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12 de jun. de 2011

Mês de Junho - décimo segundo dia

Coração ardente

"Eu vim trazer fogo à terra, e que coisa desejo senão que se acenda"! (Lc 12, 49).


 
O Sagrado Coração de Jesus foi definido como uma fornalha ardente de caridade. À Santa Margarida Maria Alacoque, Ele aparecia toda a primeira sexta-feira do mês como um esplêndido sol, como uma fornalha ardente.

Quando se pensa no amor de Jesus, logo surge espontânea a ideia do fogo. Por quê? Porque o amor de Jesus foi ardente, devorador de fogo, aliás, de fogo devorador (cf. Dt 4, 24). Ele próprio veio trazer este fogo entre os homens e não deseja, senão, vê-lo aceso em casa coração?

Na vida da Beata Juliana de Norwich se lê que uma vez ela foi presa pelo desejo vivíssimo de conhecer quanto Jesus teria amado os homens. Tanto insistia na súplica, que Jesus a comentou começando a mostrar-lhe a largura, o comprimento, a altura e a profundidade (cf. Ef 3, 18) do Seu amor por nós. Mas a bem aventurada Juliana teve que interromper logo aquela contemplação, pois se deu conta que estava a enlouquever à vista do amor de Jesus; e por toda a sua vida ela se acusou de ter cometido uma verdadeira loucura ao pedir para conhecer a imensidade do Amor de Jesus.

Um coração que leva sua dedicação à criatura até fazer-se pecado (cf. I Cor 5, 21) para resgatar-nos do pecado; é um coração que supera todo limite e todo medo em amar. Um coração que para manter-se vivo e palpitante em meio às suas criaturas cria o Sacramento da Eucaristia, um coração que arderá de amor até o fim dos séculos!

E o que foram as manifestações do Sagrado Coração de Jesus À Margarida Maria Alacoque senão uma sublime confirmação de amor sem medida de Jesus por nós? Jesus mesmo disse uma vez à Santa que o seu Coração não consegue mais conter as chamas da sua ardente Caridade!

Se deixássemos incendiar os nossos corações naquela Divina fornalha de amor, que ardor teríamos em nós!

Quando São Pio X saiu padre do seminário, era paupérrimo, mas ardentíssimo de amor pela salvação das almas. E se pôs logo à obra. Em Tombolo, era simples padre, mas a gente dizia: 'O nosso Dom José está sempre de pé'. E em Salzano, as irmãs lamentavam: 'Tem só pele e osso!'. E em Treviso: 'Trabalha por quatro'. E assim por diante, até Roma onde foi Papa e lutou como um gigante para defender a Fé, os erros do Modernismo, para reformar o clero e os estudos, para ajudar a catequese e o canto sagrado. Que exemplo de coração ardente para toda a Igreja! Pudéssemos todos deixar incendiar os nossos corações naquela divina fornalha de amor.

Coração frio

Como responde o homem ao amor ardente do Coração de Jesus?
É triste constatar que a maior parte dos homens responde com grande frieza. De frente ao coração ardente de Jesus, o coração do homem parece um coração de gelo. O egoísmo lhe gela todo palpitar de amor. O eu bloqueia todo sinal de dedicação a Deus. As criaturas o dominam tendo-o apagado para Deus e fazendo-o arder só de anseio carnal, de desejos terrenos, de gostos sensíveis.

Santa Margarida Alacoque narra que em uma das aparições, o Sagrado Coração pegou o coração do peito da santa e o pô no Seu Coração adorável, no qual o mostrou quase um átomo que se consumia naquele ardente fornalha.

Isto poderia ocorrer com todos os corações se os homens decidissem a oferecê-lo ao Coração de Jesus. Mas quão poucas são as criaturas que desejam livrar-se da frieza e da indiferença do coração. Porém, Jesus não faz exclusão. Ele deseja acender e encher de amor todos os corações. Está pronto a fazê-lo e nada deseja senão isso. E quando o amor de Deus cobre o coração do homem pode chegar a submergí-lo até fazê-lo sofrer de ardores insuportáveis. "Que coisa feia é viver de coração" dizia São Pio Pietrelcina. E nós sabemos de alguns santos nos quais a enchente do amor provocou fenômenos físicos extraordinários. Com São Felipe Néri, por exemplo, se engrossou o coração, com a potência dos ímpetos de amor e lhe se despedaçaram as costas. Viveu assim por 30 anos. Santa Gema Galgani provava um tal calor de fogo no peito, na parte do coração, que lhe queimava a roupa que vestia.

Santo Estanislau Kostka, Santa Verônica Giuliani, São Padre Pio pediam poder aplicar gelo no peito para apagar em parte os ardentes calores.  Em frente destes exemplos, o que dizer do nosso coração tão vazio e frio? Até as promessas do Sagrado Coração nos deixam indiferentes! Até as chamadas e maternas ofertas de Salvação do Coração Imaculado de Maria acharam na maior parte corações insensíveis e desatentos. "Chamei-vos e não me respondestes!" (Pr 1, 24), pode nos dizer justamente Jesus. Por que não nos decidimos a corresponder ao seu ardente desejo de amor ? Por que não nos livramos desta frieza que gela todo palpitar que gela todo palpitar do coração.


Propósito

- Repetir sempre: "Doce Coração do meu Jesus, fazei que eu vos sempre mais!"

- rezar as seguintes orações: (clique aqui).