocrata, tem sintonia com as opções ideológicas favorecidas pelo cardeal Arns, especialmente durante sua gestão à frente da Arquidiocese de São Paulo.
Quanto joio foi espalhado por aquele imenso território arquidiocesano, e que o PT hoje faz de tudo por conquistar, como um último ato a preceder a dominação total no cenário nacional.
Por isso o afã de Lula em eleger Haddad prefeito da maior cidade do Brasil, e para isso não recusou protagonizar a segunda imagem impactante reproduzida pela imprensa em 19 de junho, do aperto de mão de Lula com Maluf, tendo Haddad ao meio, feito uma salsicha num sanduíche mal temperado, que poderá provocar uma má digestão, de graves consequências ao combalido sistema político instrumentalizado pelo PT para impor a sua ditadura.
Lula, Haddad e Maluf, em Sao Paulo
O último lance do macunaímaco Lula faz empalidecer Maquiavel, Gramsci e Goebbels. Quando Fernando Henrique Cardoso (FHC, o badalado príncipe dos sociólogos que encantava estudantes da Sorbonne em 1968) se aliou a Antonio Carlos Magalhães, muitos torceram o nariz. Depois se conformaram dizendo que era necessário "sujar as mãos" como ensinou Sartre, para garantir a governabilidade.
Na época FHC escandalizou com a sua frase "esqueçam o que escrevi". Aquilo foi café pequeno perto do que vemos hoje: Lula na casa de Maluf, no Jardim Europa, em São Paulo, apertando as mãos do anfitrião. Mais café pequeno ainda foi o que aconteceu com Celso Pitta (prefeito de São Paulo apadrinhado por Maluf), que não se cansou de repetir nos programas eleitorais para que o povo não votasse mais nele se Pitta fosse uma decepção.
Todos sabem o que aconteceu com Pitta, como ele terminou seus dias, depois de ser moído pelas moiras malufistas. Na realidade, quem mais ganhou neste acordo até então inimaginável, foi o próprio Maluf, pois quem sabe dão agora uma trégua a ele, depois de incomodá-lo tanto com os seus feitos passados. E Lula se mostra com tudo isso, ser também um títere de forças mais poderosas que estão manejando-o (de fora, do exterior) para acentuar ainda mais a revolução cultural em curso, cujas diretrizes estão explícitas no Plano Nacional de Direitos Humanos.

A subversão dos anos 70-80 fez de Lula um monstro político

Em 1981, em entrevista à Interview, FHC explicou a Oswaldo Martins: "A esquerda toda aqui em São Paulo tem votação nos bairros de classe média e classe média alta. Eu verifiquei os dados e descobri que os deputados mais combativos tem a grande votação aí, não na grande periferia" (1). E falando com Judith Patarra, o mesmo FHC foi bombástico em declarar que ser intelectual é "ser subservivo" (2). Tanto FHC quanto Lula vieram, portanto, do mesmo substrato ideológico: a subversão.
Fernando Henrique e Lula em 1978, panfletando juntos em Sao Bernardo do Campo
Afinal, FHC e Lula se conheciam desde 1972, em São Paulo, quando ele já atuava no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), financiado por recursos vindos da ONU. O mesmo FHC conta que na transição dos anos 70-80, no esforço de subverter e mudar a sociedade (e sua mentalidade), a Igreja Católica foi uma das esferas escolhidas para — de modo gramsciano, de infiltração lenta e cirúrgica — o germe da subversão agir.
E naquele contexto (início do processo de redemocratização), investimentos foram feitos para transformar Lula no monstro político que é hoje. O que esteve em jogo nas greves do ABC, onde despontou Lula no cenário brasileiro, foram os primeiros experimentos do amálgama de forças para subverter o Brasil e chegar ao caleidoscópio que primeiro iludiu, e depois absorveu e fez a substância pastosa que hoje transformou a política num jogo de frankesteins.
De "estranhos morais" que se chocaram naqueles tempos sedutores, chegamos à amoralidade perigosa, preparando terreno para uma ditadura muito mais corrosiva, porque sem rosto, que age por dentro do sistema, manipulando, enganando, destruindo almas, despessoalizando e tornando a sociedade palco de um show bizarro, como indivíduos sem vida dançam narcotizados, os embalos de thriller.
Naquele período, a Igreja Católica começou então a ser instrumentalizada, e muitos contribuíram para isso.  Talvez daí a importância do abraço de Dilma Roussef no Cardeal Arns, justamente no período pré-eleitoral, de uma disputa em São Paulo, onde o PT quer fincar de vez lá, no território governado Dom Paulo, nos anos estratégicos da ascensão de Lula. FHC relembra dizendo que foi "no ABC, e especialmente em São Bernardo" (3), que se deu "o nascimento do espírito da comunitas de modo muito vivo." E acrescenta: "e é isso que dá à presença da Igreja o fulgor inegável". Então, a eleição do candidato do PT ou do PSDB representa apenas dois lados de uma mesma moeda.
Mas, de novo, enganam-se os que pensam que o bispo instiga e o cardeal comanda. A Igreja Católica fornece apenas a moldura; dentro desta o espírito que frutifica é o da igualdade mística num nós coletivo que dissolve momentaneamente hierarquias" (4). O fato é que, desde aqueles tempos em que FHC e Lula panfletavam juntos nas ruas, a Igreja no Brasil foi instrumentalizada para viabilizar um projeto político que tanto FHC quanto Lula estiveram comprometidos desde o início, e que agora a adesão a Maluf significa o passo decisivo "para fortalecer o projeto político, que está dando certo", conforme afirmou Haddad em entrevista coletiva nos jardins da mansão de Maluf (5). O que antes era perspectiva, hoje é projeto político que está dando certo.

A influência vem de fora

Numa conversa que tive com Fernando Henrique, em sua casa, em 1988, ele me disse que trabalhou nos Estados Unidos "num local chamado Institute for Advanced Study (Instituto de Estudos Avançados)". E explicou: "Este instituto foi criado na década de 30 para Albert Einstein, por ocasião de sua estada lá, e hoje é um grande instituto de estudos avançados (...) com uma pequena seção de Ciências Humanas, cujo estimulador naquela época era o professor Albert Goldsmidt, que é muito amigo meu, e o José Serra (que trabalhava conosco).
Prof. Hermes Nery e FHC
Fui lá então duas vezes. Passei dois períodos da minha vida lá, no que eles chamam de think bank (Banco do pensamento). Você fica lá, não tem nada a fazer, a não ser uma vez por semestre uma palestra na hora do almoço. Isso supõe que eles recrutam pessoas que tenham capacidade de elaboração intelectual" (6). O processo não é muito diferente do que aconteceu na Europa, por exemplo, quando também lá as instituições acadêmicas foram tomadas, ainda no início do século XX para a difusão do marxismo.
Foi assim que FHC foi recrutado por um think bank, para gestar a subversão que anos depois ajudaria a promover, primeiramente via CEBRAP (que "começou fazendo pesquisas sobre a população" (7), depois como senador, ministro e, enfim, presidente da República, até entregar muito satisfatoriamente o poder ao presidente-operário, transformado em raposa das raposas, em lobo blindado pela imprensa. E, aos poucos, o lobo foi engolindo, um a um, as víboras da arena política, até chegar aonde está hoje, como uma (ainda faminta por mais poder) ratazana de esgoto.
Hoje, às vésperas do julgamento do mensalão, a ratazana se move pelos esgotos escuros da política moralmente nocauteada, que ele ajudou a obscurecer até chegar ao câncer de um gangsterismo que toma conta assustadoramente, sem que saibam os como conter ou mesmo erradicar. Sem desmerecer a ameaça do candidato do PSDB, que não é menos esquerdista, a eleição de Haddad é favorecer ainda mais este gangsterismo, de que Lula é hoje o chefe. É um títere de forças internacionais, mas como um cabeça de um esquema que a muitos favorece. Resta apenas conquistar São Paulo, para tornar de vez a política no Brasil, inteiramente amoral e instrumento de uma barbárie de conseqüências imprevisíveis.
Hermes Rodrigues Nery é especialista em bioética, pós-graduado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, professor, escritor e jornalista, coordenador do Movimento Legislação e Vida, da Diocese de Taubaté.