A liturgia da Santa Missa, mistério supremo do amor de Cristo por nós, tem sofrido inúmeras agressões. Infelizmente muitos cometem erros litúrgicos e colocam a culpa na reforma do Concilio Vaticano II. É necessario olhar o concílio na hermenêutica da continuidade. Observemos algumas partes da Sacrosanctun Conciliun para entendermos que a culpa dos problemas litúrgicos não esta no concílio, mas sim nas malvadas intenções dos progressistas:
7. Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente na sua igreja, especialmente nas acções litúrgicas. Está presente no sacrifício da Missa, - «O que se oferece agora pelo ministério sacerdotal é o mesmo que se ofereceu na Cruz».
8. Pela Liturgia da terra participamos, saboreando-a já, na Liturgia celeste celebrada na cidade santa de Jerusalém, para a qual, como peregrinos nos dirigimos e onde Cristo está sentado à direita de Deus, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo.
11. Para assegurar esta eficácia plena, é necessário, porém, que os fiéis celebrem a Liturgia com rectidão de espírito, unam a sua mente às palavras que pronunciam, cooperem com a graça de Deus, não aconteça de a receberem em vão (28). Por conseguinte, devem os pastores de almas vigiar por que não só se observem, na acção litúrgica, as leis que regulam a celebração válida e lícita, mas também que os fiéis participem nela consciente, activa e frutuosamente.
21. A santa mãe Igreja, para permitir ao povo cristão um acesso mais seguro à abundância de graça que a Liturgia contém, deseja fazer uma acurada reforma geral da mesma Liturgia. Na verdade, a Liturgia compõe-se duma parte imutável, porque de instituição divina, e de partes susceptíveis de modificação, as quais podem e devem variar no decorrer do tempo, se porventura se tiverem introduzido nelas elementos que não correspondam tão bem à natureza íntima da Liturgia ou se tenham tornado menos apropriados.
§ 22-3. Por isso, ninguém mais, mesmo que seja sacerdote, ouse, por sua iniciativa, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for em matéria litúrgica.
23. Para conservar a sã tradição e abrir ao mesmo tempo o caminho a um progresso legítimo, faça-se uma acurada investigação teológica, histórica e pastoral acerca de cada uma das partes da Liturgia que devem ser revistas. Tenham-se ainda em consideração às leis gerais da estrutura e do espírito da Liturgia, a experiência adquirida nas recentes reformas litúrgicas e nos indultos aqui e além concedidos. Finalmente, não se introduzam inovações, a não ser que uma utilidade autêntica e certa da Igreja o exija, e com a preocupação de que as novas formas como que surjam a partir das já existentes.
23. Para conservar a sã tradição e abrir ao mesmo tempo o caminho a um progresso legítimo, faça-se uma acurada investigação teológica, histórica e pastoral acerca de cada uma das partes da Liturgia que devem ser revistas. Tenham-se ainda em consideração às leis gerais da estrutura e do espírito da Liturgia, a experiência adquirida nas recentes reformas litúrgicas e nos indultos aqui e além concedidos. Finalmente, não se introduzam inovações, a não ser que uma utilidade autêntica e certa da Igreja o exija, e com a preocupação de que as novas formas como que surjam a partir das já existentes.
30. Não deve deixar de observar-se, a seu tempo, um silêncio sagrado.
Comentário : Em muitas paróquias não temos ação de graça, não temos tempo para fazer exame de consciência no ato penitencial e não temos silencio antes da Missa para preparar o coração para o ato litúrgico. Muitos preferem orar em línguas na ação de graças ou cantar três, quatro e até cinco hinos. É preciso dar espaço para Deus na liturgia e a melhor forma é dar espaço para o silencio.
36. § 1. Deve conservar-se o uso do latim nos ritos latinos, salvo o direito particular.
§ 2. Dado, porém, que não raramente o uso da língua vulgar pode revestir-se de grande utilidade para o povo, quer na administração dos sacramentos, quer em outras partes da Liturgia, poderá conceder-se à língua vernácula lugar mais amplo, especialmente nas leituras e admonições, em algumas orações e cantos, segundo as normas estabelecidas para cada caso nos capítulos seguintes.
112.O sagrado Concílio, fiel às normas e determinações da tradição e disciplina da Igreja, e não perdendo de vista o fim da música sacra, que é a glória de Deus e a santificação dos fiéis.
114. Guarde-se e desenvolva-se com diligência o património da música sacra. Promovam-se com empenho, sobretudo nas igrejas catedrais, as «Scholae cantorum».
116. A Igreja reconhece como canto próprio da liturgia romana o canto gregoriano; terá este, por isso, na acção litúrgica, em igualdade de circunstâncias, o primeiro lugar.
116-2.Não se excluem todos os outros géneros de música sacra, mormente a polifonia, na celebração dos Ofícios divinos, desde que estejam em harmonia com o espírito da acção litúrgica,
Comentário: O gregoriano também não foi eliminado, como alegam muitos “liturgistas” por ai. Infelizmente o que se vê é em algumas paróquias axé, pagode e até rock. Ritmos que nada tem haver com a harmonia litúrgica que deve nos levar ao calvário.
120. Tenha-se em grande apreço na Igreja latina o órgão de tubos, instrumento musical tradicional e cujo som é capaz de dar às cerimónias do culto um esplendor extraordinário e elevar poderosamente o espírito para Deus.
Comentário: Os órgãos deram lugares para a guitarra, baixo e bateria. Errado!
A Constituição Sacrosanctun Conciliun esta a disposição neste link: http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19631204_sacrosanctum-concilium_po.html
A Constituição Sacrosanctun Conciliun esta a disposição neste link: http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19631204_sacrosanctum-concilium_po.html
O Papa esta promovendo uma reforma litúrgica na Igreja, não por documentos, pois se percebe que, ou os bispos e padres não lêem, ou não querem obedecer. Por tanto o papa deixou de lado um pouco o papel e a caneta e decidiu promover a reforma com seus atos. Façamos o mesmo, sejamos litúrgicos, para vagarosamente levar a Igreja para o entendimento do que é a verdade.
Bruno Cruz
bhc.vida@hotmail.com
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