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18 de set. de 2010

Obra de Maria e PT, ate onde iremos chegar?

Após ler este texto que trago na íntegra, começo a concluir que somos um resto. Nunca houve um divisor de águas tão grande entre nós, Católicos, como nestas eleições.
Rezemos!

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Acabo de receber em minha casa uma carta remetida pela Comunidade Obra de Maria, contendo propaganda eleitoreira de dois “irmãos cristãos, católicos praticantes” que são candidatos à Assembléia Legislativa e à Câmara Federal. São eles: Terezinha Nunes e Josenildo Sinésio, respectivamente. Além dos “santinhos” dos políticos nada santinhos veio um cartaz pedindo expressamente o voto em favor dessas duas figuras. Fiz questão de scannear o cartaz e postá-lo aqui. Vejam e leiam. Em seguida, farei os comentários que acho pertinentes:

A Obra de Maria mente descaradamente quando diz que “a Igreja [com "i" maiúsculo mesmo!], aliada a diversos movimentos, rezou, pensou e escolheu (!)” dois defensores da Doutrina Social da Igreja [que seriam Josenildo e Terezinha]. Mentira estrondosa! A Igreja não tem candidatos, a Arquidiocese de Olinda e Recife também não o tem! Será possível que mesmo quando uma coisa é repetida ad nauseam não entra na cabeça de algumas pessoas?


A Igreja não “rezou” para discernir que candidato apoiar coisíssima nenhuma. Tem-se coisas mais importantes pelo que rezar. Por que rezar pelas intenções de Gilberto se podemos rezar pelas do Santo Padre? Além disso, a Igreja jamais “pensou” em dar apoio a qualquer candidato. A menos que “Igreja” no cartaz seja figura de linguagem para se referir à Obra de Maria… E, por fim, a Igreja não fez “escolha” de nenhum candidato em detrimento de outro[s]. Desafio: quem achar a ata de eleição de Josenildo e Terezinha na chancelaria de qualquer diocese ou arquidiocese ganha um doce.

A Obra de Maria pode apoiar candidatos em seu próprio nome? Sim, por certo. Mas não têm o direito de usar o nome da Igreja para fazê-lo. Não pode porque a Igreja não autoriza que se faça. Além do que, é uma tremenda imprudência [para não dizer burrice] uma instituição qualquer dar apoio ostensivo a um candidato. Por quê? Porque se, depois de eleito, ele fizer alguma bobagem grande, serão automaticamente jogadas na lama a reputação dele e a de todos quantos mendigaram votos em seu favor. É uma questão de lógica.

Mas, não contente com a bobagem que disse logo na segunda e terceira linhas da propaganda, a Obra de Maria encerrou chamando os candidatos de “verdadeiros representantes da igreja” [agora com "i" minúsculo, mas nem por isso menos errado].

Bem, durante muito tempo acreditei que atitudes como essa eram fruto de ignorância ou até de ingenuidade. Cogitei a possibilidade de algumas pessoas não conhecerem a claríssima instrução da Igreja acerca do não-apoio a quem quer que seja que exerça atividade política-partidária. Hoje em dia não consigo mais vislumbrar essa interpretação excessivamente benedicente. É malícia mesmo. É jogo político sujo da pior espécie – porque finge estar do lado da Igreja, mas contraria despudoradamente a Sua Autoridade.

A respeito do “Fé e Compromisso” registre-se o seguinte: esse grupo surgiu aqui ainda na época em que nos pastoreava S. Excª Revma., D. José Cardoso Sobrinho. Eu, pessoalmente, nunca fui a nenhuma de suas reuniões, mas – pelas informações que recebi de integrantes – surgiu inicialmente com um bom propósito: o de reunir um grupo que pudesse discutir a relação entre fé e política e, na medida do possível, atuar para fazer conhecer a Doutrina Social da Igreja. Entretanto, com o passar do tempo, o Fé e Compromisso parece ter servido de degrau e de palanque para estes dois candidatos…

No caso do apoio ao Sr. Josenildo Sinésio, há um agravante: ele pertence ao Partido dos Trabalhadores – o qual, como é público e notório, é institucionalmente a favor da causa abortista. Registre-se, também, que eu solicitei há algum tempo uma entrevista junto à assessoria de imprensa deste candidato e não obtive sucesso. O e-mail não foi sequer respondido. Terá sido receio de perguntas capciosas que eu certamente faria?… Terá sido o medo de dar a cara à tapa aos católicos que acessam este blog?… Não. Deve ter sido tempo. É sempre a melhor desculpa. Só fico curioso porque não falta tempo para participar de tudo quanto é evento organizado pela Obra de Maria e posar de bom moço para a multidão de carismáticos que a Obra de Maria atrai… Uma outra coisa importante que eu não posso esquecer de falar é que, no ano passado, estive no Gabinete do Josenildo, na Câmara dos Vereadores, acompanhado da Drª Dolly Guimarães. Firmamos com ele o compromisso de estabelecer naquela Casa, formalmente, um Frente Parlamentar Pró-Vida. Entretanto, foi um outro vereador – o Aerto Luna (PRP) – que propôs a criação dessa Frente agora em agosto p.p. Terá sido medo de repreensão por parte das lideranças do PT?… Nunca saberemos.

Há algum tempo, um amigo comentou essa coisa de “voto é coisa séria”. Voto sério para esse pessoal são “palavras ao vento, palavras apenas…”

O Eto, co-fundador da Canção Nova, deve ter caído de gaiato nessa história toda. Influenciado pela estreita relação entre as duas comunidades, e confiando na sensatez [inexistente] da Obra de Maria, é possível que ele nem tenha conhecimento da propaganda eleitoreira feito com o uso de sua imagem. Rezo para que assim o seja. Porque se ele sabia, a coisa é mais grave ainda: serão duas comunidades, com “alto poder de fogo” sobre os fiéis, insuflando neles uma propaganda que não se coaduna com a orientação da Igreja a este respeito.

Oxalá a Virgem Santíssima, ao contrário do que foi pedido na última linha do cartaz, nos defenda da grande burrada que é votar anestesiado por uma propaganda falaciosa. É pena que o site da Obra de Maria não tenha um e-mail para que os católicos enviem os seus protestos. Na aba “contatos”, todavia, há um formulário eletrônico que permite a comunicação com assessoria de comunicação da comunidade. Escrevam. Reclamem contra a insensatez [para não dizer má-fé...] da Obra de Maria.

Ah, e pelo amor de Deus não me venham com essa história de que a perseguição “confirma” a escolha dos dois fulanos. Depois que fazem a besteira, querem sair como mártires? Na-na-ni-na-não.