Há mais ou menos um mês tenho vivido, sentido e provado da misericórdia de Deus.
Livramentos, consolos, providências...
Tudo começou no começo no meio do mês passado, quando meu filho teve uma crise de asma. Foi a primeira de sua vida. Quase morri. Passamos 15 horas no hospital. Injeções, soros na veia, aquela sensação de querer trocar de lugar com o meu filho...
Saindo do hospital, minha avó entrou, também com crise de asma. Saindo ela, entrou meu sobrinho mais velho, com dengue hemorrágica. Uma semana internado. O normal é que tenhamos uma contagem de 450 mil plaquetas. Ele tinha 26 mil quando foi internado. Estava com um pé na cova.
Ao sair do hospital, descobrimos que meu sobrinho caçula, de apenas quatro meses, estava com um quadro de pneumonia. Orações, cuidados, lágrimas. Recuperou-se.
"Nossa! Quanta coisa! Tomara que ninguém morra!". Morreu. Meu pai. Primeiro de maio. Dia do trabalhador. Domingo da Misericórdia. Mês de Nossa Senhora. Ele, que trabalhou por 60 anos como metalúrgico, devotíssimo da Virgem Mãe, infartava. Sofremos por 17 horas - da hora da morte até a chegada do corpo -, além da espera pela preparação pelo velório após sua chegada, a dor de enterrá-lo...
Bem! A vida segue!
No início da semana descobri que a empresa aonde trabalhei por dez dia, e na qual fui mandada embora sob alegação de 'os funcionários não irem com a minha cara', tinha sido interditada pela polícia após investigação de corrupção. Integrantes da empresa lavavam dinheiro da saúde pública da cidade. Deus meu! Que livramento! Se eu estivesse trabalhando lá, minha carteira de trabalho estaria em poder da polícia até que eu fosse investigada. É verdade que não encontrariam nenhuma irregularidade na minha conduta, mas até eu provar isso levaria um tempo.
Hoje, após a Santa Missa onde minha sobrinha recebia Jesus Eucarístico pela primeira vez, resolvemos visitar uma prima. Ganhou neném há um mês. Passamos uma tarde gostosa.
Minha mãe resolveu ir na frente com o meu irmão. Minha irmã e eu voltamos uma hora depois. Numa rotatória próxima à casa da minha tia, um acidente.
Descíamos a avenidade em direção à rotatória. Um carro saía da rotatória. O motorista estava 'chutado' e, com certeza, 'chapado'. Perdeu o controle. Bateu na placa de sinalização, acertou em cheio a mureta de proteção e - LITERALMENTE - voou por cima do nosso carro. Além de minha irmã e eu, estavam meu sobrinho, de quatro meses; minha sobrinha, de doze anos e meu filho, de três anos! Todos no banco de trás. Se o carro tivesse acertado o nosso, pegaria em cheio as crianças. Não houve nada. Nenhuma placa nos atingiu, nem as pedras que saíram da barra de proteção, ou ainda, as peças do carro.
Por providência divina, não vinha ninguém atrás da gente. Nem um passarinho. Se viesse, talvez estivessem mortos, afinal, o carro pegaria em cheio. Os condutores do carro também não se feriram.
Bateu-me um desespero. Saber que todos estávamos bem, mas que ao mesmo tempo a morte passou 'voando', era chocante! A impressão que tivemos foi a de que os anjos levantaram o carro para não encostar no nosso, salvaguardando as nossas vidas.
Sei que em todas estas coisas há os dedos da Rainha Gloriosa e Bendita, Santa Maria, Mãe de Deus e minha mãe. A ela, a quem tanto devotamos nossa vida e a quem todos os de nossa família fomos formalmente consagrados, devotamos nosso muito obrigado. Contudo, mais ainda, louvo e bendigo ao Senhor por não nos deixar desamparados e por me permitir testemunhar esta grandeza.
Em tudo isso que aqui relatei só consigo ver uma única coisa: Deus é fiel. Ele mostra sua fidelidade, seu cuidado e seu amor para conosco nas pequenas e - às vezes! - assustadoras coisas. Não importa! Ele sempre se mostra fiel.
É muito bom neste dia do Senhor iniciar a semana provando dos cuidados Dele.
Espero continuar vivendo isso até o fim deste mês, deste ano, desta vida.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Nossa Senhora da Divina Providência, rogai por nós!