Neste ano, durante II Congresso Internacional pela Verdade e pela Vida, promovido pela Human Life International, no Mosteiro de São Bento (SP), foram abordados assuntos ligados ao ‘inverno demográfico’ e ao ‘mito da superpopulação’.
O diretor de coordenação latino-americana da Human Life International, Mario Rojas, explicou as diferentes visões entre a explosão demográfica e o inverno demográfico. Para o diretor a primeira defende que a população no planeta é excessiva, ou seja, faz surgir orientações voltadas para o controle de natalidade e meio ambiente. Já a teoria do inverno demográfico, defendida pelos técnicos em demografia, indica a perda da população em grupos economicamente ativos e crianças.
Conforme relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), apesar de a população ter chegado aos 7 bilhões de habitantes, a taxa de natalidade, na maioria dos países, entrou em declínio, tendo em vista que não há o mesmo crescimento demográfico de antigamente. Fato que se tornou conhecido como “inverno demográfico”, desmentindo o mito de que o mundo entraria em colapso com uma superpopulação.
A Europa faz parte desse cenário, com o crescente aumento da população idosa, onde a taxa de crescimento natural ou vegetativo entrou em declínio, pois o número de nascimentos não tem superado o número de mortes. Isso é um reflexo do grande poder aquisitivo, da urbanização e da nova postura da mulher na sociedade, ou seja, hoje as mulheres têm se preocupado muito mais com os estudos e a carreira profissional do que com o casamento e filhos, colocando a formação de uma família em segundo plano.
“A situação que acontece, especialmente na Europa, é de um verdadeiro inverno demográfico. Mais gente fica idosa e há cada vez menos gente jovem. Isso significa menos aporte ao sistema econômico e menos recursos para os idosos no futuro”, destacou Mario.
“Dentro de 20 anos, serão ainda menos pessoas colaborando com o sistema econômico desses países”, ressalta o boliviano.
Hoje em dia existem fatores que contribuem para o baixo índice de natalidade, como o avanço e a disseminação de métodos anticonceptivos, o aumento da urbanização e a complexidade da sociedade mundial. Tudo isso somado faz com que as famílias decidam adiar o nascimento do primeiro filho e, consequentemente, o número de filhos acaba diminuindo.
Um dos reflexos da nova sociedade é que muitos países, como os europeus, já contam com índices de fertilidade inferiores a 2,1 filhos por mulher, número considerado mínimo para que a população possa se renovar.
Segundo o diretor de coordenação latino-americana da Human Life International, existe uma ideologia de morte por trás do controle populacional existente no mundo, e o aborto é uma das ferramentas utilizadas para controlar o índice de natalidade.
“É muito importante para a população conhecer o verdadeiro sentido e a origem do aborto e conhecer o ‘filme’ inteiro, porque o aborto é promovido, já que temos grupos intelectuais, ideológicos e pessoas que pensam em como reduzir a população”, revelou o boliviano.
Assista, na íntegra, a entrevista com Mario Rojas sobre controle populacional. Nesta reportagem ele faz uma analogia entre o desenvolvimento econômico e a legalização do aborto nos países desenvolvidos.