20 de jul. de 2011

Expectativas ilusórias: “casamento” gay e fidelidade.


Sem dúvida alguma você já ouviu amigos — até mesmo amigos cristãos — dizerem: “Veja bem, por que é que os gays não deveriam ter o direito de se casar como todas as outras pessoas? Que mal isso fará? Não afetará o casamento, e os ajudará a construir famílias estáveis”.
Com certeza, não foi essa forma de raciocínio que alcançou a vitória no estado de Nova Iorque, o qual acabou de legalizar o tão chamado casamento gay.
Mas nada poderia estar mais longe da verdade, conforme esclareceu um recente artigo do jornal [esquerdista]New York Times, intitulado “Married, With Infidelities”, (Casado, com infidelidades). O escritor,
Mark Oppenheimer, perguntou se “fazemos exigências ilusórias” acerca do casamento. As “exigências ilusórias” sobre as quais ele está falando é a monogamia.
Para obter uma resposta, Oppenheimer recorreu a Dan Savage, um colunista especialista em dar conselhos. Savage é um homem gay “casado” que muitas vezes “xinga a obsessão dos americanos com uma fidelidade rígida”. Essas são as palavras de Oppenheimer, não minhas.
De acordo com Savage, embora a monogamia tenha suas “vantagens”, não é para todos, pois, diz ele, a monogamia leva ao “tédio, desespero, falta de variedade, morte sexual e rotina”.
Por isso, Savage aconselha uma ética mais flexível. De acordo com ele, as “expectativas ilusórias” de fidelidade “destroem mais famílias do que salvam”.
Savage pratica o que prega: ele confessa que já teve nove “encontros extraconjugais”, os quais ele insiste foram uma “força estabilizadora” em seu tão chamado “casamento”.
Obviamente, Oppenheimer gosta de Savage e escreve que “é duro considerar que alguém que pensa como Savage seja uma figura subversiva”. Será mesmo? Para mim, ele parece claramente subversivo.
Para os principiantes, toda essa conversa de exigências e expectativas “ilusórias” ignora um fato fundamental: a vasta maioria das pessoas casadas evita a infidelidade. O artigo citou um estudo realizado em 2010 pela Universidade de Chicago que revelou que 14 por cento das esposas e 20 por cento dos maridos confessaram que tinham casos extraconjugais.
Esclarecendo em outras palavras, 86 por cento das mulheres casadas e 80 por cento dos homens casados são fiéis a seus votos de casamento. Isso indica que o problema pode estar nos 14 e 20 por cento, não em nossas expectativas.
Há um grupo, conforme reconhece o artigo, em que a monogamia não é esperada nem praticada: “o considerável grupo de homens gays em parcerias de longo prazo abertas ou [semiabertas]”.
Oppenheimer está ciente das implicações para a causa do casamento de mesmo sexo. O que é incrível, ele escreve, é que “não se sabe se os hábitos gays”, isto é, a promiscuidade sexual, “sobreviverão ao advento da igualdade gay”.
Entretanto, não há absolutamente nada de “mistério” acerca disso. A evidência que Oppenheimer cita e o próprio conselho de Savage deixam muito claro que provavelmente o casamento não mudará os hábitos dos homens gays. Mas, conforme Oppenheimer comenta: Savage acredita que os casais normais aprenderão o exemplo das duplas gays. Por isso, o “casamento gay” inevitavelmente minará todos os casamentos. Essa é uma notícia muito ruim para a nossa sociedade.
Não é de admirar que Oppenheimer confesse que as opiniões e ações de Savage darão “munição para todas as forças… que dizem que seria melhor determos [os casamentos gays] antes que arruínem o que sobrou do [verdadeiro] casamento”.
Portanto, na próxima vez que você escutar os amigos questionarem que mal o casamento gay fará, por que não falar do artigo do New York Times — e perguntar-lhes se eles acham que a fidelidade, “renunciando a todos os outros”, é uma parte do casamento, famílias estáveis e uma sociedade saudável.
Publicado com a permissão de Breakpoint.org

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