As incisões no corpo, quaisquer que sejam, são proibidas por Deus nas Escrituras:
“Não fareis incisões na vossa carne por um morto, nem fareis figura alguma no vosso corpo. Eu sou o Senhor”.(Lv 19,28).
Mas que significa uma tatuagem?
Quando alguém veste a camisa de um time de futebol, que significa?
Significa que ele é torcedor daquele time, que ele faz parte daquela agremiação ou comunga com seus princípios.
Mas quando alguém não apenas veste uma camisa, mas marca na própria
pele, significa algo muito mais profundo… significa uma adesão
irrevogável, uma consagração.
Do mesmo modo que um boi é assinalado com ferro quente com a marca de
seu dono, assim a pessoa que marca um símbolo na sua pele faz uma
consagração àquela marca….
A marca do demônio
Geralmente as pessoas que fazem tatuagem, logo escolhem ou sugerem os símbolos: serpente, escorpião, dragão…
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Que significam esses símbolos?
“A serpente era o mais astuto de todos os animais dos campos que o
Senhor Deus tinha formado. Ela disse a mulher: É verdade que Deus vos
proibiu comer do fruto de toda árvore do jardim?””(Gn 3,1)
- “Foi ele o teu guia neste vasto e terrível deserto, cheio de serpentes ardentes e escorpiões,”(Dt 8,15)
“Sobre serpente e víbora andarás, calcarás aos pés o leão e o dragão”(Sl 90,13)
“…porque da estirpe da serpente nascerá uma áspide, e seu fruto será um dragão voador”(Is 14,29)
“Lá havia também um grande dragão, que os babilônios veneravam.”(Dn 14,22)
“Foi então precipitado o grande Dragão, a primitiva Serpente, chamado
Demônio e Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra,
e com ele os seus anjos.”(Ap 12,9)
“Ele apanhou o Dragão, a primitiva Serpente, que é o Demônio e Satanás, e o acorrentou por mil anos.”(Ap 20,2)
Conclusão:
Não tenha dúvida: Quem marca o corpo com um dragão, serpente
ou escorpião está se consagrando definitivamente ao Demônio, mesmo que
não saiba disso, ou não tenha a intenção.
Um exemplo ilustra bem esta consagração, mesmo involuntária:
Imagine alguém com a camisa do Cruzeiro atravessar a torcida do
Atlético, ou com a camisa do Palmeiras e atravessar a torcida do
Corinthians, que lhe acontece? (Mesmo que ele não seja torcedor de time
algum, levará a maior surra!)
Assim mesmo que você não saiba ou não tenha a intenção, o diabo sabe e
aceita a sua consagração, quando você se deixa marcar com seus
símbolos!
Texto: Nilton Fontes
www.dicionariodafe.com.br
fonte: http://www.dicionariodafe.com.br/apologetica/tatuagem.htm
Tatuagens e piercings
PERGUNTA
Nome: Karla
RESPOSTA
Muito prezada Karla,
Salve Maria!
Com atraso lhe respondo sobre a questão das tatuagens e piercings.
Antes de tudo, é preciso compreender que, para haver pecado (mortal,
subjetivamente) é preciso que haja pleno conhecimento de que algo é
proibido pela lei de Deus ou da Igreja, que haja plena vontade de violar
o que Deus manda, e que a matéria seja grave.
Não pretendo, pois, julgar ninguém pessoalmente, pois não sei se uma
pessoa conhece ou não o que Deus ou a Igreja proíbem, e em que grau
conhece o problema moral. Trato da questão dos piercings e tatuagens
objetivamente, em si, sem pretender analisar nem pronunciar-me sobre
casos concreto de qualquer pessoa, pois não quero, não posso e não devo
penetrar em questão de consciência pessoal. Tanto mais porque não sou
formado em Teologia Moral, e não tenho autoridade para tratar
oficialmente dessa questão. Trato apenas objetivamente do problema, com
os conhecimentos comuns que um católico pode ter.
Essa questão das tatuagens e piercings está incluída no problema mais
geral da liceidade dos adornos, ainda que, em alguns casos isso se
aproxima do problema da mutilação.
Que seja lícito adornar-se e que adornar-se pode ser até necessário ou
conveniente, é universalmente admitido. Até a Sagrada Escritura diz bem
da esposa que se adorna com suas jóias, para agradar a seu esposo:
“Quasi sponsa adornata monilibus suis” (“Como esposa adornada com suas jóias”) (Isaías, LXI, 10).
São Tomás de Aquino trata da questão dos adornos legítimos na Suma Teológica perguntando:
“Se acerca do ornato exterior pode haver virtude ou vício”
Usar adornos é legítimo. Mas pode se tornar ilegítimo por duas razões:
a) Por contrariar os costumes legítimos de uma sociedade;
b) Por falta de moderação, quer seja por afeto desordenado, ou por intenção libidinosa.
Para fundamentar sua exposição, São Tomás cita Santo Agostinho que ensinou:
“No uso das coisas, não deve intervir a paixão impura,
que não só abusa descaradamente do costume daqueles entre os quais se
vive, senão que, com freqüência, rompendo todo dique, faz conhecer, com
cínico descaramento, sua torpeza, ocultada antes sob o véu dos costumes
autorizados”
Note-se a importância que São Tomás e Santo Agostinho dão aos
costumes de uma sociedade, mostrando que contrariar os costumes
tradicionais legítimos pode ser causa de pecado.
A paixão pode ser desordenada por três razões:
1) Por vanglória e ostentação. Isto é, a paixão buscado pelo luxo
excessivo dos vestidos e de adornos. O que vai contra a humildade.
2) Pela busca de prazeres do corpo, porque os adornos imoderados podem
causar atração para o pecado. O que vai contra a virtude da temperança e
da moderação.
3) Por excessiva preocupação com as vestimentas. O que vai contra a virtude da simplicidade.
É de se notar que também a vanglória pode ser buscada pelo descuido
artificial, usando-se propositadamente roupas pobres para simular
humildade, e este fingimento torna a vanglória pior do que a primeira,
pois lhe acrescenta hipocrisia. (Cfr. São Tomás de Aquino, Suma
Teológica, II IIae, Questão 169, artigo 1).
A seguir, São Tomás trata da questão “Se no ornato das mulheres existe pecado mortal”
São Tomás começa lembrando que adornos femininos podem se tornar
provocativos de pecados para os homens, e que, por isso, o adorno
feminino precisa ser analisado de modo mais particular. (Claro que,
analogicamente, isto vale também para os homens)
Por isso, a Sagrada Escritura mostra que é característico da meretriz vestir-se e adornar-se de modo provocante:
“Eis que a mulher se aproxima vestida com enfeites de meretriz para seduzir as almas” (Prov. VII, 10).
Há um modo escandaloso de se enfeitar que é próprio da mulher de rua, e que as pessoas castas e corretas não podem imitar.
São Tomás mostra que a mulher casada tem o direito de se enfeitar para
agradar a seu marido, conforme diz São Paulo (I Cor., VII, 34).
Se uma mulher se adorna com intenção explícita de provocar pecado,
comete por isso pecado mortal, com o agravante de cumplicidade com os
pecados de outrem que desencadeia por posturas provocativas.
Caso ela faça isso por leviandade, vaidade ou jactância, sem intenção
direta de causar pecado, então seu pecado será apenas venial.
Tudo isso vale também — é claro — para os homens. Muito mais isto vale
para as pessoas consagradas a Deus por votos, como os padres, frades,
monges e freiras.
Em suma, usar adornos sem intenção impura é lícito. É ilícito usar
adornos com fins lascivos e sensuais, ou ainda usar adornos que
contrariam os costumes tradicionais legítimos de uma sociedade.
Tudo isso, como já disse, está na Suma Teológica de São Tomás, na II IIae, q. 169 artigo 2.
Desses textos de São Tomás se conclui que pode haver pecado no uso de adornos por quatro razões:
1) Por excesso de adornos;
2) Por uso de adornos com intenção impura;
3) Por contrariar os costumes legítimos de um povo, causando escândalo.
4) Pelo uso de adornos que sejam símbolo de pecado (Caso citado da
meretriz que usa adornos — típicos em cada sociedade — da prostituição).
Um símbolo pode ser então pecaminoso.
5) Poder-se-ia também acrescentar que, pelo menos em certos casos, o
uso destes supostos elementos de “adorno” vise manifestar o repúdio
explícito da ordem natural, na estética ou um ódio à própria beleza —
como ocorre com certos adeptos da Arte Moderna — querendo proclamar a
liceidade de uma tendência desregrada, e até doentia de amor pela
desordem, o que seria muito mais grave.
Apliquemos, agora, esses princípios à questão das tatuagens e piercings.
Estes dois tipos de adornos têm um caráter particular, porque afetam de
modo mais ou menos definitivo, e de modo mais ou menos excessivo, a
própria integridade do corpo humano, que deve ser respeitado por ser
templo de Deus.
Evidentemente, mutilar o corpo sem razão vital ou pelo menos bem séria —
[caso das operações necessárias para salvar a vida] — é sempre pecado
grave.
Sem dúvida, tatuagens que consistam em imagens libidinosas ou
insinuantes de pecado são sempre pecaminosas, e é preciso ressaltar que
muitas tatuagens e muitos piercings são escandalosos, por sua imagens ou
por seu desejo de vanglória escandalosa.
Ademais uma tatuagem é símbolo de selvageria. Somente povos ditos
primitivos as usam. Na medida em que as tatuagens contrariam os costumes
civilizados e cristãos, elas são ilícitas.
Os símbolos podem ter uma importância muito grave, pois “símbolos são o
inteligível no sensível”, segundo a esplêndida definição do pseudo
Dionísio. Uma tatuagem, ou um piercing pode conter, então, um símbolo,
uma idéia. E sempre a tatuagem e o piercing simbolizam a rebelião contra
os costumes imemoriais da civilização cristã. Nesse sentido, eles são
sempre maus e ilícitos. Evidentemente, a gravidade dessa ilicitude
depende do conhecimento e da intenção de quem usa tais “adornos”.
Não podemos esquecer também, como já aludi mais acima, que ocorrem
certos casos nos quais estes “adornos” são usados intencionalmente como
um modo de linguagem simbólica que expressa rebelião contra o Criador e
Autor da natureza.
Que usar um símbolo mau pode ser pecado, se tem prova na conhecida
saudação marxista de levantar a mão com o punho fechado, ou na saudação
nazista da mão erguida espalmada. Durante os anos da Guerra Civil
Espanhola, bastava um Padre levantar a mão com o punho cerrado, fazendo a
saudação comunista, que lhe seria poupada a vida. Recusando fazer esse
gesto simbólico de aceitação do comunismo, o padre seria fuzilado.
Também durante as perseguições romanas, bastava aos cristãos colocarem
um grão de incenso no fogo diante de um ídolo, para que o cristão fosse
poupado do martírio. E a Igreja condenava como apóstatas quem tal
fizesse. Como a Igreja condenava com excomunhão os cristãos que, sem
queimar um grão de incenso diante de um ídolo, pagavam para que seu nome
fosse colocado na lista dos incensadores, sem ter realizado esse
símbolo de idolatria.
Portanto, usar tatuagens e piercings, para, consciente e
voluntariamente, violar os costumes da civilização cristã é também
pecado.
Daí, constar na Sagrada Escritura a condenação do uso de tatuagens e de incisões na carne:
“Não fareis incisões na vossa carne por causa de algum morto, nem fareis figuras algumas ou sinais sobre o vosso corpo” (Lev. XIX, 28).
Note-se que a Sagrada Escritura dá um motivo de condenação do fazer
incisões no corpo: “por causa de algum morto”, isto é, a Bíblia condena
como ilícitas as incisões corporais que eram símbolo de crença
religiosa. Da mesma forma, é ilícita a incisão que simbolize revolta
contra os costumes da civilização cristã, ou incisões que sejam graves
por suas dimensões, sem motivos sérios, e que, por isso mesmo, são mais
escandalosas.
(A mulher usar brincos moderados nos lóbulos das orelhas é perfeitamente
lícito, porque, nesse caso, não se fazem incisões nem graves, e nem
escandalosas no corpo, como também porque usar brincos não simboliza
revolta contra os costumes tradicionais, e, por isso, não causa
escândalo. Já o uso de brincos nas orelhas pelos homens causa escândalo,
porque contraria os costumes, violando os símbolos próprios do homem, e
pela adoção de símbolos tipicamente femininos por homens).
Retornado ao texto citado mais acima do livro do Levítico, soube de
alguém que tentou defender o uso de tatuagens, argumentando com o
contexto da citação acima, mas não dando o contexto inteiro e nem
analisando as razões diversas das diferentes proibições.
Eis o contexto completo dessa passagem do Levítico:
“Não comereis nada com sangue. Não usareis de agouros, nem
observareis os sonhos. Não cortareis o cabelo em redondo, nem rapareis a
barba. Não fareis incisões na vossa carne, por causa de algum morto,
nem fareis figura alguma ou sinais sobre o vosso corpo. Eu sou o
Senhor.” (Lev. XIX, 26-29)
Argumentava então alguém, preocupado em aprovar as tatuagens e
piercings, que se valesse até hoje a proibição de fazer tais coisas,
seria também proibido, hoje, cortar cabelo em redondo, ou mesmo cortar a
barba, o que evidentemente seria um absurdo.
Nesse conjunto de proibições, algumas são ilícitas, por si mesmas, por
violarem a ordem natural por meio de superstições ou atos irracionais:
por exemplo, admitir os agouros e examinar sonhos como se fossem
revelações divinas.
Outras eram proibições por seus símbolos morais: comer carne com sangue,
pois o sangue era símbolo da vida, e comer sangue significava destruir a
vida de outro homem para proveito próprio.
Outros eram símbolos religiosos, como o fazer incisões próprias do culto
dos mortos dos pagãos, ou cortar o cabelo em redondo, raspar a barba,
ou fazer tatuagens.
As tatuagens e piercings praticados atualmente por tantas pessoas, além
de violarem de modo mais ou menos grave a integridade do corpo por pura
vaidade, e de serem mais ou menos escandalosos, são símbolo da revolta
contra os costumes da civilização cristã, adotando símbolos de
selvagens. Nisso há um repúdio mais ou menos explícito dos costumes
católicos. E como disseram São Tomás e Santo Agostinho violar costumes
tradicionais, e de modo escandaloso, é pecado.
Repito, prezada Carla, que não pretendo acusar ninguém de pecado, pois
isso depende do conhecimento e da intenção de cada pessoa. Não estou
julgando nem condenando ninguém. Analisei apenas a questão de um ponto
de vista objetivo, refletindo sobre o problema com base na doutrina
tomista e à luz da Sagrada Escritura, e aceitando de antemão um melhor
juízo de pessoas mais autorizadas e mais competentes, das quais
aceitarei as justas correções.
Esperando ter atendido a seu pedido, me despeço amistosamente
História da tatuagem no mundo dos homens
Como surgiu a tatuagem?
Tudo indica que a prática de marcar o corpo é tão antiga quanto a
própria humanidade. Mas, como é impossível encontrar corpos de eras tão
remotas com a pele preservada, temos de nos basear em amostras mais
recentes. É o caso de múmias egípcias do sexo feminino, como a de
Amunet, que teria vivido entre 2160 e 1994 a.C. e apresenta traços e
pontos inscritos na região abdominal – indício de que a tatuagem, no
Egito Antigo, poderia ter relação com cultos à fertilidade. Um registro
bem mais antigo foi detectado no famoso Homem do Gelo, múmia com cerca
de 5 300 anos descoberta em 1991, nos Alpes. As linhas azuis em seu
corpo podem ser o mais antigo vestígio de tatuagem já encontrado – ou,
então, cicatrizes de algum tratamento medicinal adotado pelos povos da
Idade da Pedra. Mesmo com tantas incertezas, os estudiosos concordam
que, já nos primórdios da humanidade, a tatuagem deve ter surgido na
busca de tentar preservar a pintura do corpo.
“Um dos objetivos seria permitir ao indivíduo registrar sua própria
história, carregando-a na pele em seus constantes deslocamentos”, afirma
a artista plástica Célia Maria Antonacci Ramos, da Universidade do
Estado de Santa Catarina (Udesc), autora do livro Teorias da Tatuagem. A
prática se difundiu por todos os continentes, com diferentes
finalidades: rituais religiosos, identificação de grupos sociais,
marcação de prisioneiros e escravos (como a tatuagem era usada pelo
Império Romano), ornamentação e até mesmo camuflagem. No Ocidente, a
técnica caiu em desuso com o cristianismo, que a proibiu – afinal, está
escrito no Levítico, livro do Antigo Testamento: “Não façais incisões no
corpo por causa de um defunto e não façais tatuagem”. A tradição só foi
redescoberta em 1769, quando o navegador inglês James Cook realizou sua
expedição à Polinésia e registrou o costume em seu diário de bordo:
“Homens e mulheres pintam seus corpos. Na língua deles, chamam isso de
tatau.
Injetam pigmento preto sob a pele de tal modo que o traço se torna
indelével”. Cem anos depois, Charles Darwin afirmaria que nenhuma nação
desconhecia a arte da tatuagem. De fato, dos índios americanos aos
esquimós, da Malásia à Tunísia, a maioria dos povos dos planeta
praticava ou havia praticado algum tipo de tatuagem. Com a invenção da
máquina elétrica de tatuar, em 1891, o hábito se espalhou ainda mais
pela Europa e pelos Estados Unidos. No final do século XX, a pele
desenhada, até então uma característica quase exclusiva de marinheiros e
presidiários, tornou-se uma das mais duradouras modas jovens.
TAITI
De acordo com a mitologia da região, foram os deuses que ensinaram
aos homens a arte de tatuar – que, por isso, deve ser executada seguindo
à risca uma liturgia especial. Aos homens, por exemplo, é permitido
tatuar o corpo todo, enquanto as mulheres só podem marcar o rosto, os
braços e as pernas. Na Polinésia em geral, a tatuagem costuma ser usada
como símbolo de classe social
JAPÃO
A gravura à direita, do século XIX, mostra japoneses tatuados no
braço. O país foi um dos que mais desenvolveram a técnica: as sessões
podem durar anos até os desenhos cobrirem o corpo todo, com exceção das
mãos e dos pés. A prática, porém, ficou associada à organização mafiosa
Yakuza. Outra curiosidade local é a kakoushibori, espécie de tatuagem
oculta, com produtos químicos como o óxido de zinco que fazem o desenho
aparecer apenas em certas situações: quando a pessoa está alcoolizada,
após o ato sexual ou um banho quente
ÍNDIA
Outro país em que a tatuagem é uma tradição milenar, a Índia
desenvolveu também a chamada mehndi, pintura corporal com o pigmento
natural de henna. Mas, nesse caso, os desenhos duram no máximo uma
semana – por isso a técnica costuma ser usada quase que exclusivamente
com fins decorativos, para ocasiões especiais como casamentos
NOVA ZELÂNDIA
Os desenhos espiralados típicos da tatuagem maori, como são chamados
os nativos da Nova Zelândia, tinham o objetivo de distinguir os
integrantes de diferentes classes sociais. Cada espiral simbolizava um
nível hierárquico. A prática só era permitida aos homens livres:
escravos não podiam se tatuar. Depois que os líderes maoris morriam,
seus familiares conservavam a cabeça tatuada em casa, como relíquia. A
imagem à esquerda mostra um desses chefes, retratado aos 98 anos de
idade, em 1923
ÁFRICA
As tatuagens com cores e traços elaborados são menos comuns em povos
de pele escura. Nas tribos africanas, uma prática comum é a
escarificação, que consiste na produção de cicatrizes a partir de
incisões na pele. Alguns povos a utilizam com fins terapêuticos, para
introduzir medicamentos diretamente no corpo. A prática também é
verificada em ritos de passagem. Em algumas tribos do Sudão, por
exemplo, as mulheres são submetidas a três processos de escarificação:
aos 10 anos elas marcam o peito, na primeira menstruação é a vez dos
seios e, após a gestação, são marcados os braços, as pernas e as costas
Texto: http://mundoestranho.abril.com.br/cultura/pergunta_286265.shtml