Exorcismo

Padres Exorcistas explicam

Consagração a Virgem Maria

Escravidão a Santissima Virgem, Orações, Devoção

Formação para Jovens

Espiritualidade, sexualidade, diverção, oração

23 de abr. de 2014

CÉU: MORADA DOS SANTOS


“Nela jamais entrará algo de imundo”.

Nenhum pecador entrará no céu, mas somente os santos.
Não entrará no céu nada de impuro... nem os depravados, mentirosos, fornicadores, ladrões, adúlteros, beberrões, efeminados... mas somente os que estão inscritos no livro da vida, do Cordeiro.
As portas da Cidade santa estarão abertas durante o dia, ou seja, sempre, porque ali não haverá nunca mais noite, como tão pouco haverá nada impuro: só entrarão os santos.
Os verdadeiros cidadãos da Jerusalém celeste serão os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro, quer dizer, os eleitos: “Vi então os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e abriram-se os livros. Também foi aberto outro livro, o da vida. Os mortos foram então julgados conforme sua conduta, a partir do que estava escrito nos livros. O mar devolveu os mortos que nele jaziam, a Morte e o Hades entregaram os mortos que neles estavam, e cada um foi julgado conforme sua conduta. A Morte e o Hades foram então lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte: o lago de fogo. E quem não se achava inscrito no livro da vida foi também lançado no lago de fogo” (Ap 20, 12-15).
Para entrar no céu é preciso que cada pecador mude de vida... arranque do coração tudo aquilo que ofende ao Criador: “O céu é, pois, de quem se vence, de quem prefere guerrear o corpo em suas inclinações desordenadas, a ir expiar os seus desvarios nas penas eternas!” (Pe. Alexandrino Monteiro).
Não entrará no céu nada de profano. O adjetivo koivóv pode significar impuro (Is 52, 1; At 10, 14-28; 11, 8; Rm 14,14), porém, também profano(Mc 7, 2; Hb 10, 29),
Entrarão no céu somente os santos... os que morrerem com a Graça Santificante na alma, livres do pecado mortal.
A graça de Deus na alma é a “moeda” com que se compra a entrada no reino do céu. Quem morrer com a alma ornada dessa graça tem direito a entrar, porque Jesus Cristo nos fez herdeiros do reino que Ele conquistou para si com a morte na cruz.
O céu é o reino dos vivos. A graça é a vida da alma; logo, só aqueles que, ao separar-se do mundo, estão em estado de graça e amizade com Deus, lá têm entrada. Nem vale para entrar no céu ter possuído a vida sobrenatural, a quem na hora decisiva se achar dela despojado.
Salvar-se-ão somente os que praticarem a Palavra de Deus, que não forem simples ouvintes.
Para ser amigo de Jesus Cristo na outra vida, é preciso ter sido amigo d’Ele nessa vida passageira.

Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Anápolis, 06 de setembro de 2013

20 de abr. de 2014

O que vem depois da morte?


O que vem depois da morte?
Fonte: Mercaba.org
Autor Valerio Chávez Hernandez
Tradução: Rogério SacroSancttus
Esta é uma pergunta que todos nos fazemos... alguns dizem: "Depois da morte tudo se acaba". Outros pensam que o espirito segue vivendo e há quem acha que se vai passando de um estado a outro até chegar a perfeição. Outros dizem que se reencarna e assim alcançar a perfeição que apregoam os anteriores e outros (e neste grupo estão a maioria dos evangelicos) pensam que ainda que o espirito segue vivendo mas não sofre e nem goza; é como se estivesse num estado de semi-inconsciência. E apesar todos dizerem apoiar suas ideias na Biblia, a verdade é que somente tomam textos isolados sem ter em conta toda a Revelação.
Deus nos dá resposta a esta questão em sua Palavra. "...Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo". Heb. 9:27. Este texto derruba por terra a ideia da reencarnação pois o homem não morre varias vezes mas uma única vez.
E o homem tem alma e corpo, espirito e materia e o corpo se destrói mas a alma segue vivendo. "Deus criou o homem para a imortalidade, e o fez à imagem de sua própria natureza.". Sab. 2:23. "E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.". Eclesiastes 12,7. "Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena". Mt 10:28. "Jesus respondeu-lhe: Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso". Lc. 23:43. "Sinto-me pressionado dos dois lados: por uma parte, desejaria desprender-me para estar com Cristo - o que seria imensamente melhor" Fil. 1:23.
Jesus Cristo é "o caminho, a verdade e a vida" Jo. 14:6 e Ele assegura que o homem segue vivendo depois de sua morte. "Por outra parte, que os mortos hão de ressuscitar é o que Moisés revelou na passagem da sarça ardente (Ex 3,6), chamando ao Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó .Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos; porque todos vivem para ele". Lc. 20:37-38; Ex.3:6.
Não foi dito: "Eu fui" mas afirma claramente : "Eu sou" quer dizer, segue sendo seu Deus "Por que lhe parece incrivel que Deus ressucite aos mortos?".
" Pois, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, é inútil a vossa fé, e ainda estais em vossos pecados. Também estão perdidos os que morreram em Cristo. Se é só para esta vida que temos colocado a nossa esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de lástima. Mas não! Cristo ressuscitou dentre os mortos, como primícias dos que morreram!".Atos. 26:8; I Cor. 15:16-20.
Para Deus todos vivem e não estão insensiveis ou inconscientes, mas plenamente conscientes, sabendo e sentindo e portanto, gozan ou sofrem.
"E estando ele nos tormentos do inferno, levantou os olhos e viu, ao longe, Abraão e Lázaro no seu seio. Gritou, então: - Pai Abraão, compadece-te de mim e manda Lázaro que molhe em água a ponta de seu dedo, a fim de me refrescar a língua, pois sou cruelmente atormentado nestas chamas.". Lc. 16:23-24, Cf. Ap. 20:15, Mc. 9:47-49.
Haverá um dia em que todos os que se encontram mortos ressucitarão. Será o dia do juizo final.
"Tenho esperança em Deus, como também eles esperam, de que há de haver a ressurreição dos justos e dos pecadores.". Atos. 24:15. Jo 5:28-29.
"Mas, pela tua obstinação e coração impenitente, vais acumulando ira contra ti, para o dia da cólera e da revelação do justo juízo de Deus,que retribuirá a cada um segundo as suas obras ". Rom. 2:5-6.
Para os que fazem o esforço em seguir a Cristo, a gloria representa a etapa final de sua existência, uma etapa que durará para sempre. Deus Jesus:
"Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais." Jo 14:1-3. "Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que nele morreram." 1 Tes. 4:14. "Nós, porém, somos cidadãos dos céus. É de lá que ansiosamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" Fil. 3:20.
"Mas as almas dos justos estão na mão de Deus, e nenhum tormento os tocará.Aparentemente estão mortos aos olhos dos insensatos: seu desenlace é julgado como uma desgraça. E sua morte como uma destruição, quando na verdade estão na paz!". Sab. 3:1-3.
Esta formosa promessa de uma eternidade cheia de gozo só sera alcançada se procurarmos conhecer e viver como Cristo quer "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é que me ama. E aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e manifestar-me-ei a ele.". Jo. 14:21.
Como temos visto, depois da morte o corpo vai ao sepulcro enquanto a alma ou espirito segue vivendo na glória se a pessoa portou-se bem ou no sofrimento se ela portou-se mal.
"Assim, pois, consolai-vos mutuamente e edificai-vos uns aos outros, como já o fazeis. Porquanto não nos destinou Deus para a ira, mas para alcançar a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo." 1 Tes. 5:11.9 "Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus. Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos. ". Ef. 6:17-18.
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14 de jan. de 2014

Qual e a Igreja verdadeira?

 

Diz Cristo: "Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" (Mt 16,18).“Se não escutar a Igreja, seja ele para ti como gentio e publicano" (Mt 18,17). Cristo fala de um único rebanho e de um só pastor (Jo 10,16), de uma única videira (Jo 15), do reino dos céus na terra (Mt 13,24.47).
 Os Apóstolos falam de uma única Igreja, que Cristo amou e pela qual se entregou (Ef 5, 25.27.32), de um único corpo de Cristo (l Cor 12,20; Cl 1,18), de uma só esposa (Ap 21,9). Os coríntios se tinham dividido em partidos. São Paulo exclama: "Estará porventura Cristo dividido?" (l Cor 1,13).
Comenta Clemente de Alexandria: "Há um só Pai de todos, um único Verbo para todos e um só Espírito Santo que está em toda parte. E há, outrossim, uma só e única virgem mãe que eu chamo a Igreja".

A Igreja de Cristo é a Igreja Católica

Jesus Cristo, Nosso Salvador, fundou apenas uma Igreja, não várias, como é desejo dos hereges. Ele fundou a Igreja Católica Apostólica Romana: "Cabe ao Filho realizar, na plenitude dos tempos, o plano de salvação de seu Pai. este é o motivo de sua missão. O Senhor Jesus iniciou sua Igreja pregando a Boa Nova, isto e, o advento do Reino de Deus prometido nas Escrituras havia séculos" (Catecismo da Igreja Católica, 763).
Os pastores evangélicos, em geral, costumam apontar o dedo para o próprio peito dizendo serem eles a "pedra" sobre a qual Cristo Jesus fundou a Sua Igreja; outros bem mais "cultos" e "místicos", dizem que a "Igreja" está dentro do coração, e aquele que "aceitar" Jesus, pertence à Igreja de Nosso Senhor.
São Cipriano que não era herege, ambicioso nem enganador diz:"Cristo edifica a Igreja sobre Pedro. Encarrega-o de apascentar-lhe as ovelhas. A Pedro é entregue o primado para que seja uma Igreja e uma cátedra de Cristo. Quem abandona a cátedra de Pedro, sobre a qual foi fundada a Igreja, não pode pensar em pertencer à Igreja de Cristo" (De un. Eccl. cap. IV), e: "Pedro é o vértice, o chefe dos Apóstolos" (I Concílio de Nicéia).
Por mais que os hereges gritem, apontem o dedo e mentem, não dá para enganar aquele católico bem instruído; só escorregam em suas salivas, aqueles que se dizem católicos e que vivem às margens da Igreja:"Quando Jesus Cristo diz: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei A MINHA IGREJA, e as portas do inferno não prevalecerão contra ELA” (Mt 16, 18) a que Igreja se refere? Não é ao Protestantismo, nem a nenhuma Igreja protestante em particular, porque as Igrejas protestantes só começaram a existir no século XVI.
Refere-se, sem dúvida alguma, à IGREJA CATÓLICA; é fácil demonstrá-lo.
Logo nos inícios da Igreja, os seguidores de Cristo foram designados com o nome de cristãos. Assim podiam distinguir-se dos filósofos pagãos e dos judeus ou seguidores da sinagoga. Este nome de cristãos como se sabe, já vem na própria Bíblia, e tal denominação começou em Antioquia: “em Antioquia é que foram os discípulos denominados CRISTÃOS, pela primeira vez” (At 11, 26), “Então Agripa disse a Paulo: Por pouco me não persuade a fazer-me CRISTÃO” (At 26, 28). “Se padece como CRISTÃO, não se envergonhe; mas glorifique a Deus neste nome” (1Pd 4, 16).
Aconteceu, porém que, tão logo a Igreja começou a propagar-se, começaram a aparecer os hereges, seguindo doutrinas diversas daquela que tinha sido recebida dos Apóstolos, mas tomando o nome de cristãos, pois também criam em Cristo e d’Ele se diziam discípulos. Era preciso, portanto, um novo nome para designar a verdadeira Igreja, distinguindo-a dos hereges. E desde tempos antiquíssimos, desde os tempos dos Apóstolos, a Igreja começou a ser designada como IGREJA CATÓLICA, isto é, UNIVERSAL, a Igreja que está espalhada por toda a parte, para diferençá-la dos hereges, pertencentes à igrejinhas isoladas que existiam aqui e acolá. Assim é que já Santo Inácio de Antioquia, que foi contemporâneo dos Apóstolos, pois nasceu mais ou menos no ano 35 da era cristã e, segundo Eusébio de Cesaréia no seu Chrónicon, foi bispo de Antioquia, entre os anos 70 e 107, já Santo Inácio nos fala abertamente da Igreja Católica, na sua Epístola aos Esmirnenses: “Onde comparecer o Bispo, aí esteja a multidão, do mesmo modo que, onde estiver Jesus Cristo, aí está a IGREJA CATÓLICA” (Epístola aos Esmirnenses c 8, 2).
Outro contemporâneo dos Apóstolos foi São Policarpo, bispo de Esmirna, que nasceu no ano 69 e foi discípulo de São João Evangelista. Quando São Policarpo recebeu a palma do martírio, a Igreja de Esmirna escreveu uma carta que é assim endereçada: “A Igreja de Deus que peregrina em Esmirna à Igreja de Deus que peregrina em Filomélio e a todas as paróquias da IGREJA SANTA E CATÓLICA em todo o mundo”. Nessa mesma Epístola se fala de uma oração feita por São Policarpo, na qual ele “fez menção de todos quantos em sua vida tiveram trato com ele, pequenos e grandes, ilustres e humildes, e especialmente de toda a IGREJA CATÓLICA, espalhada por toda a terra” (c. 8).
O Fragmento Muratoriano que é uma lista feita no segundo século, dos livros do Cânon do Novo Testamento fala em livros apócrifos que “não podem ser recebidos na IGREJA CATÓLICA”.
São Clemente de Alexandria (também do século segundo) responde à objeção dos infiéis que perguntam: “como se pode crer, se há tanta divergência de heresias, e assim a própria verdade nos distrai e fatiga, pois outros estabelecem outros dogmas?” Depois de mostrar vários sinais pelos quais se distingue das heresias a verdadeira Igreja, assim conclui São Clemente: “Não só pela essência, mas também pela opinião, pelo princípio pela excelência, só há uma Igreja antiga e é a IGREJA CATÓLICA. Das heresias, umas se chamam pelo nome de um homem, como as que são  chamadas por Valentino, Marcião e Basílides; outras, pelo lugar donde vieram, como os Peráticos; outras do povo, como a heresia dos Frígios; outras, de alguma operação, como os Encratistas; outras, de seus próprios ensino, como os Docetas e Hematistas". (Stromata 1.7. c. 15). O mesmo argumento podemos formular hoje. Há uma só Igreja que vem do princípio: é a IGREJA CATÓLICA. As seitas protestantes, umas são chamadas pelos nomes dos homens que as fundaram, ou cujas opiniões seguem, como: Luteranos (de Lutero), Calvinistas (de Calvino), Zuinglianos (de Zuínglio), etc.
Outras, do lugar donde vieram: Igreja Livre Evangélica Sueca, Irmão de Plymouth;
Outras, de um povo: Anglicanos (da Inglaterra), Irmãos Moravos (da Morávia);
No século III, Firmiliano, bispo de Capadócia, diz assim: “Há uma só esposa de Cristo que é a IGREJA CATÓLICA” (Ep. De Firmiliano nº 14).
Na história do martírio de São Piônio (morto em 251) se lê que Polemon o interroga:
— Como és chamado?
— Cristão.
— De que igreja?
— Católica (Ruinart. Acta martyrum pág. 122 nº 9).
São Frutuoso, martirizado no ano 259, diz: é necessário que eu tenha em mente a IGREJA CATÓLICA, difundida desde o Oriente até o Ocidente” (Ruinart. Acta martyrum pág 192 nº 3).
Lactâncio, convertido ao cristianismo no ano 300, diz: “Só a IGREJA CATÓLICA é que conserva o verdadeiro culto. Esta é a fonte da verdade; do qual se alguém sair, está privado da esperança de vida e salvação eterna” (Livro 4º cap. III).
São Paciano de Barcelona (morto no ano 392) escreve na sua epístola a Simprônio: “Como, depois dos Apóstolos, apareceram as heresias e com nomes diversos procuram cindir e dilacerar em partes aquela que é a rainha, a pomba de Deus, não exigia um sobrenome o povo apostólico, para que se distinguisse a unidade do povo que não se corrompeu pelo erro?... Portanto, entrando por acaso hoje numa cidade populosa e encontrando marcionistas, apolinarianos, catafrígios, novacianos e outros deste gênero, que se chamam cristãos, com que sobrenome eu reconheceria a congregação de meu povo, se não se chamasse CATÓLICA? (Epísola a Simprônio nº 3). E mais adiante, na mesma epístola: “Cristão é o meu nome; CATÓLICO, o sobrenome”(idem nº 4).
São Cirilo de Jerusalém (do mesmo século IV) assim instruiu os catecúmenos “Se algum dia peregrinares pelas cidades, não indagues simplesmente onde está a casa do Senhor, porque também as outras seitas de ímpios e as heresias querem coonestar com o nome de casa do Senhor, as suas espeluncas; nem perguntes simplesmente onde está a igreja, mas onde está a IGREJA CATÓLICA; este é o NOME PRÓPRIO desta SANTA MÃE de todos nós, que é também a ESPOSA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO” (Instrução Catequética c. 18; nº 26).
Santo Agostinho (do séc V) dizia: “Deve ser seguida por nós aquela religião cristã, a comunhão daquela Igreja que é a CATÓLICA, e CATÓLICA, é chamada não só pelos seus, mas também por todos os seus inimigos” (Verdadeira religião c 7; nº 12).
E quando o Concílio de Constantinopla, no ano de 381, colocou, no seu Símbolo estas palavras: “Cremos na Igreja Una, Santa, CATÓLICA e Apostólica”, isto não constituía novidade alguma, pois já desde tempo antiquíssimo, se vinha recitando no Credo ou Símbolo dos Apóstolos: creio na Santa Igreja CATÓLICA.
Vemos, portanto, na história do Cristianismo, o contraste evidente entre aquela igreja que veio desde o princípio e logo se espalhou por toda a parte (Ide, pois, e ensinais todas as gentes – Mt 28, 19) e que desde o começo foi chamada CATÓLICA, segundo o que acabamos de demonstrar, e as heresias que foram aparecendo no decorrer dos séculos, discordando deste ou daquele ponto, inventadas por um homem qualquer, mas todas levadas de vencida pela Igreja, pois ou desapareceram por completo ou ficaram reduzidas em número de adeptos que logo mergulharam no esquecimento.
Chega esta Igreja ao séc. XVI. Aparece então Martinho Lutero, pretendendo afirmar que esta Igreja está completamente afogada no erro e é preciso fazer uma reforma doutrinária. Queremos aqui fazer apenas uma pergunta ao “inspirado” e “esclarecido” Lutero: “Como é que Cristo deixou durante tantos séculos a sua Igreja mergulhada completamente no erro, e só no séc. XVI fez aparecerem os “inspirados” e “esclarecidos” doutrinários da verdade: Onde está a Providência Divina com relação à obra de Deus que é a sua Igreja?
Se tal desastre se tivesse verificado, então teria falhado completamente a promessa de Cristo: “E as portas do inferno não prevalecerão CONTRA ELA” (Mt 16, 18).
“Nem toda a água do rio Elba daria lágrimas bastante para chorar a desgraça da Reforma” (Melanchton, amigo de Lutero)" (Lúcio Navarro, Legítima Interpretação da Bíblia).
Católico, tampe os ouvidos diante dos uivos dos lobos que trabalham furiosamente para arrancar-te do seio da Verdadeira Igreja, não lhes dê ouvidos, mas lembre-se com freqüência de que Cristo Jesus é o Santo Fundador da Única Igreja, e por mais que lancem pedras sobre ela, jamais a destruirão: "Cristo é o único Senhor da Igreja. Ela lhe pertence, pois é ele quem a edifica. É Pedro, porém, quem lhe guarda as chaves - para abrir - fechar - cerrar - excluir. Inimigos ardilosos, que a não conseguiram suplantar em campo aberto - tentarão - introduzir-se à socapa em seu seio, procurando combatê-la e destruí-la pelo interno"(Alfred Barth, Enciclopédia Catequética, Vol. II)Ame, sirva e defenda a Igreja Católica, Cristo Jesus deu a vida por ela: "Com a vitória da cruz, ele adquiriu para si o poder e o domínio sobre todas as gentes" (Santo Tomás de Aquino, Summa Theol., III, 42, 1), e: "Aquele que, feito homem, se tornara cabeça e senhor da humanidade, ora resgatou seu povo com seu Sangue - libertou-o - remiu-o - fê-lo seu. O véu do templo - a antiga aliança - rasgou-se" (Leão I, Serm., 68, 3), e também: "Amem esta Igreja, sejam essa Igreja, fiquem na Igreja! E amem o Esposo!" (Santo Agostinho).

Fora da Igreja Católica não há salvação

“Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, (o Concílio) ensina que esta Igreja peregrina é necessária para a salvação. O único mediador e caminho da salvação é Cristo, que se nos torna presente em seu Corpo, que é a Igreja. Ele, porém, inculcando com palavras expressas a necessidade da fé e do batismo, ao mesmo tempo confirmou a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo Batismo, como que por uma porta. Por isso não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja Católica foi fundada por Deus por meio de Jesus Cristo como instituição necessária, apesar disso não quiserem nela entrar ou nela perseverar” (Catecismo da Igreja Católica, 846).

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

João Paulo II e as Seitas


Como João Paulo II responde ao desafio das seitas
Não existiu nenhum outro Pontífice que tenha falado, com tanta valentia sobre um tema que, por sua raiz complexa e urticante, não poucos preferem calar.
Em razão da impossibilidade de incluir todas as manifestações, selecionamos os textos e parágrafos mais relevantes, razão pela qual sugerimos uma segunda leitura dos documentos por completo.
Especial importância tem a mensagem dirigido ao terceiro grupo de bispos norte americanos, em sua visita "ad limina" em 18 de maio de 1993, onde João Paulo II alude a um tema de grave consideração, como é o da penetração de idéias e conceitos da New Age ou Nova era "na pregação, na catequese, nos congressos e retiros" , chegando a "influenciar inclusive os católicos praticantes".
Também é digno de ressaltar pela riqueza do conteúdo e orientações, a mensagem que o Papa por motivo da Jornada Mundial do Emigrante, deu em 25 de julho de 1990. No mesmo, o Pontífice se refere exclusivamente ao fenômeno das seitas e NMR, e menciona as diversas realidades pelas que atravessam os emigrantes, realidades estas, que muitas vezes facilitam a adesão a não poucos movimentos de características sectárias.
O nosso país é um onde os emigrantes estão à ordem do dia: pessoas que emigram às nossas terras, provenientes de variados países; pessoas que emigram do interior às grandes cidades; e pessoas nativas das grandes cidades que não emigram, mas pelas características alienantes das megalópolis, como tais em suas próprias cidades.
A continuação conseguimos uma recopilação de mensagens do Papa João Paulo II, onde se refere ao fenômeno das seitas e NMR.

Discurso de João Paulo II, aos bispos da Bolívia em sua mensagem pastoral, L'Osservatore Romano, 21 (1988), p.10.
"...Alegra-me profundamente poder comprovar pessoalmente a religiosidade do povo boliviano, que espera e necessita de nossa guia doutrinal, para poder purificar e consolidar na verdade suas sinceras e profundas crenças religiosas, assim mesmo necessita de nossas orientações para saber como atuar e defender-se frente à atividade proselitista das seitas, que em recentemente, estão se multiplicando na Bolívia; tais seitas de corte fundamentalista estão semeando confusão no povo, e por desgraça podem logo diluir a coerência e a unidade da mensagem evangélica".

Discurso de João Paulo II, aos bispos do Peru em sua visita ad limina, Vaticano, junho de 1988 - L'Osservatore Romano, 23 (1988), p. 21 e 32.
"Vejo que nos diversos países da América Latina o problema número um é, cada vez mais, o problema das seitas; alguns Bispos manifestaram uma opinião muito pessimista frente ao futuro, eu não posso permanecer indiferente ante estas opiniões pessimistas (...)".
"Isto deve constituir um motivo a mais de preocupação pastoral, que nos leva a propor e planejar uma ação evangelizadora, para a qual precisa-se de agentes de pastoral convenientemente formados e imbuídos de grande espírito apostólico".

Discurso de João Paulo II, aos bispos do Zaire em sua visita ad limina, L'Osservatore Romano, 48 (1988), pp. 21 e 32.
" Aludis à proliferação das seitas e sua ação corrosiva. As razões são sem dúvida múltiplas. O fato constitui para a Igreja uma séria interpelação, convidando a desenvolver a formação catequética dos fiéis e de comunidades eclesiais ricas, posto que os que são tentados pelas seitas, buscam provavelmente uma resposta simples ou sincretista à suas interrogações e uma sustentação calorosa, que pertence à ordem da caridade".

Discurso de João Paulo II, aos bispos da Conferência Episcopal Mexicana, Lago Guadalupe, México, 12 de maio de 1990 - L'Osservatore Romano, 34 (1990), p.1.
"Tampouco deve-se descuidar da grave problemática dos 'novos grupos religiosos', que semeiam confusão entre os fiéis, especialmente nos ambientes meios e marginais ou pobres. Seus métodos, seus recursos econômicos e a insistência de seu trabalho proselitista causam impacto, principalmente, entre aqueles que emigram do campo para a cidade".

- Mensagem de João Paulo II, na Jornada mundial do Emigrante
Vaticano, 25 de julho de 1990 - L'Osservatore Romano, 34 (1990), p. 1 e 2.
"Quisera refletir convosco por ocasião da Jornada mundial do Emigrante sobre um problema que está se tornando cada vez mais preocupante: o perigo a que estão expostos muitos emigrantes, de perder sua própria fé cristã por causa de seitas e de novos movimentos religiosos que proliferam sem cessar. Alguns destes grupos se reclamam cristãos; outros se inspiram em religiões orientais; e outros fazem referência às ideologias, freqüentemente revolucionárias, de nosso tempo".
"Ainda que seja difícil descobrir uma linha de conteúdos comuns em todos eles, é possível traçar sua tendência geral. Nestes movimentos a salvação costuma ser considerada, no geral, como algo exclusivo de um grupo minoritário, guiado por personalidades superiores, que crêem ter uma relação privilegiada com Deus cujos segredos pretendem somente eles conhecer. Também a busca do sagrado apresenta contornos ambíguos. Para alguns trata-se de um valor superior, para o qual o homem tende sem poder jamais alcançá-lo; para outros, ao contrário, está situado no mundo da magia, e buscam atraí-lo à sua própria esfera para manipulá-lo e reduzi-lo a seu próprio serviço".
"As seitas e os novos movimentos religiosos propõem hoje à Igreja um grande desafio pastoral tanto pelo mal-estar espiritual e social em que fundam suas raízes, como pelas instâncias religiosas das quais são instrumentos. Essas instâncias, tiradas do contexto da doutrina e da tradição católica, freqüentemente são levadas a conclusões muito distantes das originárias. O difundido milenarismo, por exemplo, evoca as temáticas da escatologia cristã e os problemas relativos ao destino do homem; querer dar respostas de caráter religioso a questões políticas ou econômicas revela a tendência a manipular o verdadeiro sentido de Deus , chegando de fato a excluir Deus da vida dos homens; o zelo quase agressivo com que alguns buscam novos adeptos indo de casa em casa ou detendo aos transeuntes nas esquinas das ruas, é uma falsificação sectária do zelo apostólico e missionário; a atenção que se presta ao indivíduo e a importância que se atribui a sua abordagem à causa e ao desenvolvimento do grupo religioso, além de responder ao desejo de valorizar a própria vida sentindo-se úteis à comunidade a que pertencem, constitui uma expressão desviada do papel ativo próprio dos fiéis, membros vivos do Corpo de Cristo, chamados a trabalhar pela difusão do reino de Deus".
"De fato, a expansão das seitas e dos novos movimentos religiosos concentra seus esforços em alguns setores estratégicos: entre estes estão as migrações. Pela situação de desarraigo social e cultural, e pela instabilidade em que se encontram, costumam ser presas fáceis de métodos insistentes e agressivos. Excluídos da vida social do país de origem, estranhos à sociedade em que se inserem, obrigados com freqüência a movimentar-se fora de uma ordem objetiva que defenda seus direitos, os emigrantes pagam a necessidade de ajuda e o desejo de sair da marginalização, em que estão confinados de fato, com o abandono de sua fé. É um preço que nenhum homem respeitoso dos direitos humanos deveria pedir ou aceitar. Ao emigrante não somente é ferido em sua dignidade humana, mas também em sua positiva e respeitosa colocação no ambiente social que o acolhe. E, desde então, não dão mostra de honradez e sensibilidade aqueles que, ainda tendo o dever de aliviar no emigrante o trauma e a desorientação causados pelo impacto com um mundo estranho à própria cultura, se aproximam a ele em um momento de profundo mal-estar para enganá-lo e instrumentalizá-lo".
"Os pontos fracos em que se apóiam os novos movimentos religiosos são a instabilidade e a incerteza. Neles baseiam sua estratégia de aproximação. Trata-se de um conjunto de atenções e de serviços prestados para fazer que o emigrante abandone sua fé se adira a uma nova proposta religiosa. Apresentando-se como os únicos possuidores da verdade, afirmam a falsidade da religião que o emigrante professa e lhe pede que dê uma mudança bruta e imediata de rota. Trata-se, evidentemente, de uma verdadeira agressão moral, da qual não é fácil escapar com boas maneiras, pois seu ardor e insistência são sufocantes".

"Os ensinamentos das seitas e novos movimentos religiosos, opõem-se à doutrina da Igreja Católica; por isso, a adesão a eles significa renegar a fé em que foram batizados e educados. O evangelho, ao mesmo tempo em que nos exorta a ser simples como as pombas, nos convida também a ser prudentes e astutos como as serpentes. A mesma vigilância que pondes quando estão em jogo vossos assuntos materiais, com o fim de não ser vítimas dos enganos de quem quer se aproveitar de vós, deve guiar-vos para não cair na rede das armadilhas de quem tenta contra vossa fé. " Olhai a que ninguém vos engane -nos adverte o Senhor- Virão muitos usurpando meu nome e dizendo "eu sou", e enganarão a muitos... Se alguém vos disser: "Olhai o Cristo aqui". "Olhai-o ali" , não credes. Pois surgirão falsos profetas" (Mc 13, 6. 21-22). E também nos diz: "Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes" (Mt 7, 15-16)".

"Outros motivos que podem levar a acolher as proposições desses novos movimentos religiosos são a pouca coerência com que alguns batizados vivem seu compromisso cristão, e também o desejo de uma vida religiosa mais fervorosa, que se espera experimentar em uma determinada seita, quando a comunidade que se freqüenta está pouco comprometida".
"Mas trata-se de um engano. Do mal-estar interior antes mencionado é combatido, de fato, mediante uma verdadeira conversão, segundo o evangelho, e não afligindo-se irrefletidamente a essa classe de grupos, adotando ritos religiosos que ocultam com o ruído das palavras a apatia do coração. Por isso faz falta uma séria renovação espiritual e uma coerente adesão à vontade de Deus, ao seguimento de Cristo; é um desvio o limitar-se a cumprir algum mandamento isolado e extravagante, do que faz depender o próprio destino da vida ou da morte".
"(...) Os aspectos de instabilidade, nos quais se apóiam as seitas e os movimentos religiosos para tender armadilhas à fé do emigrante, devem constituir para a Igreja motivos para dar prioridade à atenção e à assistência ao emigrante. Os serviços, que freqüentemente costumam pagar com a renúncia à sua fé, devem ser prestados pela Igreja com solicitude gratuita, alegre de poder prestar um serviço ao próprio Cristo. Assim como Jesus é a imagem transparente do amor do Pai, igualmente deveria ser imagem da ternura do Redentor; por isso, deveria ser evidente que a comunidade, à que chega o emigrante, é comunidade capaz de acolher e amar. A comunidade dos que crêem em Cristo não deve mostrar nunca o rosto triste de quem sente estorvado em seus compromissos e projetos diários, mas que deve manifestar o rosto alegre de quem descobriu a Cristo, esperado e reconhecido no estrangeiro (...)".

"Queridos emigrantes: Mantenhais-vos firmes na fé, sede homens, sede fortes" (1Cor 16,13). A exortação do Apóstolo Paulo é um eco das palavras do Senhor que nos convida a construir nossa própria existência sobre a rocha sólida que é o próprio Jesus, Filho de Deus, nos assegura a salvação. Só quem está firmemente enraizado nele pode dar frutos que resistam ao desgaste de todas as modas, inclusive as das seitas religiosas. A gratidão para com o dom de Deus, manifestada mediante a resposta de uma vida cristã coerente, atrai sobre vós outros dons de comunhão com ele e de perseverança em vosso fiel compromisso cristão. 'Quem me ama, será amado por meu Pai; Eu o amarei e me manifestarei a ele' (Jo 14,21) e 'a todo aquele que tem será dado e terá em abundância' (Mt 25,29). Quanto mais vos adentreis no caminho da vida cristã, tanto mais estareis ao abrigo das armadilhas que atentam contra vossa fé".


- Discurso de João Paulo II, aos bispos argentinos em sua visita ad limina, Vaticano, 18 de janeiro de 1991 - Aica Doc 230, Aica Nº 1779 (1991), pp. 2/6.
" ... Com paciência, com pedagogia paternal, mediante um itinerário catequético permanente, através de missões populares e outros meios de apostolado, ajudai a esses fiéis a amadurecer em sua consciência de pertencer à Igreja e a descobri-la como sua família, sua casa, o lugar privilegiado de seu encontro com Deus".
" São precisamente essas multidões que conservam a fé de seu batismo, mas provavelmente debilitada pelo desconhecimento das verdades religiosas e por uma certa 'marginalidade' eclesial, as mais vulneráveis frente o combate do secularismo e do proselitismo das seitas (...)".
"A presença das seitas, que atuam especialmente sobre estes batizados insuficientemente evangelizados ou afastados da prática sacramental, mas que conservam inquietudes religiosas, deve constituir para nós um desafio pastoral ao que será necessário responder com um renovado dinamismo missionário".

- Mensagem de João Paulo II, em sua Segunda viagem apostólica ao Brasil, outubro de 1991 - Citado por URREA, JUAN C. " Os NMR na América Latina", Ed. Paulinas, Chile 1992, p. 62.
" Se bem a promoção destas seitas e grupos conta com fortes recursos econômicos e que sua pregação seduz ao povo com falsos espelhismos, engana com simplificações distorcidas e semeia confusão, principalmente nos mais simples que receberam escassa instrução religiosa".
"É importante pois, que vossa pastoral, saiba ocupar os espaços nos quais estas seitas atuam, despertando no povo a alegria e o santo orgulho de pertencer à única Igreja de Cristo, que subsiste em nossa santa Igreja Católica".

Discurso de João Paulo II, ao terceiro grupo de bispos dos EUA em sua visita ad limina. Vaticano, 18 de maio de 1993 - Reprodução em 'Palavra', 343/4, Madri, agosto de 1993, p. 129.
"Enquanto a secularização continua avançando sob muitos aspectos da vida, há uma nova demanda de espiritualidade, como mostra a aparição de muitos movimentos religiosos e terapêuticos, que pretendem dar uma resposta à crise dos valores da sociedade ocidental".
"Esta inquietude do homo religious produz alguns resultados positivos e construtivos, como a busca de um novo significado da vida, uma nova sensibilidade ecológica e o desejo de ir além de uma religiosidade fria e racionalista. Por outro lado, este despertar religioso traz consigo alguns elementos muito ambíguos, incompatíveis com a fé cristã".
"Muitos de vós escreveram cartas pastorais sobre os problemas que representam as seitas e movimentos pseudo-religiosos, incluído o chamado New Age. As idéias da New Age às vezes abrem caminho na pregação, a catequese, nos congressos e nos retiros, e assim chegam a influenciar inclusive aos católicos praticantes, que talvez não são conscientes da incompatibilidade dessas idéias com a fé da Igreja".
"Em sua perspectiva sincretista e imanente, estes movimentos pára-religiosos prestam pouca atenção na Revelação, e bem, tentam chegar a Deus através do conhecimento e da experiência, baseados em elementos que pegam emprestados da espiritualidade oriental e de técnicas psicológicas. Tendem a relativisar a doutrina religiosa em favor de uma vaga visão do mundo, que se expressa mediante um sistema de mitos e símbolos revestidos de uma linguagem religiosa. Além disso propõem freqüentemente uma concepção panteísta de Deus, incompatível com a Sagrada Escritura e a tradição cristã. Substituindo a responsabilidade pessoal de nossas ações frente a Deus com um sentido de dever frente ao cosmo, tergiversando assim o verdadeiro conceito de pecado e a necessidade da redenção por meio de Cristo".

- Discurso de João Paulo II, ao primeiro grupo de bispos argentinos em sua visita ad limina. Vaticano, 7 de fevereiro de 1995 -Aica Doc 328, Aica Nº 199O (1995), pp. 67/71.
" (...) A ignorância religiosa e a deficiente assimilação vital da fé, que deriva de uma catequese insuficiente ou imperfeita, deixariam aos batizados inermes frente aos perigos reais do secularismo ou do proselitismo das seitas fundamentalistas, com o conseguinte risco de que estes substituem as valiosas e sugestivas expressões cristãs da piedade popular (...)".
"Outro fenômeno de nossa cultura contemporânea é que, enquanto a secularização continua avançando sob muitos aspectos da vida, percebe-se também uma nova demanda de espiritualidade, expressão da condição religiosa do homem e sinal de sua busca de respostas à crise de valores da sociedade ocidental (...)".
" Deve-se ter presente, entretanto, que não faltam desvios que deram origem a seitas e movimentos gnósticos ou pseudo-religiosos, configurando uma moda cultural de vastos alcances que, às vezes, encontra eco em amplos setores da sociedade e chega inclusive a ter influência em ambientes católicos".
"Por isso, alguns deles, em uma perspectiva sincretista, amalgamam elementos bíblicos e cristãos com outros extraídos de filosofia e religiões orientais, da magia e de técnicas psicológicas".
"Esta expansão das seitas e de novos grupos religiosos que atraem a muitos fiéis e semeia confusão e incerteza entre os católicos é motivo de inquietude pastoral".


Matéria extraída da internet em 03/04/2007: http://www.acidigital.com/seitas/papa.htm
Fonte:http://www.filhosdapaixao.org.br/igreja/unica.htm

5 de jan. de 2014

Por que o ateísmo é tão comum nas universidades?


31 de dez. de 2013

Porta dos fundos e a afronta ao Cristianismo.

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Caros amigos, segue o vídeo que fizemos contra o porta dos fundos para defender nosso Senhor que foi Blasfemado e ridicularizado por este grupo.


28 de dez. de 2013

Porta dos Fundos: Humor, Crime e Impunidade

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Como já diria o próprio personagem do Diabo numa certa peça teatral de comédia: “Tudo tem limite!”. E dessa vez chegou a hora para o Porta dos Fundos. Não é de hoje que esse canal faz questão de debochar e insultar, das mais diversas formas, as religiões – em especial o Cristianismo. Aliás, a temática da religião deve render um excelente retorno em visualizações, uma vez que cerca de 10% dos vídeos do canal se deleitam em injuriar símbolos e práticas religiosas [1].
Também não é de hoje que eles tornam-se tema de artigos [2], motivo pelo qual não nos deteremos muito em falar acerca da postura do Porta dos Fundos sobre o seu humor em outros vídeos, mas a última gota foi o mais recente destes, intitulado “Especial de Natal”, onde, não satisfeitos com o incômodo generalizado causado pelos vídeos anteriores, eles resolveram criar uma filmagem de quase 15 minutos, contendo quatro esquetes que lançam inúmeros ultrajes à fé cristã, onde a imagem histórica de Cristo e o relato bíblico da trajetória do Messias nessa Terra são completamente vilipendiados. Com isso, o Porta dos Fundos não fez nada mais do que abrir a possibilidade de receber milhares de processos por crime de ódio em virtude de intolerância religiosa.
HUMOR TAMBÉM TEM LIMITE
O Porta dos Fundos tem confundido “liberdade de expressão” com o profundo desrespeito aos símbolos religiosos, o que, diga-se de passagem, é crime no nosso país. Abrem a boca para dizer que o Brasil é um país laico, mas nem sequer compreendem plenamente o que isso significa, uma vez que um Estado laico não significa que podemos sair por aí desrespeitando a tudo e a todos indiscriminadamente. Eles querem passar um discurso de “tolerância”, mas, na verdade, os “intolerantes” da história estão sendo eles.
O humor e a sátira sempre foram as armas das quais os mais fracos dispunham para combater os opulentes inimigos protegidos pelas suas carapaças invioláveis de poder político e financeiro. Foi assim até mesmo durante a Reforma Protestante, quando a ironia contra a Igreja Católica foi manifesta em diversos folhetos, livros e canções populares. O humor degradante, porém, não se encontra protegido por este mesmo escudo. Zombar de um fundamento religioso com a única prerrogativa de atiçar o riso é uma atitude, no mínimo, reprovável, uma vez que não respeita nenhuma proporcionalidade entre os limites da liberdade de expressão artística e a liberdade de expressão religiosa.
E se você acha que estamos sendo muito tendenciosos em afirmar que o cristianismo aqui é o indefeso da história, faça-se a seguinte pergunta: Por que eles não fazem a mesma zombaria contra os muçulmanos, por exemplo? Sem a necessidade de ir muito longe nos pensamentos, o próprio Fábio Porchat nos responde a questão: “Eu, por exemplo, não faço piada com Alá e Maomé, porque não quero morrer! Não quero que explodam a minha casa só por isso (risos)” [3]. O descaso de Porchat com sua resposta demonstra exatamente a fragilidade do cristianismo em relação à sua autodefesa social. Zombar de um cristão? Moleza! Zombar de um muçulmano? Nem pensar! Ele evidencia com isso somente o óbvio: de que a ridicularização da fé cristã não é uma manifestação de “liberdade de expressão”. É puro abuso do mais fraco.
Na verdade, na mesma entrevista, Porchat revela que “no nosso caso, somos cinco cabeças pensando [...] a gente tem batido em coisas que, na verdade, merecem apanhar” [4]. Ou seja, para a equipe do Porta dos Fundos, o Cristianismo, em todas as suas facetas, sejam elas estruturais ou operacionais, são “coisas que merecem apanhar”. Percebemos, portanto, que não se trata de humor pelo humor, há na verdade, uma métrica ideológica por detrás dos temas escolhidos pelo canal. É apenas preconceito travestido de humor.
Mas quanto a isso, alguns podem ainda vir retrucar que não é bem assim e que o Porta dos Fundos não se importa com a visão que eles mesmos tem acerca da religião. A verdade não é bem essa. Em uma entrevista à Folha de São Paulo, outro membro do Porta dos Fundos, Gregório Duvivier, afirma que: “Talvez seja uma loucura da minha parte, seja um fanatismo da minha parte, mas eu acho que tudo é sexo. Religião é sexo, é erótico. A crença religiosa ela é erótica, eu acho.” [5]. Ou seja, não se trata de criticar por criticar, ou de se fazerem caricaturas dada a própria essência da coisa ridicularizada, o processo de formação dos roteiros é levado por todo esse princípio “erótico” abordado por Duvivier. E não é difícil perceber isso quando se olha para os vídeos do Porta dos Fundos cuja temática foi religiosa: em todos eles existem sempre referências sexuais, pornográficas ou de relacionamentos e sexualidades deturpados. Ainda na mesma entrevista, Gregório arremata seu pensamento com essa: “Eu acho que [os símbolos religiosos] é uma coisa que no fundo tem um tesão reprimido. Na imagem de Jesus, aquele Jesus na sala, enorme, sem camisa… É uma imagem erótica, quase.” E ainda: “O sexo traz prazer nessa vida, enquanto as religiões prometem prazer em outras vidas, então, seria lindo que eles começassem a vender o prazer agora mesmo, e não ‘pré-datado’” [6]. O pensamento de Duvivier acerca da prática religiosa, e da própria noção de religião em si, é tão impregnado por conceitos pessoais deturpados que é um cenário quase patológico. Talvez nem Freud explique.
Pense conosco, ridicularizar e escarnecer de símbolos e manifestações de uma religião é uma agressão gratuita, típica de quem se sente fortalecido o bastante para partir para o confronto. Colabora em algo com o desenvolvimento da “liberdade de expressão” no Brasil, ou, como disseram em outro lugar, para a eliminação de preconceitos? É óbvio que não!
Engraçado que temos a facilidade em aceitar às críticas contra a religião, ainda que sejam ácidas, ásperas e danosas. Temos sempre uma mania tendenciosa (e completamente errada) de permitir que Deus, o Senhor e Criador de todas as coisas, seja colocado em uma espécie de “banco dos réus” ou “cantinho da vergonha” onde todo e qualquer homem pode desprezá-lo e cuspir em seu rosto que nossa posição será sempre “dar a outra face”. É isso mesmo o significado de “ser Cristão” ou será que isso é somente uma deturpação covarde que temos feito para não nos sentirmos tão mal com nossa apatia?
Com um sorriso amarelo aceitamos calmamente a pecha de “homofóbicos” quando manifestamos o posicionamento da nossa fé acerca da prática homossexual, mas com o mesmo sorriso amarelo na cara não temos a menor coragem de nos dirigir neste momento a estes homens e taxá-los de “cristofóbicos”. Formamos hoje um tipo de Cristandade que acredita, sinceramente, que ver o seu Salvador ser escorraçado publicamente e não falar nem fazer nada é símbolo de mansidão e domínio próprio… Quanto estamos moralmente distantes dos primeiros cristãos…
SEM GRAÇA, MAS NÃO SEM LEI
Então, afinal, existem limites para o Porta dos Fundos?
Para Porchat não. Na mesma entrevista citada acima ele mesmo faz e responde a essa pergunta: “Qual o limite do humor? Porta dos Fundos fala de temas super polêmicos e nunca ninguém processou, brigou, nunca saiu…” [7]. Em síntese, eles vão fazendo vídeos atrás de vídeos e chacotas atrás de chacotas, afinal de contas o limite nunca chegou porque as brigas não saem nem mesmo de dentro das cabeças dos incomodados. Mas a questão é que a afronta do Porta dos Fundos vai muito além da esfera religiosa, nas palavras de Narlla Sales “Não é bem uma questão religiosa, analisando de modo geral e desapaixonado, é uma perda da noção completa do que pertence ao outro, do patrimônio alheio. É, digamos, um roubo, um assalto social. Uma afronta, um crime” [8].
E exatamente isso que queremos apresentar aqui, que o que eles fizeram foi um crime, com todas as letras. O Código Penal, em seu art. 208, diz que “escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; [...] vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso” tem como pena “detenção, de um mês a um ano, ou multa”[9].
E aqui é preciso abrir um parêntese para poder explicar algumas coisinhas mais detalhadas para aqueles que entendem mais sobre o ordenamento jurídico do Brasil. Primeiro que algumas pessoas estão bradando aos sete ventos que o artigo 208 não pode ser aplicado a esse caso em específico, e talvez estejam fazendo isso motivados por algumas decisões judiciais como a do Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo [10]. Nós, humildemente, discordamos da referida decisão. O tipo penal nos parece claro o suficiente para poder demonstrar de que a própria decisão é paradoxal e conflitante, uma vez que ela diz que o escárnio não se aplica a certos casos em virtude destes se debruçarem sobre “crença religiosa”, mas ora, a própria redação do artigo inclui esse termo!
Em segundo lugar, cremos que o vídeo do Porta dos Fundos não trata somente de uma “crítica ideológica” ou “operacional”. A troça realizada ali, principalmente no que diz respeito a este último vídeo, não se trata de uma visão cômica acerca de algumas práticas que ocorrem no meio evangélico, como foi feito no vídeo “Demônio” e “Teste de Fidelidade”, nem muito menos uma zombaria ideológica envolvendo a prática católica de querer identificar imagens em todos os lugares, como no vídeo “Oh, Meu Deus!”. Neste vídeo de “natal” o canal realizou um escárnio aos fundamentos (ou estruturas) do Cristianismo – ou seja – ao próprio Cristo.
Existe uma grande diferença entre a crítica estrutural e crítica operacional. A crítica estrutural fala dos discursos e das organizações, como a ideia de Deus, as posições teológicas e o modo como isso é defendido entre as grandes corporações religiosas. Já a crítica operacional lida com as práticas e os costumes das religiões, como o celibato clerical, o dízimo, a submissão do fiel ao pastor, etc. [11]. Sou mais voltado à ideia de que o humor “saudável” à religião seria o que se aplica mais às operações que às estruturas. Ir além disto com frequência seria desgastante e pueril. Ilustrando: uma coisa é um grupo de amigos que se zoa por causa da altura, do peso, da cor, dos vícios, dos hábitos etc., outra é um grupo de amigos que se zoa pela tendência política, pelas preferências filosóficas, pelo modo de criar os filhos, pelo modelo de casamento e pelos valores. O primeiro grupo pode até conviver bem, mas o segundo tende a ruir, e você não pode acusá-los de ser contra o riso por isso.
A aplicação do artigo 208 ao caso, portanto, não seria como uma “faca de dois gumes”, como também vi ser afirmado em certo lugar, até porque não temos visto por aí vídeos onde Cristãos fazem chacota ou zombaria com as deidades afros ou qualquer outra forma mitológica de culto. Afirmar que a utilização do artigo 208 abriria precedentes para a limitação até mesmo dos cultos cristãos é, no mínimo, desonestidade intelectual.
Mas deixemos os argumentos jurídicos mais profundos para as muitas petições que estão por vir, pois o buraco fica ainda mais profundo quando observamos que a atitude do Porta dos Fundos pode também ser enquadrada como injúria coletiva no artigo 140, também do Código Penal: “injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro”; agravado pelo parágrafo 3º: “se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a [...] religião”; e aumentado pelo inciso III do artigo 141: “as penas [...] aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido [...] por meio que facilite a divulgação da [...] injúria”. Só nessa “brincadeira” a pena ficaria entre um ano e quatro meses até quatro anos de reclusão [12]. Vale ressaltar que muito embora o crime de injúria seja, primordialmente, singular, ocorrem aceitações no meio jurisprudencial e doutrinário para que ele se verifique na forma coletiva, abrangendo até mesmo pessoas jurídicas [13]. Aliás essa forma da injúria coletiva já foi utilizada também pela bancada LGBT quando tentava vetar a PLC 122[14].
Observe que em nenhum desses dois artigos que apresentamos existe alguma proibição que seja ao humor em si ou à crítica ou discordância da religião. A proibição legal é contra o escárnio e a chacota desmedida. Essa é a nossa indignação em relação aos atos do Porta dos Fundos, pois tal prática não encontra guarida no nosso ordenamento. Os direito e garantias individuais e coletivos consagrados na Constituição Federal, dentre eles a liberdade de expressão, são limitados e relativos, com o fim de se preservar o âmbito dos demais direitos fundamentais e propiciar uma harmonia social. Desta forma, a liberdade de expressão não pode ser utilizada como um escudo para atividades ilícitas e nitidamente tipificadas em nosso Código Penal.
A manifestação do pensamento é livre e garantida em nível constitucional, não aludindo a censura prévia em diversões e espetáculos públicos. Os abusos porventura ocorridos no exercício indevido da manifestação do pensamento são passíveis de exame e apreciação do Poder Judiciário com a consequente responsabilidade civil e penal de seus autores (RF 176/147), decorrentes, inclusive, de publicação injuriosa na imprensa, que deve exercer vigilância e controle da matéria que divulga (RT 659/143). [15] (grifou-se)
Como dissemos anteriormente, este aqui não é o espaço para que possamos mergulhar mais detalhadamente em todos os aspectos jurídicos que envolvem essa situação no âmbito penal. Nosso objetivo com as citações desses artigos é poder alertar e informar todos os cristãos seriamente comprometidos de que a Justiça pode ser acionada para poder impedir toda essa canalhice que está sendo feita. O Porta dos Fundos deve responder penalmente pelo vídeo, e nós, como cristãos, devemos trabalhar para que isso aconteça.
O problema principal é que deixar que isso continue impune, como lembra Olavo de Carvalho [16], é permitir que as coisas cheguem ao ponto que chegou a França, na Rússia, no México, na Espanha, na Romênia e em outros países: matar padres e pastores será um dever cívico e um mérito. Isso já aconteceu na história e o Brasil não desfruta de uma imunidade mágica. Hoje, o trise fato de alguns juristas discordarem desta aplicabilidade do Art. 208 a este caso já é sintomático, de modo que se não nos movermos a tempo, é possível que este artigo não sirva mais para nada e que o pior aconteça. Se continuarmos permitindo abusos como este, podemos com certeza esperar o pior.
O humor aviltante já encontrou seus limites em outros momentos, o principal deles, talvez, tenha sido o famosíssimo episódio envolvendo o humorista Rafinha Bastos e a cantora Wanessa Camargo. Se naquele caso o direito à imagem e à honra de uma criança que nem sequer havia nascido recebeu respeito, o que impede que a honra subjetiva e os símbolos de fé da nossa religião não recebam a mesma proteção jurídica? Não se trata, portanto, de querer um tratamento diferenciado por sermos cristãos, nem muito menos qualquer manifestação de um desejo teonomista. Lutar por justiça nesse caso é simplesmente fazer com que a lei civil e penal existente em nosso país seja cumprida.
Quando indagado sobre os impostos, Jesus determinou que eles fossem pagos; quando abordado pelos soldados romanos, Ele se entregou sem resistência. O exemplo de Jesus é para que toda a lei humana que não contrarie diretamente a Palavra do Senhor seja fielmente cumprida. Numa situação como esta por que deveríamos nos calar? A mansidão cristã não deve ser confundida com idiotice apática. Devemos lembrar da completude das palavras do Cristo quando nos disse: “Eu os estou enviando como ovelhas entre lobos. Portanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mateus 10:16), porque temos nos habituado a sermos simples, mas temos esquecido de sermos prudentes. Devemos fazer valer o sacrifício dos mais de 9.000 (nove mil) cristãos que morrem todos os anos vítimas da perseguição ao Evangelho [17]. Mais do que isso, devemos honrar o sacrifício do Cordeiro! Pregar o Evangelho não é somente abrir a Bíblia em algum versículo e falar do amor de Deus. Pregar o Evangelho é viver a Palavra e imitar ao Cristo em todos os momentos da nossa vida e, nesse caso, pregar o Evangelho é não permitir que essa situação passe impune.
A questão sobre os limites do humor pode ter muitas respostas diferentes, mas uma delas é certa: o limite da lei. O grupo de humor Porta dos Fundos não tem o direito de cometer crimes com seus vídeos, e é isso que eles fizeram, de modo claro e inequívoco em seu Especial de Natal.
IMPUNIDADE NÃO: O QUE PODEMOS (E DEVEMOS) FAZER
Pelo que já deu pra perceber com base no que apresentamos aqui nesse artigo, só mesmo uma enxurrada de processos e denúncias podem fazer com que a equipe do Porta dos Fundos desista de seus ataques deliberados contra a religião cristã. Assim, separamos algumas diretrizes práticas e bem objetivas sobre o que pode e deve ser feito por cada um de nós:
(1) DENUNCIE.
Faça a denúncia e a negativação do vídeo no YouTube. Para realizar a denúncia informe que o vídeo viola os seus direitos e utilize os parágrafos anteriores deste artigo onde tratamos sobre o enquadramento jurídico para a fundamentação da atitude criminosa.
Faça uma denúncia online na Polícia Federal. É muito mais simples do que você imagina e não precisa nem sair da frente do computador. Basta acessar o hotsite da PF (http://denuncia.pf.gov.br/), escolher a opção “Crimes de Ódio”, inserir o link do vídeo (http://youtu.be/2VEI_tn090c) e Realizar o comentário sobre a prática criminosa cometida. Para aqueles que não são bons em sintetizar ideias para efetuar esse comentário que o site solicita, aí vai o nosso texto sugerido para que você possa simplesmente colocar no site da PF ou para poder servir de base para o seu próprio texto:
Solicitamos a investigação e análise do vídeo aqui denunciado, de autoria do grupo intitulado “Porta dos Fundos” onde entendemos conter escárnio público por motivo de crença religiosa bem como vilipêndio publico de ato religioso, ambas condutas tipificadas como crime no art. 208 do Código Penal. Cumpre observar também que prática demonstrada no vídeo poderia ser enquadrada como injúria coletiva no artigo 140, também do Código Penal agravado pelo parágrafo 3º do mesmo artigo e aumentado pelo inciso III do artigo 141. Ademais dos dispositivos legais retromencionados, a prática demonstra enquadrar-se no artigo 20 da Lei nº 7.716/89, agravado pelo §2º do mesmo, dada a discriminação e a incitação dessa prática contra o cristianismo. O escárnio e a desmoralização de símbolos e práticas religiosas é marca registrada do grupo em vários vídeos anteriores também, fazendo nítido o desrespeito pela consciência, crença e liberdade religiosa dos demais cidadãos e o descaso com a legislação pátria. Precedentes: HC 82.424/RS STF e APR 200950010073333 TRF-2.
Faça uma denúncia online também na SaferNet. Completamente similar ao procedimento acima, basta você acessar o hotsite (http://www.safernet.org.br/site/denunciar), escolher a opção “Intolerância Religiosa”, inserir o link para o vídeo e colocar o mesmo comentário que você utilizou para a denúncia no site da Polícia Federal.
(2) SÓ CRITIQUE PUBLICAMENTE SE NECESSÁRIO.
Faça um favor à humanidade e à sua inteligência: EVITE POSTAR O VÍDEO EM SUAS REDES SOCAIS, MESMO QUE CRITICANDO. Se você deseja tecer algum comentário sobre, pense se ele é realmente necessário. Se você ainda não percebeu a dinâmica de funcionamento do Porta dos Fundos, eles simplesmente esperam a repercussão negativa de algum dos seus vídeos para fazerem outro vídeo zombando mais ainda daqueles que reclamaram pelos meios ineficazes. Ou será que ninguém lembra daquele “zun-zun-zun” todo causado na época do Feliciano? Fábio Porchat disse o seguinte: “Isso só dá mais visibilidade para o nosso vídeo. Sem querer, o Feliciano produziu uma grande jogada de marketing pra gente. Agora, todo mundo quer assistir à esquete para ver o que ela tem” [18].
Portanto NÃO faça críticas em comentários do YouTube, nem na fanpage do facebook, muito menos no perfil do twitter, a menos que você considere estritamente necessário. Eles querem atenção e quanto mais movimentação em forma de comentários, em qualquer uma dessas redes sociais, mais eles terão visualização de suas publicações. Enfim, você estará sendo muito mais sábio se agir desta forma.
(3) BOICOTE.
Essa é a melhor e mais inteligente forma de crítica: faça boicote de todo o conteúdo do Porta dos Fundos e incentive os conhecidos, familiares, amigos e irmãos em Cristo a boicotar também. Como fazer isso? Descurtindo a página deles no facebook, não assistindo mais aos vídeos, não compartilhando mais as publicações deles em nenhuma rede social, etc. Ofereça as razões para todos os que estão ao seu redor fazerem o mesmo, apresente-os a este artigo ou ao artigo do Pr. Renato Vargens [19]. Leve isto à sério!
(4) PROCESSE.
Nós apresentamos alguns argumentos jurídicos breves, porém fundamentais, que podem apoiar e fundamentar o início de um processo penal, porém ainda existe outra seara jurídica que pode ser acionada: a esfera civil, no sentido de condenação pedagógica à título de danos morais em virtude dos crimes de intolerância religiosa cometidos.
Infelizmente nós não temos, nesse exato momento, uma associação que possa ajuizar uma ação coletiva em nome de todos os interessados, mas podemos fazer isso individualmente e creio que seja até mais interessante, já que o intuito é demonstrar o tamanho do incômodo que eles causaram à sociedade brasileira e aos cristãos de um modo geral. Assim, nossa recomendação é que todos, cada pessoa que está lendo este artigo, procure o mais rápido possível a Defensoria Pública em sua cidade e peça apoio jurídico para o ingresso das duas ações, tanto a penal quanto a civil. Para facilitar, imprima uma cópia desse artigo para agilizar todo o processo de comunicação, caso você não seja muito familiarizado com questões judiciais.
Se você possui um parente, amigo ou conhecido que seja advogado, peça que ele faça isso por você. Muito provavelmente não será necessário nem mesmo que você arque com as custas e despejas judiciais, uma vez que você pode solicitar o benefício da Justiça Gratuita, caso você se enquadre nos requisitos legais. Caso o advogado que você conheça seja cristão, ore com ele sobre o assunto e peça que ele repasse o tema para outras pessoas e mova algumas ações coletivas pelos interessados. A divulgação “boca-a-boca” será a nossa maior aliada nesta causa.
Não fique desmotivado caso algum estudante de Direito que você conheça diga que o Porta dos Fundos não fez nada de errado quanto ao Código Penal. Existem questões de jurisprudência que dependem da interpretação de cada um. Neste caso, existe jurisprudência tanto contra, quanto em favor de nosso caso, de forma que estamos dependentes da análise do magistrado. Porém, as dúvidas em questão à aplicabilidade do Art. 208 a este caso já é sintomático. Se não nos movermos, é possível que este artigo não sirva mais para nada e que o pior aconteça.
CONCLUSÃO: UM PROFUNDO APELO
“O ímpio foge, embora ninguém o persiga, mas os justos são corajosos como o leão.” (Provérbios 28:1)
Sabe o que mais nos dói no coração? Saber que muitos cristãos foram às ruas poucos meses atrás para reivindicar melhorias governamentais, mas a maioria deles sequer move seus dedos pelo teclado para realizarem denúncias (online!) contra este acinte público. Uma coisa é humor, outra é a chacota desenfreada e desproporcional realizada por esses camaradas.
De nada adianta curtir este artigo no facebook, distribuir um like anônimo, e não fazer absolutamente nada depois disso. Compartilhe esse artigo em todas as redes sociais às quais você tem acesso, envie e-mails para todos aqueles seus conhecidos que não possuem cadastros nessas redes, imprima este artigo para as pessoas que estão completamente desconectadas deste mundo virtual. Mesmo aqueles cristãos que sequer viram o vídeo estão sendo atingidos e prejudicados na surdina, como alguém que está sendo roubado na sua casa enquanto vai à praia. Mova todos os recursos que você puder. Se cada um de nós fizer a nossa parte, conseguiremos demonstrar ao que viemos.
Terminamos este artigo com a frase de Calvino que arde tão fortemente em nossos corações: “O cão late quando seu dono é atacado. Eu seria um covarde se visse a verdade divina ser atacada e continuasse em silêncio, sem dizer nada.”.
É bem verdade que não temos cacife para poder realizar uma plena consultoria jurídica sobre o assunto, e é por isso que apresentamos aqui somente os argumentos e fundamentos que consideramos principais para que as nossas atitudes sejam minimamente guiadas por um bom direito. Nossa recomendação responsável é sempre essa: procure a Defensoria Pública em sua cidade ou um advogado que seja conhecido seu, o importante mesmo é que não nos acovardemos diante da mídia ou das massas contrárias, mas que sejamos bravos e corajosos como o leão. Nossa oração é que esses dias possam realmente marcar um despertar moral aos verdadeiros Cristãos que não admitem e nem possibilitam que o seu Senhor seja zombado como um ninguém.
Veja também o www.racionalizando.com
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[1] Isso até onde nossa paciência nos permitiu verificar. De todos os vídeos do canal, os que realizam escárnio acerca da fé direta ou indiretamente são: ESPECIAL DE NATAL – PORTA DOS FUNDOS; ADÃO; DEMÔNIO; ARCA DE NOÉ; DEUS; CONFESSIONÁRIO; 10 MANDAMENTOS; EXORCISMO; OH, MEU DEUS; SETOR DE RH – JESUS; MODA; BRAINSTORM; FIDELIDADE; MICHELÂNGELO e CICLO DA VIDA.
[2] MARTINS, Yago. Gregório Duvivier: religião e riso. Disponível em: . Último acesso em 26/12/2013; MARTINS, Yago. A religião é contra que riam dela? Disponível em: . Último acesso em 26/12/2013.
[3] NEUSTEIN, Marília. ‘No Brasil não há bons roteiristas’, diz Fábio Porchat. Estadão. São Paulo, 01 abr. 2013. Disponível em: . Último acesso em 26/12/2013.
[4] Idem., Ibid.
[5] FOLHA DE SÃO PAULO. Gregório Duvivier: No fundo, evangélicos são fanáticos sexuais.Disponível em: . Último acesso em 26/12/2013.
[6] Idem., Ibid.
[7] NEUSTEIN, Marília. ‘No Brasil não há bons roteiristas’, diz Fábio Porchat. Ibid.
[8] SOUZA, Vanderlúcio. Cristãos são perseguidos e mortos no Natal. Disponível em: . Último acesso em 26/12/2013.
[9] BRASIL, Decreto-Lei Nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). Disponível em: . Último acesso em 26/12/2013.
[10] “Para a configuração do art. 208 é necessário que o escárnio seja dirigido a determinada pessoa, sendo que a assertiva de que de terminadas religiões traduzem ‘possessões demoníacas’ ou ‘espíritos imundos’ espelham tão-somente posição ideológica, dogmática, de crença religiosa” (TACrSP, RJDTACr 23/374).
[11] Para um trato mais específico sobre o tema, assista: MARTINS, Leon Oliveira. ETUT 03: Como criticar a religião? Disponível em: . Último acesso em 26/12/2013.
[12] BRASIL, Código Penal. Ibid.
[13] Não obstante e por oportuno e por oportuno, trazemos à consideração a lição de Darcy Arruda Miranda (Com. à Lei de Imprensa, 3ª Ed., p. 363) ao tratar do crime de difamação, especificamente quando cuida de pessoa jurídica e sua honra. Diz o Mestre: “A difamação ou injúria coletiva entrevista por Hungria, abonando Manzine, resolve-se, em última análise, na ofensa à pessoa jurídica por interesse comum, que outra coisa não é que uma pluralidade de pessoas vinculadas, no núcleo unitário.”
[14] MIXBRASIL. Novo PLC 122: Frente Parlamentar LGBT se reunirá nesta terça-feira para se posicionar. Disponível em: . Último acesso em 26/12/2013.
[15] MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 9ª edição, Editora Atlas: São Paulo, 2001. pp. 69 e 70.
[16] Em publicação realizada na sua página do perfil pessoal no facebook. Disponível em: . Último acesso em 26/12/2013.
[17] O POVO ONLINE. Milhares de cristãos são assassinados a cada ano, vítimas de sua fé.Disponível em: . Último acesso em 26/12/2013.
[18] O GLOBO. Porchat: crítica de Feliciano faz marketing para Porta dos Fundos. Disponível em: . Último acesso em 26/12/2013.
[19] VARGENS, Renato. Razões porque eu não assisto os vídeos do Grupo Porta dos Fundos. Disponível em: . Último acesso em 26/12/2013.


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