Vimos no artigo passado o que significa um sacramento: um sinal eficaz; sinal que torna presente a graça, a glória, a vida de Deus. Vimos, então, que o Cristo Jesus é o Sacramento de Deus: nele Deus fez-se presença pessoal no nosso meio. Assim, Cristo é o Sacramento primordial de Deus; ele que é verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Demos agora um passo adiante. O Filho de Deus feito homem, Jesus, presença viva e pessoal de Deus entre nós para nos salvar, viveu num tempo e num espaço: viveu há dois mil anos na Terra Santa. Ele entrou uma só vez na nossa história, no nosso mundo, no nosso tempo. Mas ele veio para todos, em todos os tempos; ele deseja tornar-se presente a todo instante e estar bem perto de todos os corações: seu desejo é entrar em contato conosco e que nós entremos em contato com ele, com sua palavra santa e com sua vida divina. Por isso ele fundou a Igreja! Ela é sacramento (sinal eficaz, real) de presença de Cristo no mundo; ela é Cristo continuado, corpo de Cristo crucificado e vivificado pelo Espírito na Ressurreição! No Concílio Vaticano II os Bispos do mundo inteiro, sucessores legítimos dos Apóstolos, ensinaram: “A Igreja é, unida a Cristo, como que um sacramento, isto é, um sinal e instrumento da íntima união com Deus e de todo o gênero humano” (Lumen Gentium 1).
Isso quer dizer que a Igreja vive de Cristo. Na sua Ressurreição, ele derramou sobre sua Igreja o seu Espírito Santo – o mesmo Espírito com o qual o Pai o ressuscitou dos mortos. Assim, a Igreja vive do Espírito de Cristo e no Espírito de Cristo... como o corpo, que vive da vida da cabeça, como os ramos que vivem da seiva do tronco: “Ele é a Cabeça da Igreja, que é seu corpo” (Cl 1,18). “(O Pai) o pôs acima de tudo, como cabeça da Igreja, que é seu corpo” (Ef 1,22). “Eu sou a verdadeira videira e meu Pai é o agricultor. Eu sou a videira e vós sois os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele produz muito fruto porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,1.5). Estes textos são importantes porque nos mostram que há uma união real, concreta, verdadeira, entre Cristo e a comunidade de seus discípulos, que é a Igreja. Ele realmente está presente na sua Igreja, vivificando-a, sustentando-a, agindo nela! A Igreja está ligada ao seu Senhor Jesus como o corpo está ligado à cabeça, como os ramos estão enxertados à videira. E o Espírito de Cristo ressuscitado, o Espírito Santo é a seiva, é a vida que vivifica, dirige e faz crescer este corpo, estes ramos! É assim que Cristo permanece vivo na Igreja, atuando nela na potência do Espírito: fala, age, santifica, ensina, exorta, salva pela Igreja! A Igreja é, portanto, um verdadeiro sacramento de Cristo, uma sinal real da sua presença! Ela, Igreja, não existe para si mesma, mas para anunciar Jesus, para provocar o encontro entre Jesus Salvador e a humanidade necessitada da salvação! Ela, a Igreja, não tem nenhuma salvação para dar à humanidade a não ser Jesus Cristo: é ele quem a santifica e a torna instrumento de salvação. Santo Ambrósio, grande bispo de Milão e Doutor da Igreja, dizia, no século IV: “A Igreja é a verdadeira lua. Da luz imorredoura do sol, ela recebe o brilho da imortalidade e da graça. De fato, a Igreja não reluz com luz dela mesma, mas com a luz de Cristo. Ela busca seu esplendor no sol da justiça, que é Cristo, para depois dizer: Eu vivo, mas não sou eu que vivo; é Cristo que vive em mim!” A Igreja é, portanto, o “ambiente”, o “clima”, o “espaço”, a “atmosfera” do nosso encontro com o Deus vivo, presente em Jesus Cristo. Ela é o sinal privilegiado através do qual Deus demonstra suas atenções para conosco e sua fidelidade a toda humanidade.
Mas, como disseram os Bispo do Vaticano II, ela é também sacramento da íntima união de todo o gênero humano. Isso mesmo: reunidos pelo Pai através da Palavra do Senhor Jesus, reunidos no Santo Espírito do Ressuscitado nós somos um novo povo – o Povo de Deus da nova e eterna Aliança, o povo no qual toda a humanidade é chamada a entrar para ser filha do mesmo Pai, imagem do único Filho pela ação potente do único Espírito que nos une num só Corpo de Cristo! Por isso, a Igreja é já sacramento (sinal verdadeiro, eficaz) da união de toda a humanidade com Deus e dos homens entre si, como deverá ser um dia, na Glória do Pai.
Por tudo isso, um monge do século IV saudava assim a santa Igreja: “Que jamais te eclipses na escuridão da lua nova, ó Lua sempre irradiante! Ilumina-nos o caminho por entre a impenetrável escuridão divina das Escrituras! Que jamais deixes, ó esposa e companheira de viagem do Sol que é Cristo, o qual como esposo da lua, te envolve em sua luz! Sim, que jamais deixes de enviar-nos da parte dele, nosso Salvador, os teus raios luminosos, a fim de que ele, por si mesmo e através de ti, santa Igreja de Cristo, transmita às estrelas a sua luz, acendendo-as de ti e por ti!”
Fonte: http://www.domhenrique.com/
Demos agora um passo adiante. O Filho de Deus feito homem, Jesus, presença viva e pessoal de Deus entre nós para nos salvar, viveu num tempo e num espaço: viveu há dois mil anos na Terra Santa. Ele entrou uma só vez na nossa história, no nosso mundo, no nosso tempo. Mas ele veio para todos, em todos os tempos; ele deseja tornar-se presente a todo instante e estar bem perto de todos os corações: seu desejo é entrar em contato conosco e que nós entremos em contato com ele, com sua palavra santa e com sua vida divina. Por isso ele fundou a Igreja! Ela é sacramento (sinal eficaz, real) de presença de Cristo no mundo; ela é Cristo continuado, corpo de Cristo crucificado e vivificado pelo Espírito na Ressurreição! No Concílio Vaticano II os Bispos do mundo inteiro, sucessores legítimos dos Apóstolos, ensinaram: “A Igreja é, unida a Cristo, como que um sacramento, isto é, um sinal e instrumento da íntima união com Deus e de todo o gênero humano” (Lumen Gentium 1).
Isso quer dizer que a Igreja vive de Cristo. Na sua Ressurreição, ele derramou sobre sua Igreja o seu Espírito Santo – o mesmo Espírito com o qual o Pai o ressuscitou dos mortos. Assim, a Igreja vive do Espírito de Cristo e no Espírito de Cristo... como o corpo, que vive da vida da cabeça, como os ramos que vivem da seiva do tronco: “Ele é a Cabeça da Igreja, que é seu corpo” (Cl 1,18). “(O Pai) o pôs acima de tudo, como cabeça da Igreja, que é seu corpo” (Ef 1,22). “Eu sou a verdadeira videira e meu Pai é o agricultor. Eu sou a videira e vós sois os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele produz muito fruto porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,1.5). Estes textos são importantes porque nos mostram que há uma união real, concreta, verdadeira, entre Cristo e a comunidade de seus discípulos, que é a Igreja. Ele realmente está presente na sua Igreja, vivificando-a, sustentando-a, agindo nela! A Igreja está ligada ao seu Senhor Jesus como o corpo está ligado à cabeça, como os ramos estão enxertados à videira. E o Espírito de Cristo ressuscitado, o Espírito Santo é a seiva, é a vida que vivifica, dirige e faz crescer este corpo, estes ramos! É assim que Cristo permanece vivo na Igreja, atuando nela na potência do Espírito: fala, age, santifica, ensina, exorta, salva pela Igreja! A Igreja é, portanto, um verdadeiro sacramento de Cristo, uma sinal real da sua presença! Ela, Igreja, não existe para si mesma, mas para anunciar Jesus, para provocar o encontro entre Jesus Salvador e a humanidade necessitada da salvação! Ela, a Igreja, não tem nenhuma salvação para dar à humanidade a não ser Jesus Cristo: é ele quem a santifica e a torna instrumento de salvação. Santo Ambrósio, grande bispo de Milão e Doutor da Igreja, dizia, no século IV: “A Igreja é a verdadeira lua. Da luz imorredoura do sol, ela recebe o brilho da imortalidade e da graça. De fato, a Igreja não reluz com luz dela mesma, mas com a luz de Cristo. Ela busca seu esplendor no sol da justiça, que é Cristo, para depois dizer: Eu vivo, mas não sou eu que vivo; é Cristo que vive em mim!” A Igreja é, portanto, o “ambiente”, o “clima”, o “espaço”, a “atmosfera” do nosso encontro com o Deus vivo, presente em Jesus Cristo. Ela é o sinal privilegiado através do qual Deus demonstra suas atenções para conosco e sua fidelidade a toda humanidade.
Mas, como disseram os Bispo do Vaticano II, ela é também sacramento da íntima união de todo o gênero humano. Isso mesmo: reunidos pelo Pai através da Palavra do Senhor Jesus, reunidos no Santo Espírito do Ressuscitado nós somos um novo povo – o Povo de Deus da nova e eterna Aliança, o povo no qual toda a humanidade é chamada a entrar para ser filha do mesmo Pai, imagem do único Filho pela ação potente do único Espírito que nos une num só Corpo de Cristo! Por isso, a Igreja é já sacramento (sinal verdadeiro, eficaz) da união de toda a humanidade com Deus e dos homens entre si, como deverá ser um dia, na Glória do Pai.
Por tudo isso, um monge do século IV saudava assim a santa Igreja: “Que jamais te eclipses na escuridão da lua nova, ó Lua sempre irradiante! Ilumina-nos o caminho por entre a impenetrável escuridão divina das Escrituras! Que jamais deixes, ó esposa e companheira de viagem do Sol que é Cristo, o qual como esposo da lua, te envolve em sua luz! Sim, que jamais deixes de enviar-nos da parte dele, nosso Salvador, os teus raios luminosos, a fim de que ele, por si mesmo e através de ti, santa Igreja de Cristo, transmita às estrelas a sua luz, acendendo-as de ti e por ti!”
Fonte: http://www.domhenrique.com/
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