6 de jul. de 2011

EUA quer impor a ideologia gay nos países católicos


EUA quer impor a ideologia gay nos países católicos

04.07.2011 - A Secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, elogiou o trabalho de seu departamento na promoção da ideologia gay com eventos como as "marchas de orgulho" (paradas gay) e um concerto de Lady Gaga em Roma (Itália). Dois peritos advertem que esta postura da administração Obama também poderia terminar por impor esta ideologia nos países católicos.
Austin Ruse, Presidente do Instituto Catholic Family and Human Rights nos Estados Unidos, explicou à agência ACI Prensa que "a administração Obama fez que a agenda dos grupos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) seja um dos pilares na sua política internacional".
"Fizeram que as embaixadas em todo mundo monitorem e ajudem os grupos homossexuais sem importar se o povo do país aceita (a agenda LGBT) ou não", acrescentou.
Ruse disse à agência ACI Prensa que "os Estados Unidos é muito poderoso e podem forçar os governos do mundo a submeter-se às suas perspectivas para as políticas sociais".
Como mostra deste apoio de Clinton e da administração Obama à ideologia gay que busca destruir o conceito de matrimônio natural, composto por um homem e uma mulher, e a família que se funda nela, no último 27 de junho organizaram junto à organização de gays e lésbicas das agências de relações exteriores, uma celebração do orgulho LGBT.
Os membros destas instituições reuniram 20 chefes de missões da ONU e os fizeram assinar uma declaração pública de apoio à marcha do dia 27 e alentaram "um debate respeitoso e produtivo sobre direitos LGBT".
Depois de uma série de iniciativas executadas na Itália, o único país da Europa que não conta com legislação sobre este tema, e a Eslováquia, Clinton explicou no evento do 27 de junho que o Departamento de Estado também promove os chamados "direitos homossexuais" na Honduras, Uganda, Malaui, Rússia, Turquia, China e outros países.
Também destacou o grande esforço no Conselho de Direitos humanos da ONU em Genebra onde obtiveram ordenar que um estudo para medir "o grau de discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero no mundo" fosse realizado. O Fato foi celebrado pela imprensa secular como algo "histórico" por considerá-la a primeira resolução deste tipo neste organismo.
Do mesmo modo, o departamento de relações exteriores dos Estados Unidos e sua missão permanente ante a Organização de Estados Americanos (OEA) gerou um "observatório" especial para "direitos LGTB" dentro da Comissão Interamericana de Direitos humanos (CIDH).
Sobre este tema, Rebecha Marchinda, Diretora legal da organização World Youth Alliance, –cujo trabalho se realiza principalmente perante a ONU– assinalou à agência ACI Prensa que esta política de promoção da ideologia gay, especialmente em países católicos, "pode terminar na alienação da Igreja do espaço público e do debate sobre estes temas".
"Em vez de reconhecer que os estados têm razões legítimas para reconhecer o matrimônio e a família como instituições, os Estados Unidos procuram enfrentar a Igreja Católica com a sociedade civil afirmando que sua oposição a esta ideologia se apóia somente em idéias retrógradas", denunciou Marchinda.
Algumas destas razões legítimas, explicou, são anteriores à questão religiosa e promovem a dignidade humana e o bem comum.
Rebecha Marchinda disse também à ACI Prensa que não existe uma definição aceita internacionalmente sobre o que significa "orientação sexual" ou "identidade de gênero" e entretanto as autoridades dos Estados Unidos seguem usando estes termos em seu trabalho referente aos direitos humanos.
Com eles, ressaltou, "gera-se confusão entre os estados membros da ONU e especialmente entre aqueles que recebem políticas geradas com esta linguagem para ser aplicadas em suas nações".
Estes conceitos nascem da ideologia de gênero, uma corrente relativista que nasceu nos Estados Unidos há 30 anos e se desenvolveu logo na Europa de acordo à ideologia do feminismo e do pensamento gay.
O que busca é afirmar que a diferença entre homem e mulher é um fato social antes que algo biológico para dar a idéia de que a orientação sexual –e com isso a identidade de gênero e o papel do gênero– contaria mais que o sexo biológico natural.
Fonte: ACI

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