Exorcismo

Padres Exorcistas explicam

Consagração a Virgem Maria

Escravidão a Santissima Virgem, Orações, Devoção

Formação para Jovens

Espiritualidade, sexualidade, diverção, oração

10 de jun. de 2011

Retiro de Pentecostes com Anderson em Minas Gerais

Pregações, Missa, Adoração, Louvor, Cura e Libertação

Inscrições Gratuitas!

Dias: 11/06 - a partir das 8h da manhã

12/06 - a partir das 7h30 da manhã

Local: Igreja Matriz de Santos Reis (Praça 6 de janeiro, Santos Reis - Montes Claros - MG)

Presenças:

Padre Reginaldo Cordeiro de Lima (Paróquia Santos Reis)

Anderson Luis dos Reis (Equipe Missionária Regina Apostolorum São Paulo)

Informações e inscrições:

Blog: rccmocsantosreis.blogspot.com

E-mail: rccsantosreismoc@gmail.com

Mês de junho - décimo dia

Coração corajoso.


 
A propósito da coragem, São Cipriano escrevia: "Lutando contra as adversidades se mostra a verdadeira coragem em toda a luz".
Um coração corajoso é um lutador. Só quem enfrenta a luta, quem arrisca, quem não teme perecer, demonstra a coragem dos heróis.
Assim Jesus nos demonstrou que possui um coração corajoso até o heroísmo. Ele bem sabia que sorte o esperava na terra, mas disse ao Pai, sem hesitar: "Eis que Eu vim para fazer a tua vontade!" (Hb 10,9). Ele sabia o que lhe tocava sofrer da manjedoura até à tumba, porque o sofrimento é o preço do pagamento dos pecados. Mas Ele aceitou e desejou este caminho de sofrimentos por amor do Pai e por nós.
Ele sabia qual morte vergonhosa os homens o condenariam, dessangrando-o e ferindo-o de modo desumano. Mas aceitou com coragem toda vergonha, porque sem efusão de sangue não haveria remissão (cf. Hb 9, 22). Ele sabia bem que ficando entre nós no Santíssimo Sacramento do altar teria que sofrer muitos maus tratos, desprezos, abandonos, sacrilégios. Mas não renunciou e cumpriu corajosamente a Sua Palavra de fidelidade a nós os seus redimidos.
A coragem do Coração de Jesus! É a coragem de quem ama até o fim, sem reservas, arriscando e perdendo tudo, só por amor.
Pensemos nos corações corajosos dos Santos, fiéis discípulos de Jesus: os Apóstolos, os Mártires, os Missionários, os Confessores, as Virgens... Corações cheios de amor ardente e audaz, corajoso e forte. Nos Atos dos Apóstolos está escrito que os primeiros cristãos não temiam perseguições e sofrimentos: "vivam felizes por serem ultrajados pelo nome de Jesus". (At 5, 41). Cada um deles podiam repetir como o salmista: "Se contra mim se armaram um exército, meu coração não treme" (Sl 26, 3).
Pedro Jorge Fressati era um jovem ardente nas escaladas espirituais  e materiais. Gostava muito das montanhas; apaixonava-se ao escalar os cumes alpinos. Um dia fotografaram enquanto escalava corajosamente uma rocha alta. Apenas viu esta sua fotografia, ele escreveu abaixo: "Excelcior! Mais ao alto"! As aspirações mais altas do coração chegam além dos cumes dos montes.



Coração Covarde


"Não sejas pusilânime no teu coração" Eclo 7, 9

Para compreender quanto o nosso coração é pouco corajoso; quanto mesquinho ou covarde é suficiente olhar para os que souberem oferecer a Deus, não só alguns atos de coragem, mas o ato supremo de coragem: o martírio de si.
Pensemos em Santo Tomás Morus, Chanceler da Inglaterra, homem culto e sábio, que se recusou corajosamente em prestar obediência, que reconhecesse o Rei Henrique VIII como chefe da Igreja Anglicana. Perdeu o trabalho e foi reduzido à miséria com a família; em seguida, foi preso na torre de Londres. Visitado por familiares e amigos, por eles era exortado, e o suplicavam de submeter-se ao Rei, já que quase todos os Bispos o tinham feito. "O fato de todos os Bispos terem se submetidos aos desejos do rei não desvincula a minha consciência em condenar o mal feito pelo Rei", respondeu Santo Tomás. O seu coração não tremeu frente a ameaça do patíbulo. Enfrentou-o com orgulho e nobreza admiráveis.
Pensemos também naqueles heróicos jovens da Armênia que na última perseguição dos turcos contra os cristãos souberem resistir corajosamente às torturas e aos flagelos. Quando o Vigário Apostólico foi visitá-lo, eles diziam: "Monsenhor, olhai para nós: não temos mais narizes, orelhas e mãos. Mas tudo renegamos por Cristo!"
Estes são corações corajosos! E os nossos corações? Não é verdade que estamos sempre prontos a tremer só ao ouvir falar de sacrifícios e sofrimentos? Com quanta criatividade fugimos ou procuramos meios para evitar problemas, seja pelo Senhor ou pelos irmãos? E não é verdade que o respeito humano às vezes nos faz a chegar num grau de covardia que nos envergonhamos da nossa fé? Se formos honestos, devemos admitir possuir um coração de coelho no lugar de um coração de cristãos.
Mas é certo que um cristão não pode ser de Cristo se não enfrenta corajosamente o sacrifício de si por Ele e pelos irmãos, como o fizeram os Santos.
"O que é necessário para se tornar Santo?", perguntaram a Cura D'Ars. E o Santo respondeu com duas sublimes palavras: "A graça e a cruz".
O Sagrado Coração de Jesus, amparo de todos os mártires, nos reforce no seu amor, nos doe o seu amor forte e corajoso mesmo diante da morte.


Propósitos

- Cumprir, sem respeito humano, os atos religiosos em público: um sinal da cruz na oração à mesa.
- Rezar as seguintes orações: - Rezar as seguintes orações:  (clique aqui).

Artigo de D. Henrique Soares: Pentecostes: o Dom do Ressuscitado derramado sobre a Igreja

O tempo pascal conclui-se com a Solenidade de Pentecostes, celebração do Espírito Santo, Dom que o Cristo morto e ressuscitado faz à sua Igreja. Vejamos alguns aspectos do significado profundo deste mistério tão importante da nossa fé.

(1) O dom do Espírito Santo é fruto da Páscoa de Cristo. Morto como homem, ele foi ressuscitado pelo Pai na força do Espírito Santo derramado sobre ele (cf. 1Tm 3,16; Rm 1,4). O Espírito torna-se a própria energia divina que sustenta e vivifica a natureza humana de Jesus, de tal modo que São Paulo chega a dizer que o Senhor Jesus é Espírito (cf. 2Cor 3,18). É assim que o Senhor Jesus se torna doador do Espírito Santo: “Exaltado pela Direita de Deus, ele (Jesus) recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e o derramou” (At 2,33).

(2) Este derramamento do Espírito deu-se no próprio dia da ressurreição, “na tarde daquele mesmo dia” (Jo 20,19): Jesus entrou no Cenáculo estando fechadas as portas, soprou sobre os Onze e disse: ‘Recebei o Espírito Santo” (Jo 20,22). Aqui nasce a Igreja, aqui os apóstolos são batizados no Espírito Santo, tornando-se cristãos, pois receberam aqui a vida nova do Cristo morto e ressuscitado!

(3) Sendo assim, qual o sentido da festa de Pentecostes? Os judeus celebravam-na cinqüenta dias após a Páscoa para comemorar o dom da Lei que Deus fizera ao povo de Israel. Os israelitas saíram do Egito, atravessaram o Mar e, cinqüenta dias após, chegaram ao pé do Monte Sinai, onde Deus lhes dera a Lei. Como Pentecostes sempre coincidia com o início da colheita, também era considerado a Festa das Primícias. Pois bem: cinqüenta dias após a Páscoa de Jesus, os apóstolos reunidos em Jerusalém, receberam o Espírito de um modo vistoso, barulhento, com fenômenos exteriores. A idéia é muito clara: para o novo povo de Deus, que é a Igreja, a Lei não é mais a Lei dos judeus, mas o Espírito de Amor que Jesus derramou nos nossos corações e que habita em nós (cf. Rm 5,5). O amor que Jesus nos deu como mandamento não é um sentimento, mas é o seu próprio Espírito, no qual unicamente podemos nos amar como ele amou. É este amor que é a plenitude da Lei (cf. Rm 13,8.10). Se olharmos com atenção o texto dos Atos dos Apóstolos que narra a vinda do Espírito, veremos as mesmas características do Monte Sinai: no deserto, dom da Lei acontece no quadro de uma tempestade [“houve trovões, relâmpagos...’ (Ex 19,16)], uma erupção vulcânica [“uma espessa nuvem sobre a montanha, e um clamor muito forte de trombeta... toda a montanha do Sinai fumegava... a sua fumaça subiu como a fumaça de uma fornalha...” (Ex 19,16.18)] e um terremoto [“toda a montanha tremia violentamente” (Ex 19,18)]; no Cenáculo, aparecem os mesmo sinais: ruído, vendaval impetuoso, línguas como de fogo (cf. At 2,2s). a Igreja, fruto da ação do Espírito do Ressuscitado é também primícias da colheita de tudo quanto Cristo realizou na sua páscoa.

(4) Se procurarmos articular o dom do Espírito no dia mesmo da ressurreição (cf. Jo 20,19) com o dom do Espírito em Pentecostes (cf. At 2), podemos dizer o seguinte: o dom do Espírito em João, no dia da ressurreição, equivale ao nosso batismo, quando recebemos, no símbolo da água, o Espírito de vida do Cristo ressuscitado. Nele, recebemos uma vida nova, que germina até a glória eterna. Já o dom do Espírito em Pentecostes equivale à experiência de cada cristão no sacramento da crisma, quando nos é dado o Espírito de força para o testemunho de Jesus e a edificação do Corpo de Cristo, que é a Igreja. Agora, com a manifestação no Cenáculo, a Igreja abre as portas e começa a sair de si, lançando-se nas estradas do mundo para testemunhar Jesus e construir-se como comunidade dos discípulos daquele que morreu e ressuscitou.

(5) Na solenidade de Pentecostes é isto que celebramos: o dom do Espírito que é dado à Igreja continuamente, na pregação da Palavra e, sobretudo, nos sacramentos, de modo particular no batismo e na eucaristia. Em cada sacramento, a Igreja suplica ao Pai o dom do Espírito do Filho, que a una sempre mais ao Ressuscitado, vá dando-lhe a vida nova que ele, seu Senhor e Esposo, agora tem à direita do Pai e, assim, vá conduzindo-a mais e mais à vida eterna.

(6) Nunca esqueçamos que, sem o Espírito, não há nem pode haver Igreja. Somente nele, a vida do Cristo permanece e é continuamente renovada na Comunidade dos discípulos; somente no Espírito é possível viver em Cristo, fazer o bem por amor de Cristo... Somente no Espírito o Evangelho pode ser anunciado como boa-nova e não como letra morta e preceito exterior e opressor. É no Espírito Santo que a vida do Cristo não somente está no nosso meio, mas em nós, no nosso interior, inspirando-nos para o bem, dando-nos força contra o mal, plasmando em nós os sentimentos de Jesus e nos preparando para a vida eterna. Somente no Espírito a Comunidade pode se manter unida na verdadeira fé e ligada no mesmo amor, sem, contudo, sufocar as diversidades existentes. Só no Espírito, a Igreja pode se lançar para o futuro, sem ter medo das novidades e, ao mesmo tempo, manter-se fiel ao passado de sua origem, sem tornar-se ancrônica ou ultrapassada. É por tudo isso que o Espírito foi chamado pelos Santos Padres da Igreja Antiga de “alma da Igreja”: ele a vivifica, a mantém unida, a faz cresce e a conduz à plenitude. É também por isso que a Igreja é real e verdadeiramente Templo do Espírito Santo, que nela habita e repousa, nela permanecendo até transfigurá-la completamente no final dos tempos, quando, então, ela será plenamente Corpo do Cristo glorioso e povo de Deus Pai, para sempre.

Fonte: http://costa_hs.blog.uol.com.br/index.html

A Igreja Católica no Camboja sobrevivente do terror comunista.




Os regimes comunistas do Camboja não apenas tiraram a vida de dois milhões de pessoas, como também roubaram da nação a sua cultura e sua história: hoje os jovens formam famílias sem laços com seu patrimônio nacional.

Esta é uma das razões pelas quais a educação é uma prioridade para a Igreja católica no país, afirma Dom Olivier Schmitthaeusler, vigário apostólico de Phnom Penh desde outubro passado.

O programa de televisão Deus chora na Terra, da Catholic Radio and Television Network (CRTN), em colaboração comAjuda à Igreja que Sofre, conversou com este bispo francês de 40 anos sobre a sua vida na terra missionária do Camboja.

- O senhor foi nomeado bispo Phnom Penh há pouco tempo. Como foi a sua reação? Foi uma surpresa?

Dom Schmitthaeusler: Uma surpresa e um susto, porque eu sou muito jovem. Tinha 39 anos, talvez fosse naquele momento o bispo mais jovem do mundo. Era como Jeremias: “Senhor, eu sou muito jovem. O que é que eu posso fazer?”. Então eu me lembrei de Maria, que disse: “Eis aqui a escrava do Senhor”. E aceitei.

- O senhor já vive no Camboja há treze anos. Escolheu o Camboja ou foi uma proposta da Sociedade de Missões Estrangeiras?

Dom Schmitthaeusler: Eu sou membro das Missões Estrangeiras de Paris e recebi o meu destino quando me ordenei diácono. Depois da minha ordenação, o superior geral anunciou: “O padre Olivier vai para o Camboja”.

- O senhor sentiu medo?

Dom Schmitthaeusler: Eu fiquei surpreso. E ao mesmo tempo aquilo me deixou muito feliz. Eu já tinha ficado no Japão durante três anos, quando era seminarista. Eu amo a Ásia, e, quando recebi esta missão, me encheu de felicidade ir para o Camboja.

- O senhor trabalhou durante mais de dez anos em paróquias rurais. O que o senhor aprendeu do povo cambojano?

Dom Schmitthaeusler: Para mim foi uma experiência maravilhosa, principalmente por causa dos lugares onde eu estive. Era uma Igreja muito pequena. Quando eu cheguei, só existia um cristão. Nós começamos do nada. Construímos a igreja e organizamos um grupo de jovens. Fizemos o primeiro batismo em 2003 e agora temos um total de 98 pessoas batizadas e 35 catecúmenos que vão ser batizados no ano que vem. Também começamos uma pequena escola, que é uma creche e uma escola de ensino médio. Temos um centro de teares de seda, também. O povo khmer é muito acolhedor e me deu as boas-vindas de braços abertos. Foi uma experiência magnífica para a minha vida sacerdotal. Vai ser bem difícil eu ir embora.

- O povo cambojano tem 96% de budistas. Como é que as aldeias próximas reagiram quando o senhor começou a evangelizar?

Dom Schmitthaeusler: Nesta aldeia nós temos muita sorte. Deus está conosco. As pessoas nos aceitaram muito bem porque nós temos uma creche, e os pais, todos budistas, mandam os filhos para a nossa escola. Também temos um programa parecido com os escoteiros, e todo domingo de manhã temos mais de 300 crianças que participam de uma hora de formação.

- E os pais não têm medo que os filhos se convertam?

Dom Schmitthaeusler: Faz 6 anos que nós estamos fazendo isso, e todo ano aumenta o número, então eu acho que é um bom sinal. Começamos uma nova paróquia a uns 40 quilômetros e no começo tivemos problemas, especialmente com os jovens.

- Por quê?

Dom Schmitthaeusler: Porque durante dois anos, com auto-falantes, os pagodes budistas divulgaram informações errôneas sobre a Igreja católica, dizendo que se as crianças frequentassem a Igreja católica, elas não iam ser autorizadas a se casar, nem iriam conseguir ajudas das ONGs. No Natal de 2006, nós convidamos todos os avós da aldeia. Eles ficaram muito felizes e viram que a Igreja católica é muito aberta e acolhe a todos. Viramos bons amigos. É interessante também que, nesta aldeia, todos os domingos temos de dez a vinte pessoas da comunidade budista que vêm para a igreja ver o que nós fazemos. Eles assistem à missa e escutam a homilia. A relação é muito interessante.

- A cultura é muito budista. Ser khmer é ser budista, e abraçar outra fé equivale a rejeitar a cultura e a identidade khmer. Isto é verdade?

Dom Schmitthaeusler: Eu acho que no Camboja, durante os quatro anos do reinado de terror de Pol Pot, foi destruído tudo. A cultura e toda forma de religião, como o budismo e o catolicismo. Depois, nos dez anos de ocupação comunista vietnamita, depois do khmer vermelho, continuou sem ser permitida nenhuma forma de religião. Durante os últimos vinte anos, os cambojanos começaram a reconstruir as suas tradições, assim como as práticas religiosas, e agora, acredito eu, as pessoas são mais abertas do que antes. Isso é um grande benefício, principalmente para a Igreja católica.

Quando os jovens viram cristãos, por exemplo, durante o batismo, nós convidamos os pais deles e os avós para participar. Faz dois anos, tivemos um funeral. O funeral é muito importante para os budistas. E eles têm a impressão de que os católicos não têm muito interesse pela morte, não têm respeito pelos mortos, especialmente pelos pais mortos. Todos eles estavam esperando para ver o que é que nós íamos fazer durante a cerimônia do funeral. E depois eles ficaram muito impressionados. Eu segui a tradição deles para os funerais, que inclui os sete dias de velório da tradição budista. Procurei convencê-los de que nós, católicos, não desprezamos os mortos, que temos orações pelos mortos e acreditamos e esperamos a ressurreição. Foi uma oportunidade para sermos testemunhas de Cristo e uma oportunidade para os budistas verem o que nós fazemos.

- O que atrairia um budista a abraçar o cristianismo e se tornar cristão?

Dom Schmitthaeusler: Nós começamos com os jovens. Os jovens são missionários muito eficazes: porque o meu amigo vai na igreja, eu também gostaria de ir, mesmo sem entender bem o que é a Igreja. Esta é a primeira fase.

A segunda fase é o descobrimento da caridade. Nós temos mostras de caridade em todas as nossas igrejas. É a caridade dos católicos com todos, não só com os outros católicos, mas com todos sem preconceitos, especialmente com os pobres. É disto que eles são testemunhas, e é o que vai atraí-los: abrir o coração para amar a todos.

A terceira fase, que é muito importante, é o encontro com Jesus. Mas é claro que isso leva o seu tempo, porque é uma experiência nova, mas, através da oração e da leitura da Escritura, eles se encontram com Jesus. É um processo passo a passo. Normalmente recebemos muitos jovens, na minha igreja temos cerca de cem todo domingo, mais de sessenta budistas. Desses sessenta, vinte ou trinta vão continuar na formação.

- Vamos voltar ao tempo do khmer vermelho. Houve uma destruição massiva de igrejas e a proibição absoluta da prática religiosa. Como vocês encaram este problema hoje?

Dom Schmitthaeusler: Esse período de 1975 a 1979 foi marcado pela destruição massiva das propriedades da Igreja e pela morte de padres e religiosos. Tivemos dois bispos mortos; um foi assassinado e o outro morreu doente. O primeiro bispo khmer da história do Camboja. E não vamos esquecer os dois milhões de khmeres mortos. Os missionários começaram a voltar em 1989; o primeiro, depois de 30 anos. A primeira celebração foi na Páscoa e participaram 1.500 pessoas. Alguns eram neo-conversos, porque os missionários eram muito ativos nos campos de refugiados da fronteira tailandesa, e alguns que eram católicos antes do regime de Pol Pot. A nova Igreja católica no Camboja começou com 1.500 pessoas.

- Você está começando a reconstruir não só a comunidade, mas também a infraestrutura. Como vai esse processo?

Dom Schmitthaeusler: Em Phnom Penh só temos uma igreja, que antes de Pol Pot era o seminário menor. Nós a compramos faz vinte anos e ela vai ser a principal igreja de Phnom Penh. Temos outra que construímos há quatro anos, mas eu sou um bispo sem catedral, porque a catedral de Phnom Penh foi destruída uma semana depois da ocupação do khmer vermelho, em 1975. Então está tudo em processo. Existe ainda uma revitalização dos cristãos. No ano passado nós fizemos uma análise dos últimos vinte anos de evangelização, de 1989 até 2009, e existe um desejo nas pessoas de ter uma igreja, uma catedral, e isto é um sinal de esperança. E mostra que a presença física é importante.

- Que cicatrizes ainda restam nas pessoas depois de Pol Pot?

Dom Schmitthaeusler: As cicatrizes começaram antes de Pol Pot. Houve uma guerra civil nos setenta, durante a época de Lon Nol, e a ocupação vietnamita depois de Pol Pot. Foi um período muito longo. Não houve transmissão da tradição cultural, dos valores e da história durante aquele tempo todo, e a transmissão de uma geração à seguinte é muito importante. A preocupação principal naquele período era simplesmente sobreviver! Procurar comida, procurar refúgio. Ninguém tinha tempo para transmitir as tradições culturais, os valores e a história. Para os jovens é um desafio começar uma família, porque eles perderam o nexo e o conhecimento do patrimônio deles. No Camboja, 60% da população tem menos de 20 anos. Eles não conheceram a guerra civil, o regime de Pol Pot, nem a sua própria cultura. Isso é um desafio para o governo e também para a Igreja.

- Qual é a prioridade nesta situação?

Dom Schmitthaeusler: A educação é a prioridade no Camboja. Os recursos humanos foram destruídos e agora temos que reconstruir tudo. É prioridade para a Igreja também, porque a educação faz parte da formação, e, para mim, começando uma nova missão na diocese de Phnom Penh, a educação é uma prioridade porque agora nós convivemos com a primeira geração de cristãos. Eles foram batizados há vinte, dez ou cinco anos, e a educação é o caminho para eles aprofundarem as raízes cristãs e culturais, para virarem líderes na Igreja e nas famílias deles e para construírem melhor uma família cristã. Nós temos hoje dois seminaristas, o que é muito, já que só existem 14.000 cristãos. Dois seminaristas é uma boa proporção. Precisamos formar boas famílias para fomentar as vocações. Então, o primeiro objetivo é a formação e a educação em geral. Começamos com uma creche e agora temos 25 na diocese. Também temos uma escola técnica segundo a tradição de Dom Bosco.

- Como está sendo a reconciliação depois desse período terrível, com dois milhões de assassinados?

Dom Schmitthaeusler: A maior parte das pessoas nem pensa nisso, ou não está interessada nisso. A reconciliação é um conceito só nosso. A vida é difícil para a maioria do povo khmer e eles se concentram em correr atrás. Eles olham para o futuro, não para o passado.

- Então a Igreja não tem o objetivo de encarar este problema?

Dom Schmitthaeusler: Nós tratamos desse problema com os nossos serviços de comunicação social. No ano passado fizemos um encontro com um dos juízes internacionais e focamos em reunir os católicos que sobreviveram àquele período. No ano passado, na nossa escola católica, tivemos uma jornada para falar sobre o período do khmer vermelho. Convidamos os sobreviventes para falar. Depois fomos para um lugar que é um local para a memória, os chamados campos da morte. Fizemos orações com os monges e os padres. Tentamos pouco a pouco manter a memória daquela época negra, porque eu acho que é importante recordar, e isso é um desafio para o país, porque não podemos esquecer.

- O rei assistiu à missa de exéquias do papa João Paulo II. Como é a relação hoje com o governo?

Dom Schmitthaeusler: A relação é especialmente boa entre o governo e a Igreja católica. Temos um Ministério de Culto e Religião, como em todos os outros países comunistas. Eu fui vigário geral da diocese de Phnom Penh durante três anos e tenho uma boa relação com o governo. Somos sempre bem-vindos.

- Mas não é fácil. O senhor não pode fazer visitas de porta em porta. Como isso afeta o seu trabalho de evangelização se existem limites para visitar as famílias das aldeias?

Dom Schmitthaeusler: Não é bem assim. Nós não vamos de porta em porta como os mórmons nem temos permissão para usar sistemas de microfones e megafones para fazer proselitismo. E eu entendo isso. Alguns protestantes usaram grandes cartazes para citar passagens bíblicas e isso não é permitido. Eu posso visitar as famílias das aldeias sem restrição nenhuma. Explicamos para o governo o que é a fé católica e sempre usamos o termo católico, e não cristão.

- O que provoca uma reação tão negativa do governo ao se estabelecer uma seita cristã ou protestante?

Dom Schmitthaeusler: Há muitas seitas cristãs no Camboja e para o governo é difícil saber quem é quem. Estão contentes conosco porque temos uma estrutura clara: o Papa, os bispos e os sacerdotes.

- Quais são atualmente as necessidades de seu país e da Igreja Católica?

Dom Schmitthaeusler: A necessidade de formação e ajudar nosso povo a se encontrar com Deus, isso é muito importante. Ter tempo para rezar em silêncio, para se relacionar com Jesus e com Deus – este é um grande desafio em um país budista.

Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/

O grande valor da Santa Missa




“Uma Santa Missa tem mais valor que todos os tesouros do mundo”.
São Leonardo de Porto Maurício Padroeiro dos Missionários.

A Santa Missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo oferecido, em nossos altares, em memória do sacrifício da Cruz.
O Santo Sacrifício da Missa é oferecido:

1º Para odorar e glorificar ao Senhor bom Deus;
2º Para agradecer a Deus os benefícios recebidos;
3º Para obter de Deus o perdão dos pecados;
4º Para pedir a Deus graças e favores. “Na hora da morte, as Missas a que houveres assistido serão a tua maior consolação”.

Um dos fins da Santa Missa é alcançar para ti o perdão dos teus pecados. Em cada Missa, podes diminuir a pena temporal devida aos teus pecados, pena essa que será diminuída na proporção do teu fervor. Assistindo com devoção à Santa Missa, prestas a maior das honras à Santa Humanidade de JESUS CRISTO. Ele compadece de muitas das tuas negligências e omissões. Perdoa-te os pecados veniais não confessados, dos quais, porém, te arrependes; preserva-te de muitos perigos e desgraças que te abateriam. Diminui o império de Satanás sobre ti mesmo. Sufraga as Almas do Purgatório da melhor maneira possível.

Uma só Missa a que houveres assistido em vida, será mais salutar que muitas a que os outros assistirão por ti depois da morte. “Será ratificada no Céu a bênção, que do Sacerdote recebes na Santa Missa”, afirma o grande Doutor e Bispo da Igreja Santo Agostinho de Hipona. “O renomado pregador, denominado “O Boca de Ouro”, Doutor e Patriarca de Constantinopla São João Crisóstomo escreveu: “Estando Jesus morto e ainda pregado na cruz, diz o evangelista, um soldado aproximou-se, feriu-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu água e sangue: a água, como símbolo do batismo; o sangue, como símbolo da eucaristia. O soldado, transpassando-lhe o lado, abriu uma brecha na parede do templo santo, e eu, encontrando um enorme tesouro, alegro-me por ter achado riquezas extraordinárias. Assim aconteceu com este cordeiro. Os judeus mataram um cordeiro e eu recebi o fruto do sacrifício”.

O ínclito teólogo e Doutor da Igreja Santo Tomás de Aquino disse: “O martírio não é nada em comparação com a Santa Missa”. Pelo martírio, o homem oferece o Deus dá o seu Corpo e o seu Sangue em Sangue em sacrifício para os homens. Se o homem reconhecesse devidamente esse mistério, morreria de amor. A Eucaristia é o milagre supremo do SALVADOR; é o dom soberano do Seu amor”. Foi de forma magistral que a magnífica mística e Doutora da Igreja Santa Teresa de Ávila disse: “Sem a Santa Missa, que seria de nós? Tudo perecia neste mundo, pois somente ela pode deter o braço de Deus”. “Jesus Cristo na Santa Missa é médico e remédio” afirmou o fundador da Congregação do Santíssimo Redentor, Bispo e Doutor da Igreja Santo Afonso de Ligório.

Preciosidades

Pedras preciosas sempre fascinaram por sua beleza, raridade e durabilidade, sem contar os milhões que podem representar. A maioria dessas preciosidades, também chamadas de gemas, são minerais ou rochas formadas a partir de condições especiais e pouco frequentes na natureza. “Cada mineral tem seu modo particular de formação. O diamante, por exemplo, se forma a partir do carbono, com pressões e temperaturas elevadas, só encontradas no interior da terra a grandes profundidades”, diz o geólogo e gemólogo Nelson Luiz Chodur, do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Paraná. O total de ouro no mundo, na superfície e já processado é de 163.000 toneladas. Todo esse ouro, com todas as pedras preciosas, junto com todo dinheiro e outras riquezas no mundo, não valem nada diante da Santa Missa. “Pois sabeis que não foi com coisas perecíveis, isto é, com prata ou com ouro, que fostes resgatados da vida fútil que herdastes dos vossos pais, mas pelo sangue precioso de Cristo, como de um Cordeiro sem defeitos e sem mácula” (1 Pd 1, 18). O maior valor que existe na face da terra é a Santa Missa. É a Santa Missa o verdadeiro culto de louvor, oblação, glorificação e adoração a Santíssima Trindade.

Fonte: shalom.org