Fitinha do Bonfim: tá amarrado em nome de… Oxum??!!
Por O Catequista em 18/11/2011
Chuta que é macumba, Povo Católicoooo!
Hoje vamos falar sobre a famosa fitinha de Nosso Senhor do Bonfim. De onde ela vem e qual é o limite entre a devoção e a macumba?
Antes de tudo, senta que lá vem a história…
A fitinha nasceu bem no início do século XIX e também era conhecida como “medida do Bonfim”, por ser do tamanho do braço direito da imagem de Nosso Senhor do Bonfim (não me pergunte porque os dois braços não são do mesmo tamanho). Nessa época a pulserinha ainda era católica! Era utilizada como ex-voto (explicamos o que é isso no post sobre Promessas – veja aqui). As pessoas que conseguiam alguma graça usavam a fitinha no pescoço, como se fosse um colar, e penduravam nela pingentes que lembrassem a graça alcançada, como fotos da família ou pequenas imagens de metal representando partes do corpo curadas.
Essa tradição durou até meados do século XX, quando a fitinha caiu em desuso e sumiu.
E de repente ela voltou! Ninguém sabe ao certo como. Aí vieram os hippies baianos e suas esquisitices, entre elas, fitinhas de cores fortes amarradas ao pulso. Pronto! A repaginação da “medida do Bonfim” agradou tanto que logo virou mania nacional e, hoje, até internacional.
Só que ela foi embora católica, mas não voltou muito santa não…
A nova Fitinha de Nosso Senhor do Bonfim agora vinha carregada de sincretismo. A começar pelas cores: cada uma simbolizando um orixá. O verde escuro para oxóssi, o azul claro para iemanjá, o amarelo para oxum e por aí vai.
Embora o comércio já tenha tratado de aumentar o leque de cores, reduzindo a equivalência com os orixás, a fitinha é muito mais reconhecida como um elemento de cultos afro-brasileiros do que da Igreja Católica. Aliás, poucos realmente olham pra Igreja de Nosso Senhor do Bonfim e se lembram da Igreja de Cristo. Já falamos sobre isso por aqui (veja aqui o post sobre Sincretismo).
E como sempre, tudo que passa pelo sincretismo acaba virando macumba. Com a fitinha não foi diferente: hoje ela é cercada de lendas. A mais tradicional diz que você deve colocá-la no pulso e fazer três pedidos; eles se realizarão assim que a fitinha cair sozinha. Ou seja, você tem basicamente que deixar ela apodrecer no braço e torcer para que o fabricante não tenha utilizado material de qualidade. Mas atenção! Só funciona se você ganhar a fitinha e pedir para alguém amarrar por você. Como bônus, ela também lhe confere a proteção dos orixás (isso porque a fitinha é de Cristo).
Além de um amuleto poderoso, ela ainda é versátil! É muito utilizada pra dar um ar mais fashion nos pratos de frango com farofa deixados nas encruzilhadas. Cara… fugindo um pouco do assunto: falar “paralelepípedo” no Além, sem cuspir farofa, deve ser dificílimo! O povo não bota nem um arrozinho pra dar uma quebrada!
Mas voltando à vaca fria… Muito cuidado! A fitinha também tem o seu lado negro! Se você desamarrá-la de propósito, nunca vai realizar seus desejos e vai ter azar pra sempre. Tan, tan, taaaaaaaaannn!!!! #TENSO
Tudo muito católico, né? O que era o agradecimento por uma graça, virou amuleto. E aí? Você usa? Se você está lendo esse post, deve estar pensando em tirar agora. Tá com medinho???? Olha o azar, hein!
Agora, um aviso: se você não passar esse post
imediatamente para 77 pessoas – na internet o 7 é inflacionado – sua conexão vai cair, você nunca mais vai conseguir navegar em banda larga, o site oficial do Justin Bieber vai ser, para sempre, a página inicial do seu navegador e o seu iPod/MP4 só vai tocar lambada até o fim da sua vida
Sincretismo: mostra o seu que eu mostro o meu.
Por O Catequista em 16/11/2011
Toca tambor aí, Povo Católico!
Aqui no Brasil temos uma tradição maluca: viver uma religião professando outra! É claro que existem motivos históricos pra isso ter acontecido, mas chamar Iansã de Nossa Senhora com a liberdade de culto que temos hoje, não faz o menor sentido. Mesmo assim tem católico permitindo que templos sejam profanados em nome dessa maluquice. Hoje vamos falar do famoso Sincretismo Religioso!
O seu professor comunista de história tem dois objetivos na vida: fazer você virar ateu e votar no PSTU. Em uma das tentativas de alcançar o primeiro objetivo, deve ter dito que a Igreja perseguia os escravos e então eles tinham que prestar culto aos seus deuses usando imagens católicas e bla bla bla… Mas nem todo mundo concorda com essa versão. Alguns sustentam que o sicretismo no Brasil surgiu do mesmo jeito que ocorreu no Império Romano: simples miscigenação de culturas. Bem, não importa muito como tudo ficou junto e misturado, mas agora separem, pelamordideus!
Você já pensou se o Maradona tivesse que dar o aval na escalação da Seleção Brasileira? Você ia gostar se alguém entrasse na sua casa e pendurasse na parede fotos de uma família que não é a sua?? Pôsteres de um time que não é o seu? Não ia, né? Então alguém me explica isso aqui:
“O festejo começa às 10 da manhã, quando os participantes se concentram em frente à Igreja da Conceição da Praia para dar início a uma caminhada de 8 km até a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim. O cortejo é comandado por baianas com trajes típicos – turbantes, saias engomadas, braceletes e colares – que carregam vasos com água de cheiro. Atrás delas vem o bloco Filhos de Gandhi e uma multidão de fiéis. Todos se vestem de branco, que á a cor de Oxalá, o deus Yoruba sincretizado com Senhor do Bonfim.
“Depois de pouco mais de uma hora, a procissão chega até a escadaria, onde muitos espectadores a esperam. Originalmente o interior da Igreja era lavado, mas hoje a água é ritualisticamente derramada fora de Nosso Senhor do Bonfim, num gesto simbólico de purificação. As baianas molham com água de cheiro os degraus da escadaria, onde também depositam flores, enquanto todos cantam o hino do Senhor do Bonfim.”
Fonte: http://www.terra.com.br/multimidia/minutobrasil/bonfim.htm
Hã???? Quer dizer que todos os anos precisamos fazer macumba pra purificar uma Igreja dedicada ao próprio Nosso Senhor Jesus Cristo? Tá certo isso, Arnaldo?
Ah… mas calma aí que nem saímos da Bahia e já tem a festa de São Roque… e essa tem MISSA especial! Olha aí:
“Além da missa especial que, segundo o padre Rosivaldo Mota, responsável pela Igreja de São Lázaro, ‘mescla a fé católica com o rito afro’, a celebração também ganha participação do povo de santo, que oferece o banho de pipoca. De acordo com a tradição do Candomblé, o banho é capaz de limpar o corpo e espantar o mau olhado. No sincretismo religioso, São Roque simboliza o orixá Obaluaê.”
Fonte: http://www.bahia.com.br/node/13030
Padre celebrando Missa com BANHO DE PIPOCA?!?!?!?!? Limpar o corpo?!? Espantar mau olhado?!?! Povo católico, cadê os 2.000 anos de tradição da nossa Santa Igreja? Alguém acha que São Pedro ia achar bonito dar banho de pipoca nos apóstolos?
E pra você não dizer que estou implicando com a Bahia, lá vai um sincretismo mineiro aí:
“A Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, que teve sua origem em 1723, é uma festa religiosa tipicamente mineira e que resgata a tradição do sincretismo religioso. A festa acontece há mais de 200 anos e tinha como antiga data os dias 25 de dezembro a 6 de janeiro. A mistura do catolicismo com crenças africanas e costumes indígenas dá à festa um caráter heterogêneo e de pluralidade cultural.”
Fonte: http://www.portalcmd.com.br/?content=95
Catolicismo + Crenças Africanas + Crenças Indígenas = Profanação de Templo + Inferno. Pluralidade cultural é convocar o Messi no lugar do Neymar… nem falo nada.
Mas e a Igreja Católica, o que fala sobre o assunto? Bem, o Papa Bento XVI foi muito claro, em seu encontro em Genebra com os bispos do Norte do Brasil:
“Se na liturgia não emergisse a figura de Cristo, que está no seu princípio e está realmente presente para a tornar válida, já não teríamos a liturgia cristã, toda dependente do Senhor e toda suspensa da sua presença criadora.
“Como estão distantes de tudo isto quantos, em nome da inculturação, decaem no sincretismo introduzindo ritos tomados de outras religiões ou particularismos culturais na celebração da Santa Missa (cf. Redemptionis Sacramentum, 79)! O mistério eucarístico é um ‘dom demasiado grande – escrevia o meu venerável predecessor o Papa João Paulo II – para suportar ambigüidades e reduções’, particularmente quando, ‘despojado do seu valor sacrificial, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesa’ (Enc. Ecclesia de Eucharistia, 10).”
Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/2010/04/15/leia-discurso-do-papa-aos-bispos-do-para-e-amapa/ (esse blog é porreta!)
E tome esporro papal nos bispos do Pará e Amapá…
Bem amigos, depois de tudo isso, só me resta pedir que estejam atentos. Não permitam que nossa Sagrada Tradição, que nos liga diretamente aos apóstolos originais e ao próprio Cristo, seja misturada com o que quer que seja. É ela que nos permitiu interpretar a Sagrada Escritura de forma una e coerente por 2.000 anos. Não deixe que nossos templos católicos sejam profanados com imagens ou insinuações pagãs.