Fonte: Família Missionária
Eu nasci, fui batizada e me criei no evangelho presbiteriano. Há oito anos estou morando no Belenzinho, ao lado da igreja católica São Carlos Borromeu que minha sogra freqüentava. Todos da família dela são católicos, inclusive meu marido.
Quando vim morar neste bairro, já de imediato me associei à oficina Santa Rita desta paróquia. Mesmo antes de me mudar para cá, quando eu morava em São Miguel, a convite da minha sogra eu já ajudava esta oficina com trabalhos que fazia da minha casa mesmo. Agora sou voluntária que trabalha dentro da oficina. Fui muito bem recebida pelas senhoras que lá freqüentam e o mais importante para mim foi que elas sabiam que eu era presbiteriana e me respeitaram como tal.
Nunca se comentava a respeito de denominação e eu me sentia muito bem. Os anos se passaram e já tenho nove anos de trabalhos realizados nesta oficina. Em uma das missas de Santa Rita de Cássia, me convidaram para participar. Foi até interessante, pois nunca havia participado de uma missa, apesar de trabalhar na oficina no fundo da paróquia. Neste dia, foi o Pe. José Florêncio quem celebrou a missa. Gostei muito. Apesar de não entender os ritos. Não estava acostumada. Mesmo assim me senti muito bem.
Havia na igreja um seminarista de nome Tertuliano. Ele ensinava música e, como eu gosto muito, entrei na aula. Foi ótimo! Tivemos um ano de aula, a maestrina que cantava e tocava no coral da igreja veio neste curso e nos convidou a participar do coral. Fiquei tão feliz e lá fui eu… Sendo ainda presbiteriana, cantei no coral sem ninguém me questionar ou olhar feio para mim.
Um dia, o telefone de casa tocou e a secretária da igreja me disse: ”Ednir, hoje à noite você vai estar em casa?” Eu disse: “Sim, por que”? Ela respondeu: “É que o Pe. José quer te visitar para te fazer um convite”. Eu disse: “Pode vir à vontade, estou aguardando“.
O padre José chegou muito amável como sempre. Conversamos um pouco ele disse que queria convidar meu marido e eu para participarmos do Encontro de Casais realizado pela Paróquia, chamado Ovisa (Orientação para vivencia sacramental).
Pensei, pensei… Porque no dia 20 de maio de 2006 seria o casamento de minha sobrinha. Mas, na mesma hora disse ao padre que aceitaria participar do Encontro. Nos dias 20 e 21 de maio de 2006, eu e meu esposo Roberto participamos do 109º Ovisa. Foi muito lindo. Desejo que todos os casais façam este encontro. Voltamos para casa e continuei a minha vida. Mas, me faltava alguma coisa. Eu não estava completa. Como agora eu cantava no coral da igreja, participava também das missas, foi ai que percebi o que me faltava: a eucaristia.
Fui conversar com o Pe. José e o Pe. Eduardo pedindo a eles que me orientassem. Eles me atenderam prontamente. Fiz o curso individualmente, a primeira Eucaristia e fui crismada. Não fui batizada, pois eu já tinha sido batizada na Presbiteriana e este batismo é válido na Igreja católica.
Minha família é presbiteriana, minha mãe não gostou de me ver voltar para o catolicismo. Quando eu ia a casa dela ela me chamava de “catoliquinha”, fazia assim distinção entre uma denominação e outra. Coisa que não encontrei na igreja católica. Mas como Deus tem sempre um propósito, fiquei firme na minha fé e fui adiante. Hoje sou muito bem respeitada na minha família professando o catolicismo.
Professei tão profundamente minha fé na Santíssima Trindade com tanto amor e dedicação, com muito esmero que hoje me sinto muito feliz por ser católica. Estou com 54 anos. Durante 50 anos fui presbiteriana.
Nestes anos entre o Ovisa e a minha conversão, encontrei muitas pessoas amigas e amigos na Paróquia que me ajudaram muito. Quando terminamos o Ovisa formamos um grupo de casais que se reúne periodicamente até hoje graças a Deus e está a todo vapor. Neste grupo os casais são muito bem estruturados. Espiritualmente pude aprender muitas coisas das escrituras sagradas no convívio com eles. Na parte social em que todos participam é muito, muito bom.
Encontrei-me com Deus e com pessoas de muito boa vontade para as obras do Senhor. Participo das atividades do grupo da oficina de costura, do coral da igreja e graças a Deus trabalho durante a semana com meu filho. Deus é tão maravilhoso que dá tempo para tudo.
Ednir