Roma, 08 Fev. 11 / 02:19 pm (ACI/EWTN Noticias)
Mais de 1500 extremistas islâmicos atacaram hoje duas igrejas protestantes e uma católica na cidade de Temanggung (Indonésia), porque um tribunal não condenou à morte a um cristão que teria violado a lei de blasfêmia. A pena do cristão foi de cinco anos de cárcere.
A agência Fides informou que os extremistas -entre os quais poderia haver membros do Fronte de Defesa Islâmico-, consideraram "muito leve" a condenação imposta ao cristão Antonio Bawengan, de 58 anos, acusado de distribuir panfletos ofensivos contra o Islã. Os manifestantes exigiam a pena de morte, mas os juízes aplicaram a máxima pena prevista para este delito.
Durante o vandalismo resultou ferido o pároco da igreja católica de São Pedro e São Paulo, o Pe. Saldanha, atacado por evitar que os fundamentalistas islâmicos profanassem a Eucaristia. Foram necessários mil agentes de segurança para que a situação retornasse à normalidade.
Ataques preparados
O Secretário da Conferência Episcopal do Indonésia, Dom Johannes Pujasumarta, disse à agência vaticana Fides que "Temanggung é normalmente um lugar tranqüilo. Os extremistas vieram de fora. Isto nos faz pensar que se trata de uma violência planejada e organizada". O Prelado fez um chamado à paz porque "a violência nunca é uma boa solução".
Por sua parte, o Pe. Ignacio Ismartono, durante anos responsável pelo diálogo inter-religioso, disse que a intolerância está aumentando na Indonésia e isto "sugere que existem forças escuras que querem alimentar a tensão na sociedade". Ele afirmou que "a violência em Temanggung estava sendo preparada há dias, mas a polícia não fez nada para prevenir os distúrbios".
O sacerdote disse que a Lei de Blasfêmia está sendo usada para cometer abusos. Ele recordou que um comitê liderado pelo líder muçulmano e ex-presidente indonésio Abdhrrahman Wahid, pediu suprimir e revisar esta norma, mas isso foi rechaçado no ano passado pela Corte Constitucional.
Segundo um relatório do Instituto Setara para a Paz e a Democracia, em 2010 houve mais de 216 casos de violações flagrantes da liberdade religiosa na Indonésia, o país com o maior número de muçulmanos no mundo.
A Lei de Blasfêmia agrupa várias normas contidas no Código Penal inspiradas diretamente na Xaria -lei religiosa muçulmana- para sancionar qualquer ofensa de palavra ou obra contra Alá, Maomé ou o Corão. A ofensa pode ser denunciada por um muçulmano sem necessidade de testemunhas ou provas adicionais e o castigo supor o julgamento imediato e a posterior condenação à prisão ou à morte do acusado.
A lei é usada com freqüência para perseguir a minoria cristã, que está acostumada a ser explorada no trabalho e discriminada no acesso à educação e nos postos de função pública.
Fonte: ACI Digital
Mais de 1500 extremistas islâmicos atacaram hoje duas igrejas protestantes e uma católica na cidade de Temanggung (Indonésia), porque um tribunal não condenou à morte a um cristão que teria violado a lei de blasfêmia. A pena do cristão foi de cinco anos de cárcere.
A agência Fides informou que os extremistas -entre os quais poderia haver membros do Fronte de Defesa Islâmico-, consideraram "muito leve" a condenação imposta ao cristão Antonio Bawengan, de 58 anos, acusado de distribuir panfletos ofensivos contra o Islã. Os manifestantes exigiam a pena de morte, mas os juízes aplicaram a máxima pena prevista para este delito.
Durante o vandalismo resultou ferido o pároco da igreja católica de São Pedro e São Paulo, o Pe. Saldanha, atacado por evitar que os fundamentalistas islâmicos profanassem a Eucaristia. Foram necessários mil agentes de segurança para que a situação retornasse à normalidade.
Ataques preparados
O Secretário da Conferência Episcopal do Indonésia, Dom Johannes Pujasumarta, disse à agência vaticana Fides que "Temanggung é normalmente um lugar tranqüilo. Os extremistas vieram de fora. Isto nos faz pensar que se trata de uma violência planejada e organizada". O Prelado fez um chamado à paz porque "a violência nunca é uma boa solução".
Por sua parte, o Pe. Ignacio Ismartono, durante anos responsável pelo diálogo inter-religioso, disse que a intolerância está aumentando na Indonésia e isto "sugere que existem forças escuras que querem alimentar a tensão na sociedade". Ele afirmou que "a violência em Temanggung estava sendo preparada há dias, mas a polícia não fez nada para prevenir os distúrbios".
O sacerdote disse que a Lei de Blasfêmia está sendo usada para cometer abusos. Ele recordou que um comitê liderado pelo líder muçulmano e ex-presidente indonésio Abdhrrahman Wahid, pediu suprimir e revisar esta norma, mas isso foi rechaçado no ano passado pela Corte Constitucional.
Segundo um relatório do Instituto Setara para a Paz e a Democracia, em 2010 houve mais de 216 casos de violações flagrantes da liberdade religiosa na Indonésia, o país com o maior número de muçulmanos no mundo.
A Lei de Blasfêmia agrupa várias normas contidas no Código Penal inspiradas diretamente na Xaria -lei religiosa muçulmana- para sancionar qualquer ofensa de palavra ou obra contra Alá, Maomé ou o Corão. A ofensa pode ser denunciada por um muçulmano sem necessidade de testemunhas ou provas adicionais e o castigo supor o julgamento imediato e a posterior condenação à prisão ou à morte do acusado.
A lei é usada com freqüência para perseguir a minoria cristã, que está acostumada a ser explorada no trabalho e discriminada no acesso à educação e nos postos de função pública.
Fonte: ACI Digital