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1 de abr. de 2011

NEOPAGANISMO – Como devemos agir?


Ralph Rosário Solimeo

Desde a sua instituição, por Nosso Senhor Jesus Cristo, a Igreja vem sofrendo ataques, ora mais violentos, com o martírio de seus seguidores, ora incruentos, com críticas à sua Doutrina e ao seu clero. Nunca, entretanto, essa perseguição atingiu a escala mundial, como ocorre hoje.


A globalização, agilizando os meios de transporte e os de comunicação, possibilitou que vários grupos possam unir as suas estratégias de ataques à Religião. Estas perseguições, às vezes sorrateiramente dissimuladas, ou flagrantemente ostensivas, são fases do grande processo engendrado pela Revolução de cunho internacional para destruir as religiões cristãs, em especial a Católica e, por consequência, os pilares da cultura ocidental.


Pessoas que, até então, tinham estilos de vida contrários aos ensinamentos cristãos, limitando-se às suas práticas individuais e respeitando o direito dos outros, hoje se unem em associações, das mais variadas, atacando, por todos meios, os fundamentos da Doutrina Cristã. São as inúmeras associações de defesa do aborto, da eutanásia, da família homossexual, do tribalismo, do fetichismo etc.


Recentemente, nos fins do ano passado, quando da visita do Papa a vários países europeus, diversas dessas associações não só fizeram manifestações contrárias à sua presença, como chegaram a pedir a sua prisão.


Anteriormente, tais associações já haviam conseguido que a Comunidade Européia obrigasse a retirada dos Crucifixos e outros símbolos religiosos de todas as repartições públicas, em vários países.


Recentemente, a Associação dos Ateus e Agnósticos do Brasil, a exemplo do que fizeram as suas congêneres na Europa, pretendeu colocar cartazes no vidro traseiro dos coletivos urbanos de Porto Alegre e de Salvador, atacando a Religião e defendendo uma sociedade ateia, mas felizmente não conseguiram o seu intento.


Como já vimos, o PNHD-3, decretado pelo Governo Lula, não passa de uma tentativa de impor a paganização da Nação, através do Estado, disfarçada em uma defesa dos direitos humanos.


A alegação de que o Estado é laico e, portanto, separado da religião, não justifica a imposição de leis frontalmente contrárias à índole religiosa do nosso povo.


Governantes de vários países, inclusive do nosso, querem, com a expulsão de Deus, “criar” uma nação amoral, indiferente aos conceitos do bem e do mal, numa posição relativista entre a verdade e o erro.


Nos dias atuais, com a moda do “politicamente correto”, que não passa de uma ditadura do relativo, aquele que se manifeste contra o mal, o erro e o feio, está sujeito, não só à censura pública, estimulada pelos meios de comunicação, mas até a enfrentar processos judiciais.


Esse laicismo, que elimina a presença de Deus, não é só do Estado, mas está infiltrado em todos os setores da vida da cultura, da arte e das relações sociais. Paulatinamente, tanto os veículos de comunicação, como os meios de entretenimento, especialmente a televisão, o cinema e o teatro vem solapando os princípios da moral cristã, instilando o veneno da busca do prazer sem limites, da permissividade sexual, do desrespeito aos pais e às autoridades, da imoralidade nos negócios, do consumismo e da irresponsabilidade familiar e social.


E como nós católicos devemos agir ante esta situação?


Além de rezar muito pedindo a Virgem de Fátima para que nos dê forças para nos mantermos firmes na Fé, devemos, em cada ambiente em que atuamos, na medida de nossa influência e capacidade, e especialmente pelo nosso testemunho de Fé, reagir a essas agressões e exigir que nossos representantes no Poder se oponham às tentativas de destruição da Religião, através de leis iníquas e de ações em todas as esferas de governo.


Fonte: IPCO