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2 de jul. de 2010

Os falsos profetas na Igreja da atualidade


O Senhor Jesus nos alertou de que no tempo do fim apareceriam muitos falsos profetas e falsos cristos (Mt 24, 4). Pois bem. De fato, estamos assistindo um festival cada vez maior de pessoas de grande mídia que se enquadram nessa categoria. Ultimamente, a Igreja tem sido atacada de todos os lados, por se posicionar contra o aborto- assassinato-, contra pesquisas com embriões- eugenia-, bem como contra o matrimonio entre homossexuais- o que é claramente contrário a Palavra de Deus (Rm 1, 27). Não obstante essa defesa apologética das verdades “racionais” da fé cristã, o fato é que muitos, de dentro da própria Igreja, insistem em defender tais postulados, querendo com isso conciliar o que acreditam ser a fé cristã e as modas da atualidade. Ledo engano, já que “não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios” ao mesmo tempo (1 Co 10, 21). É certo que muitos o fazem por ignorância. Não me refiro a esses. Refiro-me, sim, aos que, intencionalmente, o fazem para destruir a Igreja e o Evangelho do Reino de Cristo. Estou a falar dos falsos profetas.

São claramente os próprios falsos profetas que insistem em atacar a Igreja, embora muitos deles estejam dentro da própria Igreja como lobos disfarçados, cujo objetivo é enfraquecer a Igreja por dentro e destruí-la nas entranhas. Muitos deles são marxistas revolucionários, mas se dizem cristãos, embora não acreditem que Deus é realmente capaz de transfigurar a terra e o céu em nossa terra e novo céu (Ap 21, 1) e queiram eles mesmos transformar a realidade através de uma revolução política- ou seja, querem realizar um paraíso na terra por suas próprias mãos. Outros, embora não sejam marxistas, continuam sendo revolucionários, pois acreditam possuir uma inteligência superior para transformar esse mundo em uma paraíso desenhado pelas suas “brilhantes mentes”, o que eles mesmos chamam de nova ordem mundial. Ainda existem aqueles que, pertencendo a movimentos contrários a Palavra de Deus e a Cristandade de uma forma geral, infiltram-se na Igreja com o fim de destruí-la por dentro, tal como os marxistas também o fazem. É o caso do movimento gay.

No primeiro caso, temos como exemplo claro a Teologia da Libertação ou ainda padres e pastores que apóiam descaradamente a revolução gramsciniana em marcha no Brasil, dizendo tratar-se de uma “revolução pelo social”.
No segundo, temos os globalistas de um modo geral, tais como os bilderberg´s, o CFR e a Comissão Trilateral.
No terceiro, temos como exemplo o movimento gay, articulado para a destruição da Igreja. Querem legalizar não uma conduta sexual, mas sua verborragia criminosa contra os cristãos, de forma a penalizá-los por exercer o direito constitucional a serem cristãos e pregar a Palavra de Deus. Querem, na verdade, criminalizar opiniões contrárias as deles, em um legítimo ato de tirania pela opinião contrária. E o que é pior: chamam isso de “democracia”.
Os últimos ataques contra a pessoa do Papa Bento e contra a Igreja Católica como um todo, a qual eles acusam de parcimônia com a pedofilia, não tem outro objetivo senão entronizar na cultura a promoção de um ódio coletivo contra a Igreja, de forma a manchar a força cultural e moral que a Igreja de Roma possui na promoção do Evangelho. De fato, tais ataques não são aleatórios, mas propositais, partindo tanto da imprensa anticristã como também dos movimentos contrários a Igreja, dos quais, como já salientei, muitos se infiltraram na mesma. É o caso dos pedófilos que, dizendo-se padres, na verdade não o são. Decerto, ou são infiltrados desses movimentos ou são pedófilos que encontraram na Igreja um campo para suas práticas perversas, disfarçando-se de padres. Não são padres, mas falsos profetas que, interessados em qualquer coisa menos no Evangelho, entram nos seminários com objetivos pré-concebidos.
Tal estratégia já tinha sido utilizada pelos marxistas que, partindo disso, fundaram a teologia da libertação, que pode ser qualquer coisa menos um movimento “católico”.

Na Igreja Evangélica a situação não está diferente. Os falsos profetas estão proliferando. Ainda que o foco do ataque não seja exatamente o mesmo, já que a Igreja Católica é forte pela cultura, o que demonstra que a guerra nesse campo é cultural, o fato objetivo é que na Igreja Evangélica os ataques dos lobos devoradores- avarentos disfarçados de pastores- estão cada vez mais produzindo resultados. Eles enganam a muitos, como disse o próprio Senhor. Prometem profecias que não são de Deus, exigem dízimos “superiores à décima parte” do Senhor, usam as Igrejas e os fiéis como mercados e palanques políticos, enfim, minam a Igreja por dentro, a fim de destruí-la. Para esses, o exemplo de Paulo aos Coríntios é salutar: “estou pronto para ir visitar-vos, uma terceira vez, e não vos serei pesado. Pois não busco os vossos bens, busco somente a vós” (2 Co 12, 14). Pergunte-se a si mesmo: o que esses falsos líderes estão buscando: a salvação de almas, como Paulo, ou as ofertas e os dízimos?

Esses ataques coordenados contra a cristandade derivam tanto da governança espiritual de Satanás sobre o mundo pecaminoso em que vivemos, bem como pela liderança de seus representantes no nível natural, quais sejam os movimentos indicados, liderados pelos falsos profetas. Os inimigos da Igreja estão ganhando cada vez mais força. E o Senhor Jesus nos disse para que nos guardássemos dos falsos profetas, pois nos tempo do fim apareceriam muitos deles. Você está se guardando dos falsos profetas?

Autor: Marcus Boeira, mestre e doutorando em Direito do Estado pela USP, é professor de Teoria do Estado e Direito Constitucional