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Formação para Jovens

Espiritualidade, sexualidade, diverção, oração

16 de out. de 2012

* Novelas provocam queda em natalidade e do DIVORCIO no Brasil, diz estudo.

BBC

A queda na taxa de natalidade no Brasil está relacionada com a audiência das telenovelas, segundo sugere um estudo realizado no Centro de Pesquisas para Política Econômica da Grã-Bretanha (CEPR, na sigla em inglês).

Segundo o estudo, o tamanho pequeno das famílias representadas nas tramas das novelas brasileiras seria distante da realidade e influenciaria as mulheres a desejar poucos filhos.
Dados do Censo indicam que a taxa de natalidade caiu de 6,3 crianças por cada mulher em 1960 para 2,3 em 2000.
De acordo com a pesquisa, esse declínio se deve não apenas pelo hábito de assistir televisão, mas especificamente pela audiência das telenovelas produzidas pela Rede Globo.

“Descobrimos que as mulheres que vivem em áreas cobertas pelo sinal da Globo apresentaram taxa de natalidade muito menor. As novelas mexicanas e importadas transmitidas por outros canais não causaram impacto na natalidade”, diz o estudo, conduzido pelos pesquisadores Eliana La Ferrara, Alberto Chong e Suzanne Duryea.

Alcance
Os pesquisadores analisaram o conteúdo de 115 novelas transmitidas pela Globo em dois horários diferentes entre 1965 e 1999 e descobriram que 72% das personagens femininas com idade até 50 anos não tinham filhos, comparados com 21% das personagens que eram mães.

Para alcançar os resultados, a equipe comparou os dados das novelas com o índice de natalidade do país e o alcance do sinal da emissora em diversas áreas.

O estudo indica que há uma relação entre o alcance do sinal da emissora e uma diminuição nas taxas de natalidade das mulheres que vivem nas áreas cobertas pelo canal. Segundo a pesquisa, o impacto é maior em mulheres com nível sócio-econômico mais baixo e na fase central e mais adiantada do ciclo de fertilidade.

Nomes
Além da análise do impacto no índice de natalidade, a pesquisa aponta ainda que as personagens femininas influenciam de maneira “surpreendente” as escolhas dos nomes dos filhos.
“As mães que vivem em áreas cobertas pela Rede Globo são quatro vezes mais propensas a batizar seus filhos com o nome de um dos personagens das telenovelas”, diz a pesquisa.

Os pesquisadores compararam 15 nomes de estudantes do ensino fundamental recolhidos no Ministério da Educação em 2005. A equipe comparou os padrões dos nomes mais comuns com os nomes dos personagens principais das telenovelas da Globo no ano em que as crianças nasceram – a maioria em 1994.
Depois da análise, os pesquisadores descobriram, entre os 20 nomes mais comuns de bebês nascidos em 1994, pelo menos um era também o nome de um personagem de alguma novela transmitida naquele ano.

“Acreditamos que estes dados sobre o padrão dos nomes sugere uma relação forte entre o conteúdo da novela e o comportamento da audiência”, diz o estudo.
Para os pesquisadores, o impacto das telenovelas na população pode ter implicações importantes para os governos elaborarem suas políticas públicas em países em desenvolvimento, onde a taxa de analfabetismo é elevada.

“Nosso trabalho sugere que os programas direcionados para a população local têm potencial para atingir um número enorme de pessoas a um custo muito baixo”, diz a pesquisa.
Para os pesquisadores, questões como a educação infantil, a Aids e os direitos das minorias podem ser levantadas em programas de televisão.

* Estudo sugere forte ligação entre novelas da Globo e aumento no número de divórcios no Brasil.

outubro 14th, 2012
BBC

Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sugere uma ligação entre as populares novelas da TV Globo e um aumento no número de divórcios no Brasil nas últimas décadas.

Na pesquisa, foi feito um cruzamento de informações extraídas de censos nos anos 70, 80 e 90 e dados sobre a expansão do sinal da Globo – cujas novelas chegavam a 98% dos municípios do país na década de 90.
Segundo os autores do estudo, Alberto Chong e Eliana La Ferrara, “a parcela de mulheres que se separaram ou se divorciaram aumenta significativamente depois que o sinal da Globo se torna disponível” nas cidades do país.

Além disso, a pesquisa descobriu que esse efeito é mais forte em municípios menores, onde o sinal é captado por uma parcela mais alta da população local.
Instrução

Os resultados sugerem que essas áreas apresentaram um aumento de 0,1 a 0,2 ponto percentual na porcentagem de mulheres de 15 a 49 anos que são divorciadas ou separadas.
“O aumento é pequeno, mas estatisticamente significativo”, afirmou Chong.

Os pesquisadores vão além e dizem que o impacto é comparável ao de um aumento em seis vezes no nível de instrução de uma mulher. A porcentagem de mulheres divorciadas cresce com a escolaridade.
O enredo das novelas freqüentemente inclui críticas a valores tradicionais e, desde os anos 60, uma porcentagem significativa das personagens femininas não reflete os papéis tradicionais de comportamento reservados às mulheres na sociedade.
Foram analisadas 115 novelas transmitidas pela Globo entre 1965 e 1999. Nelas, 62% das principais personagens femininas não tinham filhos e 26% eram infiéis a seus parceiros.

Nas últimas décadas, a taxa de divórcios aumentou muito no Brasil, apesar do estigma associado às separações. Isso, segundo os pesquisadores, torna o país um “caso interessante de estudo”.
Segundo dados divulgados pela ONU, os divórcios pularam de 3,3 para cada 100 casamentos em 1984 para 17,7 em 2002.

“A exposição a estilos de vida modernos mostrados na TV, a funções desempenhadas por mulheres emancipadas e a uma crítica aos valores tradicionais mostrou estar associada aos aumentos nas frações de mulheres separadas e divorciadas nas áreas municipais brasileiras”, diz a pesquisa.

Taxa de natalidade cai e população brasileira deve parar de crescer.



Folha de São Paulo
Diante de uma taxa de natalidade de apenas 1,7% (comparável a países como França e Reino Unido), o Brasil caminha rapidamente para uma estagnação de sua população. O Ipea projeta 200 milhões de pessoas em 2020. Vinte anos mais tarde, em 2040, esse número crescerá em apenas 4 milhões, prevê o instituto ligado à Presidência da República.

Idosos respondem por quase 20% da renda do país, aponta Ipea
Segundo dados da última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), viviam no país 195,2 milhões de pessoas em 2011. “O germe do declínio populacional já está instalado no país, que são as baixas taxas de fecundidade e o reduzido crescimento da população”, disse Ana Amélia Camarano, demógrafa do Ipea.

Para a pesquisadora, o aumento populacional atual de apenas 0,7% ao ano e a menor natalidade –que deve chegar a 1 filho por mulher em 2030– fazem o país migrar de uma “explosão de população” no passado para uma “implosão de população” no futuro próximo, acompanhada do envelhecimento da estrutura etária do país.

Um dos problemas da estrutura etária envelhecida é que a força de trabalho também recua, reduzindo a capacidade produtiva do país. “Há apenas 20 anos ainda falávamos em explosão populacional. O problema agora é outro. A questão é como prover saúde e condições de autonomia a uma população cada vez mais envelhecida”, afirmou a demógrafa.
De acordo com Camarano, as mulheres brasileiras tinham cerca de 6 filhos, em média, nos anos 50 e 60. Naquele período, a população crescia a um ritmo anual superior a 3%. “Foi o nosso período do ‘baby boom’”, afirma.

A taxa de fecundidade foi rapidamente declinando (com adventos como a pílula e outros métodos contraceptivos e o aumento do nível de educação) nos últimos anos. Atualmente, diz, ela está num nível “consideravelmente abaixo” da chamada taxa de reposição da população –de 2,14 filhos por mulher.
A lógica embutida nessa taxa é a seguinte: cada mulher tem de gerar duas crianças para “repor” o pai e ela própria; o 0,14 adicional é para compensar sobretudo aqueles que morrem antes de terem filhos.


Com tal dinâmica, prevê, só as faixas etárias acima de 45 anos vão crescer a partir de 2030. De 2040 em diante, a única parcela que crescerá em números absolutos será a de 60 anos ou mais.
O Brasil caminha rapidamente, afirma, para ter um perfil populacional “bastante envelhecido” e de fecundidade muito baixa (em torno ou pouco acima de 1 filho por mulher), comparável aos países do sul da Europa (Portugal, Espanha, Itália e Grécia, sobretudo) e do Japão.
França e Reino Unido, diz, ainda mantêm uma estrutura um mais jovem e taxa de fecundidade maior graças ao peso da imigração.

FECUNDIDADE POR RENDA
Para Ana Amélia Camarano, do Ipea, a desigualdade na taxa de fecundidade entre mulheres de faixas diferentes de renda abre caminho para uma a queda rápida até os níveis dos países europeus do mediterrâneo e do Japão. Isso num cenário que em o rendimento dos mais pobres no Brasil avança mais rápido do que dos mais ricos.
Enquanto entre as mulheres da faixa de renda com os 20% menores rendimentos familiares a taxa de natalidade era de 3,6 filhos, na faixa dos grupos familiares dos 20% mais ricos estava em 0,9 filho –abaixo da taxa japonesa.
+ CANAIS


15 de out. de 2012

Vídeo Homilia do XXIX Domingo do Tempo Comum Ano B

 
Domingo passa refletimos a Riqueza, como dificuldade de acolher a proposta de Jesus a ponto que ele fala de um milagre para isso acontecer, já no Evangelho deste Domingo Mc 10,35-45, Jesus fala de uma outra tentação, o PODER... Caso não abrir clique no link: http://pt.gloria.tv/?media=346746
 

A IGREJA DE CRISTO É A IGREJA CATÓLICA


A IGREJA DE CRISTO É A IGREJA CATÓLICA


Jesus Cristo, Nosso Salvador, fundou apenas uma Igreja, não várias, como é desejo dos hereges. Ele fundou a Igreja Católica Apostólica Romana:"Cabe ao Filho realizar, na plenitude dos tempos, o plano de salvação de seu Pai. Este é o motivo de sua missão. O Senhor Jesus iniciou sua Igreja pregando a Boa Nova, isto é, o advento do Reino de Deus prometido nas Escrituras havia séculos" (Catecismo da Igreja Católica, 763).
Os pastores evangélicos, em geral, costumam apontar o dedo para o próprio peito dizendo serem eles a "pedra" sobre a qual Cristo Jesus fundou a Sua Igreja; outros bem mais "cultos" e "místicos", dizem que a "Igreja" está dentro do coração, e aquele que "aceitar" Jesus, pertence à Igreja de Nosso Senhor.
São Cipriano que não era herege, ambicioso nem enganador diz: "Cristo edifica a Igreja sobre Pedro. Encarrega-o de apascentar-lhe as ovelhas. A Pedro é entregue o primado para que seja uma Igreja e uma cátedra de Cristo. Quem abandona a cátedra de Pedro, sobre a qual foi fundada a Igreja, não pode pensar em pertencer à Igreja de Cristo" (De un. Eccl. cap. IV), e: "Pedro é o vértice, o chefe dos Apóstolos" (I Concílio de Nicéia).
Por mais que os hereges gritem, apontem o dedo e mentem, não dá para enganar o católico bem instruído; só escorregam em suas salivas, aqueles que se dizem católicos e vivem às margens da Igreja.
Quando Jesus Cristo diz: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei A MINHA IGREJA, e as portas do inferno não prevalecerão contra ELA(Mt 16, 18), a que Igreja se refere? Não é ao Protestantismo ou qualquer igreja protestante em particular, porque as Igrejas protestantes só começaram a existir no século XVI.
Refere-se, sem dúvida alguma, à IGREJA CATÓLICA; é fácil demonstrá-lo.
Logo nos inícios da Igreja, os seguidores de Cristo foram designados com o nome de cristãos. Assim podiam distinguir-se dos filósofos pagãos e dos judeus ou seguidores da sinagoga. Este nome de cristãos como se sabe vem na própria Bíblia, e tal denominação começou em Antioquia: “Em Antioquia é que foram os discípulos denominados CRISTÃOS pela primeira vez” (At 11, 26), e: “Então Agripa disse a Paulo: Por pouco me não persuade a fazer-me CRISTÃO” (At 26, 28), e também: “Se padece como CRISTÃO, não se envergonhe; mas glorifique a Deus neste nome” (1Pd 4, 16).
Aconteceu, porém que, tão logo a Igreja começou a propagar-se, começaram a aparecer os hereges seguindo doutrinas diversas daquela que tinha sido recebida dos Apóstolos, tomando também o nome de cristãos, pois acreditavam em Jesus Cristo e d’Ele se diziam discípulos.
Era preciso, portanto, um novo nome para designar a verdadeira Igreja, distinguindo-a dos hereges. E desde tempos antiquíssimos, desde os tempos dos Apóstolos, a Igreja começou a ser designada como IGREJA CATÓLICA, isto é, UNIVERSAL, a Igreja que está espalhada por toda a parte, para diferençá-la dos hereges, pertencentes à igrejinhas isoladas que existiam aqui e acolá. Assim é que já Santo Inácio de Antioquia, - que foi contemporâneo dos Apóstolos, pois nasceu mais ou menos no ano 35 da era cristã e, segundo Eusébio de Cesaréia no seu Chrónicon, foi bispo de Antioquia, entre os anos 70 e 107 - nos fala abertamente da Igreja Católicana sua Epístola aos Esmirnenses: “Onde comparecer o Bispo, aí esteja a multidão, do mesmo modo que, onde estiver Jesus Cristo, aí está a IGREJA CATÓLICA” (Epístola aos Esmirnenses c 8, 2).
Outro contemporâneo dos Apóstolos foi São Policarpo, bispo de Esmirna; nasceu no ano 69 e foi discípulo de São João Evangelista.
Quando São Policarpo recebeu a palma do martírio, a Igreja de Esmirna escreveu uma carta que é assim endereçada: “A Igreja de Deus que peregrina em Esmirna à Igreja de Deus que peregrina em Filomélio e a todas as paróquias da IGREJA SANTA E CATÓLICA em todo o mundo”. Nessa mesma Epístola se fala de uma oração feita por São Policarpo, na qual ele “fez menção de todos quantos em sua vida tiveram trato com ele, pequenos e grandes, ilustres e humildes, e especialmente de toda a IGREJA CATÓLICA, espalhada por toda a terra” (c. 8).
O Fragmento Muratoriano que é uma lista feita no segundo século, dos livros do Cânon do Novo Testamento, fala em livros apócrifos que “não podem ser recebidos na IGREJA CATÓLICA”.
São Clemente de Alexandria (também do século segundo) responde à objeção dos infiéis que perguntam: “Como se pode crer se há tanta divergência de heresias? A própria verdade nos distrai e cansa, porque outras pessoas estabelecem vários dogmas.”
Depois de mostrar vários sinais pelos quais se distingue a verdadeira Igreja das heresias, assim conclui São Clemente: “Não só pela essência, mas também pela opinião, pelo princípio, pela excelência, só há uma Igreja antiga e é a IGREJA CATÓLICA. Das heresias, umas se chamam pelo nome de um homem, como as que são  chamadas por Valentino, Marcião e Basílides; outras, pelo lugar donde vieram, como os Peráticos; outras do povo, como a heresia dos Frígios; outras, de alguma operação, como os Encratistas; outras, de seus próprios ensinos, como os Docetas e Hematistas"(Stromata 1.7. c. 15). O mesmo argumento podemos formular hoje. Háuma só Igreja que vem do princípio: é a IGREJA CATÓLICA. As seitas protestantes, umas são chamadas pelos nomes dos homens que as fundaram, ou cujas opiniões seguem, como: Luteranos (de Lutero), Calvinistas (de Calvino), Zuinglianos (de Zuínglio), etc.
Outras, do lugar donde vieram: Igreja Livre Evangélica Sueca, Irmão de Plymouth;
Outras, de um povo: Anglicanos (da Inglaterra), Irmãos Moravos (da Morávia);
No século III, Firmiliano, bispo de Capadócia, diz assim: “Há uma só esposa de Cristo que é a IGREJA CATÓLICA” (Ep. De Firmiliano nº 14).
Na história do martírio de São Piônio (morto em 251) se lê que Polemon o interroga:
— Como és chamado?
— Cristão.
— De que igreja?
— Católica (Ruinart. Acta martyrum pág. 122 nº 9).
São Frutuoso, martirizado no ano 259, diz: “É necessário que eu tenha em mente a IGREJA CATÓLICA, difundida desde o Oriente até o Ocidente” (Ruinart. Acta martyrum pág 192 nº 3).
Lactâncio, convertido ao cristianismo no ano 300, diz: “Só a IGREJA CATÓLICA é que conserva o verdadeiro culto. Esta é a fonte da verdade; este o domicílio da fé, o templo de Deus, no qual se alguém não entrar, do qual se alguém sair, está privado da esperança de vida e salvação eterna” (Livro 4º cap. III).
São Paciano de Barcelona (morto no ano 392) escreve na epístola a Simprônio: “Como, depois dos Apóstolos, apareceram as heresias e com nomes diversos procuraram cindir e dilacerar em partes aquela que é a rainha, a pomba de Deus, não exigia um sobrenome o povo apostólico, para que se distinguisse a unidade do povo que não se corrompeu pelo erro?... Portanto, entrando por acaso hoje numa cidade populosa e encontrando marcionistas, apolinarianos, catafrígios, novacianos e outros deste gênero, que se chamam cristãos, com que sobrenome eu reconheceria a congregação de meu povo, se não se chamasse CATÓLICA?” (Epístola a Simprônio nº 3). E mais adiante, na mesma epístola:“Cristão é o meu nome; CATÓLICO, o sobrenome” (idem nº 4).
São Cirilo de Jerusalém (do mesmo século IV) assim instruiu os catecúmenos “Se algum dia peregrinares pelas cidades, não indagues simplesmente onde está a casa do Senhor, porque também as seitas dos ímpios e as heresias querem coonestar (dar aparência de honesta) com o nome de casa do Senhor às suas espeluncas; nem perguntes simplesmente onde está a igreja, mas onde está a IGREJA CATÓLICA; este é o NOME PRÓPRIO desta SANTA MÃE de todos nós, que é também a ESPOSA de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO” (Instrução Catequética c. 18; nº 26).
Santo Agostinho (do século V) dizia: “Deve ser seguida por nós aquela religião cristã, a comunhão daquela Igreja que é a CATÓLICA, e CATÓLICA é chamada não só pelos seus, mas também por todos os seus inimigos” (Verdadeira religião c 7; nº 12).
E quando o Concílio de Constantinopla, no ano de 381, colocou no seu Símbolo estas palavras: “Cremos na Igreja Una, Santa, CATÓLICA e Apostólica”, isto não constituía novidade alguma, pois já desde tempo antiquíssimo se vinha recitando no Credo ou Símbolo dos Apóstolos: creio na Santa Igreja CATÓLICA.
Vemos, portanto, na história do Cristianismo, o CONTRASTE EVIDENTE entre aquela Igreja que veio desde o princípio e logo se espalhou por toda a parte: "Ide, pois, e ensinai todas as gentes" (Mt 28, 19), e que desde o começo foi chamada CATÓLICA, segundo o que acabamos de demonstrar, e as heresias que foram aparecendo no decorrer dos séculos, discordando deste ou daquele ponto, inventadas por um homem qualquer, mas todas vencidas pela Igreja, pois ou desapareceram por completo ou ficaram reduzidas em número de adeptos que logo mergulharam no esquecimento.
Chega esta Igreja ao século XVI. Aparece então Martinho Lutero(monge católico: beberrão, mulherengo, revoltado e caluniador), pretendendo afirmar que esta Igreja está completamente afogada no erro e é preciso fazer uma reforma doutrinária.
Queremos aqui fazer apenas uma pergunta ao “inspirado” e “esclarecido” Lutero: “Como é que Cristo deixou durante tantos séculos a sua Igreja mergulhada completamente no erro, e só no século XVI fez aparecer os 'inspirados' e 'esclarecidos' doutrinários da verdade? Onde está a Providência Divina com relação à obra de Deus que é a sua Igreja?”
Se tal desastre se tivesse verificado, então teria falhado completamente a promessa de Cristo: “E as portas do inferno não prevalecerão CONTRA ELA” (Mt 16, 18).
Foi uma VERDADEIRA DESGRAÇA o que fez Martinho Lutero. O seu amigo Melanchton escreve: “Nem toda a água do rio Elba daria lágrimas bastante para chorar a desgraça da Reforma”.
Católico, tampe os ouvidos diante dos uivos dos lobos que trabalham furiosamente para arrancar-te do seio da Verdadeira Igreja, não lhes dê ouvidos, mas lembre-se com frequência de que Cristo Jesus é o Santo Fundador da Única Igreja, e por mais que lancem pedras sobre ela, jamais a destruirão: "Cristo é o único Senhor da Igreja. Ela lhe pertence, pois é ele quem a edifica. É Pedro, porém, quem lhe guarda as chaves para abrir, fechar, cerrar e excluir. Inimigos ardilosos que a não conseguiram suplantar em campo aberto, tentarão introduzir-se disfarçadamente em seu seio, procurando combatê-la e destruí-la pelo interno" (Alfred Barth, Enciclopédia Catequética, Vol. II).
Católico, AMESIRVA e DEFENDA a Igreja Católica... Cristo Jesus deu a vida por ela: "Com a vitória da cruz, ele adquiriu para si o poder e o domínio sobre todas as gentes" (Santo Tomás de Aquino, Summa Theol., III, 42, 1), e:"Aquele que, feito homem, se tornara cabeça e senhor da humanidade, ora resgatou seu povo com seu Sangue, libertou-o, remiu-o e o fez seu. O véu do templo - a antiga aliança - rasgou-se" (Leão I, Serm., 68, 3), e também:"Amem esta Igreja, sejam essa Igreja, fiquem na Igreja! E amem o Esposo!" (Santo Agostinho).

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

O Papa: O fogo de Cristo dá luz e calor à Igreja que navega em meio de tempestades


Vaticano, 12 Out. 12 / 12:44 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Bento XVI disse na noite de ontem ao sair do balcão do seu estudio em frente à praça de São Pedro que o fogo de Cristo, que hoje vive, não é um fogo destruidor, mas uma chama que dá luz e calor, que transforma a Igreja que navega "em meio de tempestades".

Assim assinalou o Santo Padre aos numerosos participantes da procissão de tochas organizada pela Ação Católica Italiana, em colaboração com a diocese de Roma, por motivo da abertura do Ano da Fé e do 50º aniversário do início do Concílio Vaticano II.

"Boa noite a todos e obrigado por ter vindo. Há cinqüenta anos, neste mesmo dia, eu também estava nesta praça, olhando a esta janela na que apareceu o Papa bondoso, o Beato João XXIII, que pronunciou palavras inesquecíveis, palavras cheias de poesia, de bondade, palavras que saíam do coração", saudou o Santo Padre.

Bento XVI recordou logo que "fomos felizes e estávamos cheios de entusiasmo. O grande Concílio ecumênico havia sido inaugurado; estávamos seguros de que chegava uma primavera para a Igreja, um novo Pentecostes, com uma presença nova e forte da graça libertadora do Evangelho".

"Hoje também somos felizes, temos a alegria em nosso coração, mas poderíamos dizer que é uma alegria, possivelmente, mais sóbria, uma alegria humilde. Nestes cinqüenta anos aprendemos e experimentamos que o pecado original existe e se traduz, sempre de novo, em pecados pessoais, que podem transformar-se em estruturas do pecado".

O Papa reconheceu logo que "vimos que no campo do Senhor também há sempre joio. Vimos que na rede de Pedro também há peixes podres".

"Vimos que a fragilidade humana também está presente na Igreja, que a barca da Igreja também navega com ventos contrários, em meio de tempestades que a espreitam e, às vezes, pensamos: ‘o Senhor dorme e se esqueceu de nós’".

"Esta é uma parte das experiências destes cinqüenta anos, mas também tivemos uma experiência nova da presença do Senhor, de sua bondade, de sua força. O fogo do Espírito Santo, o fogo de Cristo não é um fogo devorador ou destruidor; é um fogo silencioso, é uma pequena chama de bondade e verdade que transforma, que dá luz e calor".

O Santo Padre expressou também que "o Senhor não se esquece de nós. Hoje também, à sua maneira, de forma humilde, o Senhor está presente e esquenta os corações, mostra vida, cria carismas de bondade e de caridade que iluminam o mundo e são para nós garantia da bondade de Deus".

"Sim, Cristo vive, está conosco também hoje, e podemos ser felizes também agora porque sua bondade não se apaga. Hoje ele também é forte!".

"Ao final, atrevo-me a fazer minhas as palavras inesquecíveis do papa João: ‘Vão às suas casas, dêem um beijo nas crianças e digam que é um beijo do Papa’", concluiu.

11 de out. de 2012

Padre é ameaçado por politicos em Trindade.


* Nobel de Medicina reforça posição católica sobre células-tronco.

Agência Ecclesia

O presidente emérito da Academia Pontifícia para a Vida, órgão do Vaticano, Cardeal Elio Sgreccia, disse nesta segunda-feira, 8, que a atribuição do Nobel da Medicina 2012 a cientistas que reprogramaram células maduras para se tornarem estaminais (células-tronco) reforça a posição católica contra a destruição de embriões.“As células-tronco adultas deram por primeiro – e sempre mais significativamente – o seu resultado. Em relação às células-tronco embrionárias permanece, ao contrário, a grave prescrição ética, porque deve passar através do assassinato do embrião para se chegar à retirada dessas células. Além disso, não se obteve ainda nenhum sucesso, enquanto se insiste, por parte de muitos centros nacionais e internacionais, no financiamento e investimento de dinheiro que poderia ser utilizado em lugares onde esse poderia dar fruto.
Portanto, o emprego e o aperfeiçoamento da aplicação das células-tronco adultas pluripotentes que já demonstraram sua eficácia”, referiu à Rádio Vaticano o cardeal Elio Sgreccia, especialista em bioética e presidente da Fundação “Ut vitam habeant” (Para que tenham vida, em português).O prêmio Nobel de Medicina 2012 foi atribuído conjuntamente a John B. Gurdon e Shinya Yamanaka “pela descoberta de que as células maduras podem ser reprogramadas para se tornarem pluripotentes”, anunciou o Comitê Nobel. Segundo se explica no comunicado em que anuncia os nomes dos laureados, o Instituto Karolinska decidiu distinguir dois cientistas que descobriram que células maduras e especializadas podem ser reprogramadas para se tornarem células estaminais, capazes de formarem qualquer tecido do corpo.
“A sua descoberta revolucionou a nossa compreensão de como as células e os organismos se desenvolvem”, acrescenta a nota oficial.
O cardeal Sgreccia espera que esta distinção possa permitir um maior investimento no “aperfeiçoamento da aplicação das células estaminais adultas pluripotentes, que já demonstraram a sua validade”, em particular para a medicina regenerativa.

Estranha insistência ante o fracasso de um mito

Deve-se notar que não existe diferença qualitativa entre clonar um embrião com fins terapêuticos ou fazê-lo com fins reprodutivos, isto é, produzir um clone humano completo.(3) A revisão da literatura científica sobre as pesquisas com CTEH com fins terapêuticos mostra que os resultados têm sido repetidos fracassos. Isso se deve a várias razões.

A primeira é que elas provocam reação imunológica e conseqüente rejeição no corpo do paciente, devido a estar nelas contida toda a fórmula genética do embrião de onde foram extraídas, o qual era um ser humano distinto do paciente.

O segundo grande obstáculo é que elas têm uma forte tendência a produzir tumores cancerosos, ao invés de células sadias. “Na China, por exemplo, foi levada a cabo uma experiência com CTEH tomadas de ratos, que foram injetadas em determinada região do cérebro de um paciente que sofria do mal de Parkinson. Os resultados foram horríveis. As células embrionárias começaram a crescer descontroladamente e se transformaram num teratoma, um dos mais primitivos e malignos tumores que se conhecem.Na autópsia da vítima, encontraram-se pedaços de pelos, ossos e pele no lugar onde fora feita a injeção das CTEH”.(4)


Com relação à “clonagem terapêutica”, os resultados têm sido igualmente negativos. Um dos muitos inconvenientes desta técnica é apontado pela Dra. Alice Teixeira Ferreira, da Unifesp: “Na clonagem terapêutica se produzem embriões com o genoma do paciente, a fim de se obter células-tronco cujo transplante não seja rejeitado. Mas se a doença do paciente é genética, as células portarão o mesmo defeito”.(5)


* * *
Reconhecimento de fracassos em investigação com células-tronco embrionárias
Dr. James Thomson WASHINGTON, 27-6-05 — Centenas de cientistas que apóiam a investigação de células-tronco embrionárias se reúnem nesses dias na Califórnia, para discutir o estado atual do controvertido campo de estudo. Na entrevista, admitem que não progrediram muito e estão perdendo milhões, ao tratar de aperfeiçoar seus polêmicos experimentos. Como informa LifeNews.com, o Presidente da Celgene, Alan Lewis, declarou à Associated Press (AP) que “muitas das tecnologias que mostramos ao público ainda não dão resultado”. Por sua parte, James Thomson, o biólogo de Wisconsin que foi o primeiro a isolar células-tronco embrionárias, também admite que seus méritos foram exagerados. Thomson assinalou também que a tecnologia tem ainda um longo caminho a percorrer, e admitiu que as células-tronco embrionárias ainda não se utilizam em testes clínicos com seres humanos. “Espero que existam algumas aplicações para esta tecnologia nos transplantes, mas vão ser muito complicadas. Isto foi tão divulgado pela imprensa, que as pessoas acreditam que o sucesso se alcançará logo”. Segundo Thomson, as curas que possam provir deste tipo de células só ocorreriam dentro de “10 ou 20 anos, contando a partir de agora”. (“Agência ACI”, 27-6-05).



Histórico da pesquisa com células embrionárias humanas


Por Alice Teixeira Ferreira *

James Thomson relata que, frente aos resultados que obteve com células embrionárias (CE) de macaco, procurou reproduzi-los com CE humanas, que obteve de embriões humanos de clínicas de reprodução assistida. Como havia necessidade de matar embriões humanos para obter estas células e isto causaria má impressão no meio acadêmico e no público em geral, ele consultou um bioeticista. Queria saber o que fazer para conseguir publicar seu trabalho. O “bioeticista” utilitarista sugeriu que Thomson desse uma utilidade a tal experimento. Thomson propôs um objetivo “humanitário”: curar dibetes, doença de Parkinson e Alzheimer. Tratava-se de salvar vidas com o transplante das CE humanas. Fato que não ocorreu até hoje, pois as CE humanas transplantadas são rejeitadas por incompatibilidade imunológica ou dão tumores, os teratomas.

Quando começaram a sair os bons resultados com o autotransplante de células tronco adultas(CTAs) obtidas da medula óssea(MO) do próprio paciente, como foi o caso dos 14 pacientes enfartados, tirados da fila de transplante, tratados com CTAs extraídas de suas MO pelo Dr. Radovan Borojevic e Dr. Hans Doham, dos quais estão vivos 13 até hoje, começou-se a dizer que as CE eram melhores porque eram pluripotentes. As CEs poderiam se transformar em qualquer tecido, mas de acordo com McGuckin tal fato não foi demonstrado até hoje por problema metodológico: não existe uma tecnologia que permita distinguir todos os tipos de células do organismo humano.

No entanto, a possibilidade de curar doenças degenerativas com CE humanas foi aceita com entusiasmo, pois “parece que se gosta de estórias da carochinha”, de acordo com Dr. Weiss. Desta maneira se propagou entre médicos, alguns pesquisadores e entre não cientistas: os jornalistas e os políticos, a ideologia da cura com CE humanas.

As conseqüências da fé em tão falso paradigma foram:

1) Thomson e sua Universidade de Wiscosin(UW) conseguiram a patente da cultura das CEs humanas. Quando foi aproada a verba de 3 bilhões de dólares na Califórnia para se pesquisar as CEs humanas a UW exigiu que lhe fosse dado 25% deste valor.

2) Algumas firmas de biotecnologia resolveram apostar nas CEs humanas. Por exemplo a Geron Corpoaration que vendeu milhares de ações à comunidade judia de Nova York. Atualmente a StemGen e a Advanced Cell Technology estão tentando sobreviver, clonando animais e mesmo seres humanos.

3) Como se trata de eliminar embriões humanos as fundações abortistas como Rockfeller, Ford, McArthur vem financiando estes projetos de pesquisa que envolve a morte de embriões. Investe nas revistas Nature, Science e New England Journal of Medicine (NEJM), que continuamente publicam noticias e artigos falsos da Advanced Cell Technology e outras. Por exemplo, o caso escandaloso do coreano Hwang onde a NEJM não se retratou até hoje dos elogios que fez a estes trabalhos falsos.

4) A mídia anuncia os sucessos das pesquisas com CTAs referindo como CTs simplesmente, querendo que seja assumido que são CEs. Interessante que tem um deputado candidato a reeleição que afirma categoricamente a favor das pesquisas com CTs. Afinal também somos, mas não com as CEs humanas!

A mídia brasileira atualmente está muda relativo aos resultados com CTAs. Não divulgou que Jaenish conseguiu curar anemia falciforme em camundongos, com células iPSC, das quais retirou o oncogene c-Myc. Não deu noticia da visita de Dr. Paul Sanberg, autoridade mundial em CTAs. Tem 25 patentes de tratamento de doença de Parkinson e Alzheimer com autotransplante de CTAs de MO e com CTAs de sangue de cordão umbilical.

A falácia das CEs humanas terminou com os resultados do Dr. Shynia Yamanaka que conseguiu transformar células adultas da pele humana em células com características embrionárias, as iPSC. Os pesquisadores que estavam envolvidos com CEs humanas já mudaram para CTAs e iPSC. É o caso do próprio Thomson, de Wilmut e Jaenisch.

5) Com as pesquisas com CEs humanas, que para serem obtidas é necessário matar embriões humanos, foi retirado o status moral do embrião humano. Com isto a Igreja se viu na obrigação de defender esta pessoa humana no seu estado desenvolvimento em que se encontra mais vulnerável, mais indefesa. Esta posição firme levou os defensores de tais pesquisas com CEs humanas a questionarem fatos como o inicio da vida humana, com propostas absurdas e inverdades. Em resumo, desumanizaram o embrião humano. Passaram a atacar a Igreja com argumentos já usados pelos abortistas. Atacam a religião de um modo geral, pois agora não é só a Igreja que defende a dignidade do embrião humano, mas a religião e afirmam que existe um confronto entre ciência versus religião. O que não é verdade, mas é uma tentativa de desqualificar a defesa do embrião humano por qualquer credo.Usam de chavões, todos importados dos EUA, onde todo embate se iniciou:

1) Queremos salvar vidas.

2) Só com CEs humanas poderemos ter cura de doenças incuráveis.

3) Vamos ter de pagar royalties(quem não entende do assunto até acredita).

4) O SUS vai ter de pagar tratamento no exterior.

5) A Igreja é retrógrada, quer atrasar o desenvolvimento científico.

Tenho dito,

ROMA 20 de fevereiro de 2008 DOMUS AURELIA


*Formada em Medicina, pela Escola Paulista de Medicina, em 1967.
Doutora em Biologia Molecular pela Escola Paulista de Medicina em 1971.
Pós-Doutorado na Research Division of Cleveland Clinic Foundation, Cleveland, Ohio, Estados Unidos em 1972.

Livre Docente em Biofísica, pela Universidade Federal de São Paulo-EPM em 1996.

10 de out. de 2012

Vídeo Homilia do XXVIII Domingo do Tempo Comum Ano B


Neste Domingo meditaremos o Evangelho de Mc 10,17-30, Que nos apresenta um jovem decidido e desejoso de seguir Jesus, mas não compromeito com Jesus, porque está disoposto a seguí-lo até um certo ponto... Jesus o chama a dar um passo a mais.... Caso não abiri o vídeo clique no link: http://pt.gloria.tv/?media=344629

Padre Juarez, da Arquidiocese de São Paulo mais uma vez TRAI A SANTA IGREJA, e as uniões homossexuais: “O último Código Canônico diz que a maior lei será sempre o amor”.


Pusilanimidade e bom-mocismo a serviço da destruição do ensinamento católico sobre a sexualidade humana.
Padre Juarez em programa da TV Globo.
Padre Juarez em programa da TV Globo.
Na última quinta-feira, 4, o Padre Juarez de Castro, Secretário-Geral do Vicariato da Comunicação da Arquidiocese de São Paulo (leia atualização abaixo), conhecido por suas participações em shows e programas, entre outros, da Rede Vida, TV Século XXI e Gazeta, participou do quadro “Vai ter que rebolar” do imoralíssimo programa  “Amor e Sexo”, da Rede Globo. Em um dos quadros, um ator convidado, Alexandre Borges, após rodar uma roleta de opções (homossexual, transexual, travesti e etc.), teve que decidir como agiria nas situações propostas, sendo, em seguida, avaliado por quatro representantes de diferentes religiões (um monge budista, um babalorixá, um padre católico e um pastor protestante).
Ao comando da apresentadora, o ator encenou o papel de um homossexual “casado” com um homem há 12 anos, afastado da prática religiosa, mas que ainda conservaria a fé (sic) e que estava adotando um menino junto com seu parceiro. Ao chegar à idade de 6 anos, o menino indaga ao pai adotivo se “Papai do Céu aprovava que ele tivesse dois pais, e não um pai e uma mãe como todo mundo”, e recebe a seguinte explicação do personagem: “Eu falaria para ele que a realidade dele é essa — são dois homens, Deus aprovando ou não. E que ele tem muito amor, que é uma união de dois homens que se gostam, que se amam, e que era um sonho criá-lo, e que nunca se esqueça que esses dois homens fizeram o papel de pai e mãe, mãe e pai, cada um no seu instinto, cada um pedindo ajuda, pedindo conselhos, mas que a realidade dele é essa, independente de religião”.
Então, o tema foi comentado e debatido pelos quatro religiosos, que se posicionaram em relação ao tema de adoção de crianças por pares homossexuais dando nota máxima à resposta do ator.
Precedido do monge Lama Rinchen e do pastor Marcos Amaral, que comentou que “apesar dos nossos dogmas, a igreja não pode se fechar. Uma coisa é a nossa visão confessional e outra coisa é a nossa visão existencial. Não podemos demonizar pessoas”, Padre Juarez de Castro se pronunciou:
“Acho muito importante o que o reverendo falou e eu vou reiterar aqui o seguinte: na verdade, a Igreja propõe e propõe a partir da Bíblia que seja um homem e uma mulher, mas há uma realidade. A atitude dele é de não ser hipócrita para o seu filho. Já tem que ser muito hipócrita para a sociedade, porque a sociedade exige que a pessoa finja. E lembrar o seguinte: apesar de todas as leis que existem, com o direito canônico, eu acho muito bonito, o último código canônico diz que a maior lei será sempre o amor. O amor que ele tem para passar para os seus filhos será sempre o mais importante, embora a Igreja, a minha Igreja, a sua igreja, algumas igrejas vão ver sempre o casamento entre um homem e uma mulher e uma família de um homem e uma mulher, isso não pode tirar de maneira alguma a possibilidade dessa criança, dessa família (sic) ser feliz. Seja o que ele fez, vai explicar para o filho e vai fazer com que esse filho cresça no mundo sem intolerância, cresça no mundo onde ele possa aceitar as diferenças e cresça no mundo principalmente sendo amado para que ele possa amar as pessoas”.
Cremos que a própria participação de um sacerdote que se preze em um programa de TV dessa categoria já seria, em si, um escândalo para os fiéis e um aval à utilidade dos temas e abordagens que ali se apresentam. Porém, espezinhar a verdade ensinada pela Igreja Católica sobre a moral sexual, a castidade e o matrimônio, em nome do politicamente correto, do bom-mocismo e de uma falsa concepção do amor, no mínimo tem um nome: apostasia.
Reverendíssimo Padre Juarez de Castro, a Igreja Católica sempre nos ensinou que as relações homossexuais constituem pecado grave, e que este tem consequências eternas para a alma se não for devidamente repelido, em espírito de profundo arrependimento, antes da morte. Denunciar as uniões de pessoas do mesmo sexo por serem intrinsecamente desordenadas e, portanto, pecado grave, não significa hipocrisia, mas constitui, antes, o papel de um verdadeiro sacerdote, de um padre que quer cuidar da sua própria alma e das almas dos fiéis sob seus cuidados. A Fé Católica não se baseia “na realidade da sociedade”, mas sim nos mandamentos da Lei de Deus, expressos na Bíblia e na Tradição, e mais precisamente elucidados pelo Magistério da Igreja.
“É imperativo da consciência moral dar, em todas as ocasiões, testemunho da verdade moral integral, contra a qual se opõem tanto a aprovação das relações homossexuais como a injusta discriminação para com as pessoas homossexuais. São úteis, portanto, intervenções discretas e prudentes, cujo conteúdo poderia ser, por exemplo, o seguinte: desmascarar o uso instrumental ou ideológico que se possa fazer de dita tolerância; afirmar com clareza o carácter imoral desse tipo de união; advertir o Estado para a necessidade de conter o fenómeno dentro de limites que não ponham em perigo o tecido da moral pública e que, sobretudo, não exponham as jovens gerações a uma visão errada da sexualidade e do matrimónio, que os privaria das defesas necessárias e, ao mesmo tempo, contribuiria para difundir o próprio fenómeno. Àqueles que, em nome dessa tolerância, entendessem chegar à legitimação de específicos direitos para as pessoas homossexuais conviventes, há que lembrar que a tolerância do mal é muito diferente da aprovação ou legalização do mal. Em presença do reconhecimento legal das uniões homossexuais ou da equiparação legal das mesmas ao matrimónio, com acesso aos direitos próprios deste último, é um dever opor-se-lhe de modo claro e incisivo [...] Como a experiência confirma, a falta da bipolaridade sexual cria obstáculos ao desenvolvimento normal das crianças eventualmente inseridas no interior dessas uniões. Falta-lhes, de facto, a experiência da maternidade ou paternidade. Inserir crianças nas uniões homossexuais através da adopção significa, na realidade, praticar a violência sobre essas crianças, no sentido que se aproveita do seu estado de fraqueza para introduzi-las em ambientes que não favorecem o seu pleno desenvolvimento humano. Não há dúvida que uma tal prática seria gravemente imoral“.
Por fim, fazemos um pedido a Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo: o senhor neste momento participa do Sínodo dos Bispos que pretende implementar a “Nova Evangelização” nos países outrora católicos. O dever primário dos bispos é vigiar a difusão da Fé e da Moral íntegras; quando estas são vilipendiadas por um sacerdote, particularmente quando todos o identificam como porta-voz (ao menos oficioso — leia atualização abaixo) da Arquidiocese de São Paulo, impõe-se ainda mais a necessidade de medidas sérias e urgentes. Os fiéis clamam, Eminência: faça algo, tome alguma providência!
A participação do Padre Juarez no programa pode ser vista aqui. Pedimos a nossos leitores que contatem, respeitosamente, Dom Odilo por e-mail ou Twitter.
[Atualização - 9 de outubro de 2012, às 17:05] Com a falta de informação segura acerca do cargo supostamente ocupado pelo Padre Juarez (em alguns lugares — aqui  e aqui — há a informação de que ele ocupa o cargo de Secretário Geral do Vicariato da Comunicação da Arquidiocese de São Paulo, mas não no site oficial da Arquidiocese), decidimos excluir esta informação até que haja confirmação.

8 de out. de 2012

Afinal, Porque a Igreja não aceita o casamento CIVIL homossexual?

NFrança, anuncia-se uma feroz batalha entre a Igreja Católica de um lado e o governo e as associações homossexuais de outro, acerca do casamento gay. É hora de decifrar as intervenções quase cotidianas dos bispos. Onde a história, a antropologia e o símbolo têm a sua importância.
Henri Tincq, publicada no sítio Slate.fr. Tradução é de Moisés Sbardelotto.

O projeto de lei para o casamento homossexual na França ainda não é oficialmente conhecido – a revista La Viepublicou o projeto preliminar que deverá ser apresentado ao Conselho de Ministros no dia 31 de outubro –, mas a Igreja Católica, à qual estão unidas as Igrejas protestantes, os consistórios judeus e o Conselho Geral do culto muçulmana, já faz sentir todo o seu peso na batalha.

Não passa um dia sem que um bispo adverta o legislador contra uma ruptura da prática tradicional de casamento, peça com força uma consulta nacional, ou até mesmo um referendo, alerte a opinião pública, como recentemente fez o cardealPhilippe Barbarin, arcebispo de Lyon, contra eventuais desvios: se surgem referências antropológicas fundamentais como o casamento entre um homem e uma mulher, outros “pedidos incríveis” serão apresentados, como a supressão da proibição do incesto ou da poligamia!

Tratar com desdém ou desprezo, como se faz em algumas partes, esses fortes posicionamentos dos bispos significa fechar os olhos. São posicionamentos que lembram a batalha sobre a escola dos anos 80 ou a dos PaCS [Pacto Civil de Solidariedade] dos anos 1990.
Não se pode ignorar a leitura que os “adversários” propõe a um projeto que corre o risco de modificar substancialmente as regras e o perfil da sociedade francesa.

Resumiremos a seguir os seus argumentos.

Mas, antes, é preciso pôr fim à retórica que culpa a Igreja de fazer apenas disputas de bar e que isola bispos nas sacristias. Que se ocupem exclusivamente do matrimônio religioso! Por que se envolvem no campo do casamento civil? É uma velha pendenga. “Cuide dos assuntos de vocês!”, já dizia aos bispos em 1973 no jornal Le Figaro o almirante Joybert, quando os bispos haviam criticado as armas nucleares franceses: “O assunto de vocês é ensinar a fé e difundir a caridade. Limitem-se a isso”.

Hoje, muitas vezes, são as mesmas pessoas que contestam o direito dos bispos de se expressar sobre o casamento homossexual e que aplaudem quando tomam posição em favor dos membros da comunidade Rom, dos imigrantes sem permissão de permanência ou os sem-teto.


A Igreja não tem complexos com relação ao mundo político, nem medo de se confrontar com ele. Ontem, ela estava imersa na batalha da escola; hoje, interpela os homens políticos, os médicos e os biólogos sobre os problemas da bioética, prega pela dignidade dos mais fracos e dos mais pobres. O bispo tem a ver com os debates da sociedade civil e da elite intelectual.

Guardião da fé, testemunha do evangelho, ele quer lembrar o que isso exige.
Ele tem uma visão do ser humano, da sociedade e do viver juntos, sente-se responsável pela evolução das ideias, dos costumes, da decisão política. Mesmo tendo mudado nas formas, o “sagrado” não desapareceu com a secularização da nação. Ele faz parte das relações sociais, do patrimônio simbólico, da memória histórica.

Relações sociais, história, patrimônio simbólico: estamos no centro do debate sobre o casamento e sobre a homoparentalidade. Do ponto de vista dos religiosos citados, são três os problemas que estão na base desse debate:
  1. Até que ponto deve chegar o reconhecimento da homossexualidade?
  2. O casamento é um contrato amigável ou uma instituição estruturante?
  3. O princípio da igualdade autoriza todas as formas de vida comum?
Aqui estão as respostas que indicam a substância do veto católico.

1. A reivindicação em favor do casamento gay defende a vontade das pessoas homossexuais de serem reconhecidas plenamente na sociedade. A homossexualidade deve ser admitida como uma forma de sexualidade entre outras. Mas, para a Igreja, que condena a homossexualidade, mas diz respeitar as pessoas homossexuais, o problema é saber como e até que ponto essa “normalidade” homossexual pode ser exercida socialmente. A partir de que tipo de sexualidade a sociedade se organiza?

Todas as sociedades se organizaram em torno do casamento entre um homem e uma mulher, porque são os únicos que podem significar a alteridade sexual de que necessitam as relações sociais. Em outras palavras, todas as sociedades se fundaram sobre a diferença, estruturante, dos sexos. Pode-se arriscar, pergunta a Igreja, a renúncia a essa herança, a um sistema que levou séculos para ser elaborado e aperfeiçoado em favor de uma aliança entre um homem e uma mulher?

2. Sem dúvida, essa aliança está em perigo. O casal “sentimental” (como diz Tony Anatrella, psicanalista católico e bom conhecedor desses temas) – concubinato, famílias monoparentais, famílias de duas pessoas do mesmo sexo PaCS – se impõe com o tempo. E se impõe às custas do casal baseado em uma aliança entre um homem e uma mulher.

O casamento parece ser hoje um reconhecimento social de sentimentos, ao invés da expressão do compromisso irrevogável entre um homem e uma mulher. Nessas condições, qualquer um poderia se casar com qualquer um e pela duração que quiser. Alguém pode se designar como pai ou mãe de uma criança, dissociando a parentalidade da fertilidade do ato sexual.

A Igreja se preocupa com essa “desestruturação” do casamento, uma desestruturação que, segundo ela, a legalização do casamento homossexual vai ajudar a agravar.
Para ela, a natureza do casamento não se reduz a um reconhecimento social dos sentimentos. Não é um contrato amigável. É uma instituição (sacralizada?) em que um homem e uma mulher inscrevem o seu projeto conjugal, a sua intenção de procriar e de assegurar uma filiação, uma continuidade familiar e uma relação entre as gerações. Duas pessoas do mesmo sexo não correspondem a essas características objetivas do casamento. A filiação e a intergeracionalidade se detêm diante da sua “monossexualidade”.

3. Pode-se dizer que o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a homoparentalidade contribuem para a igualdade de direitos e para a luta contra toda discriminação. Mais uma vez, o argumento parece indiscutível. Mas, para a Igreja, o fato de sermos todos iguais perante a lei não significa que todas as situações de vida e de casal sejam iguais e se equivalham.

O princípio da igualdade – o casamento para todos – não pode abrir a porta para todas as demandas. Se for autorizado o casamento homossexual, pergunta um bispo como o cardeal Barbarin, como se proibirão, amanhã, modelos como as “uniões de mais pessoas”, o “poliamor”, a poligamia?

Da mesma forma, pode-se, em nome da igualdade, autorizar o casamento homossexual e proibir que os casais homossexuais tenham acesso à reprodução medicamente assistida?

Nem todas as uniões “afetivas” são da mesma natureza.
E, de acordo com a Igreja, nem todas podem, ou devem, se inscrever no casamento: a história, a antropologia impõem que o casamento continue sendo um direito unicamente reservado aos casais compostos por um homem e uma mulher, pois corresponde desse modo à aliança dos sexos e porque não se pode instrumentalizar o casamento para “normalizar” a homossexualidade.

Para terminar, não há nada de discriminatório, segundo os católicos, em defender que o casamento, assim como a concepção e a adoção de crianças, só possa ser definido a partir de um homem e de uma mulher.

A Igreja acrescentará que a criança não é um direito. O seu direito e o seu interesse superior exigem que ela seja concebida, acolhida e educada por um homem e uma mulher, um pai e uma mãe, que vivem a sua sexualidade nessa coerência.
Ela afirma que quer que se inicie um amplo debate nacional, contraditório, sobre esses três pontos. É um sonho imaginar que ela será ouvida?

4 de out. de 2012

É bom fazer promessas?


As promessas não obrigam Deus a nos dar o que Ele não quer
As pessoas perguntam: O que a Igreja diz sobre as promessas? A Igreja as aprova quando realizadas adequadamente. Os santos faziam promessas. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que: “Em várias circunstâncias o cristão é convidado a fazer promessas a Deus… Por devoção pessoal o cristão pode também prometer a Deus este ou aquele ato, oração, esmola, peregrinação, etc. A fidelidade às promessas feitas a Deus é uma manifestação do respeito devido à majestade divina e do amor para com o Deus fiel” (CIC § 2101).
Há passagens bíblicas que contêm promessas. Jacó faz uma promessa a Deus: “Jacó fez então este voto: “Se Deus for comigo, se ele me guardar durante esta viagem que empreendi, e me der pão para comer e roupa para vestir, e me fizer voltar em paz casa paterna, então o Senhor será o meu Deus. Esta pedra da qual fiz uma estela será uma casa de Deus, e pagarei o dízimo de tudo o que me derdes” (Gn 28,20-22).Ana, a mãe do profeta Samuel, fez um voto: “E fez um voto, dizendo: Senhor dos exércitos, se vos dignardes olhar para a aflição de vossa serva, e vos lembrardes de mim; se não vos esquecerdes de vossa escrava e lhe derdes um filho varão, eu o consagrarei ao Senhor durante todos os dias de sua vida, e a navalha não passará pela sua cabeça” (1Sm 1,11).
Alguns salmos exprimem os votos ou as promessas dos orantes de Israel (Sl 65, 66, 116; Jn 2,3-9). “Se oferecerdes ao Senhor alguma oferenda de combustão, holocausto ou sacrifício, em cumprimento de um voto especial ou como oferta espontânea…” (Nm 15,3).
“Se uma mulher fizer um voto ao Senhor ou se impuser uma obrigação na casa de seu pai, durante a sua juventude, os seus votos serão válidos, sejam eles quais forem. Se o pai tiver conhecimento do voto ou da obrigação que se impôs a si mesma será válida. Mas, se o pai os desaprovar, no dia em que deles tiver conhecimento, todos os seus votos… ficarão sem valor algum. O Senhor perdoar-lhe-á, porque seu pai se opôs” (Nm 30,4-6).
No entanto, havia a séria recomendação para que se cumprisse o voto ou a promessa feita. “Mais vale não fazer voto, que prometer e não ser fiel à promessa” (Ecl 5,4). São Paulo quis submeter-se às obrigações do voto do nazireato: “Paulo permaneceu ali (em Corinto) ainda algum tempo. Depois se despediu dos irmãos e navegou para a Síria e com ele Priscila e Áquila. Antes, porém, cortara o cabelo em Cêncris, porque terminara um voto” (At 18,18).
“Disseram os judeus a Paulo: “Temos aqui quatro homens que fizeram um voto… Purificar-te com eles, e encarrega-te das despesas para que possam mandar rapar a cabeça. Assim todos saberão que são falsas as notícias a teu respeito, e que te comportas como observante da Lei” (At 21, 23s). É certo que as promessas não obrigam Deus a nos dar o que Ele não quer dar, pois sabe o que é melhor para nós, mas estas podem obter do Senhor, muitas vezes através da intercessão dos santos, graças de que necessitamos. Jesus mandou pedir e com insistência.

As promessas nada têm de mágico ou de mecânico, nem podem ser um “comércio” com Deus; pois não se destinam a “dobrar a vontade do Senhor. Às vezes os fiéis prometem até coisas que não conseguem cumprir por falta de condições físicas, psíquicas ou financeiras, e ficam com medo de um castigo de Deus Pai. Pior ainda quando alguém faz uma promessa para que outro a cumpra, sem o seu consentimento. Os pais não devem fazer promessas para os filhos cumprirem.

Ao determinar que nos daria as graças necessárias nesta vida, o Todo-poderoso quis incluir no Seu desígnio a nossa colaboração mediante a oração, o sacrifício, a caridade, etc. Deus quer dar levando em conta as orações que Lhe fazemos. Sob esta ótica, as promessas têm valor para Deus e para nós orantes, pois alimentam em nós o fervor; estimulam nossa devoção; exercitam em nosso coração o amor a Deus; e isso é valioso. Uma promessa bem feita pode nos abrir mais à misericórdia do Senhor.
Quando não se puder cumprir uma promessa feita a Deus, procure um sacerdote e peça-lhe que troque a matéria da promessa. Essa solução está de acordo com os textos bíblicos que preveem a possibilidade da mudança dos votos (ou promessas) por parte dos sacerdotes: “Se aquele que fizer um voto não puder pagar a avaliação, apresentará a pessoa diante do sacerdote e este fixá-la-á; o valor será fixado pelo sacerdote de acordo com os meios de quem fizer voto” (Lv 27, 8; cf. Lv 27,13s.18.23).

Procure prometer práticas não somente razoáveis, mas também úteis à santificação do próprio sujeito ou ao bem do próximo. Quanto aos ex-votos (cabeças, braços, pernas… de cera), que se oferecem em determinados santuários, diz Dom Estevão Bettencout que “podem ter seu significado, pois contribuem para testemunhar a misericórdia de Deus derramada sobre as pessoas agraciadas; assim levarão o povo de Deus a glorificar o Senhor; mas é preciso que as pessoas agraciadas saibam por que oferecem tais objetos de cera, e não o façam por rotina ou de maneira inconsciente” (PR, Nº 262 – Ano 1982 – Pág. 202).
Entre as melhores promessas estão as três clássicas que o próprio Jesus propôs: a oração, a esmola e o jejum (cf. Mt 6,1-18). A Santa Missa é o centro e o alimento por excelência da vida cristã. A esmola “encobre uma multidão dos pecados” (cf. 1Pd 4,8; Tg 5,20; Pr 10,12); o jejum e a mortificação purificam e libertam das paixões o ser humano. Jesus disse que certos males só podem ser eliminados pelo jejum e pela oração. Se a prática das promessas levar o cristão ao exercício dessas boas obras, então é salutar. As promessas nada têm a ver com as “obrigações” dos cultos afro-brasileiros, mas são expressões do amor filial dos cristãos a Deus.

Mergulhar nas palavras da Igreja a partir da oração, exorta Bento XVI






VATICANO, 03 Out. 12 / 02:08 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Bento XVI assinalou esta manhã que ao participar da oração da liturgia fazendo nossa a linguagem da mãe Igreja, aprendendo a falar nela e para ela. (...) Isto, explicou o Pontífice, acontece de modo gradual, pouco a pouco. “Preciso mergulhar progressivamente nas palavras da Igreja, com a minha oração, com a minha vida, com o meu sofrimento, com a minha alegria, com o meu pensamento”, afirmou. “É um caminho que nos transforma", frisou ainda o Papa na sua catequese desta quarta-feira sobre a oração litúrgica.

 Seguindo a síntese em português da alocução de hoje, o Papa disse que "orar é estar habitualmente na presença de Deus, viver a relação com Ele à semelhança das relações que temos com os nossos familiares e pessoas que nos são caras. Por meio da oração entramos numa relação viva de filhos de Deus com o Pai, por meio de Jesus Cristo, no Espírito Santo. Neste sentido, não podemos esquecer que a Igreja é o único lugar onde podemos encontrar a Cristo como Pessoa vivente, sobretudo nas celebrações litúrgicas". A liturgia, precisou Bento XVI "ao fazer presente e atual o Mistério pascal de Cristo, faz com que Deus entre na nossa realidade, permitindo-nos encontrá-Lo e, por assim dizer, tocá-lo".

 O Papa recordou que a oração é na liturgia “aprendemos a fazer nossas as palavras que a Igreja dirige ao seu Senhor e Esposo, o que nos leva a compreender que a oração tem uma dimensão coletiva: não podemos nunca rezar a Deus de um modo individualista. Por isso a liturgia deve ser fiel às formas da Igreja Universal, não podendo ser modificada pelos indivíduos, sejam sacerdotes ou leigos, pois mesmo na celebração litúrgica da menor das comunidades, a Igreja inteira está presente".
 Segundo a nota da Rádio Vaticano em português de hoje, o Papa respondeu à questão apresentada no início de sua catequese: Como aprender a rezar? E Respondeu: “Dirigindo-me a Deus como Pai, rezando com a Igreja, aceitando o dom de suas palavras que pouco a pouco se tornam familiares e adquirem sentido. O diálogo que Deus estabelece conosco inclui sempre o ‘com’; não se pode rezar a Deus de modo individualista porque não lhe falamos como indivíduos, mas como Igreja que reza; entramos na grande comunidade na qual o próprio Deus nos nutre”.

 “Caros amigos, a Igreja torna-se visível de vários modos: na ação caritativa, nos projetos de missão, no apostolado pessoal que cada cristão deve realizar no próprio ambiente. No entanto, o lugar no qual a igreja é experimentada plenamente é na liturgia”, sublinhou o Papa Bento. “Por isso, quando nas reflexões sobre liturgia nós centramos a nossa atenção somente sobre como torná-la atraente, interessante, bonita, corremos o risco de esquecer o essencial: a liturgia se celebra por Deus e não por nós mesmos; é obra sua; é Ele o sujeito; e nós devemos nos abrir a Ele e nos deixar guiar por Ele e pelo seu Corpo que é a Igreja”, destacou.

 “Peçamos ao Senhor para aprendermos a cada dia a viver a sagrada liturgia, especialmente a Celebração Eucarística, rezando no “nós” da Igreja, que dirige o seu olhar não para si mesma, mas para Deus, e nos sentindo parte da Igreja viva de todos os lugares e todos os tempos. Obrigado”, concluiu o Santo Padre.

3 de out. de 2012

As virtudes da Santíssima Virgem


As virtudes da Santíssima Virgem

O Sagrado Magistério da Santa Igreja, no Concílio Vaticano II, apontou a Santíssima Virgem como MODELO DE VIRTUDES. O Concílio afirmou que os fiéis “continuam ainda a esforçar-se por crescer na santidade, vencendo o pecado; por isso levantam os olhos para Maria que refulge diante de toda a comunidade dos eleitos como modelo de virtudes.” (LG 65)
Na mesma, Santa Afonso de Ligório, doutor da Santa Igreja, afirma que a Santíssima Virgem é modelo não de algumas, mas de TODAS as virtudes: “Poucas particularidades registram os evangelistas, quando falam das virtudes de Maria. Entretanto, chamando-a “cheia de graças” nos fazem saber, bem claramente, que ela teve todas as virtudes em grau heróico. De modo que, diz. S. Tomás, enquanto os demais santos sobressaiam, cada um em alguma virtude particular, foi a Bem-aventurada Virgem extraordinária em todas e de todas nos foi dada como modelo.” (“Glórias de Maria”, Tratado 3)
O Catecismo da Igreja Católica se refere à perfeição da vida da Santíssima Virgem que afirma que “Maria permaneceu também pura de todo pecado pessoal ao longo da vida.” (Catecismo da Igreja Católica, 493) Ou seja: preservada do pecado original em vista dos méritos de Nosso Senhor Jesus para poder gerá-lo em Seu Ventre Imaculado (Catecismo da Igreja Católica,   490-493), Ela passou a vida inteira sem cometer um único pecado! Nela inexistia a concupiscência, ou seja, a tendência que todos temos para fazer o mal e que é consequência do pecado original (Catecismo da Igreja Católica, 415). Porém, permanecia Nela a liberdade de praticar o bem ou mal. Cabe lembrar que Lúcifer, Adão e Eva não possuíam a concupiscência, e mesmo assim pecaram; a Santíssima Virgem, não!
Se a Santíssima Virgem é para nós modelo da perfeição a qual Nosso Senhor nos chama, cabe a nós Imitá-la em suas virtudes, dentro do nosso estado de vida. Santo Afonso de Ligório fala na “imitação de suas virtudes”, como “o maior obséquio que lhe podemos ofertar.” (“Glórias de Maria”, Tratado 3, introdução)
Neste pequeno estudo, é apresentada uma compilação do que a Santa Igreja crê à respeito das principais virtudes da Santíssima Virgem, com base nas palavras do Concílio Vaticano II, de Santo Afonso Maria de Ligório, de São Luis Maria Montfort, do saudoso Papa João Paulo II, do saudoso Papa Paulo VI e de Pe. Raniero Cantalamessa (pregador da Casa Pontifícia).
•       Modelo de Fé
“Maria, durante a pregação de seu Filho, recolheu as palavras com que Ele, exaltando o reino acima das razões e vínculos de carne e do sangue, proclamou bem-aventurados os que ouvem e observam a Palavra de Deus (Mc 3,35; Lc 11,27-28), como Ela fazia fielmente (Lc 2,19 e 51). Assim, também a bem-aventurada Virgem avançou no caminho da fé, e conservou fielmente a união com seu Filho até a cruz.” (Concílio Vaticano II – Lumen Gentium 58)
“A bem-aventurada Virgem, assim como é Mãe do amor e da esperança, também é Mãe da fé. (…) O dano que Eva com sua incredulidade causou, Maria o reparou com sua fé. (…) Dando Maria seu consentimento à Encarnação do Verbo, abriu aos homens o paraíso por sua fé. (…) Por causa desta fé, proclamou-a Isabel bem-aventurada: E bem-aventurada tu, que creste, porque se cumprirão as coisas que da parte do Senhor te foram ditas” (Lc 1,45). Porque abriu seu coração à fé em Cristo, é Maria mais bem-aventurada do que por haver trazido no seio o corpo de Jesus Cristo. (…) Maria ficou firme na sua jamais abalada fé na divindade de Cristo. (…) Assim Maria – conclui S. Alberto Magno – exercitou a fé por excelência; enquanto até os discípulos vacilaram em dúvidas, ela afugentou toda e qualquer dúvida. (…) Exorta-nos S. Agostinho a vermos as coisas com olhos cristãos, isto é, à luz da fé. S. Teresa dizia que todos os pecados nasceu da falta de fé.” (Santo Afonso de Ligório, em “Glórias de Maria”,  Tratado 3, IV)
“Maria precedeu-nos na via da fé: crendo na mensagem do anjo, Ela é a primeira a acolher, e de modo perfeito, o Mistério da Encarnação.” (Papa João Paulo II, em sua catequese de 25/11/1995)
“Também Maria fez uma pergunta ao anjo: “Como será isso, se não conheço nenhum homem?” (Lc 1,34), mas com uma atitude bem diferente da atitude de Zacarias. Ela não pede uma explicação para entender, mas para saber como executar o plano de Deus. Quer saber como deve portar-se, como deve fazer, pois ainda não conhece homem. Desta maneira, ela nos mostra que, em alguns casos, não é lícito querer entender a todo custo a vontade de Deus, ou o porquê de algumas situações aparentemente absurdas; é porém lícito pedir a Deus a luz e a ajuda para cumprir essa vontade. (…) O Concílio Vaticano II fez-nos um grande Dom ao afirmar que também Maria caminhou pela fé, aliás, “avançou em peregrinação de fé”, isto é, cresceu e aperfeiçoou-se nela. (…) A fé, juntamente com sua irmã, a esperança, é a única coisa que não começa com Cristo, mas com a Igreja, e por isso, com Maria, que é seu primeiro membro na ordem do tempo e da importância. O Novo Testamento nunca atribui a Jesus a fé (…). A fé é um relacionamento entre Deus e o homem, como de pessoa para pessoa; mas Jesus é Deus e homem na mesma pessoa; como poderia, pois, haver nele a fé? Ele é a pessoa mesma do Verbo que não pode relacionar-se com o Pai, através da fé, porque se relaciona com ele através da natureza, sendo “Deus e Deus, luz da luz.” (Pe. Raniero Cantalamessa, em “Maria, um espelho para Igreja”, p. 33-41)
•       Modelo de esperança
“Da fé nasce a esperança. (…) Possuindo Maria a virtude da fé por excelência, teve também, por excelência, a virtude da esperança. (…) Não confiava nem nas criaturas, nem nos próprios merecimentos, mas só contava com a graça divina, na qual estava toda sua confiança. (…) Mostrou, de fato, a Santíssima Virgem quanto lhe era grande essa confiança em Deus, primeiramente ao ver a perplexidade de S. José, seu esposo, que, ignorando a misteriosa maternidade de sua esposa, pensava em deixá-la. (…) Provou ainda sua confiança em Deus quando, próxima ao parto, se viu em Belém, expulsa até da hospedaria dos pobres, e reduzida a dar à luz numa estrebaria. (…) Igual confiança mostrou também na Providência quando S. José a avisou de que era necessário fugir para o Egito. Ainda na mesma noite, partiu para a longa e penosa viagem a um país desconhecido, sem provisões, sem dinheiro e sem outro acompanhamento serão do Menino Jesus e de seu pobre esposo. (…) Melhor ainda demonstrou, porém, sua confiança, quando pediu ao Filho o milagre do vinho em favor dos esposos de Caná.” (Santo Afonso de Ligório, em “Glórias de Maria”, tratado 3, V)
“Esteve junto da cruz “em esperança”. (…) Partilhou com o Filho não só da morte, mas também a esperança da ressurreição. (…) No Calvário ela não é só “Mãe das Dores”, mas também “Mãe da esperança”, “Mater Spei”, como o invoca a Igreja num de seus hinos. (…) Se Isaac era figura de Cristo, Abraão que o leva para imolar é figura de Deus Pai no Céu, e de Maria na terra. São Paulo afirma que, nessa oportunidade, Abraão “acreditou esperando contra toda esperança” (Rm 4,18). O mesmo deve-se dizer, com maior razão, de Maria junto da cruz: ela acreditou esperando contra toda esperança. Esperar contra toda esperança significa: “sem ter nenhum motivo de esperança, numa situação humanamente de total desesperança e em total contraste com a promessa, continuar esperando unicamente por causa da palavra de esperança por Deus.” (Pe. Raniero Cantalamessa, em “Maria, um espelho para Igreja”; p.99-100)
•       Modelo de amor a Deus
“Quanto mais um coração é puro e vazio de si mesmo, tanto mais cheio é de caridade para com Deus. Assim Maria, sendo sumamente humildade e vazia de si, foi cheio divino amor e nesse amor excedeu a todos os anjos e homens (…). Com razão, a chama S. Francisco de Sales Rainha do Amor. (…) Deu o Senhor aos homens o preceito: “Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração.” (Mt 22,37) (…) Na opinião de S. Alberto Magno, semelhante preceito, por ninguém cumprido com perfeição, de certo modo teria sido indecoroso ao Senhor, que o decretou, se não houvesse existido sua santa Mãe que o cumpriu perfeitamente. (…) Quem como ela cumpriu o preceito de amar a Deus de todo o coração? Tão intenso era-lhe o incêndio de amor divino, que não restava lugar para menor imperfeição. (…) Até os serafins, exclama Ricardo, podiam descer do céu para aprender no coração de Maria a maneira de se amar a Deus. (…) Sobre isso apóia-se o pensamento de S. Bernardino de Sena, de que Maria nunca foi tentada pelo inferno. Eis suas palavras: assim como de um intenso fogo fogem as moscas, assim do coração de Maria, fogueira de caridade, eram expulsos os demônios, de modo que nem tentavam aproximar-se dele. Lemos o mesmo pensamento em Ricardo, de S. Vítor: Os príncipes das trevas de tal maneira temiam a Virgem Santíssima, que nem ousavam chegar-se para tentá-la, porque as chamas de sua caridade os afugentavam. Maria revelou a S. Brígida que no mundo nunca teve outro pensamento, outra desejo, outra alegria, senão Deus. (…) Maria não vivia repetindo atos de amor, à maneira dos santos; mas, por singular privilégio lhe foi a vida um ato único e contínuo de amor de Deus. (…) Maria não tem maior desejo, do que ver amado seu dileto Filho, que é Deus.” (Santo Afonso de Ligório, em “Glórias de Maria”, Tratado 3, cap. II)
•       Modelo de amor ao próximo
“O amor para com Deus e para com o próximo nos é imposto pelo mesmo preceito. (…) Como nunca houve, nem haverá quem ame a Deus mais do que Maria, tão pouco nunca houve, nem haverá quem mais do que ela ame ao próximo. (…) Passou Maria uma vida tão cheia de caridade que socorria aos necessitados, ainda quando não lhe pediam solícito auxílio. Assim o fez, por exemplo, nas bodas de Caná. (…) Mais brilhante prova dessa grande caridade não nos pôde dar, do que oferecendo seu Filho à morte pela nossa salvação. Tanto amou o mundo, que para salvá-lo, entregou a morte Jesus. (…) Não diminuiu esse amor de Maria para conosco, agora que nos céus se encontra.”  (Santo Afonso de Ligório, em “Glórias de Maria”, Tratado 3, cap. III)
•       Modelo de obediência
“Quando da embaixada de S. Gabriel não quis tomar outro nome senão o de escrava. “Eis aqui a escrava do Senhor.” Como efeito, testemunha S. Tomás de Vilanova, essa fiel escrava do Senhor nunca a contrariou, nem por ações, nem por pensamentos. Obedeceu sempre e em tudo a divina vontade, completamente despida de toda vontade própria. (…) Por sua obediência, reparou Maria o dano causado pela desobediência de Eva. (…) A obediência de Maria foi muito mais perfeita que a de todos os santos. (…) Todos os homens sendo inclinados ao mal por causa do pecado original, sentem dificuldades na prática do bem. Mas tal não se deu com a Santíssima Virgem. Isenta da culpa original, nada tinha que a impedisse de obedecer a Deus. (…) Maria demonstrou sobretudo sua heróica obediência à divina vontade, quando ofereceu o Filho à morte. Na grandeza de sua constância, dizem o Vulgato Idelfonso e S. Antonino, estaria disposta a crucificá-lo, se houvessem faltado os algozes. (…) À exclamação da mulher que o interrompia com as palavras: “Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos que te amamentaram”, respondeu o Salvador: “Antes, bem aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em obra (Lc 11,27-28) Maria era mais bem-aventurada por sua obediência a Deus, do que por motivo de sua dignidade como Mãe do Senhor.” (Santo Afonso de Ligório, em “Glórias de Maria”, Tratado 3, cap. VIII)
“É Maria chamada com razão Rainha dos Mártires, visto Ter suportado o maior martírio que se possa padecer depois das dores do Filho. (…) Para ser mártir é suficiente sofrer uma dor capaz de dar a morte, ainda em que realidade não se venha  morrer. (…) Para a glória do martírio, segundo Tomás, basta que uma pessoa leva a obediência ao ponto de oferecer-se à morte. (…) Vemos por aí que Maria não só foi verdadeiramente mártir, mas que seu martírio excedeu a todos os outros por sua duração. Pois que foi sua vida, senão um longo e lento martírio? (…) A intensidade de seu sofrimento tão aniquiladora foi, que, dividida por todos os homens, bastaria para fazê-los morrer todos, repentinamente. (…) Por ocasião do grande sacrifício do Cordeiro Imaculado, que morria por nós na cruz, poderíamos ter visto dois altares: um no Calvário, no corpo de Jesus, outro no Coração de Maria. Enquanto que o Filho sacrificava seu corpo pela morte, Maria sacrificava sua alma pela compaixão. (…) Quanto mais os santos mártires amavam, pois, a Jesus, menos sentiam os tormentos e a morte. Bastava-lhes a lembrança dos sofrimentos de um Deus crucificado para consolá-lo. Podiam, porém, nossa Mãe dolorosa achar consolo no amor a sei Filho e na lembrança dos seus sofrimentos? Não; justamente esse padecimento era todo o motivo da sua maior dor.” (“Glória de Maria”, Tratado 2, cap.I) “Nas palavras de Simeão, reconhece Maria os pormenores da Paixão de Jesus. (…) efetivamente, como foi relevado a Sta. Tereza, a bendita Mãe sabia dos sacrifícios que seu Filho devia fazer da vida para a salvação do mundo. Mas naquele momento, de um modo mais particular e distinto, conheceu as penas e a cruel morte, reservadas a seu pobre Filho no futuro. (…) Recebeu como suma paz a profecia sobre a morte do Filho, e continuou a sofrer sempre em paz. Mas, vendo sempre diante dos olhos aquele amável Filho, que dor padeceria então continuamente! (…) Maria revelou a S. Brigida não ter vivido um momento na terra em que não fosse dilacerada por essa dor. Sempre que via meu Filho, disse a Virgem, sempre que o vestia, que lhe olhava as mãozinhas e os pés, abismava-se novamente minha alma no sofrimento, porque me lembrava da Paixão que o guardava. (…) Apoiando-se numa revelação de S. Brígida, diz Padre Engelgrave, jesuíta, que a aflita Mãe sabia de todos os pormenores das penas preparadas a seu Filho. (…) A Virgem não cessava de oferecer à Divina Justiça a vida do Filho pela nossa salvação (…). Por aí vemos o quanto cooperava pelos seus sofrimentos para fazer-nos nascer para a vida da graça.” (Santo Afonso de Ligório, em “Glórias de Maria”, Tratado 2, cap.II)
“Há duas maneiras, aqui na terra, de alguém pertencer a outro ou depender de sua autoridade. São a simples servidão e a escravidão, donde a diferença que estabelecemos entre servo e escravo. (…) Há três espécies de escravidão: por natureza, por constrangimento e por livre vontade. Por natureza, todas as criaturas são escravas de Deus. (…) Os demônios e os réprobos são escravos por constrangimento; e os juntos e os santos são por livre e expontânea vontade. A escravidão voluntária é a mais perfeita, a maios gloriosa aos de Deus, que olha o coração, que pede o coração e quem é chamado o Deus do coração ou da vontade amorosa, porque, por esta escravidão, escolhe-se sobre todas as coisas, a Deus e seu serviço, ainda quando não o obriga a natureza. (…) Conforme o exemplo do próprio Jesus Cristo, que, por nosso amor, tou a forma de escravo, e da Santíssima Virgem, que se declarou escrava do Senhor (Lc 1,38) O apóstolo honra-se várias vezes em suas epístolas com o título de “servi christi”. A Sagrada Escritura chama muitas vezes os cristãos de “servi Christi”, e esta palavra “servus”, conforme observação acertada de um grande homem, significava, outrora, apenas escravo, pois não existiam servos como os de hoje.” (São Luis Montfort, em “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, 69-72)
“Ao proclamar-se “Escrava do Senhor”, deseja empenhar-se em realizar pessoalmente, de modo perfeito, o serviço que Deus espera de todo Seu povo.” (Papa João Paulo II, em sua Catequese de 07/09/1996)
•       Modelo de pobreza
“Com a herança de seus pais, teria ela podido viver folgadamente, como prova S. Pedro Canísio. Preferiu ela no entanto ser pobre, muito pouco reservando para si e o mais distribuindo em esmolas ao templo e aos pobres. Afirmam muitos autores que a Virgem fez voto de pobreza. (…) Não ofertou cordeiro, que era o presente dos ricos, imposto pelo Levítico, mas as duas rolas ou pombas, oferta dos pobres 8Lc 2,24). O que possuía – disse a Virgem Santíssima a S. Brígida – dei-o aos pobres: só guardei o indispensável para vestir e comer. (…) Por amor a pobreza, também não recusou desposar um pobre carpinteiro, qual foi S. José; sustentou-se por isso com o trabalho de suas mãos, fiando ou cosendo. (…) Os bens deste mundo não valiam para Nossa Senhora mais do que cisco. Em suma, ela viveu sempre pobre e pobre morreu. Pois não se sabe que por sua morte deixasse outra coisa, senão duas pobres vestes a duas mulheres que a tinham assistido durante a vida, como referem Nicéforo e Metafrasto.” (Santo Afonso de Ligório, em “Glórias de Maria”, Tratado 3, cap. VII)
•        Modelo de castidade
“Ela, com razão, é chamada Virgem das virgens, lemos em S. Alberto; e isso porque sem conselho, nem exemplo de outros, foi a primeira a oferecer sua virgindade a Deus, dando-lhe assim as outras virgens que a imitaram. (…) Maria com sua só presença insinuava a todos pensamentos e afetos de pureza. Isso só confirma as palavras de S. Tomás: A beleza da Santíssima Virgem despertava em quantos a viam o amor à pureza. S. Jerônimo é do parecer que S. José conversou a virgindade pela companhia de Maria. (…) A Santíssima Virgem era tão amante dessa virtude que para conservá-la, estaria pronta a renunciar a dignidade de Mãe de Deus.”  (Santo Afonso de Ligório, em “Glórias de Maria”, Tratado 3, cap. VI)
•       Modelo de humildade
“Sem humildade, não há virtude que possa existir numa alma. (…) Assim como Maria em todas as virtudes foi a primeira e mais perfeita discípula de Jesus Cristo, o foi também na humildade. Por ela mereceu ser exaltada sobre todas as criaturas. (…) Embora se visse mais enriquecida de graças que os outros todos, nunca ela se julgou acima de que quer que fosse. Ao contrário, teve sempre modesta opinião de si mesma. (…) O humilde conceito de si mesma foi o encanto com que Maria prendeu o coração de Deus. Não podia, é claro, a Santíssima Virgem julgar-se uma pecadora. Pois na frase de S. Tereza, a humildade é a verdade, e Maria tinha consciência de nunca ter ofendido a Deus. Não é também que deixasse de confessar a preferência com que Deus lhe concedera maiores favores do que as demais criaturas. Para humilhar-se ainda mais, reconhece o coração do humildade as singulares dádivas do Senhor. A nítida compreensão da infinita grandeza e dignidade de Deus, porém, aprofundava na Virgem o conhecimento da própria pequenez. (…) Vendo-se uma mendiga revestida de custosas vestes, que lhe foram dadas, não se envaidece, mas antes se humilha ao contemplá-las diante de seu benfeitor. Justamente essa presença fá-la recordar sua pobreza. Assim a Virgem quanto mais enriquecida se via, mais se humilhava, Lembrava-se, sem cessar, de que tudo aquilo era dom de Deus. (…) Também é efeito da humildade ocultar os dons celestes. Nem a S. José quis a Senhora revelar a graça se haver tornado Mãe de Deus. (…) O humilde recusa os louvores referindo-os todos a Deus. (…) E foi outro talvez seu procedimento quando Isabel a chamou de bendita entre todas as mulheres e de Mãe do Senhor? Imediatamente Maria atribui toda a glória a deus respondendo no seu humildade cântico: Minha alma engrandece ao Senhor. Vale como se dissesse: Isabel, tu me louvas, porém eu louvo ao Senhor, a quem unicamente é devida toda a honra. (…) É próprio do humildade prestar serviços. Maria não se negou a servir Isabel durante três meses. (…) O humilde gosta de uma vida retirada e despercebida. Maria procedeu de modo semelhante (…) quando seu Filho pregava numa casa e ela lhe desejava falar. Não se animou a entrar (Mt 12,46). Ficou de fora e não confiou o prestígio de mãe, mas evitou de interromper a pregação do Filho; não entrou por isso na casa onde ele falava. (…) Quis ela tomar o último lugar, quando estava no cenáculo com os apóstolos. (…) S. Lucas – na opinião de um autor – os nomeou a todos e por último a Virgem, segundo o lugar que ocupava. (…) Os humildes amam finalmente os desprezos. Eis por que não se lê que Maria aparecesse em Jerusalém Domingo de Ramos, quando seu Filho foi recebido com tanta pompa pelo povo. Mas, por ocasião da morte de Jesus, não receou comparecer em público no Calvário, aceitando assim a desonra de se dar a conhecer por mãe de um sentenciado, que ia sofrer a morte de um criminoso.” (“Glória de Maria”, Tratado 3, cap.I) “Ciente pela Sagrada Escritura de que Deus devia nascer de uma virgem, para salvar o mundo (…) desejava alcançar a vinda do Messias, na esperança de ser a serva daquela feliz Virgem, que merecesse ser sua mãe. (…) Enquanto Maria em sua humildade nem se julgava digna de ser a serva da Divina Mãe, foi ela mesma a eleita para essa sublime dignidade. (…) Ao ser saudada pelo anjo (…), a esta saudação cheia de louvores, que responde? Nada; não respondeu, mas pensando na saudação, perturbou-se. (…) Essa perturbação foi causada unicamente por sua humildade, que absolutamente não podia compreender semelhantes louvores. (…) Houvesse o anjo declarado que era a maior pecadora do mundo, e não teria a Virgem se admirado tanto; mas ouvindo aqueles louvores tão sublimes, se perturbou.” (Santo Afonso de Ligório, em “Glórias de Maria”, Tratado 1, cap.3 e 4)
“Tão profunda era sua humildade, que, para ela, o atrativo mais poderoso, mais constante era esconder-se de si mesma e de toda criatura, para ser conhecida somente de Deus. Para atender aos pedidos que ela lhe fez de escondê-la, empobrecê-la e humilhá-la, Deus providenciou para que oculta ela permanecesse em seu nascimento, em sua vida, em seus mistérios, em sua ressurreição e assunção, passando despercebida aos olhos de quase toda criatura humana. Seus próprios parentes não a conheciam; e os anjos perguntavam muitas vezes uns aos outros: Quem é esta? (Cant 3,6; 8,5) Pois que o Altíssimo lhe escondia; ou, se algo lhes desvendava a respeito, muito mais, infinitamente, lhes ocultava. Deus Pai consentiu que jamais em sua vida ela fizesse algum milagre, pelo menos um milagre visível e retumbante, conquanto lhe tivesse outorgado o poder de fazê-los. Deus Filho consentiu que ela não falasse, se bem que lhe houvesse comunicado com sabedoria divina. Deus Espírito Santo consentiu que os apóstolos e evangelistas a ela mal se referissem, e apenas no que fosse necessário para manifestar Jesus Cristo. E, no entanto, ela era a Esposa do Espírito Santo. (…) Ela se ocultou neste mundo e, por sua humildade profunda, se colocou abaixo do pó, obtendo de Deus, dos apóstolos e evangelistas não ser quase mencionada.” (São Luis Monfort, em “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, 2-50)
•       Modelo de paciência
“Deu-nos ele (Deus) a Virgem Maria para exemplo de todas as virtudes, principalmente a para modelo de paciência. (…) Tal como entre espinhos viça a rosa, viveu assim entre padecimento contínuos a Mãe de Jesus. Só a compaixão com as penas do Redentor foi bastante para torná-la mártir da paciência. Daí a palavra de S. Bernardino de Sena: A crucificada concebeu o Crucificado. (…) A cerca de espinhos guarda a vinha, e assim Deus circunda de tribulações a seus servos, para que não se apeguem à terra. De modo que a paciência nos livra do pecado e do inferno. (…) Todos os adultos que se salvam devem ser mártires, ou pelo sangue ou pela paciência.” (Santo Afonso de Ligório, em “Glórias de Maria”, Tratado 3, cap. IX)
•       Modelo de oração
A Divina Mãe foi, abaixo de Jesus, a mais perfeita na oração, de quantos tem existido e hão de existir. (…) Para melhor se entregar à oração, quis encerrar-se no retiro do tempo sendo ainda menina de três anos. Aí, além das horas destinadas a esse santos exercício, erguia-se te noite e ia orar antes o altar do templo, como revelou a S. Isabel de Turíngia. Segundo Odilon de Cluni, visitava mais tarde os lugares do nascimento, da Paixão e do sepultamento de Cristo, para meditar continuamente nas dores do seu Filho. A Santíssima Virgem rezava também completamente recolhida e livra de qualquer distração ou afeto desordenado. (…) Maria só saia de casa para visitar o templo. (…) Pelo amor à oração e ao retiro, estava sempre atenta em fugir ao trato com o mundo.” (Santo Afonso de Ligório, em “Glória de Maria”, Tratado 3, cap.X)
•       Modelo de adoradora
“Maria não podia deixar de estar presente nas celebrações eucarísticas, no meio dos fiéis da primeira geração cristã. (…) Maria é Mulher Eucarística na totalidade de sua vida. A Igreja, vendo em Maria seu modelo, é chamada a imitá-la também em sua relação com este mistério santíssimo. (…) O olhar extasiado de Maria, quando contemplava o rosto de Cristo recém-nascido e o estreitava em seus braços, não é porventura o modelo inatingível de amor a que se devem inspirar todas as nossas comunhões eucarísticas? (…) Impossível imaginar os sentimentos de Maria aos ouvir dos lábios de Pedro, João, Tiago e restantes apóstolos as palavras da Última Ceia: “Isto é Meu Corpo que vai ser entregue por vós.” (Lc 22,19) Aquele corpo, entregue em sacrifício e presente agora nas espécies sacramentais, era o mesmo corpo concebido no seu ventre! (…) “Maria viveu a dimensão sacrifical da Eucaristia”. (Papa João Paulo II, em Ecclesia de Eucharistia, 53-56).
“Maria é modelo, sobretudo, daquele culto que consiste em fazer da própria vida uma oferenda a Deus.”  (Papa Paulo VI, em “O culto à Virgem Maria”, 21)
SANTA MARIA, ROGAI POR NÓS…