Padre Reginaldo Manzotti no Faustão
junho 20, 2011 por Wagner Moura
Vídeo da entrevista do Pe. Reginaldo ao Faustão
Fato: a mídia inspira nossas conversas em família, entre amigos, nossas conversas em geral. Isso acontece mais com alguns, acontece menos com outros. Eu, por exemplo, não tinha assistido ao Faustão! Eu não assisto. Eventualmente, sem planejar, sem desejar, pode ser. Bom, embora eu não assista, soube que houve a apresentação de um novo padre cantor, o padre Reginaldo Manzotti. Ele, aliás, não é tão novo assim nessa área artística! Padre Manzotti já gravou DVDs, cds, fez shows aos montes… Mas só agora (por ser da Som Livre) foi visto, pela primeira vez, no Faustão.
O Brasil assiste Faustão, gostemos disso ou não. E o Brasil que lê este blog quer saber o que eu achei da resposta do padre Reginaldo Manzotti à pergunta do Faustão sobre “a questão da homossexualidade”. Tenho respeito por tamanho interesse, agradeço e comento, Brasil! Vamos então à pergunta e à resposta que rolou no programa. Seguem:
Faustão pergunta: “No caso do homossexualismo, como é que o padre tem que enfrentar essa situação e principalmente se posicionar? Um padre jovem, um padre renovador… Especialmente com essas marchas pregando o combate ao preconceito! Porque não tá na opção, na formação sexual, o caráter, não está competência… A pessoa não pode ser julgada e infelizmente na nossa sociedade a pessoa é julgada!”
O padre falou sobre garotos que não querem ser padres porque acham os padres todos gays e pedófilos. Depois o padre diz que não se pode generalizar, etc, etc… Ele explicou o que é ser padre e como ele é feliz. E aí entra na resposta que nos interessa. É longa, mas vale ir até o final:
Pe. Reginaldo Manzotti responde: “Sobre a questão da homossexualidade… Eu sou tido também como padre bocudo! Porque (…) não dá pra ficar em cima do muro porque a verdade é inegociável.
Existem valores que são inegociáveis! O Papa disse agora: ousadia, coerência e verdade. Sobre a homossexualidade… Deus fez o homem e fez a mulher! Esse é o plano da criação. Eu não estou dizendo nem A, nem B. Se algo aconteceu na história, seja genética… E aí nós temos que ter tolerância, nós temos que ter amor, nós temos que ter acolhimento, respeito!
Eu acredito o seguinte: você tem que ter um ideal porque se você não tem um ideal você se perde. E a educação tá complicada. Deus fez o homem, Deus fez a mulher. Deus é capaz de acolher, Deus é capaz de perdar, mas o referencial da pessoa humana é o homem e a mulher! Acredito que todos os direitos devem ser valorizados. A minoria ela tem os seus direitos, mas você não pode querer equiparar uma união homoafetiva com a mesma qualidade de família. Tem que ser respeitado, tem que ser levado a sério. Eu acho que os teólogos, juristas, psicólogos, devem se debruçar sobre isso… Não é fugir do problema! Mas você não pode equiparar essa união ao nível de família. Essa é a nota oficial da CNBB! E eu sou padre, eu não vou ficar inventando teoria. Eu amo a minha Igreja e prefiro acertar ou errar com ela. Eu sou sacerdote!“
Ufa! Que bom que saiu: “A Igreja não aceita, não pode aceitar, jamais aceitará que dois barbudos se unam e tenham o direito idêntico ao de um casal heterossexual origem da família, a base da sociedade”.
Ele não disse isso? Tanto melhor! Num discurso o mais importante, meus amigos, é o que não se diz. O que não se diz explicitamente! Mas que, ainda assim, está ali. E na fala do padre Reginaldo Manzotti, apesar das palavras bonitas de “paz, amor, carinho, respeito” (que hoje servem, comumente, ao relativismo), o que está sendo dito é que, a prática homossexual NÃO agrada a Deus, é condenável e se opõe à família.
É o contrário do que fez o padre Fábio de Melo. Este usou “paz, amor, carinho, respeito” para nos dizer que TANTO FAZ, que o importante é… É… Sabe-se lá! Nem ele deve saber. E por isso mesmo ficou em cima do muro. Aliás… No discurso do padre Fábio, naquele programa triste que foi reprisado, o não dito era assim: “Não seja um fanático assassino que sai por aí em marcha contra leis como o PL122 que pelo menos servem para civilizar nosso povo! Seu fanático, assassino!” Repito: ele não disse isso. E por isso mesmo foi trágico! Entende?
Bom, eu agradeci a Deus por essa entrevista do padre Reginaldo Manzotti ao Faustão – da qual eu gostei, vou salientar isso para não ser também alvo do emcimadomurismo. Tive a sensação de que Deus presenteava todos nós com sua justiça! Ei-la. Mostrou, a quem quisesse, que qualquer padre que tivesse postura diferente do padre Reginaldo Manzotti, coerente com o ensino da Igreja, estava, no mínimo, EM CIMA DO MURO. À semelhança de vocês sabem quem.
Padre Manzotti foi aplaudido pelo motivo certo: portou-se como padre, orientou, distinguiu o bem do mal, identificado com a Igreja e não com sua gravadora, com seu sucesso, com seu marketing pessoal. Reconheço que poderia ter sido melhor! Mas deu certo e com certeza incomodou muito relativista por aí. Parabéns, padre!
Fonte: http://diasimdiatambem.com/