WASHINGTON DC, 16 Dez. 10 / 01:01 pm (ACI).- Wikileaks difundiu um documento atribuído à Embaixada dos Estados Unidos na Itália que expressa a preocupação das autoridades americanas diante de possíveis ameaças do Al Qaeda contra o Vaticano, logo que o grupo terrorista declarou o Papa e a Igreja como seus inimigos.
O cabo com data de 19 de dezembro de 2008, assinala que "a Cidade do Vaticano atrai centenas de milhares de visitantes americanos a cada ano" e "Al Qaeda publicamente identificou o Papa e a Igreja Católica como um inimigo".
O documento sustenta que a Embaixada dos Estados Unidos na Itália teria pedido ao Departamento de Estado do seu país ajudar as forças de segurança do Vaticano para lutar com ameaças terroristas.
A intenção desta ajuda seria melhorar as habilidades de resposta do Vaticano ante uma situação de crise, e "adotar um diálogo com o Vaticano sobre contra-terrorismo".
Segundo o documento, Domenico Giani, Inspetor Geral do Corpo de Delegacia do Vaticano, teria estado "pouco disposto" a dialogar com os Estados Unidos "a respeito das capacidades e preparação do Vaticano para responder a um ataque terrorista".
Apesar disto, o documento filtrado indica que Julieta Valls Noyes, funcionária da Embaixada dos Estados Unidos no Vaticano, reportou em novembro de 2008 que Giani respondeu "positivamente" ao convite de unir-se a um exercício de gerenciamento de crises.
Sobre o Inspetor Geral do Corpo de Delegacia também se afirmou, no cabo, que pediu ao FBI treinamento específico de segurança, incluindo treinamento em explosivos, para os membros da Delegacia do Vaticano, a qual se realizou na base dos Corpos de Infantaria de Marinha em Quantico, Virginia, nos Estados Unidos.
Para a Embaixada americana em Roma teriam sido dois desafios importantes: enfrentar, para melhorar o diálogo sobre segurança, a sensibilidade da Santa Sé a ver-se muito próxima a qualquer estado, e também "a convicção do Vaticano que suas instalações devem ser facilmente acessíveis a todos os católicos".
ACI Digital