Exorcismo

Padres Exorcistas explicam

Consagração a Virgem Maria

Escravidão a Santissima Virgem, Orações, Devoção

Formação para Jovens

Espiritualidade, sexualidade, diverção, oração

14 de mai. de 2007

Um mês com Maria - 14o dia


14º dia - A Blasfêmia

"A minha alma glorifica ao Senhor!" (Lc 1,46). Quando a alma de Maria se abriu, nos doou um hino de glória e de amor que revela como Ela era cheia de Deus e seu perfeitíssimo "louvor e glória" (Ef 1,12). Ao oposto está uma outra alma: aquela do blasfemo. Também aqui a blasfêmia vem de dentro e revela a ausência de Deus na alma e a ofensa ao dever de cultivar a glória de Deus. A blsfêmia é um terrível pecado mortal, gravíssima injúria a Deus, a Maria, aos santos e a tudo o que é sagrado. S. Jerônimo chega a dizer que todo pecado é leve se comparado a blasfêmia. Certo que com a blasfêmia se revolta contra Deus, dá-se o escândalo, provoca-se a ira de Deus e a desgraça da perda da graça Divina (cf. Cl 3,). Pe. Pio definia a blasfêmia como a língua do diabo, e se afligia tanto em ouví-la que assim escrevia ao seu diretor espiritual: "Quanto sofro ao ver que Jesus não é amado pelos homens, mas o que é pior, insultado e sobretudo, blasfemado horrendamente. Gostaria de morrer ou ao menos ficar surdo para não ouvir tantos insultos que os homens fazem a Deus!"Que delírio mental agarra os homens levando-os a blasfemar? A blasfêmia é uma heresia inspirada por Satanás e é uma coisa de loucos! Não se pode explicar diferentemente.

Melhor o martírio


Quantos mártires aceitaram o cruel martírio para não blasfemar? Que glória para a Fé Cristã! Quando S. Policarpo, nobre ancião, Bispo de Esmirna, foi levado ao suplício, ouviu o procônsul Romano dizer: "Maldiz teu Cristo e te livrarei!" Olhando para o Céu, respondeu: "São 80 anos que sirvo ao meu Senhor e em todo este tempo Ele não me faz mais que bem, e deveria eu agora blsfemar? Ele é omeu Deus, o meu Salvador, meu supremo Benfeitor." Aceitou com coragem a morte que foi esplêndida e em frente de todos. Quase o mesmo aconteceu com a ardente Virgem S. Apolônia. Já lhe tinham arrancado os dentes, depois queriam que pronunciasse blasfêmias e heresias, se não a jogariam em uma fogueira já pronta. A estas condições, a Santa se jogou, mas não pronunciou blasfêmias.


A obrigação de corrigir


S. Agostinho diz que os blasfemadores de Cristo não são menos culpados daqueles que na outra vez o crucificaram na Terra. Daqui a obrigação de repreender e corrigir quem tenha este maldito vício. Devemos suportar com paciência as injúrias que nos fazem, mas quando na nossa frente uma boca sacrílega vomita blasfêmias contra Deus, longe de sermos paciente, devemos resistir ao pecador e condenar a blasfêmia, sem esconder nossa indignação. Pe. Pio foi perguntado se precisava repreender quem blasfemava: "É santíssimo e justíssimo", respondeu. Não se pode dispensar de um dever que todos devemos cultivar, porque a blasfêmia é um delito também social. S. João Crisóstomo escreve: "Pela blasfêmia vêm sobre a terra pestilências, carestias, terremotos, guerras". Pe Pio: "A blasfêmia atrai os castigos de Deus, as doenças, as desgraças, desventuras. Nos rouba o pão, limpa a cinza da lareira, faz perder graças importantes que estavam para chegar." Por isso ele era exigente e enérgico. Mandava embora os blasfemadores sem os absolver, investindo-os muitas vezes com palvras terríveis: "A blasfêmia é o diabo na tua língua! Atrai para ti o inferno!" A blasfêmia é um mistério de iniqüidade.


Blasfemastes tua mãe?


S. Maximiliano passou por uma rua de Roma e ouviu um homem lançar uma terrível blasfêmia contra Nossa Senhora. Aproximou-se dele e lhe disse entre lágrimas: "Por que blasfemas Nossa Senhora? Blasfemarias contra tua mãe?" Àquelas lágrimas e palavras, o blasfemador arrependeu-se, pediu perdão e não mais o fez. Se amamos verdadeiramente Maria, façamos com que seja respeitada. É nossa Mãe. E quando não se pode ou não se consegue obter uma correção do blasfemador, precisamos ao menos fazer um pouco de reparação pela blasfêmias. Alexandre Manzoni conta um pequeno episódio que lhe aconteceu em Milão. Uma noite de inverno, pelas ruas em neve, ouviu uma horrível blasfêmia da boca de um homem que limpava as ruas de neve. Muito triste, quis logo entrar em uma Igreja para reparar, rezando. E aqui viu outra cena inesperada e belíssima: Junto ao Sacrário, uma menina mandava beijos a Jesus com sua mãozinha. Olhando com ternura, Manzoni escondeu o rosto com as mãos para chorar. Na escola de S. Afonso aprendemos o dever da reparação, lembrando das Suas Visitas a Jesus Eucarístico e a Nossa Senhora, com aquelas lindas e significativas palavras: "Eu saúdo hoje o vosso Amantíssimo Coração para vos recompensar de todas as injúrias que recebestes." Com os santos aprendemos a reparar logo toda blasfêmia que ouvimos ao menos com qualquer jaculatória dita com amor. Peçamos a Nossa Senhora que encha a nossa alma da Graça de Deus.


Votos


* Recitar o Magnificat com amor.

* Oferecer o dia pelos blasfemadores.

* Reparar as blasfêmias corrigindo quem blasfema ou recitando muitas jaculatórias.

13 de mai. de 2007

Um mês com Maria - 13o dia


13º - O Escândalo

Contra o escândalo Jesus disse palavras terríveis que podia pronunciar: "Quem tiver escandalizzdo um destes pequenos que crêem em Mim, seria melhor para ele que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho e fosse submerso no fundo do mar. Ai do mundo por causa dos escândalos! É necessário que os escândalos venham, mas pobres daquele por culpa do qual o escândalo acontece!"(Mt 18,6-7) Por que esta linguagem é tão terrível de Jesus? A resposta é simples: porque o escândalo é pior que o homicídio. De fato, com o escândalo não se atinge o corpo, mas a alma do homem, matando-a. É um verdadeiro homicídio espiritual; é o "assassino das almas" segundo S. João Crisóstomo, "aquele a quem mais se deve temer!" O elemento mais característicos do escândalo é a ruína dos inocentes, dos simples e dos que desconhecem o mal. O escândalo é a escola da corrupção, do pecado, provocação do mal. É o pecado de um só que arrasta muitos outros. É semelhante a uma pedra que rola de cima do monte arrastando consigo tudo o que encontra. É como levedura de corrupção que fermenta a massa. Em cada campo: espiritual, moral, educativo; e em cada hambiente: família, escola, fábricas, escritórios; em cada nível: individual, social, político, cultural, econômico.

Ai do mundo


O mundo é fonte dos escândalos! "Tudo que está no mundo é concupiscência da carne e dos olhos, soberba da vida:", (I Jo 2,16). De fato, basta ir um pouco pelo mundo e se encontram escândalos em qualquer lugar e de qualquer tipo. Nas ruas há os cartazes de publicidades indecentes; nos cinemas há os espetáculos degradantes e imundos; nos jornais há títulos com ilustrações vergonhosas, vômitos, conversas fiadas, falsidade e irônias negras e nefastas; a televisão com sua pornografia, canções triviais, vulgaridade e brigas freqüentes; nas escolas e livrarias há os ensinamentos falsos, teorias aberrantes, erros e porcarias escandalosas; nos estabelecimentos comerciais, nos meios de transporte, nos lugares de recreação, palavrões e blasfêmias. Mulheres peladas pela rua, Igreja; publicidade pela moda escândalosa, vestidas provocantemente. Fora os escândalos clamorosos na administração da finança pública, da Justiça e luta contra criminalidade. Pe. Pio dizia que os filmes escândalosos pagarão tudo diante do Juízo de Deus: desde o diretor aos atores, àqueles que colam cartazes. Sobre quem manda à frente da moda indecente, da pornografia, dos erros contra a fé e a moral, dizia o mesmo. Assim será p/ quem quer que coopere em qualquer escândalo. Jesus fez entender que a justiça de Deus será "flamejante de ira" (Sl 69,25) contra os escândalos.


Ai de quem escandaliza


Um pecador escandaloso vivia tranqüilo operando um grande mal entre os fiéis, sem que ninguém ousasse chamar-lhe atenção. Sabendo disso, S. Afonso de Ligori mandou chamá-lo, preparando-lhe um truque. Ao entrar no quarto de S. Afonso, o pecador achou no chão um grande crucifixo que lhe impedia a passagem. O homem, perplexo, ouviu do Santo: "Passai sobre o corpo de Cristo! Não é a 1ª vez que o pisais! Já fizestes isso várias vezes com teus escândalos". Vivamente tocado, o homem chorou e em silêncio recolhido, mudou de vida. Quem escandaliza pisa os membros de Cristo. Ele é um perigo público! Precisamos salvá-lo ou dele fugir. S. Paulo advertia o Bispo Timóteo: "Chama publicamente a atenção daqueles que cometem culpas em público". (I Tm 5,20) Não precisamos temer, é só uma obra boa que se cumpre. E se se usa a energia unida à discrição, nada será perdido junto a Deus, do esforço do bem tentado. S. Roberto Belarmino, durante uma visita a um princípe romano, viu na sala de espera alguns quadros com figuras de pessoas nuas. Durante o colóquio com o príncipe, nada disse. Ao saudá-lo, disse amabilmente: "Gostaria ainda de recomendar a Vossa Alteza alguns pobrezinhos que não tem vestidos para cobrir a nudez". O Príncipe mostrou-se disposto a ajudar; o Santo mostrou os quadros na parede, dizendo: "Eis os pobrezinhos desnudos, sofrendo de frio". Compreendendo a mensagem, mandou tirar os quadros.


Defesa contra os escândalos


Devemos defender-nos dos escândalos: "Saibas que caminhas em meio aos perigos" (Eclo 9,20)adverte o Espírito Santo. Precisamos usar de toda cautela para não tropeçar! Dito em Fátima por Nossa Senhora, a Oração e a Mortificação são os meios eficazes, pois a oração nos obtém as graças necessárias para evitar os perigos, além de nos elevar e unir a Deus, nossa força, e à Ela, nosso refúgio. A mortificação faz dominar os sentidos, freiar os apetites da nossa concupiscência que o mundo procura continuamente atiçar com os seus escândalos. Devemos ser generosos com a mortificação. Jesus não é terno neste respeito: "Se teu olho direito te dá ocasião de escândalo, arranca-o e joga-o fora, pois é melhor pra ti que um dos teus membros morra do que teu corpo seja jogado na Geena. E se a tua mão direita te é ocasião de escândalo, corta-a e joga-a fora, porque é melhor pra Ti que um dos teus membros morra a entrares na Geena com todo o teu corpo" (Mt 5,28-28). Ajamos como os santos. S. Francisco de Assis caminhava pela rua com os olhos baixos, evitando os perigos e pregando sobre, além de dar bons exemplos. S. José Cafasso recomendava aos seus filhos espirituais caminhar pela estrada com grande modéstia, porque "a estrada mundo é traçada sob um longo precipício". O que dizer, então, das estradas de hoje? Contra a tentação de olhar os escândalos dos outdoors, dos romances, televisão, lembramos de outro exemplo: S. Domingos Sávio, passando por uma praça onde tinha um parque de diversões, caminhava modesto e recolhido Um companheiro lhe disse: "Por quenão olhas para os brinquedos do circo e do parque?" Respondeu o Santo: "Porque quero conservar meus olhos puros para melhor contemplar Nsa Sra no Paraíso!"Que resposta!


Votos


* Oferece o dia pelos escândalos.

* Examina bem se tem alguma coisa a eliminar entre as tuas coisas.

* Caminha com modéstia para evitar perigos.

12 de mai. de 2007

Um mês com Maria - 12º dia


 O ódio

S. Inácio de Loyola recebeu um bilhete com tal mensagem: "Eu vos odeio tanto que gostaria de vos queimar!" Prontamente respondeu: "Eu também vos gostaria de vos queimar, só que do Amor Divino". Eis o ódio e o amor. Se opõe diretamente.O ódio é contrário ao amor. Odiar é querer mal. Quem odeia uma pessoa quer-lhe mal. Pode-se odiar a Deus e ao próximo. Existe dois tipos de ódio: Inimizade eRepelimento: Inimizade é quando se odeia um inimigo ou quem nos faz mal ou pode fazer mal. Repelimento é quando se odeia o mal (a desonestidade, crueldade) que se vê em uma pessoa. Este ódio é um ato bom.

O ódio assassino


O ódio da inimizade, na sua raiz, é homicida. Realmente é verdade. Muitos cristãos têm horror só em ouvir o 5º mandamento: não matar! O confessor que lhes perguntasse se mataram alguém, ouviria responder-se um não brusco e repetido. Mas quase todos os cristãos pensam que se possa matar um homem apens enfiando um punhal nas costas ou atirando-lhe uma bala no coração. Não pensam que o 1º é aquele que se comete no coração com ódio, pois ele tende à destruição do outro, podendo chegar à violência externa. Jesus disse expressamente em Mateus 15,19: "É do coração que vem os homicídios". O ódio por uma pessoa é um homicídio, assim como um desejo imundo de um cônjuge já consiste em um adultério consumado no coração (cf. Mt 5,28). O que dizer dos homicídios legalizados com lei do aborto? As crianças menores e indefesas são atingidas de traição no seio materno, sem Batismo, privados do Paraíso, destinados ao Limbo eterno. Que corrente de desgraças opera a mão homicida. Nem o menor ódio contra a vida e contra Deus (cf. Mc 12,27) há no coração de quem recorre aos anticoncepcionais que cometem os homícidios antecipados. Quem pode medir todo ódio assassino espalhado e operante no mundo com os abortos e anticoncepcionais? Se Raquel chorava sobre o seu povo pelos filhos que não mais o eram (cf. Gn 31,15) qual não será a dor de Maria de frente ao ódio homicida que reina em toda a Terra?


Amar somente


Se o amor é a perfeição do homem, o ódio é a perversão! Portanto os cristãos não podem odiar nenhum homem, porque "quem diz amar a Deus e odiar seu irmão é mentiroso!" (I Jo 4,20) E quando "estás apresentando a Deus a tua oferta ao Altar e lá te lembrares que um irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá tua oferta e vai reconciliar-te com teu irmão pra depois apresentá-la ao Senhor" (Mt 5,23-24). Os cristãos não podem nem odiar seus inimigos.Devem amá-los, sofrendo: "Amais os vossos inimigos e fazei o bem àqueles que vos maldizem; rezai pelos vossos caluniadores e àquele que te bater a face, oferece a outra!". (Lc 6,27-29). Inútil dizer que este amor aos inimigos é a coisa maior, como dizia S. Agostinho, um heroísmo sem par. Certamente ele não corresponde às nossas tendências naturais. Os antigos diziam: olho por olho, dente po dente (cf. Ex 21,24). Era a lei do talião, férrea e inexorável. Mas Jesus interveio e limpou tudo. "Vós sabeis o que foi dito: amarás o teu próximo e odiarás teu inimigo. Mas Eu vou digo: Amas teu próximo e teu inimigo!" (Mt 5, 43-48).


O perdão Cristão


Infelizmente nós somos fáceis em recitar com os lábios o Pai-nosso: "perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos quem nos ofendeu" (Mt ,12). Mas com o coração não perdoamos muitas vezes. Não falamos mais, não queremos mais relações com aquela pessoa... Coisas freqüentes entre nós, cristãos. S. José Cafasso queria convencer um encarcerado a depor todo ódio contra os inimigos. Convenceu-o a rezar o Pai-nosso pelo ofensor. Quando chegou no momento de pedir e dar perdão (que a oração fala), o Santo interrompia e lhe perguntava se as tinha dito verdadeiramente. Se a resposta era afirmativa, alegrava-se com o encarcerado pela generosidade de perdoar. Sendo negativa, o Santo afirmava que precisava muita coragem pra pedir a Deus de ser duro com ele como ele agia com os outros. Assim nos serve! Inútil apelar, pois seremos perdoados à medida que perdoarmos (cf. Lc 6,37-38). Depende somente de nós para obtermos de Deus perdão total.


Pretextos e desculpas


Parece incrível o fato de acharmos desculpas para não perdoar, embora sabendo que Deus está sempre pronto a nos estender seu perdão e que Maria nos ama constantemente, apesar de nossa maldade inesgotável. Um bom pregador, S. Jerônimo, recolheu as desculpas vãs que mais facilmente se acham em não perdoar. Ei-las:


- Eu não consigo vencer a repugnância que provo ao perdoar tal pessoa.

- Mentira! Deus não nos pede impossíveis!

- Mas me fez tanto mal... Não podemos perdoar só aos que nos fazem bem? Arruinou-me, tentou destruir a minha fortuna...

- Que seja. Mas credes que alimentando no coração tanto ódio, ganhareis alguma coisa? Para vos consolar dos males recebidos, juntais outro gravíssimo, já que Jesus claramente disse que quem não perdoa não será perdoado.

- Mas o que dirá a gente?

- Dirá que sois cristão!

- Mas e a minha honra?

- A honra maior para um cristão é de comportar-se como filho de Deus, infinitamente misericordioso.

- Mas aquela pessoa não merece meu perdão.

- Pode ser. Mas o vosso perdão o mereceu Jesus Cristo!

- Sim, mas ele aproveitará do meu perdão pra ficar pior.

- Que seja! Vós ficarás melhor!


Bem por mal


Não só precisamos perdoar, mas precisamos pagar o mal com o bem"Não te deixes vencer pelo mal, mas vences o mal com o bem" (Rm 12,21) Assim faz Deus, que continua a doar a vida a quem O ofende. Assim faz Maria que continua a amar quem A faz chorar. Os santos nos deixaram exemplos admiráveis de vitória do amor sobre o ódio. Quando o assassino de Maria Goretti se apresentou à mãe da Santa para lhe pedir perdão, ouviu-a responder: "Como não lhe perdoaria se minha Marieta já o fez?" A heróica Virgem e mártir, antes de morrer, perdôou de coração seu assassino, e aparecendo-lhe depois da morte, disse-lhe que o queria consigo no Paraíso. Esta é a "vingança" dos santos. S. Joana Francisca de Chantal perdeu o esposo durante uma caçada. Sofreu terrivelmente, mas perdôou de tal modo que quis ser madrinha do filho do assassino. Que lição para nós que somos capazes de não olhamos mais no rosto de quem nos ofendeu com uma bobagem apenas. S. Maximiliano Maria Kolbe, o louco da Imaculada, no campo do ódio de Auschwitz, exortava os irmãos de martírio a vencer o ódio com o amor, porque, dizia,"Só o amor é criativo". Ele reebia este amor da Imaculada, a "Mãe do belo Amor" (cf. Eclo 24,24).


Votos

* Lê e medita a parábola sobre o servo ruim (Mt 18,21-35)

* Oferece o dia por todos aqueles que provocam abortos ou usam anticoncepecionais.

* Recita um Rosário por teu inimigo.

11 de mai. de 2007

Um mês com Maria 11º dia


11º dia - O Grande Amigo Inimigo

O Demônio é o grande inimigo do homem."É o inimigo número um", dizia Papa Paulo VI. Satanás parece nos inícios do gênero humano, apresenta-se desde o início um homicida, mentiroso e pai da mentira"Consegue fazer cair os nossos antepassados Adão e Eva e se torna o príncipe deste mundo (2 Cor 4,4), acusador dos nossos irmãos (Ap 12,10). Com o pecado original, todo o mundo jaz sob o malígno (I Jo 5,19) e os demônios são dominadores deste mundo tenebroso (Ef 6,12). Como aparecem tenebrosos os primeiros acontecimentos à Humanidade Nova por causa deste infernal assassino que possui o império das trevas (Lc 22,53). Pe. Pio escreveu em um carta ao seu Diretor espiritual contando que ele viu a figura monstruosa de Satanás em seus sonhos. Era um ser horrível e gigante, alto como uma negra montanha. S. Pedro nô-lo apresenta como a imagem de um leão que ruge sempre pornto a devorar-nos (I Pd 5, 8-9). Como o tortura a inveja, porque nós podemos nos salvar. Ele nos quer todos no Inferno.


A aurora que surge


Uma cena estupenda nos aparece no início da humanidade dominada por Satanás e oprimida pelo pecado. Uma mulher sublime, com o seu Filho,"amassa a cabeça da serpente" (Gn 3,15). A Imaculada, vencedora de Satanás, brilhante nas trevas do pecado, com o seu Divino Filho, é a desafeta de Santanás. Em Gênesis, Deus apresenta a Imaculada semelhante a aurora que se eleva maravilhosa sobre a noite da humanidade pecadora. Em Cântico dos cânticos, o autor inspirado exclama: "Quem é aquela que avança como aurora, bela como a lua, eleita como o sol, tremenda como exército formado?" (6,9). É a Imaculada, Guerreira invencível, Senhora das vitórias, Terror dos demônios. Santa Bernadette nos narra em Lourdes que viu ao lado da gruta uma turma de demônios que berravam gritos infernais. Assustada, a santa olhou a Imaculada; bastou um olhar severo de Maria para eles e fugiram. Assim o demônio, em frente à Imaculada, demonstra o que significa seu nome (Belzebu): Deus das moscas.


Tentadores em luvas amarelas


A tática do diabo é alegrar os sentidos e a imaginação do homem para perder o seu espírito. Se apresenta como um conselheiro e um servidor em luvas amarelas, com ofertas de bens e prazeres sedutores a ganhar. Fez isso com Eva (Gn 3, 1-7) com Jesus (Mt 4, 1-11) e com os santos de todos os tempos: S. Bento, S. Francisco de Assis, S. Teresa D'Ávila, S. Cura d'Ars, S. João Dom Bosco, S. Pe Pio... Hábil e na defensiva, o demônio sabe servir-se de tudo para nos arruinar: a imodéstia de Davi (2 Sm 11, 2-26), a gula de Esaú ( Gn 25, 29-34) o apego às riquezas de Ananias e Safira (At 5, 1-10). Ele tenta até propor coisas aparentemente úteis para as almas. Sabe-se que Cura d'Ars pregava de maneira simples, fecunda de graças para as almas. Cheio de premuras, o diabo foi a ele exortando-o a pregar de modo difícil, assegurando-lhe a fama de grande pregador. O santo adviu o engano, recusou-se e continuou com seus sermões simples e eficazes. Pagou com muitos despeitos furiosos que o demônio lhe fez dia e noite.


Quatro estúpidos


Satanás tem uma obra-prima: convencer os homens que ele não existe. Conquistando isso, trata os homens como bonecos. Pe. Pio escutou um sermão onde o orador nada fazia mais que perguntar-se sobre a existência do diabo. No final o orador concluiu que ele existe. Passado o sermão, Pe. Pio advertiou-o dizendo-lhe que ao se falar do demônio, deve ser preciso em afirmar sua existência e sua ação nefasta no mundo. Ao final, acrescenta-se a exitência dos "Quatro estúpidos" que ousam negar a existência do diabo. Hoje são mais que quatro, e há até na Igreja, infelizmente. Tanto é verdade que Paulo VI teve que intervir expressamente em um discurso (15/11/1972) para confirmar a verdade da fé sobre a existência de Santanás como pessoa e constatou amargamente como a "fumaça do diabo" está fumegando na Igreja. A uma de suas filhas espirituais, Pe Pio disse:"Se se pudesse ver a olhos nus quantos demônios invadiram a Terra, não mais veríamos o Sol".Contra estes apóstatas, qual não deve ser nossa defesa?


Vigiai e rezai


Jesus nos previniu contra as insídias do diabo. Ele nos ensinou no Pai-nosso :"Não nos deixeis cair em tentação" (Mc 14,38). A guarda e a oração são as duas maiores forças do homem contra o demônio. Façamos nossa a recomendação de Pe. Pio: "Filho, o inimigo não dorme! Esteja alerta com a guarda e a oração. Com a 1ª avistaremos; com a 2ª teremos arma para nos defender". A guarda nos faz avistar as ocasiões perigosas ( uma leitura, um espetáculo, uma pessoa, um lugar, uma vontade...). A oração nos dá força de evitar os perigos, de fugir às ocasiões como recomendava S. Felipe Néri. S. Agostinho ensina que o demônio é só um cão amarrado, e só pode morder quem dele se aproxima. Ao largo, então! Se o demônio se faz insolente, escutemos a palavra de S. João Bosco que dizia aos seus jovens: "Quebrai os cornos do demônio com a Confissão e a Comunhão".


Amassa-lhe a cabeça


S. Maximiliano escreveu que "a serpente levanta a cabeça em todo o mundo, mas a Imaculada lhe pisa em vitórias grandiosas". Para abater o demônio de modo mais humilhante, precisamos recorrer à Imaculada. O demônio tem pavor d'Ela que sozinha é terrível como um exército formado (Ct 6,9). Quando S. Verônica Giuliani era atacada fisicamente pelo demônio, ao conseguir invocar Nsa Sra, o demônio fugia precipitadamente, gritando: "Não invoque minha inimiga!" A oração Mariana mais forte contra o demônio é o Rosário. Uma vez lhe perguntaram durante um exorcismo, qual oraçãoele mais temia. Respondeu: "O Rosário é o meu flagelo". Se os cristãos levassem consigo e usassem amiúde este flagelo dos demônio, quantas ruínas, desventuras e pecados a menos sobre a Terra...


Votos


* Levar consigo o Rosário e recitá-lo na tentação;

* Oferecer hoje uma mortificação contra a gula;

* Ler e meditar a página do Evangelho sobre as tentações de Jesus no deserto. (Mt 4,1-11)

10 de mai. de 2007

UM MÊS COM MARIA 10° dia

Décimo dia

O PECADO

O que é o pecado? É uma ofensa a Deus.
Se desobedece aos santos desejos de Deus, e se obedece às vontades da Carne, do demônio, do mundo. O pecado nos faz calcar os Mandamentos de Deus e nos faz amar as vontades dos nossos instintos e das nossas paixões.
O pecado traz desordem, desequilíbrio, ruína, no homem e nas coisas, embora o pecador se iluda em achar que o pecado é um bem.
Basta pensar no primeiro pecado, aquele de Adão e Eva. Atrás da sedução de se tornar “como Deus” o pecado trouxe a ruína a toda a humanidade e a toda a criação (Gn 3).
Por que o dilúvio na terra? Por causa do pecado (Gn 6 e 7).
Por que Sodoma e Gomorra foram incineradas? Pelo pecado (Gn 1, 1-29).
Por que Tiro, Sidon, Corozain, Carfanaum e Jerusalém foram destruídas? Pelo pecado.
Por que as guerras e as devastações entre os povos?
Por que tantas famílias “são” um inferno?
Por que tem tantos homens que vão para o inferno? Pelo pecado.
Tinham razão alguns Santos em tremer só de ouvir pronunciar a palavra pecado.

O pecado mortal

O pecado é mortal, se a ofensa a Deus é grave; é venial, se a ofensa a
Deus é leve.
A maior desgraça que pode acontecer aos homens é aquela de cometer um pecado mortal. São Pio de Pietrelcina usava exclamar “desgraçado”, a quem se acusava de uma culpa mortal. Nenhuma desgraça é comparável ao pecado mortal. Antes, seria preferível qualquer outra desgraça.
Escreveu São Cipriano: “observa os danos que causa a saraiva às sementeiras, a pestilência aos armentos e aos homens, o vento aos navios... Eles não são mais que uma lânguida figura dos danos que o pecado traz à nossa alma: ele destrói todos os frutos das boas obras, corrompe todas as nossas faculdades e guia o homem à morte certa”.
Por isso, fazia muito bem o pequeno e corajoso São Domingos Sávio, a sustentar a sua linda máxima: “A morte, mas não o pecado”.
A morte, de fato, é só uma coisa física que reduz o corpo do homem em cadáver. O pecado, ao contrário, é um fato espiritual que reduz a alma do homem a um cadáver, enquanto este não recuperar a graça do Sacramento da Confissão. Um cristão com a alma de cadáver: eis a monstruosidade do pecado mortal.

É assustador...

Para melhor compreender a monstruosidade do pecado mortal, é necessário olhar o calvário. O pecado do mundo fez de Jesus “o homem das dores” (Is 53,3), custou a morte de Jesus (1 Pd 1,19; Ap 5,9), “transpassou a alma” de Nossa Senhora (Lc 2,35). E quem comete novamente pecado mortal “crucifica de novo o filho de Deus no próprio coração” (Hb 6,6).
Por isso, o pecado mortal faz perder a alma, a vida sobrenatural, ou seja, a graça divina, lhe faz perder os méritos e as virtudes infusas, deixando-lhe só a fé e a esperança; enfim, lhe rouba a semelhança com Jesus lhe imprime a imagem do demônio. É horrível! Tinha razão Santa Tereza de Ávila em dizer lhe que a visão de uma alma em pecado mortal a assustou ao ponto de suplicar a Deus e de intorrompê-la.
Mas quantos são os cristãos em pecado mortal, que se dão conta de possuir uma alma cadáver e de se parecer com o demônio? E como podem crer de amar a Deus, de amar Maria, se com o pecado se demonstram “odiadores de Deus” (Rm 1,30) e “transpassam a alma” de Nossa Senhora? (Lc 2,35).

O pecado venial

Não se pode deixar-se enganar. O pecado venial ofende a Deus e arruína o homem, embora não provoque os efeitos desastrosos do pecado mortal.
São Tomás de Aquino nos avisa: “preferível, acima de tudo, antes de morrer que cometer um só pecado venial ”.
Os santos advertem a brutalidade do pecado venial segundo a medida do amor ardente de Deus. Por isso, dizia São João Crisóstomo, estamos prontos a temer mais uma ofensa leve a Deus, que o próprio inferno.
De fato, Santa Catarina de Sena dizia de si: “queria estar antes no inferno sem pecado, que achar-me no céu manchada de coisa levíssima que magoe o Senhor”... Como faremos nós se nos manchamos todos os dias de culpas veniais com tanta superficialidade? Sabemos tomar cuidado para evitar qualquer mal estar físico (até um resfriado) e, no entanto não nos curamos das doenças espirituais (impaciências, mentiras, negligências) que ofende a Deus e deformam a alma.
Um dia, Santa Francisca de Chantal quis colocar com as suas mãos o cadáver de um leproso no caixão. Alguém tentou impedí-la, com medo do contágio da lepra. Mas a santa disse com decisão: “não temo outra lepra que o pecado!” Aprendamos.

A pequena Jacinta

A menor dos três pastorzinhos de Fátima, Jacinta, foi mais ardente vitima pelos pecadores. Ficou sendo para ela uma paixão: salvar os pecadores do inferno, oferecendo sacrifício de toda espécie. E andava atenta a sacrificar-se com empenho sempre novo.
Encontrava pelas ruas os pobres e lhes dava a sua merenda, ficando de jejum até a noite; tinha uma sede ardente no mês de Agosto, e renunciava em beber a todos os custos; o irmão Francisco recolhia bolotas mais doces de uma arvore e lhe pedia as mais amargas para oferecer um sacrifício; tinha dor de cabeça e o barulho das rãs a incomodava, mais ela impedia ao irmão de afugentá-las, para oferecer mais um sacrifício. Devemos aprender desta menina a escutar os pedidos de Nossa Senhora sobre a necessidade de salvar os pecadores do inferno, colaborando na conversão deles, com a oração e a penitencia.

Votos:

- Beijar o chão pela conversão dos pecadores
- Repetir com freqüência a máxima de São Domingos: “antes morrer que pecar”
- Todas as noites dizer um ato de dor pelo perdão dos pecados.

9 de mai. de 2007

Um mês com Maria - 9° dia



























A VIDA NA GRAÇA

Nossa Senhora foi chamada pelo Anjo Gabriel “plena de graça” (Lc 1,28). E nós sabemos que “plena de graça” quer dizer plena de Deus.
Também dizemos de nós mesmo: estou em graça de Deus ou estou sem a graça de Deus. Ou seja: tenho Deus na alma ou tenho Satanás: “Quem não está comigo, está contra mim” (Mt 12,30).
O que é a graça, então?
É a vida divina da alma. Quando uma alma está em graça de Deus “participa da natureza divina” (2 Pd 1,4). Não se torna Deus, mas é unida, é cheia, é imensa em Deus: como uma esponja imersa na água e fica cheia de água.
Já estes poucos pensamentos podem chegar a nos fazer entender a preciosidade sem fim que possui a alma do cristão em graças de Deus.
Tinha certamente razão o Papa São Leão Magno de exclamar: “Reconhece, ó cristão, a tua dignidade; e, participando da natureza divina, livre-te de destruir, com atos indignos, a tua grandeza”

A alma... e o cão

Um dia o Santo Cura d’Ars passava, como sempre, entre duas filas de gente, para ir à Igreja. Improvisadamente, parou perto de um caçador que tinha a espingarda pendurada no pescoço, e ao lado o seu lindo cão de caça.
O santo se inclinou a acariciar o cão, dizendo: “Que magnífica cão!”.
Depois fixou por alguns instantes o caçador dizendo: “Senhor, seria desejável que a sua alma fosse bela como o seu cão!”.
Mas como se perde a graça de Deus?
Se perde com o pecado mortal. A alma na graça de Deus é semelhante a uma lâmpada elétrica acesa. Com o pecado mortal a alma se torna semelhante a uma lâmpada queimada. Não dá mais luz, não serve para mais nada.
Mas a graça de Deus se pode recuperar, enquanto se é vivo, com o arrependimento e com a Confissão sacramental. E é nosso interesse não demorar a recuperá-la; porque cada momento vivido em pecado mortal é um momento de ser “filhos das trevas” (1 Ts 5,5) ao invés de ser “filhos da luz” (Ef 5,8)
Compreendem tudo isso os cristãos? Ou talvez muitos nem se preocupam quase nada de encontrar-se em desgraça de Deus, e continuam a viver entre um pecado mortal e outro?

Humanidade sem graça

Infelizmente, nos basta somente dar um olhar sobre a humanidade, para saber se a maior parte vive na graça de Deus, devemos realisticamente admitir que o “rei das trevas” (Lc 22,53) e o príncipe deste mundo (Jo 12,31) acaba com a vida de graça dos homens.

Hoje o pecado mortal não é somente um fato singular, mas é um fenômeno de massa, de costume dos povos.
Hoje é costume, em escala mundial, ler imprensa pornográfica, ver filmes bestiais, freqüentar praias e lugares escandalosos, seguir as modas indecentes, usar a pílula e os métodos anticoncepcionais, ter ralações extraconjugais, e pré-matrimoniais, divorciar, abortar, renegar a fé, professar o ateísmo, falara blasfêmias..., sem falar das subversões, violências e furtos sempre mais colossais.
Pobre mundo! Talvez nunca com tanta evidencia se tenha achado “tão sob o maligno” (1 Jo 5,19). E “Jesus Cristo sacrificou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos arrancar deste mundo perverso...” (Gl 1,2).

A Mãe da Graça

Nós cristãos devemos ficar santamente orgulhosos de ser filhos de Deus e de Maria, irmãos de Jesus Cristo, templos do Espírito Santo, herdeiros do Paraíso. É verdade que Jesus veio para que os homens “tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10, 10).
E todas estas divinas riquezas nos são dadas com o Santo Batismo (que por isso, é bom administrar o mais cedo possível ao recém nascido).
Santo Inácio Mártir, se chamava a si mesmo, com orgulho Teóforo, ou seja, portador de Deus. E todos os Santos “glorificaram e levaram Deus no próprio corpo” (1 Cor 6,20) cultivando a vida da graça com imenso cuidado.
Mas quem é a Mãe da Divina Graça?
O sabemos: é Nossa Senhora. É Ela que nos gera à vida divina. São Leão afirma que casa fonte batismal é o seio virginal de Maria! Dela vem até nós a graça da regeneração, que é indispensável a quem pecou mortamente e que transformou tantos pecadores em Santos.
Lembremos, por exemplo, São João de Deus, jovem solteiro, que passava de um trabalho a outro, se nunca tomar juízo. Nossa Senhora o livrou milagrosamente de um grave perigo, aparecendo-lhe e chamando-o a conversão: “um dia tu me amavas – lhe disse – torna a me amar e a me ter devoção. Converte-te a Deus”. O jovem fez isso seriamente e se santificou. Vamos nós também fazer isso seriamente? Para fazê-lo seriamente, rompamos energicamente com os nossos pecados. Como é possível que nos deixemos seduzir por um mundo em que tudo é concupiscência? (1 Jo 2, 15-17).
A experiência de todos os convertidos confirma plenamente esta triste realidade do mundo sem a graça, todo engano e pecado. Sobretudo, os grandes convertidos nos asseguram que a vida não tem sentido, se não é vivida para Deus e para a eternidade.
Lembremos a experiência de uma grande artista, Maria Fenoglio (cujo nome artístico era Eva Lavalliere), que decidiu se suicidar justamente quando tinha chegado ao ápice da glória e da fama mundana.
Foi salva a tempo, por misericórdia de Deus, e foi iluminada pela graça. Então, compreendeu, finalmente, quais são os verdadeiros valores da vida. Renegou a sua vida mundana, abandonou o teatro, e iniciou uma vida de sacrifício sempre mais rica de graças e de virtudes. Escrevia no seu diário: “O meu ideal?” ... Jesus. A minha ocupação preferida? ... A oração. O meu esporte preferido?... estar ajoelhada. O meu perfume mais caro?... o incenso. A minha jóia mais preciosa? ... O Rosário.

Votos:

- Fazer um ato de grande arrependimento por todas as vezes que perdemos a graça de Deus;
- repetir amiúde a invocação: “Mãe da Divina graça, rogai por nós”;
- empenhar-se em evitar toda ocasião perigosa que possa fazer-lhe perder a Graça de Deus.

8 de mai. de 2007

Um mês com Maria - 8o dia




















O Paraiso

Aquilo que o olho nunca viu, nem ouvido escutou, nem nunca coração do homem pôde saborear, isto Deus preparou aos que O amam". (I Cor 2,9). O Paraíso é um realidade inimaginável; é a plenitude de todos os bens desejáveis; é o êxtase eterno na visão beatífica de Deus. Santa Catarina de Siena conta de ter sido uma vez raptada à glória dos Céus. Quando, acabado o êxtase, tentou falar; não conseguiu fazer mais nada além de chorar. A quem se maravilhava, a Santa dizia: "Não vos admireis por isso; admirai-vos que ainda estou sobre a Terra depois de ter gozado de tamanhas delícias." Igualmente, São Roberto Belarmino, pensando na felicidade suprema do Paraíso, quando um dia admirava um quadro que retratava os jesuítas, exclamou: "Quero ir ter logo com ele! Embora desta vida! Desejo voar lá com estes."




Vinde, benditos! "Acreditem - dizia São Felipe Néri - o Paraíso não foi feito para os preguiçosos!" Para o Paraíso vão os heróis do amor a Deus e aos irmãos. "O Reino dos Céus exige violência e só os vilentos o conquistam" (Mt 11,12). Só o cristão que é um herói de bondade, de fé, de humildade, de pureza, de obediência, de paciência, de mortificação, pode esperar de sentir-se dizer ao fim do exílio terreno: "Vem, servo bom e fiel: entra na alegria do Teu Senhor." (Mt 25,21). Nos "Atos dos Mártires" está descrito o martírio de São Timóteo. o Santo Mártir, cheio de chagas e torturado na cal viva, ouviu os Anjos que o confortavam: "levanta a cabeça e pensa no Céu que te espera!" Infelizmente para nós é tão fácil nos deixar atrair e dominar pelos bens terrenos... Deixamo-nos seduzir pelas criaturas e pelos prazeres carnais. Por isso devemos lembrar com maior insistência a chamada de São Paulo: "Procurai as coisas lá de cima! Provai as coisas do alto! Não aquelas da terra." (Cl 3,1). Se fizermos como nos diz São Paulo, experimentaremos também a verdade desta frase de Santo Inácio: "Oh, quanto me parece pequena e insignificante a Terra quando contemplo o Céu!" E nos preocuparemos de convencer também outros irmãos a elevar o olhar das criaturas para elevá-lo ao Criador. Seria uma loucura imperdoável perder os bens Celestes e eternos pelos pobres prazeres terrenos e momentâneos. Este mundo para nós é só uma Terra de exílio, de onde devemos conseguir chegar à nossa verdadeira pátria. Basta refletir um pouco sobre esta verdade para compreender melhor uma outra triste realidade desta Terra: o aborto. Com este enorme crime não somente é tirada a vida a uma criança, mas lhe é negada a entrada do Paraíso. Aquela criança irá ao limbo eterno, como nos ensina a Igreja, porque privada do Batismo, sem o qual não se pode entrar no Paraíso: "Quem for batizado, será salvo" (Mc 16,16). "Quem não renasce da água e do Espírito Santo, não pode entrar no Reino dos Céus" (Jo 3,5).
Ao céu... ao céu com ela 
A canção popular "Irei vê-la um dia" nos leva a desejar o Paraíso para ver Maria e ficar para sempre com Ela! Santa Bernadete confidenciou que Maria é tão linda que fazia desejar a morte para revê-la. São Maximiliano recebeu os votos de uma rápida morte para logo ir ter com a Imaculada no Céu. E o Santo respondeu agradecendo sentidamente. São Leonardo de Porto Maurício, Apóstolo ardente, chegava a pregar pedindo aos fiéis orações para poder logo morrer e ir ter com a Imaculada. Ele dizia: "Eu desejo morrer para viver com Maria. Recitem 1 Ave-Maria para que eu obtenha a graça de morrer agora e ir ver Maria!" Quando se ama verdadeiramente Maria, o pensamento e a aspiração do Paraíso não dão trégua, porque é lá que Nossa Senhora nos espera propriamente como uma Mãe que espera a chegada dos filhos para tê-los ao redor, na alegria eterna. 
Paraíso e Penitência 

Não se chega ao Paraíso senão pela 'porta estreita' (Mt 7,14), ou seja, através da penitência. Quando se pedia a São Maximilano de moderar um pouco seu heróico e cansativo apostolado pela Imaculada, ele respondia: "Não é necessário descansar. Descansarei no Céu!" Igualmente quando se exortava São José Calasanz a renunciar a alguma das suas penitências, ele respondia: "Oh, Paraíso! Que força e coragem comunicas a quem em ti quer entrar!" Quando pediam para aliviar-se um pouco, respondia: "Se pode ir ao Paraíso até sem os passeios. O nosso descanso será o Paraíso". Descobriram que usava no corpo um cilício e pergutaram se lhe doía: "é lógico que dói um pouco, mas para ir ao Paraíso, precisa fazer Penitência".
Precisamos de Nossa Senhora 
Uma coisa, porém, nos deve consolar: se é verdade que no Paraíso não se vai sem penitência, é verdade também que para ir através de um caminho mais seguro e mais fácil, tende ir com Maria. Veja um episódio: Um Bispo foi ao Pe. Pio e lhe levou um amigo que não era um santinho. Apresentou-lhe, dizendo: "Padre, este amigo gostaria de assegurar-se com um bilhete de ingresso ao Céu. A coisa não é fácil. O que aconselharia, Padre?" Abaixou e abanou a cabeça, e respondeu docemente: "É... precisamos de Nossa Senhora!" Também a São Bernardo aconteceu uma vez que foi se confessar um grande pecador, já presa do desespero porque estava devastado por terríveis pecados. O santo lhe falou da divina misericórdia e lhe abriu o Evangelho que refere a Anunciação, no versículo 30: "Não temas, Maria, porque achaste Graça diante de Deus". (Lc 1) e comentou que Maria achou graça para nós, pecadores. Aquele pobre pecador se reanimou, e logo apos a Confissão foi junto ao altar de Maria e lá achou a perfeita paz. Se amarmos muito Maria, Ela nos doará de dia em dia as graças necessárias para viver de modo digno do cristão, preparando-nos ao Paraíso na separação progressiva desta Terra, até fazer-nos exclamar com São José Cotolengo: "Feia terra, Belo Paraíso!" É necessário, porém, que amemos Maria, empenhando-nos em fazer bem os nossos deveres de cada dia. Santa Bernadete teve pela Imaculada a certeza do Paraíso, e mesmo assim comprtava-se com a máxima perfeição, porque não queria ir ao Céu sem ter sido bem comportada. Lembraram-na, uma vez, da garantia de Nossa Senhora, mas ela respondeu: "Sim, mas sob a condição de que eu faça o necessário pra merecer!" Esforcemo-nos de viver com os olhos sempre fixos no Paraíso, com as mãos em ação para fazer sempre todos os nossos deveres, com o coração cheio de amor e confiança na nossa doce Mãe que nos quer a todos no Paraíso.

Votos 
Fazer alguns sacrifícios pelo Paraiso;
recitar os mistérios gloriosos do Rosário;
fazer esmola a um pobre.

7 de mai. de 2007

UM MÊS COM MARIA - 7o dia




















O Purgatório


Se se morresse na Graça de Deus, mas se têm dívidas de expiação pelos pecados cometidos e defeitos ainda dos quais se livrar para entrar puros no Paraíso, se vai para o Purgatório a fim de livrar-se destas dívidas e defeitos. Por isso existe o Purgatório. É um reino temporal além tumba. Todos os que morrem na amizade com Deus, mas não são puros e dignos do Paraíso, vão àquele lugar de dolorosa purificação por todo o tempo necessário para purificar-se. Por isso se fazem as funções e se reza pelos defuntos que se acham no Purgatório a fim de que seja apressada a passagem deles daquele lugar de pena ao Reino do Eterno Paraíso.

É verdade
A Sagrada Escritura nos fala, desde as primeiras páginas, do uso dos hebreus de rezar pelos mortos. Este uso exprime necessariamente a existência ds almas defuntas em um lugar que não seja o Inferno nem o Paraíso, porque os danados nem os Bem-aventurados precisam das nossas orações. Mais expressamente ainda a Bíblia nos fala dos sacrifícios pelos defuntos que os hebreus celebravam no Templo. À Morte de Aarão, foram oferecidos sacrifícios por 30 dias seguidos (DT 34,8 / Nm 20,30). Judas Macabeus, depois das sanguinárias batalhas, recolhia somas de dinheiro para mandar a Jerusalém para oferecer sacrifícios pelas almas dos soldados caídos na guerra. "É coisa salutar rezar pelos mortos a fim de que lhes sejam pordoados os pecados" (Mac 12,46). Também o profeta Malaquias nos fala do Senhor que purifica com o fogo a amados filhos de Levi (Ml 3,3). No Novo Testamento, Jesus refere-se mais vezes ao Purgatório. A mais clara referência é sobre a necessidade de fechar cada conta com o nosso inimigo antes de cair nas mãos do Juiz que nos porá em uma prisão de onde não sairemos antes de ter saldado a dívida "até o último centavo". (Mt 5, 25-26). Esta prisão não pode, é claro, ser o Inferno, de onde não se sai nunca, mas o Purgatório, como o interpretam os Santos Padres. São Paulo continua o ensinamento de Jesus dizendo que quem faz obras imperfeitas se salvará, mas passando pelo fogo. Depois de São Paulo, podemos citar os grandes Padres e Doutores da Igreja: Santo Agostinho, São João Crisóstomo, Santo Efrém, São Cipriano, Santo Tomás de Aquino... O magistério da Igreja apresentou a verdade do Purgatório como dogma de fé!

Se sofre terrivelmente 

No Purgatório se sofre as penas da purificação segundo a necessidade de cada um. Tem quem tem mais dívidas e defeitos que outros. A intensidade e duração são sob medida. Mas a qualidade do sofrimento é terrível. Pena de sentido e pena de dano constituem um sofrimento tal que na Terra não se pode pensar igual. Santo Tomás ensina: "A menor pena do Purgatório supera as maiores penas da Terra, pois o mesmo fogo que atormenta os danados do Inferno, atormenta os justos do Purgatório". Lá entenderemos qual coisa tremenda é a ofensa a Deus e qual reparação exige a Sua Justiça. Por isso os santos estavam tão atentos em descontar na Terra com a mínima falta, até nas palavras ociosas (Mt 12,36). Santa Mônica, no leito de morte, disse àqueles que circundavam seu leito: "Rogai por mim. Não tomais conta do meu corpo, somente da minha alma!"

Não lágrimas, mas Santas Missas

Os defuntos não precisam das nossas lágrimas, mas das nossas Santas Missas. Nem precisam de coroas de flores e procissões para o funeral. Quanta bobagem em certos cristãos! Preocupam-se e gastam sem economia para a solenidade externa do funeral e não se curam ou não querem gastar dinheiro para mandar celebrar uma Santa Missa! Se pudéssemos ver os sofrimentos das almas purgantes, com qual cuidado as ajudaríamos, fazendo antes de mais nada, celebrar as Santas Missas, fazendo a Comunhão, recitando Rosários, praticando penitências. Uma noite, São Nicolau de Tolentino viu a alma de um frade defunto, frade Pelegrino de Ósimo que lhe pediu para celebrar logo uma Santa Missa por ele e pelas almas purgantes. Mas o Santo respondeu que não podia porque tinha que celebrar a Santa Missa do turno. Então o defunto conduziu-o ao Purgatório. À vista das penas terríveis que sofrem aquelas almas, São Nicolau se assustou e foi logo ao Superior e o rogou de fazer-lhe celebrar Santas Missas pelo frade Pelegrino e pelas almas. Obtida a licença, a celebração das Santas Missas foi a função mais poderosa e salutar para aquelas queridas almas. Também ao Pe. Pio pediu um frade uma lembrança ao Pai defunto, durante a Missa. Pe. Pio quis aplicar a Santa Missa pela alma do pai daquele irmão e lhe disse: "Esta manhã teu pai entrou no Paraíso"! O irmão ficou admirado e feliz, mas não pôde deixar de exclamar: "Mas meu pai morreu há 30 anos!" "É, meu filho, na frente de Deus tudo se paga!" Respondeu em tom grave Pe. Pio.

Maria livra do Purgatório

São Bernardino chamou Nossa Senhora 'Plenipotenciária' do Purgatório, pois em suas mãos há poderes e graças para livrar quem quiser do Purgatório. Ser devoto de Maria e a Ela recorrer para obter o alívio e a libertação das almas purgantes: é isto o que devemos fazer com todo o coração se quisermos oferecer eficazes orações e Santas Missas.Maria mesma revelou ao Beato Alano: "Eu sou a Mãe das almas do Purgatório e a cada hora, pelas minhas orações, são aliviadas as penas dos meus devotos." O Santo Rosário é de especial eficácia. Santo Afonso Maria de Ligório ensina que "se queremos ajudar as almas do purgatório recitamos por elas o Rosário que lhes arrecada grande alívio." Um santo consolou muitas almas purgantes com o Santo Rosário. São Pompílio Pirrotti teve o dom de recitar o Rosário com as almas do Purgatório, que respondiam em voz alta as Aves-Marias, mostrando-se serenas e felizes durante a oração. Que também ns nossas mãos o Rosário seja uma coroa de caridade pelas queridas almas do Purgatório.
Votos

Oferecer o dia inteiro pelas almas do Purgatório;
santa Missa e comunhão pelas almas sofredoras;
um Rosário pelas almas purgantes mais pecadoras.

6 de mai. de 2007

UM MÊS COM MARIA - 6° dia




















O Inferno

Quando perguntaram a São Jerônimo porque se retirou para uma gruta de Belém e viver como um eremita penitente, ele respondeu: "Me condenei a esta prisão porque temo o inferno!" Um gigante de doutrina e santidade como ele temia o inferno. Nós, sem doutrina e santidade, nem nos preocupamos, nem queremos pensar no Inferno! E assim demonstramos o que somos: pobres inconscientes! São Paulo, raptado ao 3º Céu, carregado de méritos, temia de poder danar-se (cf I Cor 9,27). Nós, com uma superficiliadade que amedronta, cremos evitar o inferno sem méritos nem temores. Aliás, chegamos até a recomendar de não se falar nunca do Inferno, porque "impressiona", não nos importando o fato que Jesus, no Evangelho, falou do Inferno não só uma vez, mas 18 vezes! Como sempre, covardes que somos, gostamos muito de discursos alegres e doces, de Cristianismo fácil, efeitos de falsos aleluias e hosanas.




Fora daqui, malditos!

Esta é a terrificante condenação dos que morrem em pecado mortal. "Estes irão ao eterno suplício" (Mt25,46). "Irão", ou seja, só vai ao inferno quem quiser ir! Deus nos cria a todos para o Paraíso e nos dá os meios para lá chegar, mas nos deixa livres para aceitar ou não. O homem que recusa, então, sabe perder o Paraíso e escolher o Inferno. Ele quer isso livremente. Nem se pode não dar razão a Deus, porque respeita a liberdade do homem. Mas qual loucura renunciar a Deus, perder o Paraíso, cair naquele abismo de horrores que é a moradia dos demônios. A visão de Deus, a união a Jesus e a Nossa Senhora, a companhia dos Anjos e dos Santos... A perda destes bens infinitos constitui a pena de dano dos danados, ou seja, a pena mais horrível e pavorosa que possamos conceber. Pelo resto, se é verdade que com o pecado mortal crucificamos Jesus em seu próprio coração (Hb ,) de qual suplício "não será digno aquele que terá pisado o Filho de Deus"? (Hb 10,20).

No fogo eterno

No Inferno existe também a pena do sentido, ou seja, o fogo eterno (Mt 18,7) "que põe aos danados como vítimas dos tormentos... de um fogo ardente" (Lc 16, 23/24). A Geena é a figura mais expressiva que Jesus usou para figurar o inferno. A Geena é um profundo vale sobre um dos lados de Jerusalém. Nessa se jogavam toda as sujeiras da cidade e eram queimadas em um fogo perene. O Inferno é um depósito de lixo do Céu e da Terra: nesse se recolhem todos os anjos rebeldes e todos os homens imundos, perversos e corrompidos, mortos em pecado mortal. Todos queimarão com "fogo inextinguível" (Mc 9,44), odiosos a Deus pela eternidade. Na verdade, é "coisa tremenda cair nas mãos de Deus". (Hb 10,31). Mas não se poderá talvez dizer que seja proporcional a pena eterna para as culpas do homem? Não, porque como a recompensa está ao mérito, assim a pena está à culpa (Santo Tomás de Aquino). Às boas ações corresponde o Paraíso eterno; às más ações (pecados mortais) correspondem o Inferno eterno. O rico homem que durante a vida tinha pensado somente nos "suntuosos banquetes", nos quais pensava só em se divertir, e o pobre Lázaro, que tinha suportado em paz as próprias desventuras, deixando que até os cachorros lhe "lambêssem as feridas", nos fazem compreender muito bem a diversa sorte eterna que tocará aos homens maus e bons (Lc 16,19-31).

Muitos se perdem

Em Fátima, a Imaculada mostrou o Inferno aos 3 pastores. E Lúcia descreveu aquela visão como melhor podia com estas palavras: "Vimos como em um mar de fogo, emergidos os demônios e as almas, quase como carvões transparentes e pretos, queimados em forma humana, flutuando no incêncio alçado de fumos e cadentes de cada lado, como faísca de grandes incêndios. Sem peso, nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que aterrorizavam e faziam desmaiar de medo...". "Viram - disse Nossa Senhora - o Inferno onde vão as almas dos pobres pecadores? Para os salvar, o Senhor quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Coração Imaculado". Reflitamos seriamente sobre estas palavras de Nossa Senhora e liguemo-nos fortemente ao seu Coração Imaculado e tenhamos bem radicados em nós o empenho de viver sempre na graça de Deus, prontos em tudo sofrer para não cometer pecado mortal: "Não temais os que matam o corpo, mas que não podem matar a alma. Temais, pois, aquele que pode fazer perder a alma e o corpo na Geena." (Mt 10,28). Se os homens pensassem seriamente nestas plavras de Jesus, quem seria condenado?

Como morre um danado?

São Clemente Hofbauer, apóstolo de Viena, foi visitar um moribundo não crente e foi recebido com insultos: "Vai para o diabo, frade! Vais embora!". "Antes quero ver como morre um danado!" disse o frade. Com estas palavras o moribundo pôs-se a pensar e ficou mudo. São Clemente invoca Maria com ardor. Logo depois o moribundo chora e exclama: "Padre, perdoai-me. Aproximai-vos!". Confessa-se em lágrimas e morre invocando Maria, refúgio dos pecadores. "A misericórdia de Maria salva um grande número de infelizes que, segundo as leis da divina Justiça, iriam ser danados". Cofiemos n'Ela, então, com toda a confiança.

Votos

Repetir amiúde: "Minha mãe, confiança minha";
oferecer o dia pelos pecadores moribundos;
ler e meditar a parábola do rico Epulão e do pobre Lázaro (Lc 16, 19-31).


Fonte: livro "Um mês com Maria", de Stefano Maria Manelli.