Amados,
Estamos vivendo momentos caóticos. Já podemos declarar que estamos em Guerra Civil. O nosso presidente, em 2009, condenou e prometeu limpar esta "sujeira" do Rio de Janeiro. Mas, como bem sabemos, Lula é demagogo. A sujeirada prossegue e cada vez pior.
Em primeiro lugar, precisamos rezar e muito pelo Rio de Janeiro. Uma cidade histórica e que tem vivido há muitos anos uma violência sem igual. Temos que rezar, também, pedindo que Deus proteja os inocentes, principalmente as crianças, que tanto sofrem com o tráfico, seja por entrarem cedo neste caminho, seja por sofrerem indiretamente. Rezemos a São Sebastião do Rio de Janeiro para que todos os que são vítimas sejam socorridos por Deus, Nosso Senhor. Clamemos, também, que a mão de Deus pese sobre os que merecem. Por fim, peçamos a conversão de todos os pecadores, bem como pelas vidas que já foram ceifadas, que suas almas tenham agora a Pátria Eterna.
Abro um parêntese para este caso: sou completamente A FAVOR da Pena de Morte. E isso não é um silogismo apenas. Segundo o Magistério da Igreja:
* É lícito tirar a vida do próximo: durante o combate em guerra justa; quando se executa por ordem da autoridade suprema a condenação à morte em castigo de algum crime; e finalmente quando se trata de necessária e legítima defesa da vida, no momento de uma injusta agressão. (Catecismo de São Pio X, 413)
* A legítima defesa pode ser não somente um direito, mas até um grave dever para aquele que é responsável pela vida de outrem. Defender o bem comum implica colocar o agressor injusto na impossibilidade de fazer mal. É por esta razão que os detentores legítimos da autoridade têm o direito de recorrer mesmo às armas para repelir os agressores da comunidade civil confiada à sua responsabilidade. CIC 2265.
* O esforço do Estado em reprimir a difusão de comportamentos que lesam os direitos humanos e as regras fundamentais da convivência civil, corresponde a uma exigência de preservar o bem comum. É direito e dever da autoridade pública legítima infligir penas proporcionadas à gravidade do delito. A pena tem como primeiro objetivo reparar a desordem introduzida pela culpa. Quando esta pena é voluntariamente aceite pelo culpado, adquire valor de expiação. A pena tem ainda como objetivo, para além da defesa da ordem pública e da proteção da segurança das pessoas, uma finalidade medicinal, posto que deve, na medida do possível, contribuir para a emenda do culpado. CIC 2266.
* A doutrina tradicional da Igreja, desde que não haja a mínima dúvida acerca da identidade e da responsabilidade do culpado, não exclui o recurso à pena de morte, se for esta a única solução possível para defender eficazmente vidas humanas de um injusto agressor. CIC 2267.
Quero destacar esta frase: se for esta a única solução possível para defender eficazmente vidas humanas de um injusto agressor. Nota-se, neste sentido, que a Igreja NÃO É favorável à morte de todos os bandidos. Se assim o fosse, o "Bom Ladrão" não haveria sentido. Aliás, esta passagem mostra tanto a oportunidade que qualquer pecador tem de se arrepender, quanto a Deus em perdoar. A Igreja só é favorável à Pena de Morte quando esta medida for a única solução possível para defender com eficácia os inocentes e as vítimas.
Existem dois fatores para a negação da Pena de Morte:
- Naturalismo: todo homem é bom e o que o tornou mau foi a sociedade;
- Materialismo: não importa se ele pode EXPIAR os pecados e morrer e ir para o Céu, mesmo que seja condenado à morte (pois isso pode acontecer, vide Santa Teresinha e o homem que foi condenado à morte). Mas que ele tenha AQUI uma vida digna.
Ora, ora, ambas doutrinas são inválidas e condenadas pela Igreja. Uma pessoa pode ser salva, ainda que seja condenada à morte. E assim diz o Catecismo, citado acima e aqui novamente: A pena tem como primeiro objectivo reparar a desordem introduzida pela culpa. Quando esta pena é voluntariamente aceite pelo culpado, adquire valor de expiação. Ou seja, se uma vez condenado, a pessoa pode arrepender-se e salvar-se. A vida não termina com a morte do Corpo.
Assisti a um filme, chamado A verdadeira história de David Gale. Em suma, o tema em discussão no filme é a Pena de Morte no Texas, estado onde mais se aplica este recurso. David encabeça uma ONG que milita contra a Pena. Vale muito assistir para observar os preceitos citados acima (Naturalismo e Materialismo).
Indico também a leitura do livro Pena de morte já do Pe. Emílio de Castro Silva, para compreender exatamente qual é, de fato, a visão da Igreja sobre este assunto.
Que o Senhor ajude a todos neste momento.