56% do eleitorado deu à Dilma a oportunidade de governar o país, apesar de a mesma não ter a mínima experiência em cargos públicos. Ajudas não faltaram, em especial de seu padrinho, o atual presidente, que chegou a dizer em horário eleitoral que quem votasse em Dilma estaria votando nele também.
Não preciso recordar que é falacioso crer que Dilma será o Lula. E isso ela mesma mostrou em toda a sua campanha eleitoral. Mas não há porque não crer que Lula estará com ela o tempo todo. Ele mesmo já disse que não sairá do cenário político. Quer evitar falar de um possível retorno em 2014, mas já diz que está com o coração aberto para ajudá-la. Talvez porque, diferente do que imaginava, sua companheira não venceu em primeiro turno. É verdade que ele também não. Mas suas vitórias em segundo turno contra Serra (2002) e Alckmin (2006) beiraram 62%, sendo expressiva sua vitória no Nordeste em 2006 com 90% de aprovação. Dilma conseguiu 56%. Apenas 6% a mais que a metade. Não é tão expressivo como gostariam Lula & Cia.
É verdade que Dilma terá homens fortes que não serão só o Lula. Pallocci também estará. O mesmo que se envolveu em tantos escândalos no governo Lula. Voltarão, também, Genuíno, Dirceu, Erenice...

Dilma sabe que não serão quatro anos fáceis. Primeiro porque moramos em um país onde ainda vigora um pensamento machista; logo, muitos a lograrão de incapaz por ser mulher. Quanto a isso, ignoro. Muitos homens, como Collor, não souberam dar conta. Segundo porque os institutos religiosos, bem como os meios de comunicação e imprensa se manifestaram. Ela sabe que iremos, a todo custo, cobrar suas promessas. Não sei se ela terá jogo de cintura para tanto. Sei que devo esperar quatro anos para ver.
Se a oposição não souber nos próximos anos fazer política séria (porque, apesar de ter votado no PSDB, devo assumir que lhes faltou muita coragem e ousadia para lutar pelo cargo) podemos esperar um Brasil alá México, onde imperou, por anos, a Política de Continuísmo.
Lula deixou claro que um recado às Igrejas. Se Dilma irá cumprí-lo, teremos de esperar. No momento, a única coisa que podemos fazer é rezar e esperar em Deus, que renova as forças de quem Nele espera, além de fazer valer ativamente nosso papel de integrante da Democracia.
À Dilma desejo que sua ida a Aparecida não traga apenas os reflexos eleitoreiros, mas de Fé. Anseio que a candidata, como mãe e avó, repense sobre as crianças que possam a vir morrer por livre escolha das mães, e não suas. Desejo, também, que ela se deixe guiar por Deus, para que o Brasil não seja movida por uma Dama de Ferro, e sim, por uma Mãe.
Nossa Senhora Aparecida, rogai a Deus pela Terra de Santa Cruz!
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