Exorcismo

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30 de nov. de 2011

Inicie HOJE, 30/11, a novena da Imaculada Conceição

Fonte: www.josemariaescriva.info
Textos de S. Josemaria
Novena da Imaculada Conceição



30 de novembro. Maria, a cheia de graça


É a cheia de graça, a suma de todas as perfeições; e é Mãe. Com o
seu poder diante de Deus conseguirá o que lhe pedirmos; como Mãe,
quer conceder-no-lo. E, também como Mãe, entende e compreende as
nossas fraquezas, anima-nos, desculpa-nos, facilita o caminho, tem
sempre o remédio preparado, mesmo quando parece que já nada é
possível. Amigos de Deus, 292


Talvez agora algum de vós possa pensar que o dia ordinário, o
habitual ir e vir da nossa vida, não se presta muito a manter o coração
numa criatura tão pura como Nossa Senhora. Convidar-vos-ia a
reflectir um pouco. Que procuramos sempre, mesmo sem especial
atenção, em tudo o que fazemos? Quando nos move o amor de Deus
e trabalhamos com rectidão de intenção, procuramos o que é bom, o
que é limpo, o que dá paz à consciência e felicidade à alma. Também
cometemos muitos erros? Sim, mas precisamente reconhecer esses
erros é descobrir com maior clareza que a nossa meta é esta: uma
felicidade que não passe, profunda, serena, humana e sobrenatural.
Amigos de Deus, 292


Existe uma criatura que conseguiu nesta terra essa felicidade, porque
é a obra-prima de Deus: a Nossa Mãe Santíssima, Maria. Ela vive e
protege-nos; está junto do Pai e do Filho e do Espírito Santo, em
corpo e alma. É Aquela mesma que nasceu na Palestina, que se
entregou ao Senhor desde menina, que recebeu a anunciação do
Arcanjo Gabriel, que deu à luz o Nosso Salvador, que esteve junto
d'Ele ao pé da Cruz.
Amigos de Deus, 292


N'Ela se tornam realidade todos os ideais, mas não devemos concluir
daí que a sua sublimidade e grandeza no-la apresentem inacessível e
distante. É a cheia de graça, a suma de todas as perfeições; e é Mãe.
Com o seu poder diante de Deus conseguirá o que lhe pedirmos;
como Mãe, quer conceder-no-lo. E, também como Mãe, entende e
compreende as nossas fraquezas, anima-nos, desculpa-nos, facilita o
caminho, tem sempre o remédio preparado, mesmo quando parece
que já nada é possível.Amigos de Deus, 292


Segundo a Lei de Moisés, uma vez decorrido o tempo da purificação
da Mãe, é preciso ir com o Menino a Jerusalém, para O apresentar ao
Senhor (Lc II, 22). E desta vez, meu amigo, hás-de ser tu a levar a
gaiola das rolas. - Estás a ver? Ela - a Imaculada! - submete-se à Lei
como se estivesse imunda. Aprenderás com este exemplo, menino
tonto, a cumprir a Santa Lei de Deus, apesar de todos os sacrifícios
pessoais? Purificação! Sim, tu e eu, é que precisamos de purificação!
Expiação e, além da expiação, o Amor. - Um amor que seja cautério:
que abrase a imundície da nossa alma, e fogo que incendeie, com
chamas divinas, a miséria do nosso coração. Santo Rosário, comentário ao IV mistério gozoso

Recorramos a Ela, tota pulchra, seguindo um conselho que eu dava,
há muitos anos, àqueles que se sentiam intranquilos no seu empenho
diário por ser humildes, limpos, sinceros, alegres e generosos: Todos
os pecados da tua vida parecem ter-se posto de pé. - Não desanimes.
- Pelo contrário, chama por tua Mãe, Santa Maria, com fé e abandono
de criança. Ela trará o sossego à tua alma.Amigos de Deus, 189

Oração


É Justo, Senhora, que me dês um presente, como prova de carinho:
contrição, compungir-me dos meus pecados, dor de Amor... Ouve-me,
Senhora, Vida, e Esperança minha, conduz-me pela tua mão – tenuisti
manum dexterammeam! – e se existe algo agora em mim que que
desagradaao meu Pai-Deus, fazcom que o vejae, pelos dois, arrancálo-
emos. (Apontamentos, 7-X-1932)


1 de dezembro. Mãe de todos, de cada um

A Maternidade divina de Maria é a raiz de todas as perfeições e
privilégios que a adornam. Por esse título, foi concebida imaculada e
está cheia de graça, é sempre virgem, subiu ao céu em corpo e alma,
foi coroada Rainha de toda a criação, acima dos anjos e dos santos.
Mais que Ela, só Deus. A Santíssima Virgem, por ser Mãe de Deus,
possui uma dignidade, de certo modo infinita, do bem infinito que é
Deus. Não há perigo de exageros. Nunca aprofundaremos bastante
este mistério inefável; nunca poderemos agradecer suficientemente à
Nossa Mãe a familiaridade que nos deu com a Santíssima Trindade.
Amigos de Deus, 276
Não existe coração mais humano do que o de uma criatura que
transborda de sentido sobrenatural. Pensa em Santa Maria, a cheia de
graça, Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito
Santo: no seu Coração cabe a humanidade inteira sem diferenças
nem discriminações. Cada um é seu filho, ou sua filha.
Sulco, 801
João, o discípulo amado de Jesus, recebe Maria e introdu-la em sua
casa, na sua vida. Os autores espirituais viram nestas palavras do
Santo Evangelho um convite dirigido a todos os cristãos para que
Maria entre também nas suas vidas. Em certo sentido, é quase
supérfluo este esclarecimento. Maria quer, certamente, que a
invoquemos, que nos aproximemos d'Ela com confiança, que
apelemos para a sua maternidade, pedindo-lhe que se manifeste
como nossa Mãe.
Mas é uma Mãe que não se faz rogar, que se adianta, inclusivamente,
às nossas súplicas, pois conhece as necessidades e vem prontamente
em nossa ajuda, demonstrando com obras que se lembra
constantemente dois seus filhos. Cada um de nós, evocando a sua
própria vida e vendo como nela se manifesta a misericórdia de Deus,
pode descobrir mil motivos para se sentir, de modo especial, filho de
Maria. Cristo que passa, 140
Porque Maria é Mãe, a sua devoção ensina-nos a ser filhos - a amar
deveras, sem medida; a ser simples, sem as complicações que
nascem do egoísmo de pensar só em nós; a estar alegres, sabendo
que nada pode destruir a nossa esperança. O princípio do caminho
que leva à loucura do amor de Deus é um confiado amor a Maria
Santíssima. Assim o escrevi já há muitos anos, no prólogo a uns
comentários ao Santo Rosário, e desde então muitas vezes voltei a
comprovar a verdade destas palavras. Não vou fazer aqui muitas
considerações para glosar esta ideia; convido-vos, sim, a fazerdes vós
a experiência, a descobrirdes isso por vós mesmos, conversando
amorosamente com Maria, abrindo-lhe o vosso coração, confiando-lhe
as vossa alegrias e as vossas penas, pedindo-lhe que vos ajude a
conhecer e a seguir Jesus. Cristo que passa, 143

Oração

Mãe nossa, damos‐te graças pela tua intercessão por nós junto de Jesus; sem
ti, não teríamos podido ir até Ele. Como é verdade que a Jesus sempre se vai
e torna a ir por Maria!
Caminho, Ed. crítica, comentário ao n. 514

2 de dezembro. Maria, Mestra de oração

O Senhor ter-vos-á feito descobrir muitos outros aspectos da
correspondência fiel da Santíssima Virgem, que por si mesmos já são
um convite para que os tomemos como modelo: a sua pureza, a sua
humildade, a sua fortaleza, a sua generosidade, a sua fidelidade... Eu
gostaria de falar sobre um aspecto que engloba todos os outros,
porque é o clima do progresso espiritual, isto é, a vida de oração.
Para aproveitar a graça que nos concede a Nossa Mãe no dia de hoje
e para secundar também, em qualquer momento, as inspirações do
Espírito Santo, pastor das nossas almas, devemos estar seriamente
comprometidos numa actividade que nos leve a ter intimidade com
Deus. Não podemos esconder-nos no anonimato, porque a vida
interior, se não for um encontro pessoal com Deus, não existe. A
superficialidade não é cristã. Admitir a rotina, na nossa luta ascética,
equivale a assinar a certidão de óbito da alma contemplativa. Deus
procura-nos um a um, e precisamos de Lhe responder um a um: eisme
aqui, pois Tu me chamaste.

Oração, sabêmo-lo todos, é falar com Deus. É possível, porém, que
alguém pergunte: falar, de quê? Do que há-de ser, senão das coisas
de Deus e das que enchem o nosso dia? E na presença de Deus,
Uno e Trino, tendo por Medianeira Santa Maria e por advogado S.
José, Nosso Pai e Senhor - a quem tanto amo e venero - falaremos
também do nosso trabalho de todos os dias, da família, das relações
de amizade, dos grandes projectos e das pequenas coisas sem
importância.Cristo que passa, 174

Recordai na oração estes temas, aproveitai-os precisamente para
dizer a Jesus que o adorais, e assim, estareis a ser contemplativos no
meio do mundo, no meio do ruído da rua, em toda a parte. Essa é a
primeira lição, na escola da intimidade com Jesus Cristo. Dessa
escola, Maria é a melhor professora, porque a Virgem manteve
sempre essa atitude de fé, de visão sobrenatural, perante tudo o que
sucedia à sua volta: conservava todas estas coisas ponderando-as no
seu coração. Cristo que passa, 174

A nossa Mãe meditou longamente as palavras das mulheres e dos
homens santos do Antigo Testamento, que esperavam o Salvador, e
os acontecimentos de que foram protagonistas. Admirou o cúmulo de
prodígios e o excesso da misericórdia de Deus com o seu povo, tantas
vezes ingrato. Ao considerar esta ternura do Céu, incessantemente
renovada, brota o afecto do seu Coração imaculado: a minha alma
glorifica o Senhor; e o meu espírito exulta em Deus, meu Salvador.
Porque lançou os olhos para a baixeza da sua escrava. Os filhos
desta boa Mãe, os primeiros cristãos, aprenderam com Ela, e nós
também podemos e devemos aprender.
Amigos de Deus, 241
O Santo Evangelho facilita-nos rapidamente o caminho para entender
o exemplo da Nossa Mãe: Maria conservava todas estas coisas dentro
de si, ponderando-as no seu coração. Procuremos nós imitá-la,
tratando com o Senhor, num diálogo cheio de amor, de tudo o que nos
acontece, mesmo dos acontecimentos mais insignificantes. Não nos
esqueçamos de que devemos pesá-los, avaliá-los, vê-los com olhos
de fé, para descobrir a Vontade de Deus.
Amigos de Deus, 285

Oração

Supliquemos hoje a Santa Maria que nos torne contemplativos, que
nos ajude a compreender os contínuos apelos que o Senhor nos
dirige, batendo à porta do nosso coração. Peçamos-lhe: Mãe, tu
trouxeste ao mundo Jesus, que nos revela o amor do nosso Pai, Deus;
ajuda-nos a reconhecê-lo, no meio das preocupações de cada dia;
remove a nossa inteligência e a nossa vontade, para que saibamos
escutar a voz de Deus, o impulso da graça.
Cristo que passa, 174

4 de Dezembro. Maria, Mãe do Amor Formoso

Eu sou a Mãe do amor formoso, do temor, da ciência e da santa
esperança, lições que hoje nos recorda Santa Maria. Lição de amor
formoso, de vida limpa, de um coração sensível e apaixonado, para
que aprendamos a ser fiéis ao serviço da Igreja. Este não é um amor
qualquer; é o Amor. Aqui não há traições, nem cálculos, nem
esquecimentos. Um amor formoso, porque tem como princípio e como
fim o Deus três vezes Santo, que é toda a Beleza e toda a Bondade e
toda a Grandeza.
Mas também se fala de temor. Não concebo outro temor senão o de
nos afastarmos do Amor. Porque Deus Nosso Senhor não nos quer
abatidos, timoratos ou com uma entrega anódina. Precisa de que
sejamos audazes, valentes, delicados. O temor, que o texto sagrado
nos recorda, traz-nos à lembrança aquela outra queixa da Escritura:
procurei o amado da minha alma; procurei-o e não o encontrei.
Isto pode acontecer, se o homem não compreendeu, até ao fundo, o
que significa amar a Deus. Sucede então que o coração se deixa
arrastar por coisas que não conduzem ao Senhor. E, por
consequência, perdemo-lo de vista. Outras vezes será talvez o Senhor
quem se esconde; ele sabe porquê. Anima-nos assim a procurá-lo
com maior ardor e, quando o descobrimos, exclamamos cheios de
júbilo; encontrei-o e já não o deixarei.Amigos de Deus, 277
A pureza limpidíssima de toda a vida de João torna-o forte diante da
Cruz. - Os outros apóstolos fogem do Gólgota; ele, com a Mãe de
Cristo, fica. - Não esqueças que a pureza enrijece, viriliza o carácter.
Caminho, 144
Este nosso coração nasceu para amar e, quando não se lhe dá um
afecto puro, limpo e nobre, vinga-se e enche-se de miséria. O
verdadeiro amor de Deus, que pode traduzir-se por viver uma vida
bem limpa, está tão longe da sensualidade como da insensibilidade e
tão longe de qualquer sentimentalismo como da ausência de coração
ou da sua dureza.Amigos de Deus, 183
Porque não te entregas a Deus de uma vez..., de verdade..., agora?!
Caminho, 902
Maria, a Mãe santa do nosso Rei, a Rainha do nosso coração, cuida
de nós como só Ela sabe fazê-lo. Mãe compassiva, trono da graça,
pedimos-te que saibamos compor na nossa vida e na vida dos que
nos rodeiam, verso a verso, o poema simples da caridade, quasi
fluvium pacis, como um rio de paz. Porque tu és mar de inesgotável
misericórdia: os rios vão dar todos ao mar e o mar não se enche.
Cristo que passa, 187

Oração

Deves pedir com confiança a Nossa Senhora, agora mesmo, na
solidão acompanhada do teu coração, silenciosamente: Minha Mãe,
este meu pobre coração rebela-se tolamente... se tu não me
proteges... E amparar-te-á para que o guardes puro e percorras o
caminho a que Deus te chamou.
Amigos de Deus, 180

5 de dezembro. Santa Maria, Esperança nossa

Mestra de esperança! Maria proclama que a chamarão bemaventurada
todas as gerações. Humanamente falando, em que
motivos se apoiava essa esperança? Quem era Ela para os homens e
mulheres de então? As grandes heroínas do Velho Testamento -
Judite, Ester, Débora - conseguiram já na terra uma glória humana,
foram aclamadas pelo povo, louvadas. O trono de Maria, como o de
seu Filho é a Cruz. E durante o resto da sua existência, até que subiu
ao Céu em corpo e alma, a sua silenciosa presença é o que nos
impressiona mais. S. Lucas, que a conhecia bem, anota que Ela está
junto dos primeiros discípulos, em oração. Assim termina os seus dias
terrenos Aquela que havia de ser louvada pelas criaturas até à
eternidade.
Como contrasta a esperança de Nossa Senhora com a nossa
impaciência! Com frequência exigimos que Deus nos pague
imediatamente o pouco bem que fizemos. Mal aflora a primeira
dificuldade, queixamo-nos. Muitas vezes somos incapazes de
aguentar o esforço, de manter a esperança, porque nos falta fé: bem aventurada és tu, porque acreditaste que se cumpririam as coisas que
te foram ditas da parte do Senhor.Amigos de Deus, 286
Esperançados! Esse é o prodígio da alma contemplativa. Vivemos de
Fé, de Esperança e de Amor; e a Esperança torna-nos poderosos.
Recordais-vos de S. João? Eu vos escrevo, jovens, porque sois
valentes e a palavra de Deus permanece em vós e vencestes o
maligno. Deus urge-nos, para a juventude eterna da Igreja e de toda a
humanidade. Podeis transformar em divino todo o humano, como o rei
Midas convertia em ouro tudo o que tocava! Nunca esqueçais que depois da morte vos receberá o Amor. E no amor de Deus encontrareis, além do mais, todos os amores limpos que tenhais tido na terra. O Senhor dispôs que passemos esta breve jornada da nossa existência, trabalhando e, como o seu Unigénito, fazendo o bem. Entretanto, temos de estar alerta, à escuta daquelas
chamadas que Santo Inácio de Antioquia notava na sua alma, ao
aproximar-se a hora do martírio: vem para junto do Pai, vem para o
teu Pai que te espera ansioso.Amigos de Deus, 221

Oração

Peçamos a Santa Maria, Spes nostra, que nos inflame no santo
empenho de habitarmos todos juntos na casa do Pai. Nada nos
poderá preocupar, se decidirmos firmar o coração no desejo da
verdadeira Pátria: o Senhor nos conduzirá com a sua graça e impelirá
a barca com bom vento para tão claras margens.
Amigos de Deus, 221

6 de dezembro. Maria, nosso refúgio e nossa fortaleza

Agora, pelo contrário, no escândalo do sacrifício da Cruz, Santa Maria
estava presente, ouvindo com tristeza os que passavam por ali e
blasfemavam abanando a cabeça e gritando: Tu, que arrasas o templo
de Deus e, em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo! Se és o
Filho de Deus, desce da cruz. Nossa Senhora escutava as palavras de
seu Filho, unindo-se à sua dor; Meu Deus, meu Deus, por que me
desamparaste? Que podia Ela fazer? Fundir-se com o amor Redentor
de seu Filho, oferecer ao Pai a dor imensa - como uma espada afiada
- que trespassava o seu Coração puro.
De novo Jesus se sente confortado com essa presença discreta e
amorosa de sua Mãe. Maria não grita, não corre de um lado para
outro... Stabat: está de pé, junto ao Filho. É então que Jesus olha para
Ela, dirigindo depois o olhar para João. E exclama: - Mulher, aí tens o
teu filho. Depois diz ao discípulo: Aí tens a tua Mãe. Em João, Cristo
confia à sua Mãe todos os homens e especialmente os seus
discípulos, os que haviam de acreditar n'Ele.
Felix culpa, canta a Igreja, feliz culpa, porque nos fez ter tal e tão
grande Redentor! Feliz culpa, podemos acrescentar também, que nos
mereceu receber por Mãe, Santa Maria! Já estamos seguros, já nada
nos deve preocupar, porque Nossa Senhora, coroada Rainha dos
Céus e da Terra, é a omnipotência suplicante diante de Deus. Jesus
não pode negar nada a Maria, nem tão pouco a nós, filhos da sua
própria Mãe.
Amigos de Deus, 288
Admira a firmeza de Santa Maria: ao pé da Cruz, com a maior dor
humana - não há dor como a sua dor - cheia de fortaleza. - E pede-lhe dessa
firmeza, para que saibas também estar junto da Cruz.
Caminho, 508
Não admitas o desalento no teu apostolado. Não fracassaste, como
tão-pouco Cristo fracassou na Cruz. Ânimo!... Continua
contracorrente, protegido pelo Coração Materno e Puríssimo da
Senhora; Sancta Maria, refugium nostrum et virtus!, és o meu refúgio e
a minha fortaleza.
Tranquilo. Sereno... Deus tem muito poucos amigos na Terra. Não
desejes sair deste mundo. Não recuses o peso dos dias, ainda que,
por vezes, se nos tornem muitos longos.
Via Sacra, XIIIª estação
Pensa que Deus te quer contente e que, se dás da tua parte o que
podes, serás feliz, muito feliz, felicíssimo, mesmo que em nenhum
momento te falte a Cruz. Mas essa Cruz já não é um patíbulo, mas o
trono no qual reina Cristo. E a Seu lado, Sua Mãe, nossa Mãe
também. A Virgem Santa alcançar-te-á a fortaleza que necessitas para
seguir com decisão os passos de seu Filho.
Amigos de Deus, 141

Oração

Diz: Minha Mãe (tua, porque és seu por muitos títulos), que o teu amor
me prenda à Cruz do teu Filho; que não me falte a Fé, nem a valentia,
nem a audácia, para cumprir a vontade do nosso Jesus.
Caminho, 497

7 de dezembro. Maria, mestra de vida corrente

Temos de imitar a sua natural e sobrenatural elegância. Ela é uma
criatura privilegiada na História da Salvação, porque em Maria o Verbo
se fez carne e habitou entre nós. Foi testemunha delicada, que soube
passar inadvertida; não foi amiga de receber louvores, pois não
ambicionou a sua própria glória. Maria assiste aos mistérios da
infância de seu Filho, mistérios, se assim se pode dizer, cheios de
normalidade; mas à hora dos grandes milagres e das aclamações das
massas desaparece. Em Jerusalém, quando Cristo - montado sobre
um jumentinho - é vitoriado como Rei, não está Maria. Mas reaparece
junto da Cruz, quando todos fogem. Este modo de se comportar tem o
sabor, sem qualquer afectação, da grandeza, da profundidade, da
santidade da sua alma!
Cristo que passa, 173
Para sermos divinos, para nos "endeusarmos", temos de começar por
ser muito humanos, vivendo face a Deus dentro da nossa condição de
homens correntes, santificando esta aparente pequenez. Assim viveu
Maria. A cheia de graça, a que é objecto das complacências de Deus,
a que está acima dos anjos e dos santos teve uma existência normal.
Maria é uma criatura como nós, com um coração como o nosso, capaz
de gozo e de alegrias, de sofrimento e de lágrimas. Antes de Gabriel
lhe comunicar o querer de Deus, não sabe que tinha sido escolhida
desde toda a eternidade para ser Mãe do Messias. Considera-se a si
mesma cheia de baixeza; por isso, reconhece logo, com profunda
humildade, que fez em mim grandes coisas Aquele que é Todopoderoso.
Cristo que passa, 172
Não nos esqueçamos de que a quase totalidade dos dias que Nossa
Senhora passou na Terra decorreram de forma muito semelhante à
vida diária de muitos milhões de mulheres, ocupadas em cuidar da
sua família, em educar os seus filhos, em levar a cabo as tarefas do
lar. Maria santifica as mais pequenas coisas, aquilo que muitos
consideram erradamente como não transcendente e sem valor: o
trabalho de cada dia, os pormenores de atenção com as pessoas
queridas, as conversas e as visitas por motivo de parentesco ou de
amizade...
Bendita normalidade, que pode estar cheia de tanto amor de Deus!
Na verdade, é isso o que explica a vida de Maria: o amor. Um amor
levado até ao extremo, até ao esquecimento completo de si mesma,
contente por estar onde Deus quer que esteja e cumprindo com
esmero a vontade divina. Isso é o que faz com que o mais pequeno
dos seus gestos nunca seja banal, mas cheio de significado. Maria,
nossa Mãe, é para nós exemplo e caminho. Havemos de procurar ser
como Ela nas circunstâncias concretas em que Deus quis que
vivêssemos.
Cristo que passa, 148

Oração

Acolhemo-nos à protecção de Santa Maria, porque podemos estar
bem certos de que cada um de nós, no seu próprio estado – sacerdote
ou leigo, solteiro, casado ou viúvo -, se for fiel ao cumprimento diário
das suas obrigações, alcançará a vitória nesta terra, a vitória de ser
leal ao Senhor, chegaremos depois ao Céu e gozaremos para sempre
da amizade e do amor de Deus, com Santa Maria.
Oração perante a Virgem de Guadalupe, 24-05-1970


8 de dezembro. Santa Maria, Rainha dos Apóstolos

Não podemos conviver filialmente com Maria e pensar apenas em nós
mesmos, nos nossos problemas. Não se pode tratar com a Virgem e
ter, egoisticamente, problemas pessoais. Maria leva a Jesus e Jesus é
primogenitus in multis fratribus, primogénito entre muitos irmãos.
Conhecer Jesus, portanto, é compreendermos que a nossa vida não
pode ter outro sentido senão o de entregar-nos ao serviço dos outros.
Um cristão não pode reduzir-se aos seus problemas pessoais, pois
tem de viver face à Igreja universal, pensando na salvação de todas
as almas.
Cristo que passa, 145
Impregnadas deste espírito, as nossas orações, ainda que comecem
por temas e propósitos aparentemente pessoais, acabam sempre por
ir ter ao serviço dos outros. E, se caminharmos pela mão da Virgem
Santíssima, Ela fará com que nos sintamos irmãos de todos os
homens, porque todos somos Filhos desse Deus de que Ela é filha,
esposa e mãe.
Cristo que passa, 145
Sede audazes. Contais com a ajuda de Maria, Regina apostolorum. E
Nossa Senhora, sem deixar de se comportar como Mãe, sabe colocar
os filhos diante das suas próprias responsabilidades. Maria, aos que
se aproximam d'Ela e contemplam a sua vida, faz-lhes sempre o
imenso favor de levá-los até à Cruz, de colocá-los defronte do
exemplo do Filho de Deus. E, nesse confronto, em que se decide a
vida cristã, Maria intercede para que a nossa conduta culmine numa
reconciliação do irmão mais pequeno - tu e eu - com
o Filho primogénito do Pai.
Muitas conversões, muitas decisões de entrega ao serviço de Deus,
foram precedidas de um encontro com Maria. Nossa Senhora
fomentou os desejos de busca, activou maternalmente a inquietação
da alma, fez aspirar a uma transformação, a uma vida nova. E assim,
o fazei o que Ele vos disser converteu-se numa realidade de amorosa
entrega, na vocação cristã que ilumina desde então toda a nossa vida.
Cristo que passa, 149

Oração

Maria, Mãe de Jesus, que O criou, O educou e O acompanhou
durante a Sua vida terrena e que agora está junto d’Ele nos céus, nos
ajudará a reconhecer Jesus que passa ao nosso lado, que se faz
presente nas necessidades dos nossos irmãos, os homens
Santa Maria, spes nostra, ancilla Domini, sedes Sapientiae, ora pro
nobis! Santa Maria, esperança nossa, escrava do Senhor, sede de
Sabedoria, roga por nós!
Cristo que passa, 149

Urgente: PLC 122 pode ser votado semana que vem. É muito importante que façamos contatos com os senadores.


O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu nesta terça-feira (29) a votação já na próxima semana, na Comissão de Direitos Humanos (CDH), do projeto de lei que criminaliza a homofobia (PLC 122/2006). Ele anunciou a intenção durante audiência pública para discutir o tema, que, no entanto, acabou frustrada pela ausência de parte dos convidados. A relatora do projeto é a senadora Marta Suplicy (PT-SP), que não participou do debate.
O PLC 122/2006 amplia a abrangência da Lei 7.716/1989, que trata da discriminação decorrente de raça, religião e origem, para incluir também motivações ligadas a gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. O projeto esteve na pauta da CDH em maio deste ano, mas, diante da falta de entendimento para votação, foi retirado para que se tentasse chegar a um texto de consenso.
Participaram da audiência desta terça somente os pastores Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e Wilton Costa, presidente da Frente Nacional Cristã de Ação Social e Política (Fenasp). Também foram convidados o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno Assis, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante.
Wilton Costa assinalou que o PLC 122/06 vem sendo debatido no Congresso Nacional há dez anos e, com um "debate falso", pretende criminalizar a fé das pessoas e a garantia de liberdade religiosa. Ele observou que não há impedimento na legislação brasileira atual à intervenção do Estado contra a violência ou discriminação.
- Nós temos pontuado, ao longo dos anos, todas as fragilidades do processo, todos os vícios inconstitucionais. Aqui no Senado é que temos encontrado a oportunidade de fazer o debate amplo e é importante que todos sejam ouvidos. O nosso apelo a essa comissão é que rejeite de fato o PLC 122 - afirmou o pastor, que prometeu entregar à CDH uma relação de entidades do movimento gay que recebem dinheiro público.
O pastor Silas Malafaia disse lamentar a ausência dos demais convidados, dos movimentos homossexuais e de Marta Suplicy.
- Eu gostaria de dizer que não estamos precisando da ajuda dela [Marta] para ter liberdade religiosa e de expressão. Ah, que pena que ela não está aqui. Eu gosto de falar é na cara, não mando recado - assinalou.
Ouvida pela Agência Senado, Marta disse que, na hora da audiência, estava presidindo a sessão plenária. De qualquer forma, acrescentou, não esperava nenhum argumento novo dos grupos contrários ao PLC 122/2006.
- Eu estudo esse tema há mais de 20 anos e sabia que seria difícil [surgir] um argumento novo, como efetivamente não surgiu - disse a senadora.
Sobre a possibilidade de votação do projeto já na próxima semana, Marta disse que "está conversando com Paim".
Malafaia também repudiou a equiparação dos homossexuais aos negros, por exemplo, como parcela discriminada na sociedade. Segundo o pastor, diferentemente do que ocorre com outros grupos protegidos em lei, no caso do homossexualismo, trata-se de uma escolha comportamental.
- O que é o homossexualismo? É um homem ou uma mulher, por determinação genética, e homossexual por preferência aprendida ou imposta. Não tem ordem cromossômica homossexual. Que paridade esses caras estão querendo? - questionou.
O pastor disse que, mantido o raciocínio, será preciso fazer leis para todos os comportamentos dos seres humanos. Segundo ele, os homossexuais querem ficar livres para acusar outras pessoas de serem homofóbicas.
- Existe uma diferença entre criticar comportamento e discriminar pessoas. Eles querem dizer que a crítica ao comportamento é discriminação. Eu não quero privilégios para os evangélicos. Os que querem eliminar a discordância, amanhã podem querer eliminar os que discordam. Querem liberdade, mas não querem respeitar o direito dos outros. É o grupo social mais intolerante da pós-modernidade - afirmou.
Acusações e críticas
O senador Magno Malta (PR-ES), autor do requerimento para realização da audiência com o senador Vicentinho Alves (PR-TO), disse que, como a matéria é complexa, o debate deve incluir todos os segmentos da sociedade. Ele acusou Marta Suplicy de tentar esvaziar o debate desta terça e cobrou a participação dos demais convidados defensores do PLC.
Malta disse que o debate poderia ter sido "sepultado" no ano passado, pois havia maioria para derrubar o projeto, mas pediu que a matéria não fosse votada antes que todas as partes pudessem ser ouvidas.
- Eu não sou homofóbico. O sujeito que comete crime contra um homossexual nesse país é capaz também de espancar um deficiente físico, uma criança com síndrome de Down. O que devemos uns aos outros é o respeito. Toda discriminação é criminosa, está na Constituição, não há necessidade de criar uma casta especial no país. Se querem uma lei de qualquer jeito, vamos fazer uma que fale de intolerância - afirmou.
O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) lamentou que os defensores do PLC 122/2006 não tenham comparecido à audiência pública. Ele afirmou que o discurso dos evangélicos não tem ódio, mas é veemente. Crivella disse duvidar que um homossexual seja expulso de qualquer igreja.
- Nós somos cristãos, nós amamos com um amor que não é fingido, não é encoberto, não é o amor de quem quer fazer discurso para ganhar voto, para sair bem na fita, para agradar a imprensa - afirmou.
O senador Sérgio Petecão (PSD-AC) disse que tem acompanhado e ouvido representantes de todos os lados para poder tomar uma decisão correta. Ele assinalou que não há necessidade de confronto e manifestou preocupação com o rumo que o debate está seguindo.
- Acho que devemos votar esse PLC o mais rápido possível e resolver esse problema de uma vez por todas. Seja lá qual for o resultado, nós vamos ter que respeitar - observou.

Lembra do “Divórcio Express” defendido pelo Governo do Brasil e criticado pela Igreja. Veja os frutos!


Ig

O Brasil registrou em 2010 a maior taxa geral de divórcio da história, segundo dados do estudo Estatísticas do Registro Civil 2010, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice chegou ao número de 1,8‰, superando o 1,5‰ de 2008. Esse número é obtido pela divisão do número de divórcios pela população e multiplicada por 1.000.

O recorde se deve principalmente às mudanças nas regras de divórcios e separações estabelecidos no último ano. No Brasil, o divórcio e a separação foram instituídos e regulamentados em 1977. Até aquela data, o desquite era o dispositivo legal para a dissolução dos casamentos sem, no entanto, possibilitar nova união formal.

À época de sua criação, a separação legalizava-se por meio de processo judicial. O processo poderia ter caráter consensual, quando as duas partes estavam de acordo com os termos da separação e tinham pelo menos um ano de casados, ou litigioso. O divórcio também era formalizado através de processo instituído na Justiça três anos após a concessão da separação ou cinco anos após a separação de fato. Esses prazos foram alterados pela Constituição de 1988, reduzindo-os para dois anos, quando comprovada a separação de fato.

A partir de 4 de janeiro de 2007, os divórcios e separações puderam ser requeridos por via administrativa, nos tabelionatos de notas do País. Posteriormente, em julho de 2010, a alteração no artigo suprimiu do texto constitucional as referências ao instituto da separação e aos seus consequentes prazos, de modo que, atualmente, é possível requerer a dissolução do casamento a qualquer tempo, seja o divórcio de natureza consensual ou litigiosa.

Essas mudanças ocasionaram um grande aumento no número de divórcios e a redução no número de separações. Em 2010, foram registrados 243.224 divórcios e 67.623 separações. A comparação das taxas referentes aos Estados para os anos de 2009 e 2010 revelou crescimento dos divórcios em todos os Estados brasileiros, exceto em Roraima, Tocantins, Paraíba e Mato Grosso, que mantiveram taxas iguais às do ano anterior.

Mais divórcios e mais cedo

De acordo com o estudo, 40,9% dos divórcios registrados em 2010 foram de casamentos que duraram no máximo 10 anos. Em 2000, foram 33,3% dos divórcios para o mesmo período e, em 2005, 31,8%.

Considerando ainda os divórcios judiciais concedidos e sem recursos e as escrituras de divórcios realizadas em tabelionatos, essas dissoluções ocorridas em 2010 foram de casamentos que tiveram em média 16 anos de duração.

As informações da pesquisa mostram que as médias de idade se elevaram para ambos os cônjuges. Em 2010, a idade média ao se divorciar foi de 43 anos. Em 2000, essa idade era de 41 anos. Entre as mulheres, a diferença aumentou apenas um ano no período analisado, sendo a idade média atual de 39 anos.

Divisão de bens

A atribuição automática da comunhão parcial dos bens é refletida na distribuição dos divórcios segundo o regime de bens e esteve em 81,7% dos processos. Esta característica é adotada como padrão por se adequar às condições socioeconômicas da maior parcela da população brasileira. A opção por outros regimes deve ser objeto de manifestação do casal na ocasião do casamento. No período houve queda das percentagens de divórcios cujo regime de bens do casamento foi o de comunhão universal, passando de 29,9%, em 2000, para 13,9%, em 2010. Os divórcios dos casamentos com regime de separação de bens se elevaram, porém seu percentual é bem inferior ao dos demais, apenas 4,1%, em 2010.

As Estatísticas do Registro Civil são publicadas desde 1974 e são resultados resultado da coleta das informações prestadas pelos Cartórios de Registro Civil de Pessoa.


Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/

Artigo do Padre José do Vale: Proselitismo agressivo das seitas


29.11.2011 - “Percebe-se, contudo, um certo enfraquecimento da vida cristã no conjunto da sociedade e da própria pertença á Igreja Católica, devido ao proselitismo de numerosas seitas e de novas expressões religiosas”, Papa Bento XVI (1).

O Papa Bento XVI pediu a Igreja Católica do Brasil que não poupe esforços para deter o crescente abandono dos fiéis e enfrentar, por outro lado, a rápida expansão das comunidades evangélicas e neopentecostais. O pedido foi feito durante discurso aos bispos brasileiros, recebidos em Castelgandolfo (a cerca de 30 quilômetros de Roma), na tradicional visita ‘ad limina’, realizada a cada cinco anos pelos representantes eclesiais de cada país.
“É observada um crescente influencia de novos elementos da sociedade, que há poucas dezenas de anos não existiam. Isto provoca um crescente abandono por parte de muitos católicos da vida eclesial ou inclusive a Igreja, enquanto no panorama religioso do Brasil se assiste á rápida expansão das comunidades evangélicas neopentecostais”, explicou o Papa Bento XVI.
Segundo o Papa, este afastamento se deve a “uma evangelização, em nível pessoal, às vezes superficial”.

EMPENHO DA EVANGELIZAÇÃO

“Às vezes, os batizados não são suficientemente evangelizados, por isso são facilmente influenciáveis, já que tem uma fé frágil e frequentemente baseada em uma ingênua devoção”, acrescentou. Por isso, o Papa instou que “a Igreja Católica se empenhe na evangelização e que não economize esforços na busca de católicos que tenham se afastado ou de pessoas que conheçam pouco ou nada da mensagem cristã”. (Ler DA n. 225 d).
O Pontífice explicou que, mediante “do desafio da multiplicação incessante de novos grupos, nos quais ás vezes é feito uso de um proselitismo agressivo”, é necessário reforçar o “dialogo ecumênico”. Em 2007, durante visita ao Brasil, o Papa já havia se queixado do “proselitismo agressivo das seitas”.
“A falta de unidade (entre as igrejas cristãs) mina a credibilidade da mensagem cristã divulgada á sociedade”, destacou Bento XVI. Ele acrescentou que, por isso, o diálogo agora “é mais necessário do que nunca” (2).
“No fiel cumprimento de sua vocação batismal, o discípulo deve levar em consideração os desafios que o mundo de hoje apresenta á Igreja de Jesus, entre outros: o êxodo de fiéis para seitas e outros grupos religiosos” (DA, 185).
“Hoje se faz necessário reabilitar a autêntica apologética que faziam os pais da Igreja como explicação da fé. A apologética não tem por que ser negativa ou meramente defensiva por si. Implica, na verdade, a capacidade de dizer o que está em nossas mentes e corações de forma clara e convincente, como disse São Paulo, fazendo a verdade na caridade (Ef 4,15). Mais do que nunca os discípulos e missionários de Cristo de hoje necessitam de uma apologética renovada para que todos possam ter vida n’Ele (Cristo)” (DA, 229).

Número de Brasileiros Católicos Cai Abaixo dos 70% pela 1ª Vez
De acordo com estudo divulgado pela FGV, evangélicos e pessoas sem religião estão em crescimento no País.

Em 1872, quando a religião no Brasil começou a ser mapeada, quase toda a população brasileira se declarava católica (99,72%). De lá pra cá, muito mudou. Segundo o “Novo Mapa das Religiões”, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 2009 esse percentual caiu para 68,43%, o que representa cerca de 130 milhões de pessoas.
O grupo de evangélicos, no entanto, apresenta uma aceleração no crescimento do número de adeptos – nos primeiros anos da década passada, a subida foi de 16,2% para 17,9%. Em 2009, o salto alcançou o patamar de 20,23%.
Os brasileiros que se declaram sem religião também estão em maior números: o percentual aumentou entre 2003 e 2009 de 5,13% da população do País para 6,72%.
Ainda de acordo com o estudo da FGV, as mulheres são mais religiosas que os homens. No universo feminino, 5% não possuem religião, contra 8,52% dos homens.
A pesquisa também analisou a religiosidade em diferentes níveis escolares. De acordo com o estudo, a religiosidade é menor nos dois extremos estudados: 7,27% daqueles com até três anos de estudo dizem não ter religião, quase o mesmo percentual (7,46%) dos que têm 12 anos de estudo ou mais.

Pe. Inácio José do Vale
Professor de Historia Igreja
Especialista em Ciência Social da Religião
E-mail: pe.inacio.jose@gmail.com


Fonte: http://www.rainhamaria.com.br

Confirmada ordem de que a Secretaria de Estado aprove documentos antes de sua publicação




Vaticano, 29 Nov. 11 / 11:25 am (ACI) O vaticanista italiano Sandro Magister divulgou na íntegra a circular enviada pela Secretaria de Estado do Vaticano a todos os dicasterios da Santa Sé para que os documentos nos quais aparece a assinatura do Papa, sejam antes aprovados por esse escritório presidido pelo Cardeal Tarcisio Bertone.

A circular tem como data 4 de novembro e leva a assinatura do Arcebispo Angelo Maria Becciu, Substituto da Secretaria de Estado que colabora com o Santo Padre para o governo da cúria vaticana.

A nota assinala que "caso se publique um documento com a assinatura do Santo Padre a praxe vigente prescreve que tal documento seja enviado à Secretaria de Estado com a suficiente antecipação em relação à data prevista para sua divulgação, em sua versão original e eventuais traduções" para que "depois de uma atenta revisão do conteúdo sua distribuição seja feita aos meios de comunicação social da Santa Sé".

"Este procedimento –precisa a circular– tem como primeira finalidade a defesa da integridade do Magistério Petrino, que poderia ser prejudicado pela circulação de textos ainda não revisados, ou divulgados de forma inadequada, antes da data limite do embargo sobre sua publicação"

. Magister explica que a circular não faz referência, por exemplo, à nota do Pontifício Conselho Justiça e Paz apresentada no Vaticano no dia 24 de outubro na qual se solicita uma autoridade econômica mundial, entre outras coisas; e sim poderia estar referindo-se a um descuido na mensagem do Papa para a 98ª Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado, apresentada em 25 de outubro da qual o Vatican Information Service, divulgou amplos extratos cinco dias antes da data estabelecida para sua difusão.

O vaticanista explica ademais que "isso não nega que na reunião que teve lugar na secretaria de Estado em 4 de novembro para remediar este tipo de incidentes falou-se também da nota sobre o sistema financeiro internacional, emitida de forma autônoma pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz, e que após de sua publicação foi objeto de fortes críticas, tanto dentro como fora do Vaticano".

Para ler a circular completa e o artigo na íntegro de Sandro Magister, visite:http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/1350094?sp=e

29 de nov. de 2011

ODEPOIMENTO DE QUEM CASOU COM UM PADRE


O jornal "Stampa" de Turim ( Itália), a propósito de uma série de matérias por ele publicadas a respeito do problema do celibato na Igreja, recebeu de uma leitora uma carta assinada, da qual reproduz em sua edição de 6 de março último os seguintes trechos:
"Pretendo com esta humilde carta responder não aos padres, mas todas as mulheres e moças que tencionam construir sua vida com um deles.
"Ele era bonito de maneiras cativantes e eu...não tinha ninguém!
"Agora vivo com ele; não estou mais sozinha...por fora; mas, interiormente, que solidão penosa! que angústia!
"Ele não celebra mais a missa: "está fora". Mas talvez nunca tivesse se sentido tão próximo do seu Deus como agora. Continua tratando-me com bondade e delicadeza, mas... não pertence a mim, nunca pertenceu. O homem que existia nele era pequeno demais para sobrepujar o sacerdote que estava a serviço de um Senhor tão grande e que não podia ser esquecido.
"Quantas lágrimas derramei! Deus terá em conta minha contínua dor e remorso. Sei que um dia ele irá embora - voltará a seu ministério. Ficarei sozinha; mas a solidão que me sobrevirá será uma benção e, ao mesmo tempo, uma dor de expiação.
"Quisera explicar a todas as mulheres que pretendem imitar o meu erro que entre elas e o sacerdote há um abismo enorme; e chama-se: "mãos consagradas".
"Ninguém imagina o que significam estas simples palavras. è preciso experimentar para acreditar! Uns dias atrás, estávamos à mesa; ele bebia um pouco de vinho: o mesmo gesto de quem, na missa, está acostumado a beber o vinho, mas com outra finalidade! Ontem dizia-me que sonhara com um rebanho debandado, uma ovelha aqui, outra lá, depois acrescentou: "Pois é, faltam os pastores".
"Amigas, vocês estão vendo que ele, mais do que nunca, é propriedade de Deus. E hoje eu sou apenas a memória do seu pecado.
Amigas, deixem os padres em paz: eles pertencem à Deus e não podemos lutar contra Deus; cedo ou tarde ele acaba vencendo".

Fonte: Revista HORA PRESENTE, Ano I - Agosto/1969 -Nº.4

Fonte: http://identidadecatolica.blogspot.com


Vídeo “180” alcança mais de 1 milhões de visitas e provoca “milhares” de conversões à causa pró-vida.


2 de novembro de 2011 (Notícias Pró-Família) — O criador do filme pró-vida “180”, que se tornou um fenômeno na internet, diz que está recebendo “milhares” de testemunhos descrevendo como a lembrança inesquecível do Holocausto no filme e os argumentos sobre o aborto convenceram os que escreveram as cartas a se opor ao aborto legalizado.
O vídeo se tornou um grande fenômeno no YouTube depois de seu lançamento em setembro, alcançando a segunda colocação entre os vídeos mais debatidos e assistidos e a terceira colocação entre os filmes favoritos do mês passado, de acordo com dados postados na página de Facebook de Pro-Life Rocks. Mais de 1 milhão de pessoas já o assistiram. Para assistir ao filme: http://www.youtube.com/watch?v=7cBA9Be9fDs
O documentário pró-vida de 33 minutos tem uma abertura com cenas perturbantes de vários jovens que não conseguem reconhecer Adolf Hitler, uma ignorância que o autor e entrevistador Ray Comfort liga à aceitação generalizada do moderno Holocausto: o aborto legalizado. Enquanto jovens adultos que são entrevistados no filme são forçados a conectar a matança legalizada de judeus com o fato de que a sociedade está aceitando a matança de bebês em gestação, eles são vistos mudando de opinião, passando a se opor ao aborto.
“Assistir ao 180 é como andar na montanha-russa — uma experiência que provoca emoções —, pois assistimos pessoas se contorcendo enquanto são colocadas num dilema moral com perguntas do tipo ‘se enterraríamos judeus vivos (algo que aconteceu na Segunda Guerra Mundial), sob a ponta de um revólver nazista’”, disse Comfort. “O filme testa o caráter para mostrar o quanto as pessoas valorizam a vida humana. Ficar ignorante do que é possivelmente a parte mais sombria da história humana inevitavelmente resultará na desvalorização da vida, e uma repetição do Holocausto”.
Comfort diz esperar que o filme “possa estar chegando até uma escola secundária perto de você”: no mês passado, entre 180.000 e 200.000 exemplares do DVD de 33 minutos foram distribuídos para as 100 mais importantes universidades dos EUA, e agora o autor, que é judeu e co-apresentador de um programa de TV, está voltando a atenção para as escolas secundárias.
Embora alguns possam fazer objeção à iniciativa de dar lição sobre o Holocausto para adolescentes da escola secundária, Comfort, que é pastor evangélico e judeu, diz que os Estados Unidos hoje precisam muito de tal educação.
“Voltei aos nossos estúdios [depois de filmar 180] com 14 entrevistas com pessoas que acham que [Hitler] era comunista, ou um ator, ou que até mesmo nunca tinham escutado o nome dele”, disse ele. “Esses jovens são um tanto ignorantes quanto ao que é possivelmente a parte mais sombria da história humana, pois o sistema de educação dos EUA os deixou na mão”.
Comfort disse que os vídeos do 180 estão “rapidamente desaparecendo das prateleiras, como se fossem sorvetes vendidos em pleno verão quente”, nas campanhas locais de doação.
Mas a coisa mais fascinante sobre 180 não é sua popularidade, mas seu impacto em audiências que são a favor do aborto, diz ele. “A coisa estupenda é que as pessoas que assistem a esse filme mudam da posição pró-aborto para a posição pró-vida”, disse Comfort. “Temos recebido milhares de e-mails de pessoas, muitas das quais mudaram enquanto estavam assistindo ao filme”.
Uma estudante de escola pública secundária na Virginia Ocidental escreveu um e-mail sobre como o 180 ajudou a mudar a mente da sala de aula inteira dela acerca do aborto. “Nesta semana passada em nossa aula de educação cívica estávamos escrevendo trabalhos didáticos sobre leis que desejávamos mudar nos EUA. Depois de assistir a esse vídeo, minha escolha é mudar as leis de aborto, e como eu desejava que fosse ilegal”, escreveu ela.
Depois que eu havia acabado de ler meu trabalho didático, surgiu um debate na aula (obviamente) sobre como é que eles achavam que o aborto deveria ser uma escolha, principalmente se o bebê está doente ou a causa da gravidez é um estupro. Mas logo que começamos a comparar essa situação com Hitler e os judeus, a mente de todos começou a mudar… Por causa do filme 180, pude mudar a opinião da minha classe inteira sobre o aborto e no final da aula, todos os 25 estudantes e meu professor haviam levantado a mão concordando que o aborto propositado deveria ser ilegal.
Outro escreveu simplesmente: “Eu costumava votar em candidatos pró-aborto. Mas nunca mais farei isso. NUNCA”.

O MESSIAS, “PRÍNCIPE DA PAZ”.


I. A PAZ é um dos grandes bens constantemente implorados no Antigo Testamento. É um dom prometido ao povo de Israel como recompensa pela sua fidelidade1, e aparece como uma obra de Deus2 da qual se seguem incontáveis benefícios. Mas a verdadeira paz chegará à terra com a vinda do Messias. Por isso os anjos anunciam cantando: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade3. O Advento e o Natal são tempos especialmente adequados para aumentarmos a paz em nossos corações: são tempos também para pedirmos a paz deste mundo cheio de conflitos e de insatisfações.

Olhai: o Senhor chega com força a fim de visitar o seu povo com a paz e dar-lhe a vida eterna4. Isaías recorda-nos na primeira leitura da Missa que na era messiânica o lobo e o cordeiro habitarão juntos e o leopardo se deitará ao lado do cabrito; o bezerro e o leãozinho pastarão juntos5. Com o Messias, renovam-se a paz e a harmonia do começo da Criação e inaugura-se uma nova ordem.

O Senhor é o Príncipe da paz6, e desde o momento em que nasce traz-nos uma mensagem de paz e de alegria, da única paz verdadeira e da única alegria permanente. Depois, irá semeando-as à sua passagem por todos os caminhos: A paz esteja convosco; sou eu, não temais7. A presença de Cristo em nossas vidas é fonte de uma paz serena e inalterável, sejam quais forem as circunstâncias: Sou eu, não temais, diz-nos Ele.

Os ensinamentos do Senhor constituem a boa nova da paz8. E este é também o tesouro que Ele deixou em herança aos seus discípulos de todos os tempos: Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz; não vo-la dou como a dá o mundo9. “A paz sobre a terra, nascida do amor ao próximo, é imagem e efeito da paz de Cristo, que procede de Deus Pai. Com efeito, o próprio Filho encarnado, Príncipe da paz, reconciliou todos os homens com Deus por meio da sua cruz [...], deu morte ao ódio na sua própria carne e, depois do triunfo da sua ressurreição, infundiu o Espírito de amor no coração dos homens”10. A paz do Senhor transcende por completo a paz do mundo, que pode ser superficial e aparente, resultado talvez do egoísmo e compatível com a injustiça.

Cristo éa nossa paz11 e a nossa alegria; o pecado, pelo contrário, semeia solidão, inquietação e tristeza na alma. A paz do cristão, tão necessária para a convivência, é fruto do combate contra as próprias paixões, sempre inclinadas à desordem.

A confissão sincera dos nossos pecados é um dos principais meios dispostos por Deus para nos restituir a paz perdida pelo pecado ou pela falta de correspondência à graça. “Paz com Deus, efeito da justificação e do afastamento do pecado; paz com o próximo, fruto da caridade difundida pelo Espírito Santo; e paz conosco próprios, a paz da consciência, proveniente da vitória sobre as paixões e sobre o mal”12.

Recuperar a paz, se a tivermos perdido, é uma das melhores manifestações de caridade para com os que estão à nossa volta, e também a primeira tarefa que devemos acometer para prepararmos no nosso coração a vinda do Menino-Deus.

II. NA BEM-AVENTURANÇA em que se anuncia o dom da paz, “o Senhor não se contenta com eliminar toda a discussão e inimizade de uns para com os outros, mas pede-nos alguma coisa mais: que procuremos levar a paz aos que estão em inimizade”13.

O cristão é um homem aberto à paz, e a sua presença deve dar serenidade e alegria. Somos bem-aventurados quando sabemos levar paz aos que estão aflitos, quando servimos como instrumentos de união na família, entre os colegas de trabalho, com todas as pessoas no meio dos acontecimentos da vida de cada dia.

O homem que tem paz no seu coração sabe comunicá-la quase sem se propor fazê-lo, e os outros buscam nele apoio e serenidade; é de grande ajuda na ação apostólica. Já o amargurado, o inquieto e o pessimista, que não têm paz em seu coração, destroem tudo o que encontram à sua passagem.

Serão especialmente louvados por Deus aqueles que velam pela paz entre as nações e trabalham por ela com reta intenção; e, sobretudo, os que oram e se sacrificam para levar os homens a estar em paz com Deus. Este é o primeiro objetivo de qualquer atividade apostólica. O apostolado da Confissão, que nos move a aproximar os nossos amigos deste sacramento, terá com certeza um prêmio especial no Céu, pois este sacramento é verdadeiramente a maior fonte de paz e de alegria no mundo. “Os confessionários espalhados pelo mundo, nos quais os homens manifestam os seus pecados, não falam da severidade de Deus, mas da sua bondade misericordiosa. E os que se aproximam do confessionário, às vezes depois de muitos anos e sob o peso de pecados graves, no momento em que se retiram dele encontram o alívio desejado; encontram a alegria e a serenidade da consciência, que fora da Confissão não poderão encontrar em parte alguma”14.

Os que têm a paz do Senhor e a promovem à sua volta chamar-se-ão filhos de Deus15. São João Crisóstomo explica a razão: “Na verdade, esta foi a obra do Unigênito: unir os que estavam afastados e reconciliar os que estavam em guerra”16. Não poderíamos também nós fomentar neste tempo do Advento uma maior união com Deus das pessoas que nos rodeiam – na família, no lugar de trabalho, entre os amigos – e uma convivência ainda mais amável e mais alegre?

III. “QUANDO O HOMEM esquece o seu destino eterno e o horizonte da sua vida se limita à existência terrena, contenta-se com uma paz fictícia, com uma tranqüilidade meramente exterior, à qual pede a salvaguarda do máximo bem-estar com o mínimo esforço. Deste modo constrói uma paz imperfeita e instável, pois não está radicada na dignidade da pessoa humana, feita à imagem e semelhança de Deus e chamada à filiação divina. Vós jamais deveis contentar-vos com estes sucedâneos da paz; seria um grave erro, cujo fruto produziria a mais amarga das desilusões. Assim o anunciou Jesus Cristo pouco antes da Ascensão ao céu, quando disse aos seus discípulos: Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz; não vo-la dou como a dá o mundo” (Jo 14, 27).

“Existem, portanto, dois tipos de paz: a que os homens são capazes de construir por si próprios, e a que é dom de Deus; [...] a que resulta do poder das armas e a que nasce do coração. A primeira é frágil e insegura; poderia chamar-se mera aparência de paz, porque se baseia no medo e na desconfiança. A segunda, pelo contrário, é uma paz forte e duradoura, porque, alicerçando-se na justiça e no amor, penetra no coração; é um dom que Deus concede aos que amam a sua lei (cfr. Sl 119, 165)”17.

Se formos homens e mulheres que têm a verdadeira paz em seu coração, estaremos mais capacitados para viver como filhos de Deus e praticaremos melhor a fraternidade. E, vice-versa, na medida em que nos sintamos filhos de Deus, seremos pessoas de uma paz inalterável.

A filiação divina é o fundamento da paz e da alegria do cristão. Nela encontramos a proteção de que estamos necessitados, o calor paternal e a confiança perante o futuro; vivemos confiantes em que por trás de todos os azares da vida há sempre uma razão de bem:Todas as coisas contribuem para o bem dos que amam a Deus18, dizia São Paulo aos primeiros cristãos de Roma.

A consideração da nossa filiação divina ajudar-nos-á a ser fortes perante as dificuldades. “Não vos assusteis, não temais nenhum mal, ainda que as circunstâncias em que trabalhais sejam terríveis [...]. As mãos de Deus são igualmente poderosas e, se for necessário, farão maravilhas”19. Estamos bem protegidos.

Procuremos, pois, nestes dias do Advento, fomentar a paz e a alegria, superando os obstáculos; aprendamos a encontrar a Deus em todas as coisas, mesmo nos momentos difíceis. “Procurai o rosto dAquele que habita sempre, com uma presença real e corporal, na sua Igreja. Fazei pelo menos o que fizeram os discípulos. Tinham uma fé fraca, não possuíam grande confiança nem paz, mas ao menos não se separaram de Cristo [...]. Não vos defendais dEle, antes pelo contrário, quando estiverdes em dificuldades, recorrei a Ele dia após dia, pedindo-lhe fervorosamente e com perseverança aquilo que só Ele pode outorgar [...]. Assim, ainda que Ele observe tanta falta de firmeza, que não deveria existir, dignar-se-á increpar os ventos e o mar, e dirá: Calma, estai tranqüilos. E haverá uma grande paz”20.

Santa Maria, Rainha da paz, ajudar-nos-á a ter paz em nossos corações, a recuperá-la se a tivermos perdido, e a comunicá-la aos que nos rodeiam. Como já está próxima a festa da Imaculada Conceição, esforcemo-nos por recorrer a Ela durante todo o dia, tendo-a mais presente no nosso trabalho e oferecendo-lhe alguma prova especial de carinho.

(1) Lev 26, 6; (2) Is 26, 12; (3) Lc 2, 14; (4) Antífona da Liturgia das Horas; (5) cfr. Is 11, 1-10; (6) Is 9, 6; (7) Lc 24, 36; (8) At 10, 36; (9) Jo 14, 27; (10) Concílio Vaticano II, Constituição Gaudium et spes, 78; (11) Ef 2, 14; (12) João Paulo II,Discurso ao UNIV-86, Roma, 24-III-1986; (13) São João Crisóstomo, Homilias sobre São Mateus, 15, 4; (14) João Paulo II, Homilia na paróquia de Sto. Inácio de Antioquia, Roma, 16-II-1980; (15) cfr. Mt 5, 9; (16) São João Crisóstomo,Homilias sobre São Mateus, 15, 4; (17) João Paulo II, Discurso ao UNIV-86, Roma, 24-III-1986; (18) Rom 8, 28; (19) Bem-aventurado Josemaría Escrivá,Amigos de Deus, Quadrante, São Paulo, 1979, n. 105; (20) Venerável John Henry Newman, Sermão para o quarto domingo depois da Epifania, 1848.


Fonte: http://www.hablarcondios.org/pt/meditacaodiaria.asp

28 de nov. de 2011

O Papa é denunciado por não usar o cinto de segurança no papamóvel.


Religión en Libertad | Tradução: Fratres in Unum.com – Uwe Hilsmann (João Pecador, traduzido ao português), um cidadão da localidade alemã de Dortmund e identificado como “não crente”, apresentou na quinta-feira passada uma ação contra o Papa Bento XVI por não utilizar o cinto de segurança no papamóvel, quando atravessada o Estádio Olímpico de Berlim, durante sua última visita à Alemanha.

Mais de 70 mil pessoas aclamavam o Papa em sua passagem, a cinco quilômetros por hora, em direção a uma histórica homilia na qual reconheceu que “na Igreja há peixes bons e maus, trigo e joio”.

Para a ação legal interposta ante o juizado de Freiburg im Breisgau, Hilsmann contratou os serviços de um advogado, Johannes Sundermann, assinala o diário Westfäslische Rundschau.

“João Pecador” afirma em sua denúncia ter observado reiteradamente, durante a última visita do Papa à Alemanhã, que ele não andava preso [ao cinto], o que viola as normas de circulação, pelo que estaria obrigado a pagar uma multa de 80 euros.

Igualmente, alega que conta com duas testemunhas presenciais dispostas a garantir que efetivamente o Papa não usava o cinto e observa ainda que várias pessoas que acompanhavam Joseph Ratzinger em sua visita, como o presidente da Conferência Episcopal Alemã, Robert Zollitsch, “seguramente” também observaram esta infração por parte do Papa e poderiam, portanto, sustentar seu testemunho no julgamento.

O diário, que retoma declarações do advogado do demandante, aponta que a viabilidade da ação pode depender da consideração de Bento XVI como simples cidadão alemão ou chefe de Estado (Vaticano), em cujo caso sua infração, uma vez provada, poderia ficar neutralizada por imunidade diplomática.

O advogado enfatizou que a denúncia não tem intenção alguma de causar danos a Bento XVI e que responde unicamente ao espírito da legislação de trânsito vigente na Alemanha. A denúncia tem como fim, portanto, garantir a segurança do Papa.


Fonte: http://fratresinunum.com/