"É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo". (Gl 1,10)
Caríssimos,
Não é de hoje que o Santo Sacrifício tem sido desrespeitado e banalizado. Graças àqueles que sonham com uma Missa do seu jeito, querem re-criar o Sacrifíco de Jesus. Ignoram aquele primeiro (e único!) em que o próprio Deus foi imolado para salvar a todos nós. Deixaram-se contaminar pelo relativismo, pelo modernismo, pelas ideologias nefastas de que "Se Jesus ressuscitou, não precisamos mais vê-lo pregado à cruz. Vivamos, agora, um tempo de glória!".
Pensar assim é caçoar do Sacrifício de Cristo. Sim, caçoar, porque, em Sua Imolação, há um mistério e também uma Glória. A morte de Cristo não é um símbolo de derrota. Afinal, Ele não ficou preso à morte. Ele ressuscitou. O sacrifício de Cristo é um desejo de Deus ao seu povo. E o próprio Cristo autorizou aos Apóstolos que repetissem oque fez na Santa Ceia em Sua Memória. Como é que reviveremos a memória da nossa salvação com baladinha? Palminhas? Dancinhas? Musiquetas alá TdL?
Devemos lembrar, meus irmãos e irmãs, que Maria esteve em pé diante da Cruz. Sentia dor? Claro! Era o seu filho morrendo injustamente. Mas havia também nela uma alegria. Aquela "injustiça" tinha um fim maravilhoso: salvar os filhos de Deus. Portanto, a alegria na Santa Missa é contida. Assim como Nossa Senhora conteve-se diante do mistério, nós assim também devemos fazer. Rezar durante a Missa o que é a nossa parte, e não a do Sacerdote; conter palminhas e dancinhas. Há lugares apropriados para isso.
Contudo, penso que o retorno à Missa como nunca deveria ter deixado de ser está cada vez mais difícil. Na Arquidiocese de Maringá, por exemplo, temos a Missa pré-balada. Funciona assim: os jovens vão à missa, rezam, adoram, louvam. Antes da proclamação ao Evangelho, chega um sujeito carregando a Bíblia sobre um... skate! É... skate. Após a proclamação, a galera empurra banco pra lá, estica o esqueleto e... dança. Mas não é uma dancinha qualquer, não. É com a Igreja toda apagada, apenas com luzes de discoteca pra lá e pra cá e umas fumacinhas... E, segundo o locutor do vídeo, tudo é feito sob o olhar do Pároco e com o maior respeito ao Sagrado... tsc... tsc...
Se você passasse em frente a uma Igreja neste estado, diria o que? É missa ou balada?
Depois que vi o vídeo eu perdi completamente a noção do que seja respeito ao Sagrado. Porque, o que é Sagrado, é zelado, cuidado, e não zoneado. Repito. Não acho errado que os jovens tenham seu momento ao lazer dentro do Salão Paroquial (e não na Igreja), mas daí querer adaptar o Santo Sacrifício da Missa??? Será que ninguém ainda percebeu que enquanto agirmos dessa forma, fazendo "só o que o jovem quer", esta geração demorará muito mais a amadurecer (ou não amadurecerá nunca)? Quando é que proporcionaremos aos nossos jovens que tenham atitudes de pessoas crescidas?
Sim, eu sei que muitos que leram até aqui, dirão: "Evelyn, como você é quadrada. Não é melhor estes jovens nesta Missa-Balada" a estarem no mundo, usando drogas?" Não, não é. E explico. Nós não temos que adaptar a evangelização a uma secularização. O Evangelho não tem por onde ser adaptado, porque Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre. Não se deve adaptar a Missa. Deve-se é adaptar-se a ela. E se Jesus não for suficientemente necessário para um jovem, podem fazer balada, missa disso e aquilo que nada os segurará. Só Jesus é quem pode conquistar um jovem, independentemente da situação em que este esteja.
Não temos que agradar aos homens na Santa Missa. Jesus mesmo não agradou a muitos. E Missa não é lugar de modismo. Se fosse, o Papa criaria o seu. Mas o Papa reza o Rito da Igreja, e não o que lhe convém. Não temos que nos dobrar ao mundo para termos Igreja cheia. Antes Igreja com pouquíssimas pessoas, mas que zelam pelo Sagrado, a Igrejas lotadas de gestos infâmes.
Chega de banalizar a Santa Missa, a Santa Liturgia e a Doutrina da Igreja
Chega de banalizar a Santa Missa, a Santa Liturgia e a Doutrina da Igreja