07.06.2012 - O Castigo não se fez esperar
Em 1931, na festa de Corpus Christi, o bispo de Nantes (França), por causa do mau tempo, suspendeu a procissão do SS. Sacramento. No dia seguinte os jornais socialistas e maçônicos de Nantes zombavam da decisão do prelado. “Que faz o vosso Deus? (escrevia um dêles em tom de desprêzo). Nós nos rimos dêle. Para o próximo domingo, 7 de junho, organizamos uma excursão a Saint-Nazaire pelo vapor ‘Saint Philibert’. Vereis como tudo correrá bem, apesar de que todos os excursionistas perderão a missa para tomar o cruzeiro”.
Chegou o domingo 7 de junho. Eram 600 os passageiros que bem cedo embarcaram no vapor. O “Saint Philibert” desceu bem o Loire, chegou a Saint-Nazaire e depois saiu do estuário e entrou no Atlântico para um breve giro ao largo. De repente, formou-se um denso nevoeiro; não se via nem se ouvia nada a dez metros de distância. Não demorou muito a catástrofe: um choque tremendo com um poderoso transatlântico, que partia pelo meio o pequeno vapor francês. Após dois minutos de gritos de terror, um silêncio de morte. O “Saint Philibert” submergia no oceano para sempre. 499 excursionistas desapareceram nas ondas; quatro enlouqueceram ; os outros foram salvos com dificuldade por outro vapor; o capitão, desesperado, deixou-se afundar com seu navio. Assim respondia Deus à provocação dos míseros homenzinhos da seita.
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Queria pô-las como flores
Em 1873 um homem de Wisembach, povoado dos Voges, amontoava imundícies num depósito. Aos que lhe perguntavam para que serviria aquilo, respondia:
- Este lixo eu o porei como flôres nas ruas por onde há de passara procissão de Corpo de Deus. Três dias depois foi atacado de apoplexia, morrendo sem recobrar os sentidos e sendo enterrado no próprio dia de Corpus Christi.
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Bravos cruzadinhos
Um missionário do longínquo Oriente, vendo um jovenzinho muito recolhido e devoto diante do altar do Santíssimo, perguntou:
- José, que faz ai tanto tempo e que é que diz a Jesus?
- Nada, Padre, pois não sei ler nos livros. Somente exponho minha alma ao Sol.
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Aos seus mais pequenos Cruzadinhos, perguntou um tal Vigário:
- Quantas vêzes se deve comungar?
- Muitas vêzes, Padre.
- Bem; e quem sabe me dizer por quê?
- Eu, Padre, eu sei. Jesus tomou o pão para mostrar que o devemos comer todos os dias; porque, se tivesse tomado a sobremesa, diríamos que só se devia comungar nos dias de festa.
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Um menino distribui a Comunhão
Na guerra de 1914, que durou quatro anos, os exércitos italiano e alemão pelejavam perto da povoação de Torcegno, no vale de Brenta. À meia-noite, entraram os alemães para ocupar a igreja e a tôrre e levaram consigo prisioneiros os sacerdotes que havia, sem dar-lhes tempo de retirar o Santíssimo da igreja.
De manhã, antes da aurora, o povo recebeu ordem de evacuar o povoado, pois ia dar-se ali a batalha. Eram os habitantes cristãos fervorosos que amavam muito suas roças, suas casas e mais ainda sua igreja. Mas não havia remédio; era preciso fügir.
Salvemos ao menos o Santíssimo, disseram todos; mas como, se não havia padres? Lembraram-se de escolher o menino mais inocente e angélico para abrir o sacrário e dar a comunhão a todos os presentes, consumindo-se assim tôdas as hóstias. Ao sair o sol, todo o povo estava na igreja, as velas acesas, no altar e o menino revestido de alvas veites. Sobe o mesmo com grande reverência os degraus do altar, estende o corporal, abre a portinha, toma o cibório douraclo e, tendo todos rezado o “Eu pecador”, desce até à grade e vai dando as hóstias até esvaziar o cibório.
Purificou logo o vaso sagrado com todo cuidado, juntou as mãos e desceu os degraus do altar como um anjo. Levando Jesus no coração, todo o povo se apressou a fugir para os montes. Corriam lágrimas dos olhos de muitos, é verdade, mas a alma estava confortada com o manjar divino.
Ao pequeno “diácono” enviou o Santo Padre Bento XV sua bênção e suas felicitações.
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A força para o Sacrifício
Em 1901, começou na França o fechamento de todos os conventos e a expulsão dos religiosos. Foi nesse ano que se deu, em Reims, o câso seguinte contado pelo Cardeal Langenieux, arcebispo daquela cidade.
Havia em Peims, entre outros, um hospital que abrigava somente os doentes atacados de doenças contagiosas, que não encontravam alhures nenhum enfermeiro que quisesse cuidar dêles. Em tais hospitais somente as Irmãs de caridade costumam tratar dos doentes e era essa a razão por que ainda não haviam expulsado as religiosas daquela casa.
Um dia, porém, chegou ao hospital um grupo de conselheiros municipais (vereadores), dizendo à Superiora que precisavam visitar tôdas as salas e quartos do estabelecimento, porque tinham de enviar um relatório ao Govêrno. A Superiora conduziu atenciosamente aquêles senhores à primeira sala, em que se achavam doentes cujos rostos estavam devorados pelo cancro.
Os conselheiros fizeram uma visita apressada, deixando perceber em suas fisionomias quanto lhes repugnava demorar-se ali. Passaram logo à segunda sala; mas ai encontraram doentes atacados de doenças piores, vendo-se obrigados a puxar logo seus lenços, pois não podiam suportar o mau cheiro. A passos rápidos percorreram as outras salas e, ao deixarem o hospital, aquêles homens estavam pálidos e visivelmente comovidos. Um dêles, ao despedir-se, perguntou à Irmã que os acompanhara:
- Quantos anos taz que a Sra. trabalha aqui?
- Senhor, já faz quarenta anos.
- Quarenta anos ! exclamou outro cheio de pasmo. De onde hauris tanta coragem?
- Da santa comunhão que recebo diariamente, respondeu a Superiora E eu lhes digo, senhores, que n o dia em que o Santíssimo Sacramento cessar de estar aqui, ninguém mais terá fôrça de ficar nesta casa.
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O menino que foi enforcado três vezes
Estamos na Palestina, pâtria de Jesus, onde se disse a primeira Missa e os Apóstolos fizeram sua primeira comunhão… E que é hoje a Palestina? Terra de desolação, de maometanos, cismáticos, judeus e poucos católicos.
Um menino cismático de oito anos começou a sentir-se atraído à religião dos católicos, a seus tantos e festas que lhe contavam seus companheiros. Um dia quis ir ver. Com muito segrêdo, por temor dos pais, assistiu à missa numa capela. Ficou encantado. Depois da missa continuou ali com as crianças do catecismo. Terminada a cerimônia, o Padre, que não o conhecia, aproximou-se dele para saudá-lo carinhosamente.
O coração estava ganho, e o menino, às escondidas, continuou a ouvir a missa todos os domingos. Um dia, porém, o pai o descobriu e perguntou-lhe:
- Você estêve com os malditos católicos?
- Sim, papai.
- Eu não lho proibira?
- Sim, senhor.
- Jura-me que não voltarâ lâ?
- Não posso, pois em meu coração sou católico.
- Então você não jura?
- Não, senhor.
- Enforcá-lo-ei…
- O senhor pode enforcar-me.
Passou o bârbaro uma corda a uma viga do teto e o laço ao pescoço do filho e puxou-o para cima. Quando os pézinhos do menino deixaram de mover-se, o pai o desceu, soltou o laço e, vendo que ainda estava vivo, disse:
- Agora você me promete de não ir ter com aquêles malditos…
- Não, papai, não posso.
Segunda e terceira vez repetiu o pai o cruel suplício, mas não conseguiu mudar o propósito do menino. Disfarçando, então, a sua cólera, tentou o bárbaro pai outros meios.
Tomando em seus braços o corpo extenuado do pobrezinho, disse:
- Mas, meu filho, você não me ama?
- Amo-o, papai.
- Como é, pois, que não quer me obedecer?
- É que eu amo a minha alma mais do que a meu pai.
O menino, pouco a pouco, recobrou as fôrças e logo se fêz batizar, tornando-se católico. Seu pai e sua mãe morreram de tifo no ano seguinte e não muito depois teve o pequenino mártir a morte de um santo.
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Vinham nadando
Conta um missionário que, quando chegava a alguma ilha da Oceânia, para anunciar a sua presença levantava um mastro bem grande. Os negros acudiam de tôda a parte e vinham até de muito longe. Um domingo, pela manhã, viu chegar uma turma de negros que vinham nadando de outra ilha, para terem o consôlo de ouvir a santa Missa.
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Domingos Sávio ajuda à Missa
Êste angélico jovem, aos cinco anos de idade, já sabia ajudar à missa e fazia-o com grandes demonstraçõe de amor a Jesus. Como era muito pequeno, o pâdre mesmo tinha de mudar o missal. Mas era tão grande o seu desejo de servir ao altar, que muitas vêzes chegava à igreja quando esta ainda estava fechada,e ali permanecia esperando e rezando. Numa fria manhã de janeiro de 1847, ali o encontraram tiritando de frio, e coberto de neve que caía copiosamente.
Do livro Tesouro de exemplos – Padre Francisco Alves, C. SS.R. Editora Vozes Volume I Edição II 1958.
Fonte: www.rainhamaria.com.br