No sábado, 8, uma divisão liberal da Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos ordenou pela primeira vez em sua história um pastor assumidamente homosexual. Essa ordenação marca mais um passo de uma Igreja protestante pela aceitação de homossexuais no clero.
Scott Anderson foi ordenado a pastor 20 anos depois de ter assumido sua preferência sexual sendo obrigado a renunciar ao posto em sua congregação na Califórnia. Há anos que Presbiteriana vem discutindo a ordenação de pessoas homossexuais, até que em maio deste ano uma assembleia nacional resolveu remover de sua constituição a obrigação de um clérigo de estar “dentro do convênio do casamento entre um homem e uma mulher, ou da castidade no celibato”.
Anderson tem 56 anos e durante uma entrevista em sua atual igreja, no Winsconsin, relembrou o dia em que teve que tomar a decisão após ter sua sexualidade descoberta por um casal, que ameaçou denunciá-lo.
“Foi realmente o pior e o melhor momento da minha vida. O melhor porque pude pela primeira vez dizer que eu era gay . Mas houve também tristeza por ter que deixar o que eu amava”, disse.
Membros conservadores condenam decisão
Enquanto alguns membros presbiterianos da igreja pastoreada por Anderson festejam a ordenação, outros mais conservadores criticam a decisão da convenção nacional e ameaçam deixar a denominação.
“Os episcopais, luteranos, a Igreja Unida de Cristo: todos deram esse passo e tiveram perdas”, diz o conservador Tom Hay, diretor de operações da Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana. “Acho que nós perderemos também”.
O pastor já estava à frente da igreja em Winsconsin o que vai mudar agora em sua rotina é que ele poderá novamente realizar sacramentos. Scott, que decidiu ser pastor quando estava no ensino médio, conta que só descobriu sua orientação sexual anos depois quando estava no primeiro ano como seminarista e se apaixonou por outro homem.
“Naquele momento, eu tive que tomar a decisão: Sigo a regra e continuo no armário, ou saio, passo a ser honesto comigo mesmo e deixo o seminário?” conta ele que acredita que essa decisão da igreja Presbiteriana fará com que a denominação fique mais forte.
Fonte: GospelPrime
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